Política

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Apesar de derrota na Capital, Vander faz balanço positivo da eleição em MS

Em nível nacional, o deputado federal atribuiu o desempenho ruim à falta de divulgação das políticas públicas de Lula

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Após um resultado eleitoral em que os partidos de centro-direita e de direita demonstraram ter mais força que o PT, tanto em nível estadual quanto nacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aumentou as cobranças das lideranças da legenda em todo o Brasil para que apresentem políticas públicas voltadas para a classe média, pois, conforme as pesquisas de avaliação administrativa, a reprovação dele e da sigla é maior entre quem ganha de dois a cinco salários mínimos.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o PT não conseguiu eleger nenhum prefeito e nenhum vice-prefeito. Em Campo Grande, a candidata do partido, a deputada federal Camila Jara, ficou em terceiro lugar, com apenas 9,43% dos votos, ou seja, 41.966 votos, um porcentual bem abaixo da projeção de até 15% do eleitorado da Capital. Com relação aos vereadores, das 849 cadeiras distribuídas nos 79 municípios do Estado, o PT fez apenas 37.

Do total de parlamentares eleitos pelo partido, três foram em Campo Grande, sendo eles: Luiza Ribeiro, que foi reeleita, Landmark Ferreira e Jean Ferreira. O PT também elegeu vereadores em Amambai (1), Aquidauana (2), Caarapó (1), Coxim (2), Dois Irmãos do Buriti (1), Dourados (2), Glória de Dourados (1), Japorã (1), Jardim (1), Juti (1), Miranda (3), Mundo Novo (1), Naviraí (1), Nioaque (1), Nova Andradina (2), Novo Horizonte do Sul (2), Pedro Gomes (1), Ponta Porã (1), Porto Murtinho (1), Ribas do Rio Pardo (3), Sidrolândia (1), Tacuru (3) e Três Lagoas (1).

Apesar disso, o deputado federal Vander Loubet, uma das principais lideranças do PT em Mato Grosso do Sul, fez um balanço positivo para o Correio do Estado sobre o resultado das eleições em nível estadual, mesmo com o fraco desempenho de Camila Jara em Campo Grande. “Nós, do PT, estamos em um processo de reconstrução, que inclui o surgimento de novas lideranças. Nesse sentido, a candidatura da Camila foi uma afirmação desse processo em Campo Grande”, afirmou.

Sobre o segundo turno, Vander disse que o PT liberou a militância, e, entre as duas candidaturas que estavam postas, a maioria fez a opção pela candidata Rose Modesto (União Brasil). “Porém, nós não estivemos diretamente no palanque dela fazendo campanha, nem ela incorporou o PT ou o Lula na campanha, então, essa é uma derrota que não é nossa e nós não podemos assumir”, argumentou.

No entanto, o deputado federal analisou que, caso Rose Modesto tivesse abraçado o apoio do PT, talvez o resultado teria sido diferente. “Há quem diga até que ela poderia ter vencido se tivesse abraçado o PT de forma explícita, porque, assim, teria nossa militância na rua efetivamente fazendo campanha para ela”, declarou.
Para Vander Loubet, entretanto, é possível fazer um balanço positivo das eleições em Mato Grosso do Sul para o PT.

“Ampliamos nossa bancada de vereadores em Campo Grande e Dourados, fizemos vereadores em municípios grandes onde não tínhamos representantes e tivemos uma melhora significativa em comparação a 2020”, assegurou.

A respeito da questão da classe média no Estado e no resto do Brasil, o parlamentar entende que o PT tem sim um conjunto de políticas públicas e ações do governo Lula que beneficiam esse setor da sociedade.

“Um exemplo é o programa Minha Casa, Minha Vida, que facilitou o acesso à casa própria para a classe média. Talvez nosso problema maior seja nos comunicarmos com esse público, que foi cooptado pelo discurso simplista da extrema direita e que assistiu na TV, por anos, o massacre midiático que foi feito contra o PT por conta da Lava Jato”, finalizou.

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Política

Argentina emite mandados de prisão para 61 foragidos do 01/08

Brasil pediu extradição dos condenados por ações antidemocráticas; já há dois detidos no país de Javier Milei

15/11/2024 21h00

Vidros quebrados em atentado ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023

Vidros quebrados em atentado ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023 Joedson Alves/ Agência Brasil

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A Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão contra os 61 foragidos brasileiros que tiveram pedidos de extradição enviados pelo Brasil, segundo a Folha confirmou com interlocutores da área. Eles foram condenados a diferentes penas devido à participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A decisão coube ao juiz Daniel Rafecas, chefe do 3ª Vara Federal. As ordens de captura foram emitidas e, até aqui, já há dois brasileiros detidos no país. Eles terão audiências com o juiz Rafecas, que decidirá sobre a extradição, e poderão apelar à Corte Suprema de Justiça.

Na última ocasião em que foi questionado sobre o tema, o governo de Javier Milei afirmou, por meio de seu porta-voz, Manuel Adorni, que a Casa Rosada apenas seguiria as ordens judiciais no que diz respeito às decisões sobre extradição. Milei é um aliado de Jair Bolsonaro (PL).

Como mostrou a reportagem, um dos detidos foi Joelton Gusmão de Oliveira, durante esta quinta-feira (14), em La Plata, na província de Buenos Aires. Ele foi condenado no Brasil a 17 anos de prisão. A segunda detenção ocorreu na tarde desta sexta-feira.

Também havia uma ordem de detenção contra Alessandra Faria Rondon, esposa de Oliveira, mas ela conseguiu deixar o local antes de ser capturada pelos policiais.

De acordo com informações obtidas pela reportagem por meio da lei de acesso à informação local, até meados de outubro 185 brasileiros haviam pediram refúgio na Argentina. Para efeitos de comparação, em 2023 foram apenas três. A maioria (109) é de homens, e a maior fatia de pedidos ocorreu no mês de maio (47).

Os detidos permanecerão presos até que uma audiência para avaliar a extradição seja feita. O juiz Rafecas é também professor na Faculdade de Direito da UBA, a Universidade de Buenos Aires, a mais prestigiada do país. Tem atuação na área de direitos humanos.
 

*Informações da Agência Brasil 

Justiça

Turma do STF tem maioria para manter prisão de Domingos Brazão

Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio é acusado de ser mandante do assassinato de Marielle Franco

15/11/2024 20h00

Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL).

Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL). Arquivo - Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (15) para manter a prisão de Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL).

A defesa do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro pedia a soltura dele argumentando que não havia razão para mantê-lo preso preventivamente.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi contra a soltura de Brazão. Ele foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Falta o voto de Luiz Fux.

"As razões apresentadas revelam que a prisão preventiva do agravante está lastreada em fundamentação jurídica idônea, chancelada pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal", diz Moraes em seu voto.
O julgamento está no plenário virtual do Supremo, com término previsto para segunda-feira (18).

Os advogados de Brazão argumentam que a prisão era desnecessária porque ele não representa um risco para a investigação. Ele é suspeito de obstruir a apuração da polícia em 2017 e 2018 —o que, para a defesa do conselheiro do Tribunal de Contas, são "fatos remotos" que "não autorizam a imposição da medida extrema".

Moraes discorda. "A presença de elementos indicativos da ação do agravante para obstruir as investigações [...] também reforçam a necessidade da manutenção da sua prisão preventiva e impedem a sua substituição por medidas cautelares diversas da prisão".
Domingos Brazão está preso desde março de 2024. Ele foi alvo de operação da Polícia Federal após investigadores identificarem indícios de que ele e seu irmão, Chiquinho Brazão, tentariam fugir. os dois negam participação no crime.

A operação da PF ocorreu cinco dias após Moraes homologar a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor do crime.

Lessa foi preso em 2019 durante o período de atuação de Giniton Lages no caso. Em depoimento ainda naquele ano, o delegado afirmou que a investigação teve falhas que atrasaram a identificação dos acusados do crime. Os erros teriam ocorrido na coleta e análise de imagens a fim de identificar o trajeto feito pelo Cobalt usado pelos assassinos.

De acordo com trecho da representação enviada pela PF a Moraes, o assassinato de Marielle Franco foi "arquitetado" por Domingos e Chiquinho Brazão e pelo delegado Rivaldo Barbosa. O texto diz que o crime foi idealizado pelos irmãos e "meticulosamente" planejado pelo policial.

 

*Informações da Folhapress 
 

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