A estudante Carla Santana, 25 anos, sequestrada na frente da casa onde morava há três dias, foi encontrada morta, na manhã desta sexta (3), no bairro Tiradentes, em Campo Grande, a cerca de 40 metros da residência dela.
De acordo com uma amiga de Carla, que preferiu não ser identificada, o irmão e cunhado da estudante saíram cedo para procurá-la e, na esperança de encontrá-la com vida.
Em frente a um mercado, localizado na rua João Casimiro, eles encontraram o corpo da jovem. Ela estava nua e com sinais de estrangulamento. Suspeita é que ela tenha sido morta em outro local e o corpo deixado em frente ao estabelecimento, já que estava na calçada a vista de quem passasse pela rua.
A polícia foi acionada e disse e, segundo informações da família, investigadores disseram que uma das hipóteses é que Carla pode ter sido vítima por engano, que os criminosos a confundiram com outra pessoa.
O mestre de obras Carlos Araújo Magalhães, 56 anos, pai da vítima, disse ao Correio do Estado que estava em Porto Murtinho e conversou com a filha por telefone duas vezes no dia do desaparecimento, e tentou ligar para ela uma terceira, que não foi atendida.
“Ela não tinha inimigos, não tinha desentendimento com ninguém”, disse, acrescentando que acredita que ela possa ter sido assassinada como vingança para atingir outro membro da família.
Já a amiga, acredita em morte por engano e também afirmou que Carla não tinha desafetos.
Um vizinho disse que a jovem sempre andava acompanhada, mas que desconfia que ela possa ter sido sondada dias antes do crime. Isto porque, segundo ele, um carro cinza “estranho” foi visto rondando a residência umas quatro ou cinco vezes.
O caso é investigado pela Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios (DEH), que procura por suspeitos.
O SEQUESTRO
Carla foi sequestrada na última terça-feira (30). Segundo informações, a mãe de Carla disse em depoimento que estava dentro de casa quando ouviu a filha gritar em frente a residência, dizendo que estava sendo roubada e colocada dentro de um carro.
Carla havia saído para ir ao supermercado com uma amiga que mora na mesma rua. Após deixar a amiga em casa, seguiu para a própria residência. “Chegando de frente do nosso portão ela começou a gritar pedir por socorro”, disse.
Quando ouviu os gritos, a mãe então se apressou e saiu no portão, mas já não encontrou a filha e também não conseguiu ver nenhum veículo próximo. Não havia ninguém na rua para testemunhar o sequestro.
Quando saiu para fora, a mãe encontrou somente o celular da moça, um chaveiro, o café comprado no mercado e os chinelos da jovem caídos no chão.
O Grupo de Operações e Investigações Especiais (GOI) foi acionado e fez o atendimento da chamada, além de apoiar o desenrolar do caso. Agora, a Delegacia de Homicídios (DEH) tenta achar o paradeiro de Carla e possíveis suspeitos do sequestro.