Política

ELEIÇÕES

Com base em lista do TCE, dois partidos pedem impugnação de Beto Pereira

No começo da semana, o desembargador Odemilson Roberto Castro Fassa indeferiu o pedido de liminar e manteve válida a "ficha suja" de Beto Pereira

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 Um dia depois de o Tribunal de Justiça negar pedido de liminar e manter válida a chamada lista dos “fichas sujas”  publicada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), o Partido Social Democrata Cristão (PSDC) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) recorreram nesta terça-feira à Justiça Eleitoral pedindo a impugnação da candidatura de Beto Pereira (PSDB), candidato a prefeito de Campo Grande (MS).

Uma das ações de impugnação de registro de candidatura foi solicitada ontem (13) pelo presidente do PSDC, Nathalio Fernando de Moraes. 

De acordo com o documento, Beto não está apto para disputar as eleições deste ano, pois “consta na relação de responsáveis com contas julgadas irregulares com imputação de débito expedida pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul”

Além disso, segundo a ação, baseada na Lei da Ficha Limpa, os candidatos condenados por corte colegiada, assim como no caso de Beto Pereira, não estão aptos para se candidatarem. Caso seja reconhecida a inelegibilidade, Beto pode ficar inelegível por 8 anos. 

Confira:

"Analisando-se os autos dos processos indicados na referida lista, os quais serão esmiuçados em tópico próprio, verifica-se que o impugnado, no exercício do mandato de Prefeito Municipal de Terenos, MS, praticou irregularidades insanáveis que configuram ato doloso de improbidade administrativa e ensejaram a desaprovação de contas por meio de decisões proferidas por órgão competente (que se tornaram irrecorríveis e que não foram suspensas ou anuladas pelo Poder Judiciário), o que caracteriza a hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da Lei Complementar n. 64/90", diz treho da ação judicial

O tucano sofreu três condenações do período em que foi prefeito de Terenos e teve seu nome integrado ao rol dos políticos com contas reprovadas pela corte de contas no final do mês passado, no dia 22 de julho.

Na ocasião, o Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) também publicou, no mesmo dia, três liminares que “suspenderam” o efeito das três condenações contra Beto Pereira. Elas foram concedidas pelos conselheiros Flavio Kayatt, Marcio Monteiro e pelo conselheiro substituto Leandro Lobo Ribeiro Pimentel.

Kayatt e Monteiro foram nomeados ao TCE-MS pelo padrinho de Beto Pereira, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), enquanto Pimentel substitui o conselheiro Waldir Neves, que construiu vida política no PSDB e está afastado da corte há mais de um ano e meio por suspeita de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro.

Liminar Negada

Em decisão anunciada no começo desta semana, na segunda-feira (12), o desembargador Odemilson Roberto Castro Fassa indeferiu o pedido de liminar impetrado pela Associação dos Prefeitos e Ex-Prefeitos de Mato Grosso do Sul (Aprefex) contra o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Jerson Domingos. 

A decisão manteve válida a lista de políticos que tiveram as contas reprovadas e que por conta disso podem ficar inelegíveis. Entre eles, está o deputado federal Beto Pereira. 

O que diz o candidato

Em nota retorno enviada ao Correio do Estado, a equipe do candidato aponta que as tentativas de impugnação "não procedem", bem como pontua que Beto irá fazer sua defesa no prazo legal.

Abaixo você confere a nota retorno na íntegra: 

"Os Partidos Políticos que compõem a Coligação “Juntos pela Mudança” não se surpreenderam com os pedidos de impugnações contra o Registro da Candidatura de Prefeito de Campo Grande do Beto Pereira, pelo fato de que já era anunciada tal conduta face às massificadas matérias jornalísticas tendenciosas a respeito do tema trazido pelo Presidente do TCE, quando inovou na publicação de listagens de processos de sua competência.

Beto Pereira fará sua defesa técnica no prazo legal e, na inequívoca certeza de que preenche objetivamente todos os requisitos legais para concorrer ao pleito eleitoral de 2024, certamente terá seu registro deferido pelo Órgão competente para julgamento, que é a Justiça Eleitoral de MS, sendo importante destacar que o Ministério Público já se manifestou no sentido de que o processo do DRAP está regular e não impugnou o Registro de Candidatura.

As impugnações contra o Registro de Beto Pereira não procedem e ele não possui nenhuma causa de inelegibilidade, ao contrário, detém todos os requisitos objetivos para concorrer e as qualidades necessárias e esperadas para bem gerir o município de Campo Grande, agregando em torno de seu nome diversos partidos, líderes, um time qualificado de candidatos a vereadores e apoiadores de diversos segmentos da sociedade que certamente farão esse projeto vitorioso.

Continuaremos firmes com o propósito de ouvir as pessoas, debater ideias, apresentar soluções para a nossa cidade e promover a verdadeira mudança que Campo Grande precisa". 

 

*Colaborou Eduardo Miranda
  Matéria editada às 12h34 para acréscimo de nota retorno

 

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CADEIRA COBIÇADA

Quatro deputados estaduais "brigam" por Primeira-Secretaria da Assembleia

Para a presidência da Casa de Leis, o nome de Gerson Claro (PP) é consenso para ficar por mais dois anos no comando

18/09/2024 08h00

A nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa está na pauta dos parlamentares

A nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa está na pauta dos parlamentares Foto: Luciana Nassar/alems

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Mesmo com as eleições municipais tomando a maior parte das agendas dos deputados estaduais, as articulações para a escolha dos novos componentes do segundo mandato da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) continuam movimentando os bastidores da Casa de Leis.

Se no fim do mês de maio o Correio do Estado divulgou com exclusividade que o assunto já estava a todo vapor nos gabinetes e nos corredores da sede do Poder Legislativo, agora, faltando apenas cinco meses para o fim do primeiro mandato de dois anos, a questão entrou em ebulição, e há quatro nomes interessados na Primeira-Secretaria da Alems.

Segundo informações obtidas pela reportagem, o atual presidente, deputado estadual Gerson Claro (PP), será reconduzido ao cargo, porém, mais uma vez, não há consenso sobre o segundo cargo mais importante da Casa de Leis, que hoje é ocupada pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), que está tentando continuar na cadeira.

FOGO AMIGO

O Correio do Estado apurou que, para infelicidade do parlamentar tucano, pelo menos até o momento, o seu nome não é consenso, e ele enfrenta concorrência dentro do próprio ninho, pois tanto o deputado estadual Zé Teixeira quanto o deputado estadual Jamilson Name estão em plena campanha pela Primeira-Secretaria.

Até maio, a deputada estadual Mara Caseiro, também tucana, estaria propensa a ingressar nessa “briga”, mas decidiu pensar melhor e teria informado aos colegas que não tem mais esse interesse.

Porém, em seu lugar surgiu um novo nome, e com grandes chances de embolar a disputa: o deputado estadual Coronel David (PL).

A indicação do nome do parlamentar nem partiu do próprio, mas de um grupo de colegas do Legislativo que enxergam no oficial da Polícia Militar a melhor opção e já teriam conseguido convencê-lo da empreitada. 
Portanto, a “guerra” pelo cargo terá pesos pesados no fronte, dificultando a construção de uma chapa de consenso.

FIM DE CICLO

Se Coronel David representa o novo dentro da Casa de Leis, o mesmo não pode ser dito do atual primeiro-secretário, Paulo Corrêa, nem de um dos postulantes, o deputado estadual Zé Teixeira.

Entretanto, Zé Teixeira, apesar da idade, não enfrenta a rejeição de Paulo Corrêa junto aos demais parlamentares. Para a maioria dos deputados estaduais, o ciclo do atual primeiro-secretário já teria acabado e chegou a hora de renovação, abrindo espaço para um novo nome dentro da atual legislatura.

Para ser o escolhido em fevereiro de 2023, fontes ouvidas pelo Correio do Estado garantem que Paulo Corrêa teve de recorrer ao ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, para que os colegas Jamilson Name e Mara Caseiro abrissem mão da disputa pela Primeira-Secretaria da Casa de Leis.

SEM CARTA NA MANGA

Na época, a reportagem foi informada que Azambuja teria dito para Corrêa que aquele teria sido o derradeiro pedido dele, portanto, nas próximas eleições da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, marcadas para fevereiro de 2025, o parlamentar não terá a quem recorrer e será obrigado a enfrentar uma disputa no voto.

A reportagem ainda recebeu informações de que também poderá haver trocas nos demais cargos da Mesa Diretora, que hoje tem, além de Gerson Claro e Paulo Corrêa, os deputados Renato Câmara (MDB), como 1º vice-presidente, Zé Teixeira (PSDB), como 2º vice-presidente, Mara Caseiro (PSDB), como 3ª vice-presidente, Pedro Kemp (PT), como 2º secretário, e Lucas de Lima (PDT), como 3º secretário.

ENTENDA

Conforme o artigo 25 do regimento interno da Assembleia Legislativa, os deputados que compõem a Mesa Diretora são escolhidos pelo corpo parlamentar por meio de votação nominal e aberta. Os eleitos cumprem mandato de dois anos, permitida a reeleição.

O ano de 2025 não é de encerramento da Legislatura, mas é de encerramento de mandato da atual Mesa Diretora e, por isso, será necessária a realização de uma nova eleição. 

Saiba

O primeiro-secretário é responsável pelos serviços administrativos e por supervisionar procedimentos ligados à gestão interna da Casa de Leis, tais como a fiscalização das despesas, a inspeção dos trabalhos, a verificação de comparecimento dos parlamentares, a leitura de ofícios das autoridades e, também, o recebimento das correspondências destinadas à Assembleia Legislativa.

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Política

CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas

Repasse será arrecadado com multas e penas pecuniárias

17/09/2024 20h00

CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas

CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas Rafa Neddermeyer

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou nesta terça-feira (17) o repasse de recursos arrecadados pelo Poder Judiciário com multas e penas pecuniárias para o combate às queimadas em todo o país.CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadasCNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas

Durante a sessão de hoje, o CNJ também decidiu que juízes de todo o país deverão dar prioridade ao julgamento de processos sobre a punição de infrações ambientais e de medidas cautelares para busca a apreensão e prisões preventivas envolvendo o tema.

O repasse dos valores deverá ser feito nos moldes do modelo adotado pelo Judiciário para socorrer a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, órgão que ficou responsável pela assistência aos atingidos pelas fortes chuvas que inundaram parte do estado em maio deste ano. Cerca de R$ 198 milhões foram repassados.

Ontem (16), o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, cobrou seriedade do Poder Judiciário no combate às queimadas criminosas no país.

Durante discurso proferido na abertura da reunião do Observatório do Meio Ambiente e de Mudanças Climáticas do conselho, Barroso disse que recebeu um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que demonstrou preocupação com a impunidade de quem pratica queimadas dolosas.

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