Política

Campo Grande

Câmara Municipal: "Se não surgir outra liminar, amanhã emposso ele", diz Carlão sobre Dr Lívio

Com parecer do TRE-MS favorável, o presidente da casa de leis, Carlos Augusto, informou que se não chegar outra liminar, na sessão desta terça-feira (21) empossará Dr Lívio para assumir a vaga do tucano Claudinho Serra, réu por corrupção e outros crimes

Continue lendo...

Em mais um capítulo da saga para ocupar a vaga de Claudinho Serra (PSDB), o Tribunal de Justiça Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), deu parecer favorável para que o suplente Dr. Lívio (União Brasil), ocupe a cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande.

A reportagem entrou em contato com o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto, que informou ao Correio do Estado, que a Câmara Municipal, recorreu da decisão e o TRE aceitou a decisão. 

"A Câmara recorreu daquela decisão daquele juiz que suspendeu a posse do Lívio, nós recorremos e o TRE deu ganho de causa para nós. Para a Câmara [Municipal]", explicou Carlão.

Apesar de ter dito que ainda não tinha visto a decisão, Carlão informou que durante a sessão desta terça-feira (21) irá empossar o Dr Lívio caso nenhuma liminar chegue até a Câmara.

"Se não chegar nenhuma outra liminar até amanhã até 8h, a gente imposta ele. Eu vou ver ainda o horário, não defini, amanhã eu emposso ele [Dr Lívio]", pontuou Carlão.

Embora tenha dito que é "uma decisão da Casa de Leis", a reportagem conversou com o vereador professor André Luiz (PRD), que foi nítido ao dizer que não tem a mínima noção do que está acontecendo. 

"Essas coisas [quem decide] é a mesa diretora. Não passa por mim, isso quem decide é a mesma turminha de sempre", destacou o vereador. 

Saga 

O imbróglio começou quando o tucano, Gian Sandim, juntamente com os advogados do PSDB, entraram na Justiça no dia 14 de maio, contrários a posição do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão sobre Dr Lívio ocupar a vaga de Claudinho Serra (PSDB).

No entendimento do ninho dos tucanos, a vaga na Câmara Municipal para ocupar o lugar de Claudinho, não pode ser de outro partido. Dr Lívio chegou a compôr o quadro dos tucanos, entretanto deixou o partido durante a janela partidária para ingressar no União Brasil. 

O juiz da 54ª Zona Eleitoral de Campo Grande, Atílio César de Oliveira Júnior, suspendeu a posse de Dr Lívio, que deveria ter ocorrido no dia 16 de maio.

Novo capítulo: Cadeira turbulenta

Claudinho Serra, era suplente e assumiu a vaga como vereador em Campo Grande quando Ademir Santana (PSDB), renunciou a vaga no ano passado. 

Imediatamente, Carlão, segundo levantado pelo Correio do Estado, disse que iria consultar o TRE-MS, para que a corte definisse quem deveria ocupar a vaga, Lício ou Sandim. Ocorre que o órgão, é julgador, e não consultivo. 

Ao deixar a cadeia usando tornozeleira, Claudinho pegou atestado de 30 dias, alegando motivos médicos.  Ele é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, devido a acusações feitas pelo Ministério Público no período em que era Secretário de Fazenda de Sidrolândia.

 

** Colaborou Eduardo Miranda

 

Assine o Correio do Estado

Política

Alckmin diz que é cedo para falar sobre eleições de 2026 e defende debate sobre escala 6x1

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes

19/12/2025 19h00

Vice-presidente, Geraldo Alckmin

Vice-presidente, Geraldo Alckmin Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, 19, que ainda é cedo para falar sobre as eleições de 2026 e não deu pistas sobre seus planos políticos. "Esse é um tema para o próximo ano. Está chegando", disse. Indagando se tem conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto, ele se limitou a responder: "É cedo ainda".

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes.

Escala 6x1

Sobre a proposta do fim da jornada de seis dias de trabalho e um de folga, a escala 6x1, muito criticada pela indústria, Alckmin disse que há uma tendência no mundo inteiro de redução de jornada. "Se eu consigo fazer mais, mais produtos, aumentar a produção, com menos gente, utilizando robô, inteligência artificial, digitalização, é natural. No mundo inteiro, a tendência é de redução de jornada de trabalho", sustentou.

"Se você faz isso para todos, ou vai fazendo por setores mais avançados da economia, essa é uma discussão que cabe ao Parlamento e à sociedade fazê-la. Mas é uma tendência mundial hoje, redução de jornada de trabalho", completou.

ReData

Alckmin ainda fez algumas ponderações sobre o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (ReData), alegando que a medida provisória (MP) que o instituiu não foi votada. "Porque esperava-se votar junto com o PL da Inteligência Artificial. Como não aprovou, ficou para o começo do ano. Mas esperamos que aprove, se possível, em fevereiro." Ele disse que o Redata vai trazer muito data center e investimentos de altíssimo valor para o Brasil.

 

Política

Justiça revoga tornozeleira de ex-vereador Cláudinho Serra, mas mantém restrições

Em decisão sobre a Operação Tromper, juiz de Sidrolândia nega pedido de pernoite em fazenda para Serra, citando gravidade dos crimes, mas autoriza deslocamentos diurnos para trabalho

19/12/2025 13h50

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara Divulgação

Continue Lendo...

O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, revogou o monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o "Claudinho Serra” (PSDB) e de Cleiton Nonato Correia, proprietária da GC Obras, e Carmo Name Júnior, todos investigados no âmbito da Operação Tromper por crimes de fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.

Apesar da retirada do equipamento, o magistrado manteve uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de frequentar bares, e negou pedidos mais amplos de flexibilização, citando a gravidade das acusações e o risco à ordem pública. A decisão também revelou que a Fazenda Divisa, de propriedade de Serra, foi identificada nas investigações como um "possível local de ocultação de valores ilícitos".

A decisão analisou pedidos individuais de Cláudinho e Cleiton Correia, que buscavam adequar as medidas cautelares às suas rotinas profissionais e pessoais.

O ex-vereador e ex-secretário de finanças de Sidrolândia solicitou autorização para pernoitar por até oito dias em sua Fazenda Divisa, em Anastácio, alegando que o deslocamento diário de mais de cinco horas a partir de sua residência em Campo Grande seria inviável. Ele argumentou que a medida era apenas uma adequação à sua atividade laboral.

Já Cleiton Correa fez dois pedidos: a extensão do horário de recolhimento noturno até as 22h30 para participar de cultos religiosos e a autorização para viajar e pernoitar em São Gabriel do Oeste, onde sua empresa, a GC Obras de Pavimentação Asfáltica, possui contratos ativos.

O Ministério Público Estadual se manifestou contra todos os pedidos, argumentando que as flexibilizações comprometeriam o controle judicial e que a fazenda de Serra era um local suspeito na investigação.

O juiz indeferiu o pedido de pernoite, concordando com o MPMS de que a fazenda é um ponto sensível da investigação. Ele destacou que a administração de um empreendimento agropecuário pode ser “feita por prepostos” e que a conveniência pessoal do réu não pode se sobrepor à necessidade de vigilância rigorosa em um caso de "elevada gravidade e repercussão".

No entanto, o juiz autorizou Serra a se deslocar diariamente para a fazenda, desde que retorne à sua residência em Campo Grande até as 22h30 para cumprir o recolhimento noturno.
Para Cleiton Correia, o pedido foi acolhido parcialmente. O juiz estendeu o horário de recolhimento para as 22h30, reconhecendo o direito fundamental à liberdade religiosa e considerando que a ampliação de 30 minutos era "mínima" e não comprometeria a fiscalização.

O deslocamento para São Gabriel do Oeste foi autorizado apenas durante o dia, sendo vedado o pernoite fora da comarca. O juiz ponderou o direito ao trabalho com o risco de fuga, dada a proximidade de MS com fronteiras internacionais.

A surpresa da decisão foi a revogação, de ofício, do monitoramento eletrônico para Serra, Correia e Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho. O juiz argumentou que, com as flexibilizações de deslocamento entre municípios, a fiscalização via tornozeleira se torna "de execução operacional complexa", especialmente em áreas rurais.

"A imposição da monitoração em tais moldes, longe de assegurar o fim cautelar pretendido, pode gerar tumulto processual, mediante instauração de incidentes indevidos por alegado ou suposto descumprimento", afirmou o magistrado.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).