Política

COTA PARLAMENTAR

Camila Jara é a deputada federal de MS que mais gastou com combustíveis neste ano

Em apenas três meses e meio, a parlamentar destinou mais de R$ 28,7 mil de sua cota, ficando bem à frente do 2º colocado, Beto Pereira

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A deputada federal Camila Jara (PT) é a parlamentar de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados que mais gastou com combustíveis de janeiro até a primeira quinzena deste mês, conforme levantamento feito pelo Correio do Estado no Portal da Transparência.

Ao todo, ela destinou R$ 28.750,79 para gastos com combustíveis, de um total de R$ 173.960,54 já utilizados até o momento pela parlamentar da sua Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), que foi instituída pelo Ato nº 43/2009, da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, unificando a verba indenizatória, a cota de passagens aéreas e a cota postal-telefônica.

Na prática, o valor mensal do benefício deve ser utilizado pelo deputado federal para custear despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel de escritório de apoio ao mandato no seu estado de origem, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro, combustível, entre outras. 

Do total de R$ 28.750,79 utilizados com combustíveis pela petista nos últimos três meses e 15 dias deste ano, março foi o mais dispendioso, quando Camila Jara gastou R$ 9.278,17, seguido por fevereiro, quando o valor chegou a R$ 8.474,38, e os primeiros 15 dias deste mês, quando gastou R$ 5.610,97, ficando à frente do mês de janeiro, quando gastou a R$ 5.387,27.

Após a deputada federal petista, o vice-campeão em gastos é Beto Pereira (PSDB), que utilizou da sua cota parlamentar R$ 19.527,81 com combustíveis em três meses, pois este mês, até o momento, o parlamentar não teve gastos, ou seja, gastou 32% menos que Camila Jara.

Além disso, o deputado federal tucano já utilizou R$ 166.703,57 da sua Ceap, e dos R$ 19.527,81 gastos com combustíveis, o mês em que mais usou o recurso foi janeiro, quando destinou R$ 6.797,00, seguido por março, com R$ 6.594,09, e fevereiro, com R$ 6.136,72.

O terceiro deputado federal que mais gastou com combustíveis de janeiro até a primeira quinzena deste mês foi Geraldo Resende (PSDB), que destinou R$ 19.197,99, de um total de R$ 172.228,77 da sua Ceap, à compra de combustíveis.

De acordo com o levantamento realizado pelo Correio do Estado, o mês em que o parlamentar tucano mais gastou com combustíveis foi fevereiro, quando o valor chegou a R$ 8.470,65, seguido por março, com R$ 7.532,12, janeiro, com R$ 2.936,48, e este mês, com R$ 258,74.

DEMAIS PARLAMENTARES

Por outro lado, entre os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul, o parlamentar federal Marcos Pollon (PL) é o que menos gastou com combustíveis de janeiro até a primeira quinzena deste mês, com um total de R$ 8.349,56, ou seja, no período, ele gastou o que Camila Jara utilizou somente em fevereiro (R$ 8.474,38).

Com R$ 153.982,15 utilizados de sua Ceap neste ano, o parlamentar gastou com combustíveis R$ 347,47 em janeiro, R$ 1.238,20 em fevereiro, R$ 5.002,65 em março e R$ 1.761,24 neste mês. Já o segundo que menos gastou com combustíveis foi o deputado federal Vander Loubet (PT), que utilizou R$ 11.177,40.

O mês em que ele menos gastou foi março, com R$ 1.373,00, seguido por janeiro, com R$ 1.969,53, este mês, com R$ 3.472,22, e fevereiro, com R$ 4.362,65 – a Ceap de Vander Loubet já chegou a R$ 142.927,06 neste ano.

O terceiro que menos gastou foi o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), com R$ 15.952,44, sendo R$ 369,41 neste mês, R$ 4.729,67 em janeiro, R$ 4.999,78 em fevereiro e R$ 5.853,58 em março, além disso, sua Ceap chegou a R$ 122.907,25 neste ano.

Com R$ 103.088,93 de Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) foi o quarto que menos gastou com combustíveis: R$ 16.124,56. O mês em que ele menos gastou foi este, com R$ 1.218,49, seguido por março, com R$ 4.445,86, janeiro, com R$ 4.478,86, e fevereiro, com R$ 5.982,35.

SAIBA

O saldo mensal da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar não utilizado em um mês se acumula ao longo do exercício financeiro, sendo vedada a acumulação de um exercício financeiro para o seguinte. A utilização da cota parlamentar pode ser feita por meio de reembolso ou por débito no valor da cota.

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Agência de Regulação de MS

Juiz da Capital afasta Carlos Alberto Assis da presidência da Agems

Magistrado atendeu argumento de que falta de especialização técnica para o cargo

23/05/2025 20h59

Diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto Assis

Diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto Assis Divulgação

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O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos de Campo Grande, suspendeu liminarmente a recondução de Carlos Alberto de Assis ao cargo de diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agems).

Ele ainda determinou o afastamento de Carlos Alberto Assis do cargo que ocupa, até ulterior deliberação. 

A decisão atende a ação popular ajuizada pelo deputado estadual João Henrique Catan (PL), que apontou falta de qualificação técnica de Assis para o cargo, em desacordo com os requisitos da Lei Estadual nº 2.363/2001.

Graduado em Educação Física, Assis não possui formação compatível com as atribuições da agência, que incluem a regulação de áreas como transporte, energia, saneamento e telecomunicações.

"Nesse sentido, a mera titularidade de diploma de curso superior em Educação Física não se revela, ao menos em uma análise de cognição sumária, suficiente para satisfazer o requisito de capacidade técnica compatível com as atribuições do cargo em questão, uma vez que as competências abrangidas pela função de Diretor-Presidente da referida agência não guardam qualquer relação com a área de formação do nomeado, de modo que se faz presente a probabilidade do direito alegado", afirmou o magistrado.

Para o magistrado, há “risco concreto de violação à legalidade e à moralidade administrativa”, o que justifica o afastamento imediato de Assis até julgamento final da ação.

A Procuradoria do Estado defendeu a nomeação, alegando experiência administrativa do nomeado e a atuação colegiada da diretoria da Agems.

A decisão, no entanto, destaca que os requisitos legais precisam ser atendidos de forma objetiva e que o caso não se limita ao mérito político da nomeação.

Carlos Alberto de Assis estava no comando da Agems desde 2021. Ainda cabe recurso à decisão.
 

 

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Filiação partidária

Com futuro político incerto, Riedel deve "bater martelo" após convenção do PSDB

Governador disse que apesar de aproximação com Podemos, momento é de ouvir partidos

23/05/2025 16h29

Governador Eduardo Riedel, em agenda nesta quinta-feira

Governador Eduardo Riedel, em agenda nesta quinta-feira Foto - Gerson Oliveira

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Apesar da aproximação entre PSDB e Podemos, o governador Eduardo Riedel rechaçou, em agenda na tarde desta quinta-feira (23), qualquer antecipação em relação a seu futuro político. O tucano disse que apesar das tratativas junto a diversos partidos, seu futuro dentro da sigla deve ser concretizado a partir do próximo dia 5, data da Convenção Nacional do PSDB.

“Eu estou no PSDB, que dia 5 de junho faz uma convenção para avaliar a fusão ou incorporação ao Podemos. Estamos conversando com todos os partidos, acho que essa discussão faz parte do processo que o Brasil está vivendo de mudança política e consolidação partidária. Não tem nada definido da minha parte em mudar de partido, ir para A, para B ou para C”, destacou Riedel. 

De acordo com o governador, o importante é que, independente do que ocorra, é fundamental carregar os valores do PSDB em seus passos futuros. “Não tem nenhuma opção no momento, do ponto de vista de preferência A, B, C, não existe isso. O Podemos é o primeiro movimento, aí depois tem o movimento que está sendo discutido pelo MDB, com Republicanos, isso faz parte do processo, mas estamos conversando com o PL, com o PV e outros partidos”, falou. 

Aproximação 

Presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja deve ingressar no PL do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto para concorrer ao Senado nas eleições gerais do ano que vem, enquanto o governador Eduardo Riedel, também do PSDB, pode ir para o PP da senadora Tereza Cristina para disputar a reeleição.

As informações foram confirmadas ao Correio do Estado por fontes ligadas às duas legendas em Mato Grosso do Sul, explicando que a reunião da última quarta-feira (21) entre Azambuja e Riedel com Bolsonaro, Costa Neto e o senador Rogério Marinho (PL-RN), serviria para “bater o martelo” a respeito do futuro partidário dos dois já de olho no pleito do ano que vem.

De acordo com informações repassadas à reportagem, durante a conversa Azambuja e Riedel destacaram que a divisão de forças ambos deve favorecer a direita em Mato Grosso do Sul, com o ex-governador comandando o PL e o atual governador somando forças com a ex-ministra da Agricultura e Pecuária no governo do ex-presidente.

Maior sigla 

As tratativas que pretendem unir PSDB e Podemos já nas eleições gerais de 2026 podem tornar a nova sigla o maior partido de Mato Grosso do Sul.

Articulada pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), no fim de abril, a aproximação entre os dois partidos foi deliberada pela diretoria nacional Tucana, que, por unanimidade, oficializou as discussões sobre o processo de junção dos partidos.

A partir da sinalização, as consultas foram ampliadas e as várias instâncias partidárias ouvidas, além disso, a Convenção Nacional do PSDB, marcada para o dia 5, vai deliberar sobre o tema e sobre eventuais alterações no Estatuto do Partido necessárias à fusão.

“Avançaremos na busca de uma alternativa partidária que se coloque no centro democrático, longe dos extremos, e que permita ao país voltar a se desenvolver.”, destacou o PSDB, no fim de abril.

Caso se confirme, a junção entre os dois partidos formará uma “superbancada” dentro do cenário sul-mato-grossense. A nova sigla passaria a ter 297 das 849 cadeiras espalhadas entre as 79 câmaras municipais do estado, sendo, neste momento, 256 entre tucanos e 41 do Podemos. De momento, o novo partido manteria as três cadeiras na bancada federal (Beto Pereira, Geraldo Resende, Dagoberto), além de Soraya Thronicke, no Senado. 

Em âmbito estadual, o PSDB atualmente conta com os mandatos de seis deputados (Caravina, Jamilson Name, Lia Nogueira, Mara Caseiro, Paulo Corrêa e Zé Teixeira), nomes que se uniriam a  Rinaldo Modesto, do Podemos. O partido detém também o atual governador Eduardo Riedel. Cabe destacar que os tucanos possuem 44 prefeituras. Entre os vice-prefeitos, os partidos somam 21 cadeiras - sendo 17 do PSDB e 4 no Podemos. 

A fusão é vista como uma alternativa estratégica, já que ambas as siglas possuem bancadas parlamentares semelhantes, o que pode facilitar a superação da cláusula de desempenho e garantir acesso a recursos do fundo partidário e tempo de TV nas campanhas.

Além disso, o Podemos tem se mostrado disposto a lançar uma candidatura própria à presidência, alinhando-se com as intenções do PSDB de apresentar o governador Eduardo Leite como candidato em 2026 .
Em fevereiro último, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que o partido optou por juntar-se com partidos menores para preservar sua identidade e evitar a absorção por legendas maiores como o PSD e o MDB. 

Colaborou Daniel Pedra 

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