Política

CORTE DE CONTAS

Conselheiros do Tribunal de Contas vão às urnas e Jerson deve tentar a reeleição

O atual presidente pode ter a concorrência do conselheiro Marcio Monteiro, o que deve evitar uma chapa de consenso

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A quatro meses das eleições para a escolha do novo corpo diretivo do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) para o biênio 2025-2026, as articulações dentro da Corte de Contas já começaram, e o atual presidente, conselheiro Jerson Domingos, deve tentar a reeleição.

O Correio do Estado apurou que o pleito não deve ser atrapalhado pelo afastamento dos conselheiros Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves por suspeita de corrupção, em 8 de dezembro de 2022, por determinação do ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Isso porque apenas três dos sete conselheiros atualmente são substitutos, ou seja, eles têm permissão para votar. Portanto, a eleição terá os sete votos necessários, entretanto, só podem concorrer ao novo corpo diretivo os quatro titulares.

Na prática, os três conselheiros substitutos podem votar, porém, não podem ser votados. Dessa forma, o problema para a reeleição ou não do conselheiro Jerson Domingos será a formação da chapa para o corpo diretivo do biênio 2025-2026.

O Correio do Estado levantou que há um impasse para a formatação da chapa, já que o conselheiro Marcio Monteiro também teria pretensão de concorrer à presidência do TCE-MS. Como só há quatro conselheiros aptos e o corpo diretivo precisa de três nomes para formar a chapa – presidente, vice-presidente e corregedor-geral –, não haveria consenso.

Conforme apurou a reportagem, Jerson Domingos conta com o apoio do conselheiro Osmar Jeronymo, enquanto Marcio Monteiro tem a preferência do conselheiro Flávio Kayatt, isto é, faltaria o terceiro nome para ser o corregedor-geral da Corte de Contas.

Dessa forma, se até dezembro deste ano não houver consenso para a formação de uma chapa para o novo corpo diretor do TCE-MS, não será possível realizar a eleição, pois nenhum dos dois grupos poderá registrar a chapa.

A princípio, conforme foi informado ao Correio do Estado, até dezembro ainda tem muita água para passar embaixo da ponte, e os dois grupos ainda não sentaram para conversar sobre essa questão de forma definitiva. Por enquanto, a relação é harmoniosa.

No entanto, por conta da publicação da lista dos “fichas-sujas” publicada pela Corte de Contas no dia 22 de julho, por determinação do presidente Jerson Domingos, criou-se um enfrentamento velado entre o conselheiro, que é oriundo do MDB, e os colegas Flávio Kayatt e Marcio Monteiros, ambos do PSDB.

Afinal, o nome do candidato tucano a prefeito de Campo Grande, deputado federal Beto Pereira, consta na lista, e isso desagradou o presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja, responsável pela indicação de Flávio Kayatt e Marcio Monteiro para os cargos de conselheiros do TCE-MS.

Dessa forma, a falta de uma chapa de consenso para o corpo diretivo da Corte de Contas seria uma forma de os tucanos darem um troco no presidente Jerson Domingos. 

Porém, como a eleição no TCE-MS é só em dezembro, caso a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) vença a disputa pela Prefeitura de Campo Grande, o nome de Jerson Domingos fica fortalecido, pois é simpatizante da candidatura dela.

Além disso, ele já contaria com os votos dos três conselheiros substitutos, que, somados com o seu voto e com o do conselheiro Osmar Jeronymo, teria a maioria para ser reeleito. O impasse, portanto, está apenas na formação da chapa.

Caso não haja consenso, pelo regulamento interno, o atual corpo diretivo do TCE-MS teria de ser reconduzido ao cargo para os próximos dois anos. Dessa forma, o conselheiro Jerson Domingos continuaria na presidência.

Entretanto, não é impossível que a cúpula estadual do MDB obrigue Osmar Jeronymo a trocar de lado, caso Beto Pereira seja eleito prefeito da Capital, pois o partido está coligado com o PSDB nas eleições municipais deste ano em Campo Grande.

SEM MUDANÇA

Simone nega trocar domicílio eleitoral e vai disputar eleições por MS em 2026

A ministra sul-mato-grossense revelou ainda que vai apoiar as reeleições do presidente Lula e do governador Eduardo Riedel

13/09/2024 08h00

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet garante que manterá título eleitoral em MS

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet garante que manterá título eleitoral em MS Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

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Nas últimas semanas, voltou à tona um boato surgido no fim do primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, quando a então senadora sul-mato-grossense Simone Tebet foi a candidata do MDB à Presidência da República e ficou em terceiro lugar, com 4,16% dos votos válidos (4.915.423).

À época, os bastidores políticos davam como certa de que a então parlamentar sul-mato-grossense trocaria o domicílio eleitoral de Mato Grosso do Sul para São Paulo, a fim de tentar alçar voos mais altos na carreira política.

Afinal, Simone obteve no estado vizinho 2.199.024 votos, ou seja, 6,34% de um total de 34.684.937 eleitores, enquanto em Mato Grosso do Sul ela conquistou 105.584 votos, isto é, 5,29% de um total de 1.995.932 votos.

No entanto, passados quase dois anos, a ex-senadora apoiou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o seu terceiro mandato como presidente da República, virou ministra de Planejamento e Orçamento do petista e não trocou o domicílio eleitoral para São Paulo.

Mesmo assim, o boato persiste. Contudo, assim como fez em 2022, ela voltou a negar tal possibilidade ao Correio do Estado e não sabe de onde partiu essa história de que “recomeçaria” a sua trajetória política no maior estado brasileiro.

“Eu não tenho o que falar, quer dizer, isso aí são rumores desde a época da eleição presidencial de 2022, como eu fui muito bem votada no estado de São Paulo, com quase 7% dos votos válidos, algo surpreendente em um País cuja política estava extremamente polarizada, o que deixou todo mundo surpreso”, recordou Simone.

Ela ressaltou que, em 2022, o boato era de que a mudança de domicílio eleitoral seria para disputar o cargo de prefeitura de São Paulo pelo MDB, algo improvável, afinal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tinha acabo de assumir o cargo com o falecimento do então prefeito Bruno Covas (PSDB), em virtude de um câncer.

“Agora, muita gente me quer mudando o título para lá, e eu não sei o porquê. Acredito que deve ser alguém com um pouco de receio de eu ser candidata em 2026 em algum cargo aí em Mato Grosso do Sul. Enfim, pode ser que seja isso, mas, para ser bem sincera, não faço a menor ideia porque surgiu essa conversa de novo”, argumentou.

CANDIDATA

Questionada pela reportagem se há a possibilidade de ela sair candidata a algum cargo eletivo no pleito de 2026 por Mato Grosso do Sul, Simone garantiu que não sairá candidata à Câmara dos Deputados. 

“Porém, posso adiantar ainda que vou apoiar à reeleição do presidente Lula e também à reeleição do governador [Eduardo] Riedel [PSDB]”, garantiu.

Por eliminação, a ministra de Planejamento e Orçamento só poderá sair candidata ao Senado, quando duas vagas serão colocadas em disputa. 

Entretanto, em maio do ano passado, durante reunião na casa dela, o MDB e o PSDB fecharam um acordo para caminharem juntos em 2026.

Dessa forma, as duas vagas para o Senado podem ser disputadas com uma dobradinha entre Simone Tebet e o ex-governador Reinaldo Azambuja, o que provocaria uma grande mudança nesse tabuleiro político, uma vez que o tucano é cobiçado pelo atual senador Nelsinho Trad (PSD) e pelo deputado federal Vander Loubet (PT).

Outro entrave é que Simone é pró-Lula, enquanto Azambuja foi o responsável pela aliança do PSDB e do PL – sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro – em Mato Grosso do Sul. Além disso, ambos teriam até combinado de o ex-governador deixar o ninho tucano para se filiar ao PL, algo que colocaria Simone e Azambuja em lados opostos.

Há ainda uma articulação nacional para que o MDB e o PSDB façam uma fusão ou até mesmo uma federação partidária para 2026, o que também pode inviabilizar essa dobradinha.

“Não dá para antecipar nada ainda. Vamos aguardar os resultados das eleições municipais no Estado”, concluiu a ministra.

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Política

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro

Alexandre Silveira descarta racionamento

12/09/2024 22h00

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro Fábio Rodrigues Pozzebom

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12), na capital paulista, que a segurança energética do país está garantida em 2024. De acordo com o ministro, não há previsão de racionamento e o governo agora discute medidas para reduzir o impacto das tarifas ao consumidor. Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministroBrasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro

As declarações do ministro foram dadas após encontro com o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Prichetto Fratin, em evento sobre novas ações para melhorar a qualidade dos serviços prestados pela empresa italiana Enel Distribuição São Paulo.

“Esse ano não teremos problema energético. Não teremos racionamento, nós estamos com segurança energética garantida. O que se discute agora é medidas para que a gente continue tendo essa segurança energética e que ela tenha o menor impacto tarifário para o consumidor, porque é muito simples a gente ter 100% de segurança energética, basta você ter 100% de [energia] térmica no Brasil, só que isso tem um custo muito elevado”, disse.

Preocupação

O ministro admitiu, no entanto, que o governo vê com preocupação o cenário para 2025, diante da situação hidrológica atual. “Quando dizem: 2025 é preocupante? 2026 é preocupante? Diante do cenário climático hidrológico que nós vivemos hoje, sempre o ministro tem que tratar como preocupante”, disse, acrescentando que não haverá "negligência por parte do nosso governo”.

Silveira ressaltou que leilões de energia térmica nova deverão ocorrer em breve, já que o planejamento do governo prevê a necessidade de dobrar o parque térmico até 2031. O parque térmico do Brasil tem atualmente uma capacidade de cerca de 20 gigawatts (GW). 

“Infelizmente, temos de dobrar o parque térmico por causa dos efeitos climáticos, a temperatura está subindo. O Brasil nunca tinha consumido, antes de setembro deste ano [2024], 105 gigawatts em uma tarde de energia. A média é 85”, explicou. 

Investimentos da Enel

A Enel Brasil, em cuja área de concessão, em São Paulo, ocorreu uma série de apagões no início de 2024, apresentou nesta quinta-feira ao ministro medidas para melhorar os serviços prestados. Além de São Paulo, a Enel é responsável pela distribuição de energia em áreas do Rio de Janeiro e Ceará.

Em São Paulo, a empresa informou que está investindo cerca de R$ 2 bilhões por ano, principalmente, para modernização e expansão da rede – 45% a mais do que a média anual dos últimos seis anos. No Ceará, os investimentos também aumentaram 45% e chegarão a R$ 1,6 bilhão ao ano. No Rio de Janeiro, serão investidos cerca de R$ 1,16 bilhão ao ano até 2026.

A Enel disse ainda que vai contratar, até 2026, cerca de cinco mil colaboradores próprios para atuar em campo e integrar 1.650 novos veículos à frota nas três distribuidoras. Em São Paulo, também serão realizadas, em 2024, 600 mil podas na área de concessão, 100% a mais do que o executado no ano passado. 

Segundo o ministro, as melhorias apresentadas ocorreram em função do decreto do Ministério de Minas e Energia, publicado em junho passado, que definiu regras mais rígidas para concessões de distribuição de energia elétrica. O texto cita diretrizes a serem cumpridas em novos contratos. Para contratos vigentes, as distribuidoras têm a opção de se adequar ou não às novas regras para renovação da concessão.

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