Política

NOVO GOVERNO

Azambuja anuncia nomes para secretarias em nova gestão

Governador mantém nomes em quatro pastas para 2019

RAFAEL RIBEIRO E IZABELA JORNADA

28/12/2018 - 08h13
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O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou, na manhã desta sexta-feira (28), o novo secretariado do Governo do Estado para sua nova gestão, que se inicia em 2019.

Quatro nomes foram mantidos pelo mandatário estadual nas pastas: Antônio Carlos Videira segue à frente da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública. Na Educação, Azambuja manteve como responsável Maria Cecília Amendola da Motta.

Além dos dois, Eduardo Ridel seguirá como secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica. E Jaime Verruck continua à frente da Pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico.

MUDANÇAS

Nas outras secretárias, Azambuja confirmou mudanças. E nomes que vinham sendo cogitados nos últimos dias.

O vice-governador Murilo Zauith (DEM) ficará responsável pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, substituindo Helianey Paulo da Silva.

Geraldo Resende, ex-deputado federal pelo PSDB, foi oficializado como secretário de Estado da Saúde, no lugar de Carlos Coimbra.

“Geraldo poderia assumir como deputado mas há tempos ele tinha essa vontade de principalmente agora com o relacionamento que ele tem com o Mandetta (Luiz Henrique, novo ministro da Saúde). Ele vai dar continuidade à Caravana da Saúde”, disse o tucano.

Atualmente diretor-presidente do Detran-MS, Roberto Hashioka assume a Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização. Substitui Carlos Alberto de Assis, realocado pelo governador para a chefia de gabinete.

O governador afirmou que Hashioka vai ficar responsável pelas compras e licitações da gestão.“Vamos potencializar essa área para ter mais avanços, precisamos de um olhar mais importante”, disse o mandatário estadual.

Segundo Azambuja, Assis ficará responsável pela articulação política da gestão em Campo Grande. No interior a função ficará com Sérgio de Paula, que ficou na Casa Civil até 2017 e deixou a função para comandar a campanha à reeleição do governador.

MAIS NOMES

Durante a entrevista coletiva, Azambuja anunciou que a equipe se reunirá pela primeira vez no próximo dia 2. Entre os assuntos, será formatado o contrato de gestão para estabelecer eixos estruturantes do próximo quadriênio.

Os secretários serão apresentados a mais dois novos nomes da gestão anunciados pelo governador: Carlos Eduardo Girão, que assume a Controladoria-Geral do Estado, e Fabíola Marquetti Sanches Rahim, escolhida como a procuradora-geral de Mato Grosso do Sul.

“Não fizemos politizações no primeiro mandato e não faremos no segundo também”, disse Azambuja, justificando os nomes. “O critério de escolha do novo secretariado e de pessoas qualificadas com perfil de fazer gestão pública, transformar recursos públicos em políticas públicas.”

Segundo o governador, o senador Pedro Chaves (PRB) será convidado para ser o porta-voz da gestão em Brasília (DF). “Se ele entender que poderá contribuir com sua experiência a ms. Ele vai contribuir com relacionamentos”, completou.

O governador antecipou que, por enquanto, Hashioka permanecerá sem substituto oficializado no Detran-MS. A promessa é de apresentar o novo diretor-presidente na reunião de janeiro.

REFORMA ADMINISTRATIVA

O anúncio do novo secretariado vem depois do Governo do Estado publicar no Diário Oficial do Estado (DOE) de quarta-feira (26) a Reforma Administrativa, com redução no número de secretarias.. 

Uma das mudanças dizem respeito a fusão da Secretaria de Cultura e Cidadania com a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) e a reorganização das nomenclaturas e de funções de cargos em comissão de direção, de chefia e de assessoramento da administração direta e indireta do Poder Executivo Estadual, chamados DCAs.

As subsecretarias de Políticas Públicas para Mulheres, para a Promoção Racial, Indígena, para Juventude , LGBT, Pessoas com Deficiência , Pessoas Idosas e Assuntos Comunitários também foram incorporadas a pasta da Segov.

Sobre os DCAs, o governo pretende reduzir intervalos dos valores entre os cargos diminuindo os interstícios de quem tem remunerações que variam de R$ 1,2 mil até 20 mil. Serão 13 valores diferentes de salários, com espaço menor entre eles. Os DCAs mais altos são dos secretários estaduais, com a remuneração de R$ 24.376,89.

Além da Secretaria de Cultura ser incorporada a Segov, o escritório de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos do Estado no Distrito Federal e a Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul, bem como o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) estaraão integrados no escritório de Gestão Política da Segov.

FIM DO IMBRÓGLIO

Executiva nacional do PSDB designa Beto Pereira para liderar a sigla em MS

O deputado federal Geraldo Resende foi escolhido para ser vice-presidente do partido no Estado até o próximo ano

05/12/2025 08h40

O deputado federal Beto Pereira é o novo presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul até o próximo ano

O deputado federal Beto Pereira é o novo presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul até o próximo ano Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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Terminou ontem o imbróglio sobre quem vai presidir a executiva provisória do PSDB em Mato Grosso do Sul, após a saída do ex-governador Reinaldo Azambuja para o PL.

O presidente nacional do partido, deputado federal Aécio Neves (MG), designou o deputado federal Beto Pereira para comandar a legenda até o próximo ano.

Em entrevista ao Correio do Estado, o parlamentar sul-mato-grossense explicou que assume a liderança do ninho tucano com a missão de preparar a sigla para as eleições gerais do próximo ano no Estado. 

“Assumimos com o compromisso de entregar ao partido uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados e também para a Assembleia Legislativa”, declarou.

O parlamentar, que já era um dos cotados para comandar a legenda no Estado pelo menos até a abertura da janela partidária do próximo ano, informou ainda que o deputado federal Geraldo Resende ficará com a vice-presidência estadual do PSDB, enquanto o deputado federal Dagoberto Nogueira assumirá a secretaria-geral da legenda e o deputado estadual Paulo Corrêa, a tesouraria da sigla.

Os demais integrantes da comissão executiva estadual do PSDB são: os deputados estaduais Jamilson Name e Lia Nogueira, os vereadores Silvio Pitu, Victor Rocha e Flávio Cabo Almi, os prefeitos Marçal Filho (Dourados), Márcia do Amaral (Brasilândia) e Leandro Fedossi (Nova Andradina), o vice-prefeito Leonardo de Arruda (Rio Brilhante), o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo de MS, Ricardo Senna, e o advogado Rogelho Massud Júnior.

Além de Beto Pereira, também estavam interessados no comando do PSDB de Mato Grosso do Sul o deputado federal Geraldo Resende e o deputado estadual Pedro Caravina: o primeiro continuou na vice-presidência, enquanto o segundo nem ficou na comissão executiva estadual da legenda.

Na semana passada, também em conversa com a reportagem, o novo presidente estadual dos tucanos tinha adiantado que a escolha seria feita em consenso, para evitar atritos desnecessários às vésperas das eleições gerais do próximo ano, ainda mais depois que o partido perdeu suas duas maiores lideranças, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel, que trocaram o ninho tucano pelo PL e PP, respectivamente.

Questionado se ser escolhido para assumir a executiva provisória do PSDB em Mato Grosso do Sul não atrapalharia seus planos para as eleições do próximo ano, o deputado federal negou e reforçou que é um político de grupo.

“O time vai definir, se for melhor eu continuar no partido para fortalecer a legenda para o pleito de 2026, ficarei, mas, se o grupo entender que é melhor eu ingressar em um outro partido, farei isso”, assegurou.

A resposta do parlamentar é em decorrência dos boatos darem conta de que ele estaria de mudança para o Republicanos para tentar a reeleição no próximo ano, entretanto, ao ser escolhido por Aécio Neves para presidir a executiva provisória do PSDB no Estado, ficaria complicado para Beto Pereira abandonar o ninho tucano com o jogo eleitoral em andamento.

Além disso, a boataria também dá como certa as saídas do deputado federal Geraldo Resende, para o PV, do deputado federal Dagoberto Nogueira, para o Republicanos, e do deputado estadual Paulo Corrêa, para o PP, ou seja, a cúpula inteira da executiva provisória do PSDB pode deixar a sigla, sem falar dos demais deputados estaduais da legenda.

Afinal, Jamilson Name, Zé Teixeira e Mara Caseiro também estariam com as malas prontas para entrar no PL para disputar as eleições de 2026.

O certo é que, por enquanto, até que a janela partidária seja aberta em março do próximo anos, todos os seis deputados estaduais e os três deputados federais do PSDB vão continuar no ninho tucano em Mato Grosso do Sul.

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Justiça

STF vai julgar Lei do Marco Temporal no plenário físico

Aapós receber críticas sobre a falta de debate no ambiente virtual, o ministro Gilmar Mendes, relator das ações, decidiu levar o caso ao plenário físico

04/12/2025 19h54

Ministro Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes Andressa Anholete/STF

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O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar as ações que tratam sobre a constitucionalidade da Lei do Marco Temporal das Terras Indígenas a partir da próxima quarta-feira, 10. O julgamento havia sido marcado para começar nesta sexta-feira no plenário virtual, mas, após receber críticas sobre a falta de debate no ambiente virtual, o ministro Gilmar Mendes, relator das ações, decidiu levar o caso ao plenário físico.

O primeiro dia foi marcado exclusivamente para a leitura do relatório e a apresentação das sustentações orais de advogados e terceiros interessados. As ações têm dezenas de amicus curiae e as sustentações podem durar mais de uma sessão. Além disso, interlocutores do ministro apontam que o seu voto deve ser longo. Esses fatores indicam que o desfecho do julgamento deve ficar para 2026.

O tema foi discutido em uma comissão no Supremo que buscou uma conciliação sobre o assunto ao longo de 23 audiências. A comissão foi encerrada em junho com poucos avanços, sem excluir a tese do marco temporal por falta de consenso. O Supremo deve avaliar se homologa ou não o acordo e também irá se pronunciar sobre pontos em que não houve consenso.

Em setembro de 2023, o Supremo invalidou a tese do marco temporal - que diz que os indígenas só têm direito às terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição, em 5 outubro de 1988. Dias depois, o Congresso aprovou uma lei que recria a tese O caso voltou ao STF por meio de ações que questionam ou pedem para confirmar a validade da lei. Gilmar, então, enviou as ações para conciliação para dar um fim ao que chama de “espiral de conflito”.

Gilmar tem indicado que deve descartar a tese do marco temporal em si, porque ela já foi declarada inconstitucional pela Corte. Mas o ministro deve buscar manter as mudanças propostas na comissão sobre os procedimentos de demarcação. Um desses pontos é a obrigatoriedade de participação de Estados e municípios onde se localiza a área reivindicada, em todas as etapas do processo

Ao derrubar a tese do marco temporal, o Supremo definiu que os proprietários que ocupavam as terras de boa-fé têm direito à indenização, a ser paga pela União. Em audiência realizada em junho, o gabinete de Gilmar apresentou uma proposta para tirar do arcabouço fiscal as indenizações por desapropriação. Essa proposta também pode ser levada por Gilmar ao plenário do Supremo.

A sugestão de Gilmar para acelerar os processos de desapropriação envolve a emissão de precatórios negociáveis no mercado que poderiam ser usados para abater o pagamento de tributos. De acordo com o juiz auxiliar do ministro, Diego Veras, a sugestão foi elaborada com economistas e especialistas em contas públicas e seria mais atrativa do que a negociação de precatórios que já existe atualmente.

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