Política

Eleições 2022

A pedido de Contar, justiça manda Tiago Vargas apagar vídeo em que declara apoio a Riedel em MS

Declarações de Vargas ligam Capitão Contar ao que vereador chamou de "velha política de MS"

Continue lendo...

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), por meio de uma representação da Coligação PRTB/AVANTE, determinou que o vereador de Campo Grande, Tiago Vargas (PSD), removesse de suas redes sociais, o vídeo em que declarava apoio a Eduardo Riedel (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul, ao passo em que, atrelava Capitão Contar (PRTB), adversário de Riedel “a velha política de MS”. 

Entre as colocações de Tiago Vargas no vídeo publicado neste sábado (22), o vereador disse que “o Capitão (Contar) falou que jamais estaria se aliando à velha-guarda política do estado de MS. E na primeira oportunidade, agora no 2º turno, a primeira coisa que faz é trazer de volta essa velha-guarda para o mesmo palanque político que o dele”, disse Vargas. 

O vereador campo-grandense sugeriu que  “apoios foram pedidos em trocas de secretarias'', e em seguida, ligou indiretamente os nomes do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), André Puccinelli (MDB) e Gilmar Olarte, ex-prefeito da Capital à cargos futuros em uma possível gestão de Contar. 

“Tem um querendo a secretaria de obras, não conseguiu terminar o Aquário do Pantanal.  Tem outro querendo a Secretaria de Segurança Pública para ver se consegue aliviar a barra dele de escândalos sexuais. Tem um outro político, (sic) canalha, corrupto, que está preso (…) o cara gravou de dentro do presídio pedindo voto para o Capitão Contar,  porque se o contar ganhar a eleição vai livrar a barra dele”, declarou Vargas.

Por fim, o vereador disse que “jamais venderia a alma por questões políticas” e declarou “Tiago Vargas é presidente Bolsonaro número 22, e para Governador Eduardo Riedel, número 45”. 

Contexto

Lançada em maio de 2011, as obras do Aquário do Pantanal foram iniciadas pela segunda gestão do então Governador do Estado, André Puccinelli.

Na última semana, o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de estupro, importunação sexual e assédio sexual, ao passo que Olarte, foi afastado da prefeitura da capital em 2015 por suspeita de tramar contra Alcides Bernal, então aliado, cassado em 2012, período em que esteve à frente da administração municipal. 

A declaração de Vargas sofreu diversas críticas de apoiadores, uma vez que, o ex-policial teria sido expulso da corporação por uma rusga com o então Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, da qual Riedel foi secretário de infraestrutura. 

Decisão

Sob multa diária de R$ 10 mil, e outros  R$ 15 mil em caso de novas postagens com o mesmo teor,o vídeo em que Tiago Vargas declara apoio a Riedel já foi removido das redes do vereador. 

Segundo a decisão, “a legislação não veda que o cidadão promova a divulgação de crítica política ou análise desfavorável a candidato, partido político ou coligação.”

A decisão destacou que, da análise do vídeo divulgado por Tiago Vargas,  que, “ainda que se trate de crítica política, que poderia ser legítima, constitui, igualmente, acusação de práticas irregulares desacompanhada de qualquer embasamento fático''.

A justiça eleitoral relatou que Tiago Vargas “não narra a movimentação dos atores políticos citados de maneira genérica,(..)ao contrário, faz sugestão de que tais apoios representarão vantagens indevidas, a serem usufruídas pelos apoiadores, assim como procura vincular a imagem de Contar “ao crime cometido por um dos apoiadores, de modo a incutir no eleitorado a conclusão de que a responsabilidade pelo delito deveria, de algum modo, recair sobre o candidato, com reflexos no resultado eleitoral.” 

A justiça concedeu dois dias para que Vargas se manifeste acerca da decisão.  O Correio do Estado buscou contato com Tiago Vargas mas não obteve retorno até o fechamento deste material. O espaço segue aberto.

Assine o Correio do Estado 

ELEIÇÕES INTERNAS

Vander acerta apoio de 4 alas e viabiliza vitória para presidente do PT no Estado

Diante do quadro, a deputada estadual Gleice Jane, do grupo Articulação de Esquerda, estuda até abrir mão de candidatura

16/04/2025 08h00

A deputada Gleice Jane e o deputado Vander Loubet disputam a presidência do PT estadual

A deputada Gleice Jane e o deputado Vander Loubet disputam a presidência do PT estadual Foto: Montagem

Continue Lendo...

Nos últimos dias, o deputado federal Vander Loubet (PT) conseguiu negociar o apoio com quatro dos seis grupos que formam o partido em Mato Grosso do Sul e praticamente encaminhou a vitória para presidente estadual da sigla durante o Processo de Eleição Direta (PED), marcado para julho, quando concorrerá com a deputada estadual Gleice Jane (PT).

O Correio do Estado apurou que o parlamentar federal, que faz parte do grupo Resistência Socialista (RS), conseguiu o apoio de outros quatro grupos, incluindo o Construindo um Novo Brasil (CNB), que reúne o deputado estadual Zeca do PT, a deputada federal Camila Jara, o superintendente do Patrimônio da União no Estado, Tiago Botelho, e o atual presidente estadual do partido, Vladimir da Silva Ferreira.

Bem como o Avante, grupo liderado pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT), o Movimento PT (MPT), do professor Jaime Teixeira, e o Democracia Socialista (DS), do ex-deputado federal João Grandão. O único grupo que não aderiu à candidatura de Loubet, obviamente, é o Articulação de Esquerda, que pertence à deputada estadual Gleice Jane.

No entanto, a reportagem obteve a informação de que, diante do atual quadro, os integrantes do grupo Articulação de Esquerda devem se reunir para definir o futuro da candidatura de Gleice Jane e a possibilidade de uma desistência aumentou muito. Caso tal fato se consolide, a chance de o PED do PT ter candidato único, ou seja, Loubet, ficou mais próxima.

ENTENDA

Há algumas semanas, Loubet teve três reuniões com Gleice Jane para tentar construir uma chapa de consenso, mas as tratativas não deram certo e a deputada estadual decidiu manter a candidatura.

No entanto, há alguns dias, o deputado federal costurou um amplo apoio dos outros quatro grupos que formam o PT de Mato Grosso do Sul. Contando com sua ala, são cinco grupos contra um, tornando praticamente impossível que a deputada estadual consiga reverter a provável derrota.

Além disso, Loubet conta com o apoio da ala nacional do PT, comandado pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI), a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), fortalecendo ainda mais a candidatura dele para a presidência do partido no Estado.

Dessa forma, caso Gleice Jane não decida abrir mão da sua candidatura, a derrota é inevitável. Entretanto, a parlamentar estaria enfrentando uma outra situação complicada, pois os outros integrantes da sua ala entendem que um recuo da deputada seria uma demonstração de fraqueza.

SEM DISPUTA 

A intenção de Vander Loubet é que não se tenha disputa pela presidência para que o partido possa, de imediato, iniciar a construção de uma rede de apoio nos municípios de Mato Grosso do Sul já de olho nas eleições gerais do ano que vem.

Com a finalização do PED, a missão do partido será a unificação da legenda, pois, na avaliação do parlamentar, está na hora de reestruturar e reorganizar o PT no Estado, bem como construir um projeto para o ano que vem que garanta a manutenção ou a ampliação das bancadas estadual e federal do partido e, principalmente, a reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No entanto, caso Loubet seja eleito presidente estadual da sigla, facilitará as articulações políticas em torno do seu nome para o Senado Federal nas eleições do ano que vem. 

Por isso, Loubet está conversando e buscando apoio, tanto dos detentores de mandato quanto com as demais lideranças das correntes internas do PT.

SAIBA

Vander Loubet foi presidente do diretório municipal de Campo Grande quando, em 1996, ajudou a levar o PT a uma campanha histórica para a prefeitura. Outro ponto é que teve papel central na coordenação da campanha vitoriosa que elegeu Zeca do PT governador em 1999, além de ser o presidente do diretório estadual no momento de ápice da história do partido, quando Zeca foi reeleito governador, em 2002. Na ocasião, ainda foram eleitos um senador e três deputados federais.

Assine o Correio do Estado

Política

PF intima o diretor e o ex-número 2 da Abin após denúncia de espionagem contra Paraguai

As oitivas vão ocorrer na sede da PF em Brasília e fazem parte do inquérito da "Abin paralela"

15/04/2025 20h00

Diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa

Diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa Divulgação

Continue Lendo...

A Polícia Federal (PF) intimou o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-número 2 da agência, Alessandro Moretti, para prestar depoimento na quinta-feira, 17, sobre esquemas de espionagem ilegal.

As oitivas vão ocorrer na sede da PF em Brasília e fazem parte do inquérito da "Abin paralela", que investiga suposto esquema de monitoramento ilegal de políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). As informações são da CNN.

A convocação dos dois ocorre depois de uma reportagem do UOL revelar denúncias de espionagem contra autoridades do Paraguai em 2022. Dois agentes da Abin afirmam que o Brasil fez um ataque hacker para obter informações de negociações relacionadas à Usina Hidrelétrica de Itaipu, o que fez a Polícia Federal abrir uma apuração sobre o caso.

Alessandro Moretti, que era diretor-adjunto da agência, foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início do ano passado. Diligências da Polícia Federal indicaram, na época, que ele e outros integrantes dificultaram as apurações sobre a "Abin paralela" e estariam agindo em "conluio" com servidores investigados.

O diretor-geral Luiz Fernando Corrêa disse à CNN que está à disposição das autoridades "para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal, sobre os fatos relatados na imprensa e que remetem a decisões tomadas em gestão anterior da Agência".

Ele sucedeu no cargo o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado no STF no processo da "Abin paralela" e réu, junto ao ex-presidente Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.

Ramagem e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) são os principais investigados pela aparelhagem da Abin apontada pela PF para espionar adversários políticos, blindar os filhos do ex-presidente em processos judiciais e atacar a credibilidade do sistema eleitoral.

Em 2024, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, seguiu uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e rejeitou pedido da PF para compartilhar provas da Operação First Mile, que investigou o caso, com a Corregedoria da Abin para abertura de sindicâncias internas.

Na decisão, Moraes afirmou que o compartilhamento não era "adequado para o presente momento investigatório". Já o parecer da PGR ressaltou a possibilidade de interferência da agência no processo, já que, em fases anteriores da investigação, foram detectados indícios da "intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos".

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).