Política

Eleições 2024

Adriane diz que escolheu Camila Nascimento por experiência em gestão pública

Após o deputado federal Dr. Luiz Ovando ter a candidatura inviabilizada, PP opta por odontóloga ex-presidente do IMPCG como substituta

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Conforme antecipado pelo Correio do Estado, a odontóloga Camila Nascimento (Avante) foi anunciada como nova candidata a vice-prefeita de Adriane Lopes (PP).

Camila era diretora do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) desde agosto de 2017, e deixou o cargo em março deste ano para concorrer como vereadora.

Agora, participará das eleições na chapa da atual prefeita da Capital, que busca a reeleição.

"Adriane, eu acredito muito em você, eu quero te agradecer por confiar em mim", disse Camila no início da coletiva de imprensa de sua apresentação, "Conte com a minha experiência, conte com a minha vontade, conte com a minha obsessão por resultados positivos, que eu estou aqui, pronta para te ajudar a transformar Campo Grande", completou.

Questionada sobre a falta de bagagem política de Camila, Adriane Lopes afirmou que também era desconhecida, e que valoriza o trabalho como gestora.

"Sobre o desconhecimento, eu também era desconhecida. Hoje eu estou gerindo a nossa cidade. Camila é uma técnica, o trabalho dela é de uma gestora pública, ela representa aqui os servidores que já estiveram com ela ali no IMPCG, ela já foi secretária de saúde, ela já foi gestora de um hospital, ela tem um currículo muito bom e vontade de fazer", disse a candidata à Prefeitura.

Adriane Lopes acrescentou ainda que a busca era por um perfil atuante.

"Na Camila, a gente também encontrou esse perfil, uma dentista, uma doutora que tem um trabalho já prestado, uma gestora que vai ser atuante conosco nesse grande desafio que é fazer gestão para uma capital que está chegando a um milhão de habitantes", completou.

Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

Antes indicado como vice, mas com a candidatura inviabilizada, o deputado federal Dr. Luiz Ovando apoiou a substituta escolhida, e garantiu que está confortável com a escolha de Camila por ela ser ficha limpa.

"Quando a gente fala de política, nós temos que inspirar e transmitir seriedade. Isso a Camila tem. Além do que, ela tem história de competência, de desempenho profissional adequado e por excelência. Então é importante que a gente entenda que nós aqui no PP priorizamos exatamente aquilo que é decisivo. Não adianta ser conhecido e ter uma ficha toda rabiscada de uma série de problemas", disse o deputado.

Sobre a candidata

Camila Nascimento é formada em odontologia pela Universidade de Cuiabá. Foi secretária Municipal de Saúde em São Gabriel do Oeste, cidade onde também atuou como Diretora-Presidente do Hospital Municipal.

Ela já foi membro do Conselho Nacional de Entidades de Saúde dos Servidores Públicos (CONESSP), e certificada pela Secretaria de Previdência do Ministério da Previdência Social para atuar como Dirigente de Regime Próprio (RPPS), alcançando a Certificação Nível ll do Programa Pró-Gestão, contribuindo com a modernização e profissionalização do RPPS.

De agosto de 2017 a março de 2024, foi diretora do IMPCG. Deixou o cargo apenas para concorrer como vereadora pelo Avante nestas eleições de 2024.

Relembre

No dia 5 de agosto, o PP havia batido o martelo e anunciado Luiz Ovando como candidato a vice da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

No entanto, por não saber que seria candidato, o deputado federal não cumpriu o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral, que vedava a partir do dia 30 de junho a transmissão de programas apresentados ou comentado por pré-candidatas ou pré-candidatos, nas emissoras de rádio e de televisão (Lei nº 9.504/1997, art. 45, § 1º e Res.-TSE nº 23.610/2019, art. 43, § 2º).

Dr. Luiz Ovando exibiu, no dia 17 de julho, ou seja, 18 dias depois do último dia permitido, mais uma edição do seu programa “Tribuna da Saúde”, produzido pelo próprio parlamentar e que vai ao ar após o Jornal da Educativa, da TV Educativa de Mato Grosso do Sul.

Sondagens anteriores

Antes do Dr. Luiz Ovando, o PP havia tentado como vice o ex-deputado estadual, Capitão Contar (PRTB), mas ele desistiu de disputar as eleições.

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MANIFESTAÇÃO

Única de MS a discursar na Paulista, vice-prefeita de Dourados diz que a democracia virou ré do STF

Gianni Nogueira é pré-candidata ao Senado Federal pelo PL de Mato Grosso do Sul, lançada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro

07/04/2025 12h00

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro e a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, ambos do PL

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro e a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, ambos do PL Divulgação

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Única política com mandato de Mato Grosso do Sul convidada pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para discursar na manifestação pela anistia dos presos do 8 de janeiro de 2023 realizada Avenida Paulista ontem (6), a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL-MS), disse que a democracia brasileira também virou ré do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ela se referiu à decisão da Corte de aceitar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e mais sete aliado por tentativa de golpe de Estado em 2022. “O presidente Bolsonaro é tão perseguido porque ele teve a ousadia de dizer não à corrupção. O movimento aqui hoje é pela anistia, pela liberdade das pessoas de bem e é, por isso, que nós estamos aqui gritando por anistia”, declarou.

Gianni Nogueira lembrou da prisão de Débora Rodrigues, a manicure que foi condenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a 14 anos de prisão por ter pichado com batom vermelho a estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo com a frase “Perdeu, mané!”, dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, também do STF, quando Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu quero dizer para o Brasil que a democracia também virou ré, a liberdade também virou ré e o povo brasileiro também virou réu das injustiças. É por isso que nós estamos aqui, gritando por anistia humanitária para curar e pacificar a nossa nação”, discursou a vice-prefeita.

Para concluir, ela comparou Bolsonaro ao Profeta Daniel, que, pela Bíblica Sagrada, ficou preso em uma cova cheia de leões e não foi devorado. “E, para terminar, eu quero falar para o presidente Bolsonaro que o Profeta Daniel foi um homem que não se contaminou e, por não ter se contaminado, Deus fechou a boca dos leões”, falou.

Gianni Nogueira prosseguiu no seu discurso, dizendo que o ex-presidente Bolsonaro “é tão perseguido porque ele teve a ousadia de dizer não para a corrupção”. “Ele teve a ousadia de dizer não para a mentira. O nosso presidente Bolsonaro é o nosso Profeta Daniel dos dias de hoje. E eu creio e profetizo que as bocas dos leões serão fechadas e o Brasil viverá um tempo de grande livramento do grande Deus”, concluiu.

A vice-prefeita de Dourados, que também é presidente do PL Mulher de Dourados, foi indicada pelo próprio Bolsonaro como a pré-candidata dele ao Senado Federal pelo PL nas eleições gerais do próximo ano em Mato Grosso do Sul. 

O evento em favor da anistia dos presos do 8 de janeiro de 2023 foi realizado na Avenida Paulista, no centro empresarial de São Paulo (SP), na tarde de ontem, reunindo vários políticos de Mato Grosso do Sul e demais estados.

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Posicionamento

Riedel apoia anistia, acena para a direita e se distancia do PT

Governador anunciou apoio a projeto que perdoa pessoas presas por depredarem o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto

07/04/2025 08h00

Riedel posta fotos ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e da senadora Tereza Cristina (PP), com argumentos em defesa de anistia aos envolvidos nos ataques de 08 de janeiro de 2023.

Riedel posta fotos ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e da senadora Tereza Cristina (PP), com argumentos em defesa de anistia aos envolvidos nos ataques de 08 de janeiro de 2023. Reprodução/Redes Sociais

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O casamento político do governador Eduardo Riedel (PSDB) com o PT em Mato Grosso do Sul parece que entrou no caminho do divórcio e com sinais claros de que a relação harmoniosa de ambos chegou ao fim em definitivo.

Tudo porque o governador Eduardo Riedel (PSDB) fez uma publicação nas suas redes sociais, defendendo a anistia irrestrita aos presos do 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Tal posicionamento do chefe do Executivo estadual provocou a revolta dos deputados federais e estaduais do PT, que são as principais lideranças do partido no Estado e contrários à concessão de anistia para esses presos, os quais a esquerda classifica de autores de atos antidemocráticos contra a posse do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Na prática, no entanto, ficou claríssimo que Riedel virou às costas para os petistas, que ocupam centenas de cargos dentro do seu governo e até o comando de uma secretaria de Estado (Cidadania), e deu um aceno para a direita, afinal, para ilustrar o post, ele colocou fotos com a senadora Tereza Cristina (PP) e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), bolsonaristas e de centro-direita.

O Correio do Estado obteve a informação de que, na semana passada, o governador teria recebido um ultimato da direita para que descesse do muro e tomasse partido com relação à questão da anistia, bem como sobre de que lado pretende estar nas eleições do ano que vem. A postagem mostrou que Riedel escolheu um lado – e o foi o da direita.

A POSTAGEM

Na postagem, o governador revelou que tem conversado recentemente com o governador Tarcísio de Freitas e com a senadora Tereza Cristina, além de outros líderes políticos brasileiros, para defender uma revisão da dosimetria de penalizações sobre os presos do 8/1.

“Considero necessário aprovar uma anistia, que em muitos casos também tem caráter humanitário. Do meu ponto de vista, não dá para julgar e penalizar com a mesma régua o que é completamente diferente!”, ressaltou.

Riedel completou ainda que, do ponto de vista político, “acredito que o Congresso Nacional tem obrigação de votar a matéria, considerando-a inclusive como um passo imprescindível para a pacificação do País”.

“Não dá pra errar de novo e no mesmo lugar: tentar reparar eventuais excessos cometidos naquele momento com excessos do atual”, disse.

Para ele, é preciso olhar para a frente e se afastar “da guerra política e dos confrontos ideológicos para reunir forças e fazer o verdadeiro enfrentamento dos problemas nacionais gigantescos, que estão à espera de novas ideias, agenda mais realista e com coragem para fazer o que precisa ser feito”.

Na avaliação do governador de Mato Grosso do Sul, chegou a hora de cuidar da agenda do Brasil real, do Brasil verdadeiro. “É nisso que eu acredito. E percebo que esse é o sentimento de todo o nosso país”, disse.

CRÍTICAS

Após a postagem de Riedel, feita na tarde de sábado, os deputados federais e estaduais do PT saíram em defesa do partido, que já se posicionou contra a anistia para os presos do 8/1.

Para o deputado federal Vander Loubet (PT), é crucial a defesa da democracia como um valor inegociável. “Nesse sentido, discordamos inteiramente do apoio do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, à anistia dos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, algo que é vergonhoso”, criticou.

Ainda conforme ele, o PT defende que cada envolvido seja processado e julgado de acordo com a gravidade dos seus atos, tendo direito à ampla defesa prevista no Estado Democrático de Direito. “E penso que assim deve, no fundo, defender o governador”, falou.

No entendimento de Loubet, conceder anistia ampla e geral como alguns defendem seria um retrocesso inaceitável, enfraquecendo a democracia e criando precedentes perigosos para futuras ameaças. “A impunidade não pode ser tolerada”, concluiu.

Já a deputada federal Camila Jara (PT) declarou que, imagina se alguém dá um golpe, que alguém faça um plano para assassiná-lo, e as pessoas próximas a você ou planeje tirar a sua liberdade de escolher o que quer fazer, de escolher seu emprego e de escolher seu representante.

“E o que o governador pede é que a pessoa que planejou tudo isso e a pessoa que incentivou as outras pessoas a apoiarem isso saiam impunes. Então, eu fico decepcionada que o governador, que foi eleito democraticamente, peça para que quem queria tirar a liberdade de cada cidadão sul-mato-grossense de escolher seu representante”, argumentou. 

INCOERÊNCIA

A parlamentar falou que vê certa incoerência da parte de Riedel, porque alguém que comemora que o Brasil ganhou o Oscar com o filme “Ainda Estou Aqui”, que revela os horrores da ditadura militar no País e o processo de tortura que sofreu a esposa de Rubens Paiva, mostra uma completa incompreensão sobre o que fez um período em que não se tinha liberdade de escolha.

“O que o governador revela é que ele topa romper o Estado Democrático de Direito para que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro [PL] e a alta cúpula do Exército possam juntos planejar o atentado contra um presidente da República eleito pelo povo. Gostaria de lembrá-lo que esse planejamento poderia ser contra ele”, avisou.

No entendimento de Camila, quando Riedel se diz defensor da liberdade e que não apoia alguns atos dos povos indígenas que vão às rodovias bloqueá-las para reivindicar água potável, porque não é assim que se dialoga na democracia, e que também não apoia alguns atos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) porque dentro da democracia não se pode invadir propriedade dos outros, ele se mostra incoerente ao dizer que, quando é do interesse dele, as pessoas podem agir dessa forma.

“Então, isso mostra uma completa incoerência por parte do governador Eduardo Riedel e, da minha parte, avalio que algumas posições são separadas e são intransponíveis. O PT vai ter uma reunião amanhã [hoje] para decidir a permanência ou não do governo de Riedel. Mas eu entendo que, diante da posição do governador, pedindo anistia, não da cabeleireira que já está em casa, mas do Bolsonaro e da alta cúpula do Exército, não faz mais sentido permanecer”, avisou.

ANISTIAR BOLSONARO

O deputado estadual Zeca do PT, que já foi governador por dois mandatos, também saiu em defesa do posicionamento do partido de ser contra a anistia para os presos do 8/1. “Respeitando a liberdade de expressão de todos, indistintamente, permito-me discordar publicamente da posição manifestada pelo governador Eduardo Riedel”, declarou.

Ele completou que ficou claro que “Ridel quer anistia para o inelegível e inominável ex-presidente e esconde sua intenção, falando das pessoas que foram devidamente julgadas e estão presas”. 

“Importante lembrar que as pessoas presas não são velhinhas inocentes como tentam passar. São pessoas adultas, a maioria homens, que atentaram contra a democracia e que tiveram a oportunidade de aceitar acordo de não persecução penal para evitar a prisão, o que recusaram”, salientou.

Para Zeca do PT, “que o governador e seus aliados conservadores, como a senadora Tereza Cristina e outros que sequer merecem ser citados, continuem articulando projetos para disputar com Lula e o PT”. “Trata-se de prerrogativa deles. Porém, ser porta-voz do atraso e da infâmia é demais e me envergonha”, argumentou.

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