Acompanhando ações que ocorrerão em outras capitais pelo país, na próxima quarta-feira (08), data que ficou marcada pela invasão e depredação da Praça dos Três Poderes em Brasília, também haverá ato em Campo Grande.
Segundo explicou o secretário de formação de Política do PT, Paulo Phelipe, o objetivo é não esquecer o episódio em que seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atentaram contra a democracia.
“ Acreditamos que a democracia é um bem valioso, e principalmente nossa Constituição de 1988. Rememorar para que eventos golpistas dessa natureza nunca mais estejam pairando sobre nossa democracia, conquistada com tanto sangue, tortura e desaparecimentos políticos, tempos esses da sombria Ditadura Militar”, frisou Paulo.
"Sem anistia"
O ex-deputado federal Fabio Trad (PSD-MS), em conversa com a reportagem, classificou o dia 8 de janeiro de 2023 como "um abismo político" que colocou o país à beira de um golpe de Estado.
"Por muito pouco, a democracia não sucumbiu. Por isso, agora, em 2025, vamos marcar posição para que a História ecoe o nosso grito pela defesa da legalidade constitucional e do Estado Democrático de Direito. Para isso, vamos, em voz única, dizer um rotundo NÃO aos golpistas, à anistia e ao extremismo de direita. O ato será pelo Brasil democrático, soberano e comprometido com a justiça social!", disse Fabio.
Para o presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, Agamenon Rodrigues do Prado, o país passa por um momento em que todos devem se posicionar em defesa da democracia, com a construção de instituições fortes que sejam respeitadas.
"O propósito desses eventos é o fortalecimento das instituições democráticas do nosso país, o fortalecimento da democracia. Um país como o Brasil, que lidera a América Latina, não pode permitir qualquer tipo de aventura como a que ocorreu recentemente em nosso território. Por isso, estamos conclamando todas as lideranças políticas, independentemente de partido, que defendam a democracia, para comparecerem no dia 8 de janeiro e aumentar o coro na defesa da democracia", pontuou Agamenon.
Como no ano passado, o ato será na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações de Mato Grosso do Sul (Sinttel), localizado na rua José Antônio, nº 1.642, a partir das 18h.
Participam do evento vereadores e deputados estaduais do Partido dos Trabalhadores e o ex-deputado federal Fábio Trad (PSD-MS).
Também farão parte membros de outros partidos políticos, como o Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Socialismo e Liberdade e Unidade Popular (UP).
Conforme acompanhou o Correio do Estado, o primeiro ato ocorreu após o episódio antidemocrático que explodiu no coração de Brasília completar 1 ano, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A cerimônia no dia 8 de janeiro de 2023 recebeu o nome de “Democracia Restaurada”.
Memória dos episódios
Neste ano, mais uma vez, o Presidente da República participará de uma série de atividades que rememoram os episódios ocorridos no dia 8/1, entre elas a entrega de obras de arte que passaram por restauração no Palácio da Alvorada.
Neste ano, a cerimônia recebeu o nome de "Abraço à Democracia". O Supremo Tribunal Federal (STF) realizará uma cerimônia recebendo os trabalhadores da limpeza que tiveram papel fundamental, entre outras atividades.
Será também revelado o quadro de Di Cavalcanti e haverá ato simbólico na Praça dos 3 Poderes, entre outras atividades.
Participarão da cerimônia autoridades dos 3 Poderes, além de integrantes do Ministério da Cultura (MinC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Embaixada da Suíça, além de movimentos sociais.
** Matéria atualizada 19h30 para inserção de informações