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AGU entrega ao STF acordo sobre INSS e reitera pedido para excluir indenizações da meta fiscal

Descontos poderão continuar a ser contestados nos canais próprios, que deverão continuar ativos

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A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma proposta de conciliação na ação que trata sobre os descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Na mesma peça, o órgão reforçou o pedido para que o ministro Dias Toffoli, relator do processo, reconheça que os créditos extraordinários necessários para efetuar o pagamento sejam excluídos do cálculo da meta de resultado primário nos exercícios de 2025 e 2026.

O acordo foi firmado entre a União, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público e estabelece que o governo ressarcirá integralmente as vítimas dos descontos, promoverá a responsabilização civil e administrativa das entidades associativas envolvidas e adotará medidas para recuperar os valores indevidamente descontados. Também há na proposta de conciliação uma série de deveres para o INSS para prevenir novas fraudes e aumentar sua transparência.

De acordo com o plano, os descontos poderão continuar a ser contestados nos canais próprios, que deverão continuar ativos por, no mínimo, mais seis meses. Esse período pode ser prorrogado mediante consenso entre as partes.

A AGU argumentou que "a magnitude da lesão identificada justifica o afastamento da programação orçamentária ordinária". Também ressaltou que o pedido não se trata de requerer autorização para crédito extraordinário, já que é o Congresso quem tem competência para isso. "Busca-se, tão somente, a declaração judicial de que, no presente caso, estão configurados os requisitos constitucionais que legitimam a abertura extraordinária do referido crédito", afirmou o órgão.

Na semana passada, o ministro do STF Dias Toffoli conduziu uma audiência de conciliação entre os órgãos e a União se comprometeu a apresentar até 10 de julho uma minuta do acordo, cuja homologação será analisada pelo Supremo.

Na ocasião, o governo anunciou que quer iniciar em 24 de julho o ressarcimento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. O objetivo é que o pagamento seja feito em lotes, a cada 15 dias corridos, alcançando 1,5 milhão de aposentados em cada lote. Como o órgão recebeu 3,4 milhões de pedidos de ressarcimento, três lotes seriam suficientes para concluir o pagamento, segundo estimativas do Executivo. A execução do plano depende da sua homologação pelo plenário da Corte.

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Declaração

Lula diz que não aceita interferência de quem quer que seja após defesa de Trump a Bolsonaro

"A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros", disse presidente

07/07/2025 21h00

Foto: Ricardo Stuckert / PR / Arquivo

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Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestar apoio a Jair Bolsonaro (PL) e chamar de "coisa terrível" e "perseguição" os processos contra o ex-presidente na Justiça brasileira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil é um "país soberano" que não aceita "interferência ou tutela de quem quer que seja".

"A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros", disse o presidente em publicação no X (antigo Twitter) na qual não citou nem Donald Trump nem Jair Bolsonaro. "Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito". O comunicado foi divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) no formato de nota à imprensa.

Nesta segunda-feira, 7, em publicação em sua rede social, a Truth Social, Trump pediu para que o Brasil "deixasse Bolsonaro em paz". O presidente americano descreveu Bolsonaro como um "líder forte, que realmente amava seu país". "Ele não é culpado de nada, exceto de ter lutado pelo povo", afirmou Trump.

A expressão de apoio a Jair Bolsonaro ocorre um dia depois de Trump anunciar tarifas adicionais a países que se alinharem ao que chamou de "políticas antiamericanas dos Brics". O Brics é um fórum das principais economias emergentes do globo. O grupo reuniu-se neste domingo, 6, no Rio de Janeiro, para uma cúpula de sessões sobre temas variados. O congresso encerra-se nesta segunda.

Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, quando perdeu a recondução para Lula.
 

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Conheça

Quem é o novo presidente da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras

Marcelo Farinha foi escolhido em processo seletivo no mercado

07/07/2025 20h00

Marcelo Farinha

Marcelo Farinha Foto: Divulgação

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O Conselho Deliberativo, instância máxima de governança da Petros - fundo de pensão dos funcionários da Petrobras -, aprovou o nome do engenheiro Marcelo Farinha para a presidência da entidade. A decisão foi tomada na sexta-feira, 4. Para ser empossado, o executivo ainda precisa ser habilitado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O executivo assumirá a cadeira que até algumas semanas atrás era ocupada pelo economista Henrique Jager, que saiu para assumir o posto de CEO da Petrocoque.

Marcelo Farinha foi escolhido em processo seletivo no mercado, conforme as normas de governança da Petros, informou a entidade em seu website. O processo foi conduzido por uma Comissão Temporária, composta por dois membros do Conselho Deliberativo indicados pela patrocinadora e dois membros eleitos pelos participantes. Além disso, uma consultoria especializada em recrutamento de executivos assessorou o processo.

O executivo é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tem mestrado em economia pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e especialização em finanças pela FIA/Universidade de São Paulo.

Farinha já foi diretor de Investimentos e Benefícios do Economus Instituto de Seguridade Social e diretor de Administração e Finanças da Pouprev Fundação de Seguridade Social.

Na Brasilcap Capitalização, foi presidente, diretor administrativo, Financeiro, de Riscos e Controles e diretor comercial. Ele ocupou ainda os cargos de presidente da Federação Nacional das Empresas de Capitalização (Fenacap) e de vice-presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSEG)

Marcelo Farinha possui também mais de 35 anos de carreira no conglomerado do Banco do Brasil, principalmente na área financeira. Tem, ainda, experiência em conselhos deliberativo e fiscal; e em comitês de auditoria, risco e investimentos.

Até a posse de Farinha, o presidente interino, Marco Aurélio Viana, segue à frente da Petros. Depois, retornará ao comando da Diretoria de Seguridade.
 

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