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Congresso retoma análise de MP que aumenta salários dos militares

O relatório de Pazuello prevê que o reajuste seja feito em duas etapas: 4,5% em abril de 2025 e mais 4,5% em janeiro de 2026

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A medida provisória que prevê aumento nos salários dos militares das Forças Armadas será votada pela comissão mista do Congresso Nacional na reunião da próxima terça-feira, 8. O grupo é formado por integrantes do Senado e da Câmara e a proposta é de autoria do deputado federal e general de divisão do Exército, Eduardo Pazuello (PL-RJ).

O relatório de Pazuello prevê que o reajuste seja feito em duas etapas: 4,5% em abril de 2025 e mais 4,5% em janeiro de 2026.

O autor estima que o governo terá um impacto orçamentário de R$ 3 bilhões no primeiro ano e R$ 5,3 bilhões no segundo, "o que exigirá planejamento para garantir o equilíbrio das contas públicas", diz o deputado General Pauzuello.

A MP reajusta os soldos, que são os salários-base pagos aos integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A justificativa é "melhorar a atratividade da carreira e incentivar a permanência de profissionais qualificados", conforme a descrição do texto

A comissão mista é presidida pelo senador e militar Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e tem como vice o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). A proposta altera a Lei 13.954/2019 e recebeu 23 emendas de parlamentares.

A primeira emenda, apresentada pelo senador Efraim Filho (União-PB), propõe incluir na MP a isenção do pagamento do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, além da dispensa da apresentação da Declaração de Ajuste Anual, para os policiais militares e bombeiros militares.

A justificativa para a inclusão da emenda na MP, segundo o senador Efraim Filho, é que "é justo o reajuste proposto para os militares das Forças Armadas, mas é necessário estender os ganhos ao restante dos militares brasileiros. Os policiais e bombeiros militares não são alcançados pelo texto original", diz o documento.

A Medida Provisória foi editada em 28 de março e teve sua vigência prorrogada em 27 de maio pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o que estendeu o prazo para análise pelo Congresso por mais 60 dias.

A expectativa é de que, após a votação na comissão, o texto siga para apreciação dos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. Caso não seja aprovada até o prazo final, a MP perde validade.

Declaração

Lula diz que não aceita interferência de quem quer que seja após defesa de Trump a Bolsonaro

"A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros", disse presidente

07/07/2025 21h00

Foto: Ricardo Stuckert / PR / Arquivo

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Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestar apoio a Jair Bolsonaro (PL) e chamar de "coisa terrível" e "perseguição" os processos contra o ex-presidente na Justiça brasileira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil é um "país soberano" que não aceita "interferência ou tutela de quem quer que seja".

"A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros", disse o presidente em publicação no X (antigo Twitter) na qual não citou nem Donald Trump nem Jair Bolsonaro. "Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito". O comunicado foi divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) no formato de nota à imprensa.

Nesta segunda-feira, 7, em publicação em sua rede social, a Truth Social, Trump pediu para que o Brasil "deixasse Bolsonaro em paz". O presidente americano descreveu Bolsonaro como um "líder forte, que realmente amava seu país". "Ele não é culpado de nada, exceto de ter lutado pelo povo", afirmou Trump.

A expressão de apoio a Jair Bolsonaro ocorre um dia depois de Trump anunciar tarifas adicionais a países que se alinharem ao que chamou de "políticas antiamericanas dos Brics". O Brics é um fórum das principais economias emergentes do globo. O grupo reuniu-se neste domingo, 6, no Rio de Janeiro, para uma cúpula de sessões sobre temas variados. O congresso encerra-se nesta segunda.

Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, quando perdeu a recondução para Lula.
 

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Conheça

Quem é o novo presidente da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras

Marcelo Farinha foi escolhido em processo seletivo no mercado

07/07/2025 20h00

Marcelo Farinha

Marcelo Farinha Foto: Divulgação

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O Conselho Deliberativo, instância máxima de governança da Petros - fundo de pensão dos funcionários da Petrobras -, aprovou o nome do engenheiro Marcelo Farinha para a presidência da entidade. A decisão foi tomada na sexta-feira, 4. Para ser empossado, o executivo ainda precisa ser habilitado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O executivo assumirá a cadeira que até algumas semanas atrás era ocupada pelo economista Henrique Jager, que saiu para assumir o posto de CEO da Petrocoque.

Marcelo Farinha foi escolhido em processo seletivo no mercado, conforme as normas de governança da Petros, informou a entidade em seu website. O processo foi conduzido por uma Comissão Temporária, composta por dois membros do Conselho Deliberativo indicados pela patrocinadora e dois membros eleitos pelos participantes. Além disso, uma consultoria especializada em recrutamento de executivos assessorou o processo.

O executivo é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tem mestrado em economia pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e especialização em finanças pela FIA/Universidade de São Paulo.

Farinha já foi diretor de Investimentos e Benefícios do Economus Instituto de Seguridade Social e diretor de Administração e Finanças da Pouprev Fundação de Seguridade Social.

Na Brasilcap Capitalização, foi presidente, diretor administrativo, Financeiro, de Riscos e Controles e diretor comercial. Ele ocupou ainda os cargos de presidente da Federação Nacional das Empresas de Capitalização (Fenacap) e de vice-presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSEG)

Marcelo Farinha possui também mais de 35 anos de carreira no conglomerado do Banco do Brasil, principalmente na área financeira. Tem, ainda, experiência em conselhos deliberativo e fiscal; e em comitês de auditoria, risco e investimentos.

Até a posse de Farinha, o presidente interino, Marco Aurélio Viana, segue à frente da Petros. Depois, retornará ao comando da Diretoria de Seguridade.
 

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