Política

POSICIONAMENTO

Bolsonaro quebra silêncio, condena bloqueios e fala em indignação com 'injustiças' na eleição

Governo ainda informou que seguirá as normas institucionais e começará a transição na quinta-feira

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez pronunciamento nesta terça-feira (1) no qual quebrou silêncio, condenou bloqueios nas estradas e falou em indignação com injustiças na eleição, na qual qual foi derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O mandatário quebrou o silêncio depois de diversos protestos de seus apoiadores fecharem rodovias pelo país entre segunda e terça-feira. O STF (Supremo Tribunal Federal) teve que tomar uma decisão para determinar a liberação das estradas.

A manifestação do presidente ocorre após o mandatário se ver isolado. Aliados internos, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e presidentes dos maiores países do mundo, como os líderes da Rússia, Vladimir Putin, dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, parabenizarem Lula pela vitória nas urnas.

Na segunda-feira, o chefe do Executivo havia recebido seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vice em sua chapa, o general Walter Braga Netto, e alguns ministros, como Fábio Faria (Comunicações) e Célio Faria (Secretaria de Governo) para reuniões.

Na manhã desta terça, o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), Carlos Baptista Junior, Braga Netto e outros ministros também estiveram no Alvorada com o presidente antes de o vídeo ser divulgado. Também foi à residência oficial o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Lula foi eleito para um terceiro mandato, ao vencer o atual mandatário por uma diferença de quase 2 milhões de votos. O petista terminou com 50,9% dos votos, contra 49,1% do presidente Jair Bolsonaro.

Durante todo seu mandato Bolsonaro fez ataques infundados às urnas eletrônicas e evitou afirmar que aceitaria o resultado da eleição.

Nesta terça, voltou a criticar o sistema eletrônico de votação, mas indicou que aceitará o resultado do pleito.

Bolsonaro e os membros da campanha manifestaram confiança na vitória ao longo de praticamente todo o domingo de eleição.

O presidente chegou para votar antes mesmo da abertura de sua sessão, no Rio de Janeiro. Depois, reservou o resto da manhã para encontrar e acompanhar jogadores do Flamengo, que retornaram ao Brasil após ganharem a Taça Libertadores.

Chegou-se a divulgar a informação de que o presidente iria para a Esplanada dos Ministérios, para comemorar a vitória ao lado de seus apoiadores.

O domingo de votação foi marcado pela polêmica atuação da Polícia Rodoviária Federal, que aumentou o número de abordagens a veículos de transporte coletivo na região Nordeste, tradicional reduto do PT.

O presidente começou a campanha no segundo turno embalado, após os resultados da primeira rodada de votação serem melhores do que previam as pesquisas de intenção de votos.

Bolsonaro e seus aliados iniciaram uma ofensiva contra os institutos e buscaram tirar a credibilidade dos levantamentos, a cada nova divulgação.

Além disso, Bolsonaro fechou alianças importantes nos primeiros dias do segundo turno e obteve o apoio dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Zema era apontado como peça fundamental para trazer para o lado bolsonaristas os prefeitos do estado e assim virar o jogo, em um colégio eleitoral apontado como fundamental para a vitória.

Depois de angariar apoios, a campanha bolsonarista começou a sofrer um grande desgaste, com a notícia de que o ministro Paulo Guedes pretendia mudar as regras de correção do salário mínimo.

Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que o nome forte da Economia havia elaborado um plano que tinha como um dos pontos centrais a desindexação do mínimo e das aposentadorias da inflação registrada no ano anterior.

A pressão sobre o presidente também aumentou quando seu aliado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), resistiu à prisão disparando tiros de fuzis e lançando granadas contra a Polícia Federal.

Membros da campanha ainda culparam fortemente a deputada reeleita Carla Zambelli (PL-SP), que, às vésperas do segundo turno, perseguiu com arma em punho um militante petista, durante o dia, em um bairro nobre de São Paulo.

 

eleições 2024

Cármen Lúcia considera preocupante apreensão de dinheiro nas eleições

Suspeita é que recursos seriam usados para compra de votos

06/10/2024 23h00

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse neste domingo (6) que considera preocupante as apreensões de dinheiro em espécie realizadas pela Policia Federal (PF) durante a campanha eleitoral. 

De acordo com a PF, cerca de R$ 21 milhões em espécie foram apreendidos em todo o país durante o primeiro turno. 

Ao visitar o Centro de Divulgação das Eleições no início desta noite, a ministra foi perguntada sobre o assunto e afirmou que a Justiça Eleitoral vai trabalhar com a PF e o Ministério Público para investigar as apreensões, que são oriundas de suspeitas de compra de votos. 

“Isso [apreensão] é preocupante para todo mundo, mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre dinheiro. Então, daqui para a frente, vamos trabalhar para ter dados”, afirmou. 

Apuração

A apuração dos votos é acompanhada no TSE pelos ministros do tribunal e do Supremo Tribunal Federal (STF), que estão reunidos na sala da presidência da Corte. 

O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, também acompanha a totalização. Para o ministro, as eleições ocorreram neste domingo sem sobressaltos. 

“Felizmente, não tem nada de extraordinário acontecendo. As pessoas estão votando e nós estaremos divulgando o resultado poucas horas depois das eleições, consagrando esse sistema de votação que nós temos, provavelmente, o melhor do mundo”, afirmou. 

Mais de 155 milhões de eleitores estavam aptos a votar em 5.569 municípios neste primeiro turno. 

O segundo turno da disputa poderá ser realizado em 27 de outubro em 103 municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atinja mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno.

ELEIÇÕES 2024

Abstenção é maior do que os votos recebidos por qualquer candidato em Campo Grande

No total, 164.799 eleitores deixaram de votar neste domingo, enquanto candidata mais votada teve 140.913 votos válidos

06/10/2024 22h20

Do total de eleitores, 74,50% foram às urnas, enquanto 25,50% não votaram neste domingo

Do total de eleitores, 74,50% foram às urnas, enquanto 25,50% não votaram neste domingo Arquivo/ Correio do Estado

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O número de abstenções nas eleições municipais deste domingo (6) foi de 164.799, que são os eleitores que não compareceram para votar. Este número é maior do que o total de votos recebidos por candidato na disputa pela prefeitura de Campo Grande.

Mais votada, Adriane Lopes (PSDB) recebeu 140.913 votos, seguida por Rose Modesto (União Brasil), que teve 131.525 votos. Ambas irão disputar o segundo turno.

Desta forma, do total de eleitores em Campo Grande, 481.399 compareceram às urnas, perfazendo um índice de 74,50%, enquanto o de faltantes, que são as abstenções, foi de 25,50%.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, dos votos, 444.980 foram válidos, 19.451 nulos e 13.968 votos em branco.

Para efeito de comparação, os três candidatos menos votados da Capital não alcançaram o número atingido pelos brancos e nulos, nem somando os votos do trio.

Beto Figueiró (Novo) teve 10.885 votos válidos; Luso Queiroz (PSOL) teve 3.108 e Ubirajara Martins alcançou 1.067 votos.

Eleições 2024

A eleição para a Prefeitura de Campo Grande será decidida no segundo turno. Pela primeira vez, duas mulheres disputam o cargo, sendo as candidatas Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil). 

Adriane Lopes somou 31,67% dos votos válidos, enquanto Rose Modesto obteve 29,56%. A votação será no dia 27 de outubro.

Em terceiro lugar ficou Beto Pereira (PSDB,) com 25,96%, seguido por Camila Jara (PT), com 9,43%.

Para vereador, a Câmara Municipal contará com 15 reeleitos e 14 novos nomes, contando com alguns que já tiveram mandatos no passados e voltam para a Casa de Leis.

O vereador mais votado, com 8.567 votos, foi o ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT).

A maioria dos eleitos é do sexo masculino, sendo apenas duas mulheres eleitas: Luiza Ribeiro (PT) e Ana Portela (PL).

Em Mato Grosso do Sul, conforme as regras eleitorais, só Campo Grande tem disputa de segundo turno, enquanto nos outros 78 municípios o pleito é definido no primeiro turno.

Isto porque, para haver segundo turno nas eleições para prefeito só pode ocorrer em municípios com mais de 200 mil eleitores, o que só ocorre na Capital do Estado.

O PSDB foi o partido com maior número de prefeitos eleitos, somando 44.

Confira aqui todos os prefeitos eleitos em Mato Grosso do Sul.

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