Política

EM RESPOSTA

Camila Jara diz que Lula não fechará portas para o agro após "boicote" em visita

Deputada federal pré-candidata à prefeitura de Campo Grande considera atitude uma "falta de habilidade política", mas ressalta postura positiva

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Durante rodada de entrevistas - iniciativa da rádio CBN e Correio do Estado com pré-candidatos à Prefeitura da Capital - na manhã desta sexta-feira (26), a deputada federal Camila Jara, que disputará essa corrida eleitoral pelo Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que o presidente Lula não irá "fechar as portas para o agro" após o "boicote" de entidades do setor durante a visita do mandatário à Campo Grande. 

"Considero uma tremenda falta de habilidade política. Porque o ministro da agricultura estava ali e com ele você consegue pensar soluções para problemas diários - e em plena Expogrande", comenta a pré-candidata. 

Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Campo Grande no último dia 12 de abril, para uma agenda do agro em que simbolicamente embarcou carne para China durante anúncio da ampliação das exportações nacionais para o país asiático. 

Vale lembrar que a última visita de Lula que antecedeu essa agenda, foi registrada há mais de uma década, sendo que nem durante a campanha eleitoral de 2022 o presidente veio à Campo Grande. 

O "boicote"

Na data Jara estava ao lado do atual presidente, além de nomes como o de Rose Modesto e Eduardo Riedel que também compareceram ao evento, prestigiado ainda por representantes da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), na pessoa do vice-presidente, Luiz Gonzaga Crosara Júnior. 

Além dele, outras entidades marcaram presença, como o caso do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Sandim, ou Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar, a empresa de energia elétrica da J&F Investimentos. 

Entretanto, a ausência dos presidentes da Associação dos Criadores e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Acrissul e Famasul), respectivamente nas pessoas de Guilherme de Barros Costa Marques Bumlai e Marcelo Bertoni, foi sentida na ocasião.

Principalmente porque nomes de peso estavam presentes, como os presidentes da Seara e Friboi, João Campos e Renato Costa, respectivamente, além do próprio ministro da agricultura e pecuária, Carlos Fávaro. 

Até mesmo os três "Batista" da J&F (Weslei, José e Joesley) marcaram presença no evento do figorífico, além do presidente do grupo, Agnaldo Filho. 

Sem ressentimentos

Conforme a pré-candidata à prefeitura de Campo Grande pelo mesmo partido de Lula, o presidente não traz qualquer sinal de ressentimento, destacando a postura adotada pelo governo federal. 

"Vai continuar investindo, porque entende que ele é estratégico para o desenvolvimento nacional".

Ainda, Camila Jara complementa dizendo que a presença de Luiz Inácio é aguardada, sim, para sua campanha, apesar de ser necessário achar um espaço na agenda do presidente. 

"A gente espera que ele volte logo, a agenda está corrida, mas teremos apoio da primeira-dama, a Janja, e vamos conseguir estabelecer mais as parcerias", conclui. 

"No PT nada é pacífico"

Ainda, questionada sobre a posição passada de outros nomes fortes do Partido dos Trabalhadores, Vander Loubet e Zeca do PT, que certa ainda em fevereiro acreditavam que a candidatura de Camila iria prejudicar a base de Lula e posteriormente selaram a paz pela pré-candidatura de Jara, ela foi direta. 

"Dentro do PT nada é pacífico. E é bom porque temos bastante debates e embate de ideia. Quando me perguntam eu falo: 'nem o nome do Lula foi consenso nas prévias enfrentou o Suplicy'", expõe.

Camila Jara complementa alegando que ambos nomes devem aderir ao projeto num "movimento natural", uma vez que, segundo a deputada, o PT entendeu sua capacidade de execução. 

Ela faz questão de ressaltar a fala da presidente do partido, que apontou para algumas cidades onde serão priorizados os arcos de aliança, frisando, porém, que - a exemplo de Campo Grande - em algumas capitais o PT tem como prioridade a disputa pelo executivo municipal. 

"Entendendo a importância estratégica para o desenvolvimento da política nacional... e nas principais capitais são mulheres que vão representar esse projeto, que assim como eu, a grande maioria começou ha pouco tempo na política. Isso me mostra que o PT tem capacidade de renovar seus quadros". 

Pontos importantes

Com a recente adesão inclusive dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul à greve nacional, a pré-candidato foi questionada sobre as paralisações que, por exemplo, não aconteceram durante a gestão de Jair Bolsonaro. 

Camila destaca que é livre o direito à manifestação, garantido pela Constituição, afirmando que quando a população e o restante sente medo de exercer esse direito, é porque algo está errado. 

"Acredito que foi isso que aconteceu com as universidades nos últimos 6 anos. Falo isso porque fiz parte da UF e participei de manifestações e, por exercer o meu direito, meu nome foi encaminhado para a Polícia Federal e fui investigada. Acredito que tinha um projeto muito grande de coerção social". 

Para ela, é possível que esses servidores não tivessem seguridade de lutar por seus direitos durante o último governo e aponta o erro nisso. 

"Quando a gente não tem manifestação em uma democracia, algo muito errado tá acontecendo, porque é no sistema democrático que a gente pode se manifestar garantindo a segurança".  

Para a pré-candidata, a greve não acontece contra o governo Lula, mas contra "injustiças que ocorrem no funcionalismo público", uma vez que existe uma casta que recebe muito, enquanto servidores mais baixos sequer acumulam três salários mínimos.  

Ela cita a formação de um grupo de trabalho no governo federal, visando a solução do problema, para que demais investimentos sejam liberados para fazer a Educação rodar. 

"Agora que começou a ter investimento em bolsa de pesquisa; infraestrutura, em universidades; recuperamos investimento na educação... só para a Capital mandamos 7,5% em março, para garantir o Fundeb. Está tendo essa priorização do Governo Federal por, tenho certeza que esse percalço vai ser resolvido e que a gente garanta direitos dignos para todos os trabalhadores do serviço público", completa. 

Receita e investimentos

Ainda memorando a visita de Lula, o presidente na ocasião esteve com o popular Zé Mineiro, considerado talvez o maior empregador de Mato Grosso do Sul, a pré-candidata deixa o pedido para que esse acredite e invista na Capital. 

"Não tenho problema em discutir com o empresariado. Nesse tempo estive perto da Luíza Trajano, uma das maiores empresárias brasileiras, que tem esse apelo por construção e desenvolvimento social da localidade. A gente precisa entender que não é possível que a cidade desenvolva só com o setor público", fala ela.

Camila  detalha seu posicionamento de que ninguém faz política sozinho, citando as viagens à Brasília enquanto vereadora, diante de problemas de arrecadação local, elogiando a postura do próprio governador, Eduardo Riedel, uma vez que MS aparece como um dos Estados que mais capta recursos com o Governo Federal. 

"Se meu projeto não está andando e não estou conseguindo convencer o gestor que tem que ser, tenho que procurar recurso em outro lugar. E alinhado com o governo federal isso acontece mais fácil. Essa postura do governo Riedel, de sentar, mesmo pensando diferente, está sendo extremamente benéfica para MS".

 

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Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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ORDEM DOS ADVOGADOS

Bitto Pereira é reeleito presidente da OAB-MS com mais de 59% dos votos

O atual presidente da Ordem conquistou 5.005 votos, enquanto o concorrente, advogado Lucas Rosa, obteve 3.380 votos

23/11/2024 08h00

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 5.005 votos, o advogado Luiz Cláudio Alves Pereira, o Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027.

Ele derrotou o advogado Lucas Costa da Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”), que obteve 3.380 votos. Ou seja, o atual presidente conseguiu mais de 59% dos 8.500 votos – foram 177 votos em branco e 220 nulos.

“Esse é o momento de externar a nossa gratidão a essa demonstração de confiança. Foi uma festa democrática e, felizmente, a maioria escolheu por um trabalho que nós realizamos não só na Capital, mas em todas as subseções da OAB-MS. Uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar”, declarou Bitto Pereira.

Ele ainda aproveitou para agradecer à advocacia.

“Em nome da chapa 22, a nossa gratidão por essa demonstração de força, pois tivemos uma vitória maiúscula, muito obrigado. Acho que o trabalho que nós fizemos visitando as subseções com a OAB Itinerante e com a Caravana das Prerrogativas mostrou que o presidente da OAB tem que ir onde a advocacia está”, ressaltou. 

O presidente reeleito completou que, ao obter 5.005, conseguiu uma vitória inédita e de uma maneira jamais feita na história da OAB-MS.

“O nosso resultado nas urnas é uma vitória maiúscula. Eu agradeço a Deus por ter trazido a gente até aqui com saúde. E um dia cheio de alegria, meu coração está transbordando de alegria”, assegurou.

Para finalizar, Bitto Pereira disse que uma marca do seu próximo mandato será o empreendedorismo na advocacia.

“Essa será a marca da próxima gestão da OAB-MS. Muito obrigado a todos vocês por participarem dessa festa democrática. Eu também gostaria de agradecer a toda a imprensa pelo papel importante que tem, levando as informações, também divulgando quais são as propostas dos candidatos”, destacou.

Ele ainda completou que a sua vitória resgatou aquele processo de escolha com base em propostas, com base em um debate que foi, tanto para a entidade quanto para a sociedade, aquilo que se espera de uma instituição do tamanho e da grandeza da OAB-MS.

“Eu penso que foi uma campanha tranquila, mas trouxemos muito da política comum para dentro da Ordem. Isso está se mostrando aqui no resultado, que não foi algo que a advocacia aceitou. Então, penso que a OAB tem que voltar a ser a instituição que sempre foi”, projetou.

O presidente reeleito também acrescentou que a OAB-MS tem problemas internos e externos que precisam ser resolvidos para que a advocacia possa dar voz à sociedade.

“É isso que nós temos que fazer, mas trazer a política comum para dentro da nossa instituição só causa uma fissura, que é muitas vezes é incompreendida pela nossa categoria e também pela sociedade”, analisou.

Já o ex-presidente da OAB-MS Mansour Elias Karmouche lembrou que a votação em Bitto Pereira foi a maior da história da Ordem.

“Ele teve a maior diferença. Inclusive, eu já estou achando ruim, porque bateu o meu recorde, que foi de 4.026 [votos] e quase 1.600 de frente, e o Bitto teve 5.005 votos e 1.612 de frente. Então, ele teve uma votação histórica para a OAB-MS. Eu falei: ‘Presidente, você ganhou com a maior votação da história e você ganhou com a maior diferença da história’, que acabou também de passar o meu recorde”, declarou.

FILA

Na Capital, uma fila gigantesca de advogados se formou logo nas primeiras horas de votação na sede da OAB-MS, onde pelo menos 150 pessoas aguardavam a vez para votar. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir concluir a votação.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

“Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar, porque foi uma campanha muito bonita. E hoje, se Deus quiser, o resultado virá”, pontuou a profissional.

Já a advogada especialista na área criminal Allyne Romanos ressaltou a importância desse dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense. 

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali coordenado com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então, é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém em uma gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou.

*Colaborou Naiara Camargo

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