Política

Eleições 2026

Bolsonaro bate o pé para que Gianni seja candidata ao Senado pelo PL no Estado

O ex-presidente da República espera lançar chapa pura para concorrer pelas duas vagas para senador por Mato Grosso do Sul

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Uma reviravolta na disputa pelas duas vagas de Mato Grosso do Sul no Senado nas eleições gerais do próximo ano pode embaralhar ainda mais a corrida pelo segundo cargo mais importante depois do de governador do Estado no pleito que se avizinha.

O Correio do Estado apurou que o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) teria batido o pé para que o partido lance uma chapa pura ao Senado, tendo como primeiro nome o ex-governador Reinaldo Azambuja, que atualmente está no PSDB, mas deve ingressar no PL, e, como segundo nome, a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL).

A exigência feita por Bolsonaro teria ocorrido durante a reunião realizada no dia 21 de maio, em Brasília (DF), entre ele, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o governador Eduardo Riedel (PSDB), Azambuja e o senador Rogério Marinho (PL-RN).

Durante o encontro político, Riedel e Azambuja ainda tentaram fazer o ex-presidente mudar de ideia, para que o PL possa fazer uma aliança oferecendo a segunda vaga ao Senado para os partidos aliados, como PP, União Brasil, MDB e Republicanos.

Nesse caso, as duas lideranças tucanas propuseram que Gianni Nogueira seja a vice-governadora na chapa de reeleição de Riedel, com a promessa de que, seis meses antes das eleições de 2030, o atual governador renunciaria ao cargo para concorrer ao Senado, passando o comando para Gianni.

Porém, nem a possibilidade tentadora foi capaz de seduzir Bolsonaro, que prefere uma senadora com oito anos de mandato nas mãos do que uma governadora por apenas seis meses, pois a parlamentar ajudaria na aprovação de leis de interesse do ex-presidente da República.

Portanto, caso Azambuja realmente troque o PSDB pelo PL, algo dado como certo no meio político de Mato Grosso do Sul, já terá um abacaxi para descascar, afinal, ele é categoricamente contra uma chapa pura para disputar as duas vagas ao Senado. “Seria falta de visão política fazer uma coisa dessa”, frisou, no dia 6 de maio, em visita à Câmara dos Deputados.

“Precisamos fortalecer a chapa nas proporcionais, ou seja, para o Senado, a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa. Então, uma das vagas para senador será de um partido aliado e, para isso, vamos utilizar pesquisas qualitativas e quantitativas”, falou.

“Na política, se você tem um candidato de um partido, tem de abrir a possibilidade de uma outra candidatura para trazer o candidato de outra legenda. Eu acho muito difícil ter duas candidaturas do mesmo partido”, reforçou.

NEÓFITA 

Neófita na política, ou seja, recém-iniciada na carreira já sendo eleita vice-prefeita de Dourados nas eleições municipais do ano passado, a advogada Gianni Nogueira tem 42 anos, é natural de Dourados e casada com o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), com quem tem três filhos.

Além de 18 anos atuando na advocacia, ela é pós-graduada em Processo Civil e tem MBA em Gestão Pública. Preside o PL Mulher de Dourados e atua na formação das mulheres de direita em todo Mato Grosso do Sul, sendo a escolhida por Bolsonaro para ser a pré-candidata ao Senado pelo partido no Estado.

“É uma honra e uma grande responsabilidade estar no radar do maior puxador de votos da história da política brasileira. Ser reconhecida pelo presidente Bolsonaro é mais do que um prestígio, é uma confirmação de que estamos no caminho certo”, disse ao Correio do Estado.

Para ela, Bolsonaro hoje não é apenas um nome, “representando toda a família brasileira, os valores cristãos, a liberdade, os conservadores e todos aqueles que não aceitam ver o Brasil dominado por um sistema corrompido”. “E é exatamente nisso que eu também acredito”, pontuou.

A vice-prefeita de Dourados reforçou que a indicação dela foi fruto de uma análise do seu comportamento ao longo do tempo. “Ele conhece minha história, conhece minha família desde 2014 e sabe que pode contar comigo. Como ele, nunca me curvei ao sistema. Me mantenho firme nos princípios em que acredito, com fé, coragem e coerência”, assegurou.

Gianni Nogueira ainda completou que defende um Senado forte, independente e que enfrente de verdade os abusos de poder. “O Brasil não precisa de políticos submissos, precisa de representantes que tenham coragem de lutar pelo povo, e não de se ajoelhar para o sistema”, argumentou.

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Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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