Política

ELEIÇÕES 2020

Alan Guedes derrota Barbosinha e vence disputa para a prefeitura de Dourados

O pepista obteve 33,09% dos votos válidos, o que corresponde à preferência de 34.242 eleitores

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Alan Guedes (PP) venceu o deputado estadual Barbosinha (DEM) nas urnas. O pepista obteve 33,09% dos votos válidos, o que corresponde à preferência de 34.242 eleitores. Já o principal adversário teve 31.650 votos, o que equivale a 30,59% dos votos válidos.

Também perderam a disputa Racib Harb (Republicanos), que teve 11,03% dos votos válidos; Mauro Thronicke (PSL), que teve 10,14% dos votos válidos; João Carlos (PT), que recebeu 9,34% dos votos válidos; Wilson Matos (PTB), com 5,48% dos votos válidos e Jeferson Bezerra (PMN), com 0,33% dos votos válidos.

A apuração foi realizada a passos lentos neste ano devido a problemas enfrentados pela Justiça Eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concentrou a divulgação dos resultados. Em Dourados, o sistema atualizou com 100% das urnas contabilizadas às 21h05, quando Alan sacramentou a vitória após disputa acirrada com Barbosinha.

Já a lista dos vereadores eleitos é composta por: Jânio Miguel (PTB), Lia Nogueira (PP), Liandra da Saúde (PTB), Elias Ishy (PT), Maurício Lemes (PSB), Marcio Pudim (DEM), Juscelino Cabral (DEM), Olavo Sul (MDB), Rogerio Youri (PSDB), Laudir Munaretto (MDB), Marcelo Mourão (PODE), Sergio Nogueira (PSDB), Fabio Luis (Republicanos), Diogo Castilho (DEM), Daniel Junior (Patriota), Creusimar Barbosa (DEM), Daniela (PSD), Marcão da Sepriva (SD) e Cemar Arnal (SD).

DISPUTA ELEITORAL

Em Mato Grosso do Sul, 1.932.293 eleitores estão aptos a votar nos 79 municípios para escolher prefeitos e vereadores. Somente em Campo Grande são 612.487. A Justiça Eleitoral no Estado registrou 290 candidatos a prefeito e 8.071 candidatos a vereador. Um total de 419 candidatos para estes dois cargos estão em busca da reeleição.

O primeiro turno estava marcado para 4 de outubro, mas foi adiado para hoje em razão da pandemia da Covid-19.

Por conta dos riscos que a doença oferece, uma série de normas de biossegurança foram adotadas em todas as sessões, como uso de máscara obrigatório, orientação para que os eleitores levassem as próprias canetas, horários preferenciais para o público de risco e mais tempo até o fechamento das urnas, o que neste ano ocorreu às 17h (uma além do normal).

Dourados

Vereadora 'dona de zona', manda recado para políticos: "A farra acabou"

A vereadora deixou claro que vai fiscalizar a conduta de servidores contratados e médicos que supostamente deixam a UPA antes do plantão terminar

21/10/2024 18h00

Eduardo Miranda / Correio do Estado

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A vereadora Isa Marcondes (Republicanos), eleita pelo município de Dourados, colocou no alvo de suas futuras fiscalizações a atuação dos servidores que, usualmente, assumem cargos por indicação assim como médicos que segundo ela abandonam o plantão deixando a população sem atendimento.

Eleita com o maior número de votos, a ‘cavala’, como é conhecida pelo povo douradense, assume o mandato juntamente com os eleitos para o pleito no dia 1º de janeiro de 2025.

Cargos comissionados

Como apalavrou com o eleitorado, quer seguir à risca o que frisa a todo momento em suas redes sociais: o papel do vereador é fiscalizar.

Para tanto, pretende passar um verdadeiro “pente fino” nos servidores indicados.

“Vou fiscalizar todos. Eu já falei para o prefeito Marçal Filho [indicar] pessoas com perfil técnico e não fazer como estava igual a essa gestão [Alan Guedes] que era uma ‘cabideira’ que só sustentou este povo sem futuro que não trabalhava”, disparou Isa Marcondes.

Saúde

Em específico, onde mais afeta a população, Isa indicou que irá ter um olhar especial pela questão da saúde no município. Servidor que não aparecer para trabalhar ou médico que "fugir" no meio do plantão será verificado.

“Tem muitos contratados, por exemplo, médicos que atendem três pessoas [no posto de saúde]; de repente, ele some para fazer uma cirurgia e atender no particular. Essa farra vai acabar; eles têm que aproveitar agora porque, no ano que vem, se eu pegá-los saindo de consultório e deixando o povo na fila, isso vai para a mídia, para o conhecimento do prefeito e do Ministério Público.”

Crédito: Eduardo Miranda / Correio do Estado

De olho na Câmara

Além disso, a Câmara Municipal, que atualmente funciona dentro do shopping enquanto a edificação passa por reforma, também estará nos radares da vereadora.

“Eu quero saber o que acontece dentro da Câmara, porque até a Câmara Municipal eu vou fiscalizar. Tem que ver tudo, os contratados, caso haja muitas contratações, pois sempre passa muito, né? Tem que colocar pessoas com perfil técnico. Para que, por um monte de gente, se eu consegui ganhar uma eleição com sete pessoas e dez cabos eleitorais?”, alertou Marcondes.

 

Campanha

Durante a campanha, Isa contou ao Correio do Estado que não organizou comícios e reuniões na casa das pessoas no município, em razão de achar que as pessoas estão cansadas desse formato de abordagem.

Indo na contramão, vestiu um colete de “Fiscal do Povo”, pegou o Jeep cedido pelo avô do neto e caiu nas ruas para ter o tête-à-tête com cada eleitor, o que demandou tempo e gerou várias gravações de denúncias nas redes sociais.

Com isso, a população começou a acionar Isa, e ela esteve em escolas, Upas e obras paradas, mostrando o que chamou de “descaso com o povo”.

Deste modo, conseguiu a confiança do eleitorado e, com a propaganda que chamou a atenção de todo o país: “Dourados está uma zona e de zona eu entendo” - ideia de seu amigo campograndense Juliano Vaca - foi eleita vereadora no dia 6 de outubro com 2.992 votos - com o maior percentual entre os eleitos

Tendo se autointitulado ‘terror de Dourados’, explicou que isso ocorrerá em formato de trabalho, dentro da lei e do que implica o cargo.

Vou entrar em órgãos públicos, vou entrar nos famosos depósitos para conferir a licitação. Eu quero saber dos remédios; se vieram os remédios, eu estou lá para fiscalizar e mostrar ao vivo no meu vídeo que estou observando tudo.”

Apoio de bancada

Independente de sigla ou ideologia partidária, Isa Marcondes reforçou que, se depender de verba para melhorias em Dourados, virá para Campo Grande conversar com os deputados estaduais e Brasília com os Federais.

“Eu só não vou fazer politicagem porque é isso que acaba com o nosso povo douradense. Sou política, eu vou bater em todos os gabinetes, seja de senador, de deputado federal e estadual. Todos de direita e esquerda”, contou Isa, e completou:

“Quero mostrar para o povo douradense quem está ajudando a gente. Não é só 2022: buscou voto e tchau. Nem lembra da gente. Independente de partido, vou falar com toda a bancada.”

Ainda fez o compromisso de divulgar em suas redes sociais os parlamentares que enviaram recurso e emenda para o município, para que o povo mais simples comece a entender o que é a política.

Divisão

Para a reportagem, Isa disse que a polarização de direita e esquerda trouxe problemas até para sua vida pessoal. Como a própria se define: lésbica, pela família, com amor a Deus e hoje em atuação do lado do povo, sem radicalismo.

Seguidora do presidente Bolsonaro, com quem possui forte identificação, não se considera conservadora, embora esteja em um partido conhecido por essa bandeira.

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Política

Preso em MS, Chiquinho Brazão presta depoimento à Alexandre de Moraes

Será realizada uma sessão por dia com todos os réus, de 13h às 19h, até sexta-feira (25), todas por videoconferência em razão de todos estarem em presídios de segurança máxima

21/10/2024 14h30

Preso em MS, Chiquinho Brazão presta depoimento à Alexandre de Moraes

Preso em MS, Chiquinho Brazão presta depoimento à Alexandre de Moraes Agência Brasil

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Nesta segunda-feira (21) o deputado federal, Chiquinho Brazão, preso em Campo Grande, será o primeiro interrogado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 

Será realizada uma sessão por dia com os réus, de 13h às 19h, até sexta-feira (25), todas por videoconferência em razão de todos estarem em presídios de segurança máxima. 

O processo tem como relator o ministro Alexandre de Moraes, os réus serão julgados posteriormente em um júri no Tribunal de Justiça do Rio. Além de Brazão, o delegado Rivaldo Barbosa e o policial militar Ronald Paulo de Alves Pereira, responderão por homicídio. Já Robson Calixto Fonseca, assessor de Domingos Brazão, será interrogado sob a acusação de organização criminosa.

  • Segunda, dia 21/10 - Chiquinho Brazão
  • Terça, 22/10 - Domingos Brazão
  • Quarta, 23/10 - Robson Peixe
  • Quinta, 24/10 - delegado Rivaldo Barbosa
  • Sexta, 25/10 - Major Ronald

Os cinco indivíduos se tornaram réus em junho, por meio de uma decisão unânime da Primeira Turma da Corte. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), um dos motivos pelo assassinato de Marielle foi o fato de que a vereadora teria se tornado “o mais ativo símbolo da resistência” aos interesses econômicos dos irmãos Brazão”.

É importante ressaltar também que os réus já tinham prestado depoimento após as prisões e apresentado a defesa após as denúncias. A fase de interrogatório faz parte da instrução penal, depois desse processo, tanto as defesas quanto as acusações, terão cinco dias para decidir se novas diligências serão solicitadas. 

Caso não seja necessário, o processo entrará na fase de alegações finais - processo em que as partes de um processo judicial fazem após a fase de instrução e antes da sentença do juiz: 

  • É o momento em que as partes envolvidas no processo consolidam seus argumentos e fazem um último esforço para convencer o juiz da validade de suas reivindicações ou defesas. 
  • Podem ser apresentadas de forma oral ou escrita, desde que dentro do prazo que o juiz da causa fixar. 
  • No caso de processos criminais, as alegações finais orais devem ser apresentadas pelas partes antes do proferimento da sentença e possuem duração de 20 minutos, podendo ser prorrogadas por mais 10 minutos. 
  • Quando é parte do processo a apresentação de alegações finais, convenciona-se dizer que essas alegações são expressas por meio de uma petição, a qual é anexada aos autos. 

No dia 14 de outubro, Moraes determinou que o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) passe por uma avaliação médica no Presídio Federal em Campo Grande, onde ele está preso em função das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.

Pela decisão do ministro, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) teve prazo de 48 horas para avaliar o estado de saúde do parlamentar.

A decisão foi motivada por um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Chiquinho Brazão. Os advogados alegam que ele tem precordialgia atípica e estenose significativa na artéria, tipos de problemas cardíacos, e que não há tratamento médico suficiente na prisão.

Relembre o caso

 

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