Política

MUDANÇAS

Riedel procura Azambuja para se consultar sobre escolha do novo secretariado do Governo

Governador diz que não irá interferir nas escolhas do governador eleito

Continue lendo...

Reinando Azambuja (PSDB), governador do Mato Grosso do Sul até 1º de janeiro de 2023, revelou que foi à casa do colega de partido, Eduardo Riedel na noite do último domingo (20) à convite, para discutir nomes para os novos secretários de governo que serão anunciados no próximo 16 de dezembro.

Azambuja foi enfático em dizer que, embora seja consultado pelo governador eleito, não irá interferir nas escolhar de Riedel. 

"Ontem a noite ele me chamou na casa dele para trocar algumas informações e discutir alguns nomes que ele gostaria de anunciar. E claro, com a experiência de 26 anos de vida pública, eu dei algumas sugestões, mas a decisão é do governador. Temos uma ótima sintonia para poder discutir quem realmente estará trabalhando dia 1º de janeiro", disse.

Perguntado sobre algum nome que poderia ser adiantado, Reinaldo comentou que a decisão não é dele. "Não sugeri nenhum nome, quem me perguntou foi o Eduardo. Fui muito claro, essa decisão é dele, não é do governador que está saindo, mas do que está entrando. Em janeiro termina meu mandato."

O tucano lembra que quando ganhou o primeiro mandato para governador, em 2014, teve liberdade na hora de escolher a equipe que iria acompanhá-lo.

"Montamos um governo técnico para fazer valer o plano de governo e as aplicações e compromissos que fizemos com a população, e acho que o Eduardo não vai ser diferente, não tem exigência nenhuma. É muito bom eleger um sucessor com o perfil do Riedel, que é uma pessoas técnica que conhece o Mato Grosso do Sul." 

Reinaldo também disse que estará sempre à disposição quando o Riedel precisar.

Equipe de transição

No último dia 17 de novembro, Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja apresentaram a equipe de transição, onde não houveram mudanças significativas, e os dois lados optaram por nomes já conhecidos no governo.

Reinaldo Azambuja escolheu o chefe do Tesouro estadual, Fábio Alexandre de Castro, o secretário-adjunto de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Flávio César Mendes de Oliveira, a procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia e a secretária de Estado de Administração e Desburocratização, Ana Carolina Araújo Nardes.

Já Riedel pôs no grupo o vice José Carlos Barbosa, o 'Barbosinha', o superintendente de Gestão da Segov, Tanner Castro Nogueira, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo José Sena e a gerente de Gestão Estratégica e Comunicação do Sebrae/MS, Sandra Amarilha.

Bastidores

O Correio do Estado apurou por meio de bastidores políticos que a movimentação no ninho tucano está intensa e mudanças nos poderes devem ser feitas.

Deputado federal reeleito, Beto Pereira, que seria um dos nomes cotados pelo PSDB para disputar a prefeitura de Campo Grande no próximo pleito eleitoral, assumiria a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) para atuar na área social e ficar mais perto da população da Capital.

Outros deputados federais que podem ser puxados são Dagoberto Nogueira, que pode assumir a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o ex-secretado de Estado de Saúde, Geraldo Resende, que acompanhou o anúncio que revelou a equipe de transição do governo.

No Legislativo Estadual, o parlamentar eleito, Pedro Caravina, é um forte nome para também ocupar o primeiro escalão do governador eleito.

Nesse cenário, o suplente no Congresso Nacional é o vereador tucano Juari Lopes Pinto, conhecido como Professor Juari, que disse ao Correio do Estado que "está à disposição".

"Se por ventura um dos três [deputados federais da legenda] vierem assumir alguma Secretaria, com certeza o direito da vaga é meu. Agora dizer que criei expectativas, não. Estou muito tranquilo e sereno, pois depende da decisão do Eduardo Riedel, do governador, que até agora não anunciou secretário, nem equipe de transição. Então irei aguardar dentro do prazo que tenho, que é até 2024, enquanto vereador. Mas as expectativas são positivas", disse.

Na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) quem substitui o deputado Caravina é o vereador João César Mattogrosso, que já exerceu a função de secretário de Estado de Cidadania e Cultura.

Assine o Correio do Estado

Política

Haddad: situação dos Correios 'inspira mais cuidados' e estatal precisa de 'reinvenção'

Ministro em entrevista nesta quinta-feira (11), disse que a estatal têm obrigação de universalizar o serviço postal

11/12/2025 19h00

Crédito: Valter Campanato / Agência Brasil

Continue Lendo...

Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira, 11, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a situação dos Correios "inspira mais cuidados", porque a estatal precisa de uma "reinvenção" para reverter o rombo financeiro.

"Como os Correios têm obrigação constitucional de universalizar o serviço postal, tem esse ônus. Está cheio de empresas de logística hoje no Brasil atuando. Mudou no mundo inteiro, mas todo o serviço postal do mundo, que permanece quase no mundo inteiro nas mãos do Estado, tem um arranjo diferenciado para dar suporte à universalização", sustentou.

Ele defendeu que os serviços postais no Brasil, diante da concorrência privada, encontrem novos segmentos de negócios, agregando parcerias.

"No mundo inteiro se faz uma estimativa dos custos de universalização que não são cobertos pela tarifa. Agrega valor no serviço postal mediante oferta de serviços, que pode ser de previdência, de seguro, uma série de serviços que se agregam ao postal. Em geral, um banco, uma Caixa Econômica pode fazer uma parceria com os Correios para ter capilaridade em relação aos serviços que ela própria presta", argumentou Haddad.

Segundo ele, o projeto de reestruturação já teve mais de dez versões, "porque o Tesouro está sendo rigoroso no pedido de que seja uma solução definitiva para a companhia".

Questionado sobre a necessidade de aportes recorrentes para as estatais, Haddad respondeu que os Correios se destacam no quadro geral, mas não é o caso do de todas as empresas. "Correios e Eletronuclear são as duas estatais que inspiram mais cuidado", pontuou.
 

Assine o Correio do Estado

Política

STF planeja derrubar decisão da Câmara favorável a Zambelli em novo embate entre Poderes

Líder do PT na Câmara anunciou que o partido protocolou pedido no STF pedindo que a corte obrigue o presidente da Casa legislativa, Hugo Motta, a cumprir a decisão de perda de mandato

11/12/2025 16h00

Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão

Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão Divulgação

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) planeja uma resposta à decisão da Câmara dos Deputados de manter o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A medida dos parlamentares é uma desobediência à Corte, que determinou a perda imediata do mandato após ela ter sido condenada em caráter definitivo por participar da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A decisão favorável a Zambelli foi tomada pela Câmara na madrugada desta quinta-feira, 11. Ministros do tribunal interpretaram a atitude dos parlamentares como uma afronta ao Judiciário, com potencial para amplificar a crise entre o STF e o Congresso Nacional.

A partir da desobediência da Câmara, o tribunal pode tomar algumas atitudes. Uma delas é aguardar a chegada de uma ação, que pode ser de autoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), contestando o descumprimento da decisão do STF e pedindo a anulação da votação na Câmara.

Nesta quinta-feira, 11, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), anunciou que o partido protocolou pedido no STF pedindo que a corte obrigue o presidente da Casa legislativa, Hugo Motta, a cumprir a decisão de perda de mandato "Se Motta não cumprir decisão do STF está cometendo crime de responsabilidade", disse o petista.

A partir deste instrumento, o Supremo poderia restabelecer a perda de mandato de Zambelli e apurar as circunstâncias do descumprimento. Por outro lado, o relator do processo, Alexandre de Moraes, poderia tomar providências sozinho no sentido de garantir o cumprimento da decisão da Corte e invalidar os efeitos da sessão da Câmara.

Existe no STF jurisprudência consolidada para a perda de mandatos de parlamentares condenados. Aconteceu da mesma forma com o ex-deputado Daniel Silveira, que foi condenado por ataques ao STF e aos ministros da Corte.

Segundo a Constituição Federal, a Câmara ou o Senado decide sobre a perda de mandado do parlamentar condenado criminalmente em caráter definitivo. O entendimento do STF é que, para condenações em regime fechado, a perda de mandato é automática, porque seria inviável exercer a atividade parlamentar de dentro da prisão.

Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão. Com isso, ficou inelegível por oito anos e teve a perda automática do mandato determinada. A deputada também foi condenada pelo tribunal a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, por ter perseguido, armada, um homem na rua em 2022.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).