Política

DIPLOMAÇÃO

Candidatos eleitos em Mato Grosso do Sul foram diplomados e estão aptos para a posse

Diplomas foram entregues pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Desembargador Paschoal Carmello Leandro

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Na noite desta segunda-feira (19) aconteceu a solenidade de diplomação dos candidatos eleitos nas Eleições Gerais 2022 em Mato Grosso do Sul pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS). 

Na ocasião, que aconteceu no Ondara Palace, foram diplomados os 24 deputados estaduais, os 8 deputados federais, a senadora eleita Tereza Cristina (Progressistas) e os suplentes, além do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP) e o governador Eduardo Riedel (PSDB).

Aplaudido de pé, Eduardo Riedel (PSDB) salientou a importância da solenidade em seu discurso e sobre o cargo que ocupará em 1° de janeiro.

"É uma alegria muito grande estar presente nesta cerimônia. Investido no mais alto grau de responsabilidade pública, eu recebo desta corte eleitoral, a honrosa diplomação de governador eleito de Mato Grosso do Sul
E o faço neste momento com o espírito elevado, energia renovada, e a íntima convicção de que a esta missão a mim delegada pelo voto direto do nosso povo, me dedicarei como aqueles que se entregam ao mais importante desafio de toda uma vida. Eu posso garantir as vossas excelências,  governador que se prepara para assumir o comando do nosso processo de desenvolvimento, é o mesmo homem, que em diferentes momentos, esteve a mesa do diálogo e da conciliação", destacou.

Na ocasião, também falou a deputada estadual eleita com maior número de votos, Mara Caseiro (PSDB).

“Neste momento solene, quero ressaltar a essência da nossa missão, a representatividade, estamos aqui em nome da população sul-mato-grossense, acima de nossas individualidades vem o interesse público. Nós, deputados estaduais, também fizemos parte do crescimento do nosso Estado, trabalhando por um MS que hoje é um dos estados que mais crescem no Brasil. Dedico esse diploma a cada uma das mulheres que todos os dias precisam provar o seu valor na sociedade", disse.

Por ser o mais votado, entre os deputados federais, Marcos Pollon (PL), discursou.

"É com grande peso da responsabilidade de figurar num momento delicado na Câmara Federal que ocupo esta tribuna. Somos parlamentares de todos os sul-mato-grossenses. Espero na atuação na Câmara que não fuja da minha missão de defender a liberdade".

A senadora eleita Tereza Cristina, ao receber o diploma, também proferiu seu discurso.

"Hoje é a materialização de um sonho, já estive aqui por duas vezes, mas agora é diferente, como senadora eleita. Sinto-me mais honrada e desafiada a trabalhar por um MS mais justo. Serei senadora, não só daqueles que me escolheram, mas de todos os sul-mato-grossenses. É muita emoção ocupar uma cadeira no Senado Federal. Vivemos um momento muito delicado da nossa democracia, as eleições aconteceram, fomos eleitos, diplomados e agora vamos trabalhar. Todo o poder emana do povo, que o exerce através dos representantes eleitos". 

Durante a entrega dos diplomas, também houveram vaias aos diplomados que de alguma forma declararam apoio no palco, ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que tomará posse em 1° de janeiro e ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

A entrega dos diplomas foi realizada pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), o Desembargador Paschoal Carmello Leandro. Também esteve presente o atual governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). 

Os deputados estaduais diplomados foram:

  1.  Rinaldo Modesto de Oliveira (Podemos) - 12.800 votos 
  2.  Roberto Hashioka Soler (União Brasil) - 13.662 votos
  3.  Maria Imaculada Nogueira (PSDB/Cidadania) - 15.155 votos
  4.  Pedro Pedrossian Neto (PSD) - 15.994 votos
  5.  Márcio Fernandes (MDB)- 16.111 votos
  6.  Roberto Razuk Filho (PL) - 17.023 votos
  7.  Amarildo Valdo da Cruz (PT/PC do B/PV) - 17.249 votos
  8.  Renato Pieretti Câmara (MDB) - 17.756 votos
  9.  Rafael Brandão Scaquetti Tavares (PRTB) - 18.224 votos
  10.  Antonio Vaz Neto (Republicanos) - 19.395 votos
  11.  Londres Machado, Eleito (PP) - 25.691 votos
  12.  Gerson Claro Dino (PP) - 25.839 votos
  13.  João Henrique Miranda Soares Catan (PL) - 25.914 votos
  14.  Oswaldo Mochi Júnior (MDB) - 26.108 votos
  15.  Luiz Carlos Correia de Lima (PDT) - 26.575 votos
  16.  Pedro Cesar Kemp Gonçalves (PT/PC do B/PV) - 27.969 votos
  17.  Carlos Alberto David dos Santos (PL) - 31.480 votos
  18.  Pedro Arlei Caravina (PSDB/Cidadania) - 31.952 votos
  19.  Lidio Nogueira Lopes (Patriota) - 32.412 votos
  20.  José Roberto Teixeira (PSDB/Cidadania) - 39.329 votos
  21.  Jamilson Lopes Name (PSDB/Cidadania) - 43.435 votos
  22.  José Orcirio Miranda dos Santos (PT/PC do B/PV) - 47.193 votos
  23.  Paulo José Araújo Correa (PSDB/Cidadania) - 49.184 votos
  24.  Mara Elisa Navacchi Caseiro (PSDB/Cidadania)

Os deputados federais: 

  1.  Rodolfo Oliveira Nogueira (PL) – 41.773 votos
  2.  Luiz Alberto Ovando (PP) – 45.491
  3.  Dagoberto Nogueira Filho (PSDB/Cidadania) – 48.217
  4.  Camila Bazchi Jara Marzochi (PT/PC do B/PV) - 56.552 votos
  5.  Vander Luiz dos Santos Loubet (PT/PC do B/PV) – 76.571 votos
  6.  Geraldo Resende Pereira (PSDB/Cidadania) – 96.519 votos
  7.  Humberto Rezende Pereira (PSDB/Cidadania) – 97.872 votos
  8.  Marcos Sborowski Pollon (PL) – 103.111 votos 

Diploma

O diploma expedido pela Justiça Eleitoral atesta a vitória nas urnas, tornando os eleitos aptos a tomar posse. Sem esse documento, eles não podem assumir o cargo.

No documento, deve constar o nome da pessoa eleita, a indicação da legenda pela qual concorreu, o cargo para o qual se elegeu e, facultativamente, outros dados a critério do juiz ou do Tribunal Eleitoral.

No diploma de suplente, deve constar também a classificação, segundo previsto no parágrafo único do artigo 215 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).

 

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POLÍTICA

Em pedido de renúncia, Zambelli diz que segue viva e que Brasil continuará ouvindo sua voz

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

14/12/2025 22h00

Deputada federal Carla Zambelli

Deputada federal Carla Zambelli Agência Câmara

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A agora ex-deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), usou o pedido de renúncia de seu mandato para elogiar a proteção recebida pela Câmara e para dizer que "segue viva" mesmo após deixar os quadros da Casa. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

"A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz", afirmou, na solicitação encaminhada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Zambelli também agradeceu as decisões da Câmara que mantiveram o mandato da deputada, antes de Supremo Tribunal Federal anulá-las e determinar a perda de mandato de Zambelli. "Esse ato da Câmara foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado", escreveu.

Leia a íntegra do comunicado:

RENÚNCIA AO MANDATO PARLAMENTAR

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DEPUTADO FEDERAL HUGO MOTTA

Excelentíssimo Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Deputados,

Povo brasileiro,

Eu, Carla Zambelli Salgado de Oliveira, Deputada Federal eleita para a 57ª Legislatura (2023-2027), representante do Estado de São Paulo, legitimada por 946.244 votos nas eleições gerais de 2022, faço esta manifestação por intermédio de meus advogados constituídos, Dr. Fabio Pagnozzi e Dr. Pedro Pagnozzi, diante da impossibilidade de comparecer pessoalmente a esta Casa, em razão de encontrar-me privada de liberdade em território estrangeiro. Falo, portanto, não apenas como parlamentar, mas como voz de quase um milhão de brasileiros que confiaram em mim sua representação.

O que se registra neste ato não é apenas a renúncia a um mandato, mas um marco institucional. A Câmara dos Deputados exerceu integralmente sua competência constitucional, observando o procedimento previsto no artigo 55 da Constituição Federal, especialmente seus ?? 2º e 3º, que atribuem exclusivamente ao Poder Legislativo a deliberação sobre a perda de mandato parlamentar, mediante decisão do Plenário, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

No curso desse procedimento, foi elaborado relatório pelo Relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Deputado Diego Garcia, demonstrando, de forma técnica e fundamentada, que não existem provas jurídicas aptas a sustentar a perda do meu mandato, tampouco elementos que embasem qualquer condenação. Esse relatório trouxe à luz uma verdade elementar do Estado de Direito: não se cassa um mandato sem provas.

Essa compreensão foi confirmada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, que, ao não deliberar pela cassação, afirmou que não havia fundamento jurídico legítimo para suprimir um mandato conferido por quase um milhão de brasileiros. Esse ato foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado.

A História constitucional ensina que os regimes livres somente subsistem quando cada Poder reconhece seus limites. Montesquieu advertia que "todo aquele que detém poder tende a abusar dele, indo até onde encontra limites". O registro aqui produzido reafirma que o Parlamento não é instância acessória, mas Poder constitucional autônomo, cuja competência não pode ser esvaziada sem grave risco ao Estado Democrático de Direito. Este episódio permanecerá como referência institucional para situações semelhantes, nas quais se discuta a preservação do mandato popular frente à expansão indevida do poder punitivo estatal.

Posteriormente, deliberação do Supremo Tribunal Federal determinou a perda do mandato, afastando o resultado do procedimento conduzido por este Parlamento.

É diante desse quadro, e não por medo, fraqueza ou desistência, que comunico, de forma pública e solene, minha renúncia ao mandato parlamentar, para que fique registrado que um mandato legitimado por quase um milhão de votos foi interrompido apesar do reconhecimento formal, por esta Casa, da inexistência de provas para sua cassação.

Este gesto não é rendição. É registro histórico. É a afirmação de que mandatos passam; princípios permanecem. A democracia não se resume às urnas; ela vive no respeito às instituições e na coragem de registrar a verdade.

Dirijo-me, por fim, ao povo brasileiro. Aos meus eleitores, afirmo: a verdade foi dita, a história foi escrita e a consciência permanece livre. Ideias não se cassam. Convicções não se prendem. A vontade popular não se apaga.

A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz.

Que Deus abençoe o povo brasileiro, ilumine esta Nação e a conduza, sempre, pelo caminho do direito, da justiça e da liberdade.

Respeitosamente,

Carla Zambelli Salgado de Oliveira

Deputada Federal - Brasil

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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