Política

CAMPO GRANDE

Candidatos têm semana decisiva para definir chapa e escolher os vices

Das 8 candidaturas confirmadas ou viabilizadas até agora, apenas três fecharam suas chapas; Beto, Rose e Adriane mantém indefinição

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A semana será decisiva para a escolha dos vice nas chapas dos candidatos à prefietura de Campo Grande nas eleições de 2024. Por enquanto, a medida que as convenções vão acontecendo, apenas três das oito chapas que devem disputar o cargo de prefeito têm seus vices defidos.  

A deputada federal Camila Jara (PT), tem o deputado estadual Zeca do PT como o seu vice na candidatura à prefeitura de Campo Grande. As demais chapas são de partidos considerados pequenos: Ubirajara Martins (Democracia Cristã) tem o colega de partido João Faria como Vice, e Luso Queiroz (PSOL), tem como vice a correligionária Lia Santos. 

As pesquisas, conversar de bastidores e especulações continuam em três chapas consideradas competitivas: na chapa de Beto Pereira (PSDB), oficializado na quinta-feira, ainda não há candidato a vice, mas há um acordo fechado para que o vice seja indicação do PL, e muito possivelmente, uma indicação pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Beto

O lado “mais tucano” do PL e os tucanos da aliança querem não escondem a preferência pela policial militar Coronel Neidy, que chegou a ocupar - ainda que provisoriamente - o posto de número 1 da PM de Mato Grosso do Sul no ano passado. Para não dizer que o nome de Neidy não é favorito, falta a plena certeza do ex-presidente Jair Bolsonaro de que - ao menos politicamente - ele pode contar com ele para quase todos os seus planos. 

E ser praticamente uma pessoa colocada por Bolsonaro, sem que as escolhas políticas dele sejam questionadas é o principal trunfo da arquiteta Ana Cláudia Portela. Ela é filha do tenente da reserva do Exército Brasileiro Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, atual suplente da senadora Tereza Cristina, e tido como uma das pessoas mais leais a Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. 

A amizada entre Portela e Bolsonaro vem dos anos 1980, quando ele era taifeiro do Exército e cumpria as ordens do então aspirante a oficial Jair Bolsonaro, em Nioaque, sem qualquer questionamento. A hierarquia e disciplina daquela época vem se mantendo e isso explica Portela ser o primeiro suplente de Tereza Cristina, sem nunca sequer ter se candidatado antes. 

Adriane

E por falar em Teresa Cristina, ainda há indefinição na escolha do vice da chapa da atual prefeita Adriane Lopes, que tem convenção marcada para esta semana, em que deve oficializar a disputa à reeleição. 
Até o fim do mês passado, a expectativa era de que a indefinição vivida atualmente pelo PSDB e Beto Pereira fosse vivida pelo PP e Adriane, tento que escolher qual seria o nome do PL na chapa de vice. 

Mas uma negociação pelas costas de Tereza Cristina envolvendo Jair Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, o senador pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), o presidente do PSDB de Mato Grosso do Sul, ex-governador Reinaldo Azambuja, e que contou com a presença do atual governador Eduardo Riedel (PSDB), tirou o PL da chapa de Adriane e levou o partido - rico em fundo partidário - para a chapa tucana. 
Agora, Tereza e Adriane, sem o PL, e mesmo um tanto distantes de Bolsonaro, apostam no DNA bolsonarista e de direita para continuarem sendo competitivas na disputa. Um dos convites foi feito ao ex-deputado estadual e candidato ao governo derrotado no segundo em 2022, Capitão Contar (PRTB). Ele teria sido simpático à proposta. 

Rose

A ex-deputada federal e ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), mesmo contando com o PDT em seu arco de aliança, tem tudo para competir com “chapa pura” nestas eleições. E, se Rose tem tido grande destaque nas pesquisas eleitorais, a escolha de um nome forte para vice, parece não estar fácil. 

Ao que tudo indica, três nomes sobram como opções para Rose: o ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Roberto Oshiro, o ex-vereador Dr. Lívio, e o atual vereador Coronel Alírio Vilassanti. 

Outros candidatos

Por fim, ainda temos os candidatos de partidos pequenos, que tampouco escolheram seus candidatos a vice em suas respectivas chapas. Beto Figueiró (Novo) e o vereador e candidato a prefeito, Professor André Luiz (PRD), ainda precisam completar as candidaturas.

Prazos

A Justiça Eleitoral estabelece o dia 5 de agosto, a próxima segunda-feira, como a data limite realizar convenções, em que são escolhidos os candidatos a prefeito, vice e os candidatos a vereador.
Depois deste prazo, os partidos têm até o dia 15 de agosto para efetuar o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral.  

A partir do dia 16 de agostoa propaganda eleitoral está liberada. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, a data é um marco para que todos os postulantes iniciem as campanhas de forma igualitária.  Até lá, qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto pode ser considerada irregular e é passível de multa.

5 de agosto

O prazo para os partidos realizarem as convenções e definirem seus candidatos se encerra no próximo dia 5 de agosto. Depois disso, eles terão até o próximo dia 15 para registrar as candidaturas. 

 

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LEVANTAMENTO

Contas públicas em MS: cidades do interior exibem superávit milionário

Análise de dados dos balanços de 2024 e orçamentos de 2025 revela os municípios agrícolas estão com a gestão em dia

16/12/2025 15h34

O prefeito de Costa Rica, Cleverson Alves dos Santos (PP), atribui o resultado à disciplina fiscal

O prefeito de Costa Rica, Cleverson Alves dos Santos (PP), atribui o resultado à disciplina fiscal Divulgação

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O cenário das finanças públicas dos municípios do interior de Mato Grosso do Sul nos anos de 2024 e 2025 desenha um mapa positivo. Liderados pelo exemplo de eficiência de Costa Rica, essas cidades exibem caixas robustas e capacidade de investimento.
 
A reportagem analisou dados abertos, relatórios de gestão fiscal e leis orçamentárias dessas cidades e a conclusão é que o tamanho da arrecadação deixou de ser garantia de solvência: o segredo do sucesso está no controle rígido das despesas obrigatórias.
 
Na região norte do Estado, Costa Rica consolidou-se em 2025 como o principal case de sucesso administrativo de Mato Grosso do Sul. Com uma população de pouco menos de 30 mil habitantes, o município apresenta indicadores de solvência superiores aos da Capital.
 
Dados do movimento financeiro da tesouraria municipal, publicados em 9 de dezembro de 2025, confirmam que a cidade atingiu uma disponibilidade financeira total de R$ 44.061.054,25. O montante, que inclui todas as fontes e fundos municipais, blinda a cidade contra oscilações econômicas e garante a execução de obras sem depender exclusivamente de repasses estaduais ou federais.
 
O prefeito Cleverson Alves dos Santos (PP) atribui o resultado à disciplina fiscal. "Todas as nossas despesas obrigatórias serão quitadas", assegurou o gestor, confirmando não apenas o pagamento em dia, mas a concessão de um abono de natal e final de ano: R$ 1 mil para servidores gerais e valores entre R$ 1 mil e R$ 2 mil para servidores da Educação.
 
O diferencial competitivo de Costa Rica está na estrutura de seus gastos. O município iniciou o ano comprometendo apenas 31,87% com a folha. Essa "gordura" fiscal permitiu que o município aprovasse um orçamento recorde de R$ 262 milhões em 2025, garantindo investimentos de 27% da receita em Saúde, quase o dobro do mínimo constitucional exigido.
 
Além de garantir o pagamento dos servidores ativos até o dia 22 de dezembro, a prefeitura programou as férias de 90% do funcionalismo para janeiro, otimizando a máquina pública durante o recesso escolar e administrativo.
 
Embora Costa Rica lidere os indicadores proporcionais, outros municípios também conseguiram descolar-se da crise. Três Lagoas, impulsionada pela indústria da celulose, teve um orçamento bilionário de R$ 1,4 bilhão para 2025 e mantém índices elevados de investimento em infraestrutura.
 
O município aplicou no segundo quadrimestre de 2025 o dobro do mínimo exigido pela Constituição em Saúde, enquanto a lei obriga 15%, o município investiu 30,79% de suas receitas de impostos na área, somando mais de R$ 296 milhões empenhados. Na educação, o investimento também superou o piso, atingindo 26,93%.
 
Fenômeno similar ocorre em Maracaju. Impulsionada pela soja, a prefeitura destinou 25,67% de recursos próprios para a Saúde até agosto de 2025, um aporte de R$ 32,3 milhões que garante serviços exclusivos no interior sem depender integralmente de repasses estaduais. 
 
A solidez fiscal permitiu à Câmara de Maracaju aprovar uma suplementação de 35% no orçamento de 2025, dando "carta branca" para o Executivo remanejar recursos e acelerar obras.
 
Na fronteira, a realidade impõe cautela. Ponta Porã enfrenta uma frustração de receitas severa: a arrecadação até agosto de 2025 foi de R$ 417 milhões, menos da metade da previsão anual de R$ 900 milhões. 
 
A quebra de arrecadação do ITBI e a estagnação econômica forçaram o município a projetar um orçamento mais enxuto para 2026, cortando R$ 100 milhões da previsão inicial. Ainda assim, a gestão optou por blindar os repasses constitucionais da Educação (projetado em 27%) e da Saúde.
 
Em Corumbá, a aplicação em saúde do orçamento atingiu 18,13%, pouco acima do piso de 15%. A rede de saúde de Corumbá enfrenta custos logísticos adicionais devido ao isolamento geográfico e à necessidade de transporte de pacientes (UTI aérea/fluvial). 
 
Na educação, a aplicação registrada até agosto foi de 24,89%. Embora tecnicamente abaixo dos 25% naquele momento do ano, é padrão na administração pública que os empenhos se acelerem no último quadrimestre para atingir a meta legal. O orçamento projetado no PPA 2026-2029 prevê R$ 1,5 bilhão somados para Saúde e Educação.
 

Pesquisa

Lula lidera cenários para 2026; Flávio é o mais bem posicionado na direita

Filho de Jair Bolsonaro apresenta intenção de votos maior que Tarcísio e Ratinho Jr. em um cenário de primeiro turno

16/12/2025 15h24

Lula pode enfrentar Flávio Bolsonaro em 2026

Lula pode enfrentar Flávio Bolsonaro em 2026 Fotomontagem/Agência Brasil e Agência Senado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera todos os cenários de primeiro turno e venceria todos os adversários no segundo turno se as eleições fossem hoje, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 16.

Este é o primeiro levantamento do instituto após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se lançar como pré-candidato à Presidência.

O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi testado em todos os cenários de primeiro turno, já que vem dizendo que a única possibilidade de retirar sua candidatura é se seu pai for candidato. Bolsonaro está preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília após ter sido condenado por tentativa de golpe de Estado.

Nos cenários espontâneos, Lula tem 20% das intenções de voto. Jair Bolsonaro tem 5% das intenções de voto. Flávio tem os mesmos 5%. Outros 65% se dizem indecisos.

A Quaest fez diferentes cenários eleitorais estimulados, dependendo de governadores de direita que podem se lançar candidatos à Presidência, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR). Em todos eles, Flávio fica em segundo lugar, atrás apenas de Lula.

No cenário com Ratinho Jr., Lula tem 39% das intenções de voto; Flávio tem 23%; Ratinho, 13%; Renan Santos (Missão), 2%; Aldo Rebelo (Democracia Cristã), 2%. Indecisos somam 5% e 16% dizem que votarão em branco, nulo ou não votarão.

No cenário com Tarcísio, o atual presidente tem 41%; Flávio mantém 23%; Tarcísio tem 10%. No cenário com Zema, o petista tem 39%; Flávio, 26%; o governador mineiro, 6%. No cenário com Caiado, Lula tem 39%; o senador, 27%; o governador goiano, 4%.

A Quaest também testou um cenário em que três dos governadores - Ratinho, Caiado e Zema - saiam candidatos. Apenas Tarcísio ficou de fora nessa projeção. A mesma divisão se mantém: Lula tem 37%; Flávio, 23%; Ratinho, 11%; Zema, 4%; Caiado, 3%.

Um último cenário inclui o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB). Neste caso, Lula teria 34% (o cenário com maior redução do seu porcentual); Flávio teria 21%; Ratinho, 12%; Ciro, 8%; Zema, 4%; Caiado, 2%; Santos, 1%; Rebelo, 1%.

Nas simulações de segundo turno, Lula tem de 10 a 12 pontos porcentuais de vantagem em relação aos adversários. A seguir, os cinco cenários:

  • - Lula 46% x 36% Flávio;
  • - Lula 45% x 35% Tarcísio;
  • - Lula 45% x 35% Ratinho;
  • - Lula 44% x 33% Caiado;
  • - Lula 45% x 33% Zema.


No caso de Flávio Bolsonaro, o instituto registrou um crescimento no porcentual do senador em relação a agosto, quando seu nome foi testado pela primeira vez. Naquela época, Flávio ainda não havia anunciado sua intenção de se candidatar como representante de seu pai. Em agosto, o filho mais velho do ex-presidente tinha 32% contra 48% do petista.

Ao mesmo tempo, Flávio aumentou sua rejeição nos últimos meses. Segundo a pesquisa de dezembro, 60% o conhecem e não votariam nele, enquanto 28% dizem que conhecem e votariam. Em agosto, 22% diziam que conheciam e votariam nele, enquanto 55% o conheciam e não votariam nele.

A escolha de Jair Bolsonaro pelo seu primogênito foi apontada por 54% dos entrevistados pela Quaest como um erro. Para 36%, foi um acerto. A maior parte dos entrevistados (61%) disse ter ficado sabendo do anúncio de Flávio Bolsonaro, enquanto 39% disseram não ter ouvido falar sobre o assunto.

Os pesquisadores perguntaram, então, quem deveria ser o escolhido de Bolsonaro para disputar a Presidência da República. A ex-primeira-dama Michelle foi a primeira colocada, com 19%. Tarcísio, o segundo, com 16%. Ratinho Jr. foi o terceiro, com 11%. Pablo Marçal, Romeu Zema, Eduardo Bolsonaro, Ronaldo Caiado e Eduardo Leite ainda foram citados. Para 21%, no entanto, nenhum desses deveria ser o representante de Bolsonaro no pleito

Diante desse cenário, 61% disseram à Quaest que não votariam em Flávio de jeito nenhum. Apenas 13% disseram que votarão no senador, enquanto 23% afirmaram que podem votar no filho mais velho do ex-presidente.

O instituto Genial/Quaest ouviu 2.004 brasileiros entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiabilidade é de 95%.

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