Política

DISPUTA FEMININA

Adriane e Rose avançam ao 2º turno das eleições para prefeita de Campo Grande

A atual prefeita obteve mais de 140 mil votos, enquanto a ex-deputada federal chegou a mais de 131 mil votos no 1º turno

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Pela primeira vez na história de Campo Grande o segundo turno das eleições municipais será disputado por duas mulheres: a atual prefeita Adriane Lopes (PP) e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil). Ou seja, também pela primeira vez a Capital terá uma prefeita eleita, pois Adriane era vice-prefeita e a primeira a assumir o cargo, a ex-vereadora Nelly Bacha, foi nomeada.

Além de ser um segundo turno inédito, o embate entre as duas candidatas foi uma surpresa, pois em todas as pesquisas o candidato do PSDB, deputado federal Beto Pereira, estava na frente de Adriane Lopes e disputaria a cadeira de chefe do Executivo municipal com Rose Modesto.

Com 100% das urnas apuradas, a prefeita Adriane Lopes obteve 140.913 votos (31,67%) dos votos, enquanto Rose Modesto alcançou 131.525 votos (29,56%). Beto Pereira atingiu 115.516 votos (25,96%), a petista Camila Jara fez 41.966 votos (9,43%), o representante do Novo, Beto Figueiró, somou 10.885 votos (2,45%), o candidato do Psol, Luso Queiroz, chegou a 3.108 votos (0,7%) e o do DC, Ubirajara Martins, ficou com 1.067 votos (0,24%).

EM PRIMEIRO

Ao comentar a ida para o segundo turno, a prefeita Adriane Lopes disse que estava muito feliz de chegar em primeiro lugar.

“As pesquisas todas diziam que eu não conseguiria, mas eu agradeço a Deus, que me sustentou até aqui, e agradeço a todas as pessoas que nos credenciaram um voto de confiança. Agradeço a minha vice Camila, que está aqui ao meu lado, agradeço a essa mulher que me inspira, a senadora Tereza Cristina, agradeço ao meu esposo, deputado estadual Lídio Lopes, e aos meus filhos que andaram comigo”, declarou.

Adriane também fez questão de agradecer ao carinho dos campo-grandenses:

“Quero agradecer a você que abriu a sua casa para nos receber nesse tempo de uma campanha de propostas. Nós apresentamos propostas para a cidade, nós trabalhamos nesse tempo apresentando um caminho para Campo Grande, e as pessoas entenderam que dois anos é pouco tempo e que nesses dois anos nós conseguimos avançar bastante, e acredito aí que a primeira etapa da batalha nós vencemos”.

Sobre as alianças, ela disse que a partir de hoje vai começar a cuidar dessa parte. “Agora, amanhã [hoje] é dia de começar cedo no trabalho, de ir para cima. Davi venceu a batalha contra Golias com a inteligência, não com a força, e é assim que a gente quer vencer a batalha. Eu acho que esse momento é hora de sentar e de construir novas alianças para que a gente possa avançar”, afirmou.

Adriane reforçou o apoio da senadora Tereza Cristina. “Desde o primeiro momento, ela começou todas as articulações políticas, e eu vou deixar as articulações com ela pela experiência e também por ter acreditado em mim desde o primeiro momento e vindo conosco até esse momento tão especial para nós, para a construção do nosso partido”, falou, olhando para a senadora.

Por sua vez, Tereza Cristina disse que vai conversar com todo mundo, pois a política é a arte de construir, de dialogar. “Aí, depois, nós vamos dizer qual vai ser a estrutura, o que é que nós estamos pensando aí para o segundo turno. Nós estamos muito animados, cheios de força, e eu tenho certeza que vai dar certo”, garantiu.

A prefeita ainda fez questão de agradecer ao deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS). “Nesse caminho, nós tivemos o apoio do deputado federal Dr. Luiz Ovando, que foi muito importante para nós. Ele foi um guerreiro nessa campanha, esteve conosco todas as semanas aqui em Campo Grande”, declarou.

Para finalizar, a prefeita disse que o primeiro turno foi a primeira batalha:“Nós chegamos contrariando tudo e todos. Para nós, foi uma grata surpresa, desde a primeira urna aberta até o fim das apurações estar em primeiro lugar, contrariando tudo e todos. Então, eu acho que a primeira batalha a gente venceu, amanhã [hoje] a gente acorda cedo e continua a luta, falando para os campo-grandenses do nosso trabalho. Dois anos é pouco tempo, a população entendeu, e a gente vai fazer muito mais pela nossa cidade. Obrigado”.

ELEIÇÃO DIFÍCIL

Já a candidata Rose Modesto agradeceu a Deus por tê-la conduzido até este momento: “Também quero agradecer a Deus por ter me protegido. Uma eleição extremamente difícil, dura. Eu sempre disse que nós teríamos um desafio enorme disputando contra três máquinas, e hoje a gente chega nessa eleição com muita gratidão a Deus e à população de Campo Grande”.

A ex-deputada federal ainda lembrou das fake news divulgadas contra ela.

“Só quem viu os bastidores da eleição, só quem viu tudo o que a gente sofreu de ataque, de fake news, infelizmente, da estrutura financeira em suma. O eleitor em Campo Grande, em todos os bairros, não ficou muito claro o que aconteceu nesses últimos dias, mas a população já tinha decidido que nos teria disputando essa eleição com chance de ser prefeita no lado do segundo turno”, afirmou.

A respeito da eleição, ela disse que tem convicção de que a cidade quer algo novo.

“A cidade quer mudança, e agora a palavra de gratidão a todos vocês, a palavra de gratidão a todos os eleitores que me colocam aí com praticamente 30% dos votos no empate técnico nesse segundo turno. Ou seja, gratidão a eles, gratidão à militância nossa, aos amigos, a quem foi pra rua, a quem foi bandeirar, a quem foi fazer as disputas”, pontuou.

Rose ainda argumentou que as instituições e as associações acreditaram na sua candidatura até debaixo de pressão. “Aquele votinho silencioso, que não pôde vir a uma reunião, que não pôde tirar uma foto comigo, mas que apostou quietinho e que veio. Aqueles que mesmo sabendo das retaliações, queriam sofrer, tiveram coragem, vieram, colocaram a cara.

A vocês, meu, muito obrigada pela confiança, pelo carinho. E saibam que esse projeto, eu disse desde o início, esse projeto não é apenas meu, não é um projeto pessoal, esse é um projeto de cidade. E por ser um projeto para a cidade, eu não tenho dúvida que a gente vai vencer essas eleições. Quero agradecer aqui o papel da imprensa, que foi muito importante”, garantiu.

A respeito da aliança para o segundo turno, ela disse que primeiro vai buscar dialogar com todos os eleitores dos candidatos que não chegaram ao segundo turno. “A política é feita de diálogo, mas ela é feita também dos posicionamentos, das bandeiras que a gente sempre acreditou, que a gente sempre defendeu. E é com esse espírito que eu quero dialogar com os eleitores de todos os demais partidos que não chegaram ao segundo turno”, afirmou.

A candidata completou explicando que o seu projeto representa a mudança que a cidade e as pessoas querem.

“Nesse momento ficou para mim essa responsabilidade de poder representar essa mudança. Acho que nesse diálogo com o eleitor, nós temos formas de identificar por meio de pesquisas nas nossas redes sociais, e é desse jeito que a gente vai buscar ampliar a nossa porcentagem de votos. E se Deus quiser chegar, com a maioria dos votos na eleição agora do segundo turno”, projetou.

Com relação aos eleitores de Beto Pereira e Camila Jara, ela pretende procurá-los. “Eu acho que uma coisa que fica muito clara é que, às vezes, o eleitor está muito mais sintonizado naquilo que ele quer para a cidade do que na pessoa CPF, física. Então, o debate da eleição é natural, é para um lado, para o outro. Agora, o que importa para o eleitor, tanto do Beto quanto da Camila, como para o eleitor dos demais candidatos, é quem é que vai incorporar o melhor projeto para a cidade que eles estão esperando. Então, eu tenho certeza que a gente vai conseguir buscar o voto desses eleitores”, analisou.

Rose ainda comentou sobre o seu antigo partido, o PSDB. “Na verdade, é uma coisa muito importante deixar claro aqui, a minha saída do PSDB nunca foi nada pessoal, é sonho. E talvez um olhar diferente em algumas pautas, que é importante, é aquilo que a gente tem a coragem. Se eu não concordo como a política pública está sendo desempenhada de uma forma ou de outra, eu fui lá seguir o meu caminho”, disse.

Ela reafirmou que o eleitor do PSDB e dos outros partidos terão de buscar o melhor projeto para cuidar de Campo Grande entre duas candidaturas.

“E eu tenho certeza que tem muitos eleitores que votaram nos demais candidatos vão poder, com certeza, caminhar com a gente, compreendendo que o projeto que representa a mudança é o nosso. Até porque eu nunca estive na prefeitura, não foi e não coube a mim essa responsabilidade de cuidar da saúde, que é o que eu quero fazer, para poder diminuir essa questão mesmo com o descaso com a saúde pública. Campo Grande chegou no fundo do poço, ao ponto de não ter dipirona para dar para a população. Campo Grande deixou mais de 8 mil crianças fora de uma creche”, informou.

A candidata acrescentou que Campo Grande tem hoje problemas com moradores em situação de rua, o que trouxe um ambiente de insegurança e, ao mesmo tempo, um problema grave de saúde pública que é a dependência química.

“Campo Grande tem problemas de infraestrutura que são problemas de mais de 30 anos. Então, hoje, quem já está aí não vai poder falar mais de mudança. A mudança agora está representada na nossa candidatura, e eu tenho certeza que todos os eleitores de todos os demais candidatos que não chegaram no segundo turno vão poder enxergar, reconhecer e caminhar com a gente. Nós vamos buscar com muita humildade o apoio desses eleitores”, citou.

Rose assegurou que o próximo passo é sentar com a coordenação da campanha.

“A campanha já começou hoje. Nós já vamos começar hoje [ontem] fazendo uma reunião de trabalho, e amanhã já organizando pra ir pra rua novamente. Então, o primeiro passo agora é a gente poder fazer essa organização e já de imediato buscar esses eleitores que não conseguiram chegar ao segundo turno com seus candidatos e mostrar para eles que nós estamos mais preparados, com mais experiência, com capacidade de dialogar com todo mundo, para poder fazer de Campo Grande essa cidade tão especial, que todo mundo está esperando e merece ter. Eu penso que política a gente faz dialogando, sem abrir mão das nossas ideologias, sem a gente ter que vender princípios, entendeu?”, questionou.

A ex-deputada federal abordou o fato de pela primeira vez disputar o segundo turno em Campo Grande. “Eu acho que é importante, eu acho que a mulher é preparada, a mulher que tem trabalho prestado, a mulher que tem realmente condições de estar ocupando aquele cargo.

É muito bom você ver as mulheres ocupando espaços como esse. Eu sempre defendi que, para você poder ter mais mulheres participando, ocupando essas cadeiras, você tem que ter coragem de disputar a eleição. Eu acho que a minha coragem de colocar o meu nome, de enfrentar três máquinas e vir para esse debate me dá a possibilidade hoje de chegar onde eu cheguei”, disse.

No entanto, ela pontuou que não basta ser mulher: “Tem que ser mulher competente, tem que ser mulher que não tem problema com a Justiça, tem que ser mulher que sabe fazer gestão, porque, afinal de contas, é uma cidade de quase um milhão de habitantes. Então, não é só porque é mulher ou é só porque é homem, mas tem que ser competente, tem que estar preparado para poder fazer a gestão que o Campo Grande precisa ter”.

Para finalizar, a ex-deputada federal reforçou que agora vai buscar como primeira aliança a mais importante de todas, os eleitores. “Nesse momento, a aliança mais importante é com os eleitores. São muitos eleitores que votaram em outras candidaturas, e nós vamos procurar comunicar com eles e, lógico, dialogar com todos aqueles que entendem que o nosso projeto é o melhor projeto para Campo Grande”, concluiu.

Saiba

Beto Pereira agradece os votos obtidos

Terceiro colocado na disputa para a Prefeitura de Campo Grande e fora do segundo turno das eleições, o deputado federal Beto Pereira (PSDB) enviou nota à imprensa agradecendo aos seus mais de 115 mil eleitores. 

“Essa expressiva votação é uma demonstração clara de que estamos no caminho certo e reforça ainda mais o meu compromisso de seguir trabalhando incansavelmente pela nossa cidade e por Mato Grosso do Sul”, afirmou. Ele, que contou com o apoio oficial do governador Eduardo Riedel (PSDB) e do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), desejou à próxima prefeita de Campo Grande muito sucesso em sua gestão.

“Espero que ela possa conduzir nossa Capital com sabedoria e compromisso, trabalhando sempre pelo bem-estar de todos os campo-grandenses”, disse. Beto ainda disse que continuará trabalhando pela cidade. “Continuarei empenhado em trazer melhorias e buscar soluções”.

(Colaboraram Naiara Camargo e Laura Brasil)

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Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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