Política

CONFLITO INDÍGENA

Coordenador da bancada federal, Vander celebra solução de conflito agrário em Antônio João

A Terra Indígena Ñande Ru Marangatu foi demarcada em 2005 para o povo Guarani-Kaiowá, entretanto, só agora vai sair do papel

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Ao desembarcar em Campo Grande (MS) nesta quinta-feira (26), o coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), celebrou o acordo firmado ontem (25), em uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), para solucionar o conflito por terras entre indígenas e produtores rurais no município de Antônio João (MS).

“Foi um dia especial para o povo Guarani-Kaiowá. Tratar-se de um momento histórico na busca pela paz no campo em Mato Grosso do Sul. Esse acordo põe fim a um conflito que já se arrasta por 25 anos e abre espaço para que outros acordos sejam feitos em situações semelhantes. Ou seja, é um grande avanço nessa questão", ponderou o parlamentar.

A União, representada pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Estado, as lideranças indígenas e os produtores rurais chegaram a um entendimento para solucionar o conflito envolvendo a demarcação da Terra Indígena Ñande Ru Marangatu, no município de Antônio João. 

A Terra Indígena Ñande Ru Marangatu foi demarcada em 2005 para o povo Guarani-Kaiowá, entretanto, a demarcação foi questionada no STF por produtores rurais, que alegam que estão no local desde o século XIX. Porém, ainda em 2005, o ministro Nelson Jobim (hoje aposentado) havia suspendido a demarcação.

De acordo com o secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, pelo acordo, para que os produtores rurais deixem o local - que soma cerca de 9.300 hectares - o governo federal aceitou pagar R$ 27,8 milhões pelas propriedades, a partir de uma avaliação feita pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005. O valor será corrigido pela inflação e pela Taxa Selic.

Além disso, a União ainda pagará, a título de indenização, outros R$ 102 milhões, enquanto que o Estado de Mato Grosso do Sul pagará R$ 16 milhões. O acordo de conciliação terá que ser homologado pelo relator do processo, ministro Gilmar Mendes. Posteriormente, a decisão também será submetida ao plenário do STF.

"Está de parabéns o governo Lula, que desde 1º de janeiro de 2023, através do trabalho do Ministério dos Povos Indígenas, retomou os esforços em torno dessas questões das demarcações. Também estão de parabéns o governo Riedel, as lideranças indígenas, os representantes dos produtores, a nossa bancada federal e o STF. Enfim, todos os atores que de alguma forma atuaram para que pudéssemos chegar a esse entendimento, onde cada lado cedeu um pouco em favor da solução", concluiu Vander Loubet.

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ELEIÇÕES 2024

Candidato troca PT de Lula pelo PL de Bolsonaro para tentar ser prefeito de Maracaju

O vereador Luciano Fernandes França foi filiado ao PT por 11 anos e trabalhou para eleger Lula e Dilma à presidência

25/09/2024 14h43

O candidato a prefeito de Maracaju pelo PL, Luciano Fernandes França, já foi do PT por 11 anos

O candidato a prefeito de Maracaju pelo PL, Luciano Fernandes França, já foi do PT por 11 anos Reprodução

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Com a velha máxima de que na política “vale-tudo”, o vereador Luciano Fernandes França, que por 11 anos foi filiado ao PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu virar a casaca e filiar-se ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar conquistar a cadeira de prefeito de Maracaju nas eleições municipais deste ano.
 
Após mais de uma década na esquerda, Luciano França radicalizou na ideologia política e passou a adotar o principal slogan da extrema direita brasileira, que é o “Deus, pátria e família”. Ele gostou tanto da frase que é assim que se apresenta nas redes sociais, tentando ocultar o seu passado petista.
 
Hoje, surfando nas ondas de Jair Bolsonaro, o vereador já foi peça fundamental nas campanhas eleitorais para a presidência da República do “companheiro” Lula e da “companheira” Dilma Rousseff.
 
A certidão de filiação no PT registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi enviada ao Correio do Estado, demonstrado o passado mais à esquerda do atual militante da direita, No documento, é possível verificar que o candidato a prefeito pelo PL se filiou ao PT no dia 7 de setembro de 2000, dia da Independência do Brasil.
 
Durante mais de 11 anos, Luciano França trabalhou para o PT, ajudando Lula a conquistar mais de oito mil votos só em Maracaju em cada uma das duas eleições de 2002 e 2006, nas quais o petista foi eleito e depois reeleito presidente do Brasil.
 
Antes de deixar o PT, o candidato a prefeito também realizou campanha para a ex-presidente Dilma Rousseff, que conquistou mais de 18 mil votos no município em 2010, somando o primeiro e segundo turno.
 
Atualmente, Luciano França apresenta-se à população como um político que representa a direita conservadora e até publicou em suas redes sociais vídeo em que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro, pede votos para a sua candidatura.
 
As cores da campanha de Luciano França remetem às usadas por Jair Bolsonaro, o verde e amarelo da bandeira do Brasil, assim como a proximidade ao agronegócio, mas elas são muito distantes do vermelho do PT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que marcaram o seu passado.
 
Em 2011, ele virou a casaca, deixando o PT em março e, em agosto do mesmo, ano se filiou ao PL, onde permaneceu até 2020, quando migrou para o PSDB para se eleger vereador por Maracaju. No ninho tucano, o ex-petista tentou articular sua candidatura a prefeito, mas não teve o apoio do partido.
 
Na “janela de transferência” antes da eleição deste ano, o ex-petista aproveitou a oportunidade e retornou ao PL como o candidato que representa a direita de Maracaju. A reportagem tentou falar com o candidato, mas, até o fechamento desta matéria não obteve sucesso, mas o espaço continua aberto.

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JARDIM

Pesquisa Correio do Estado/IPR aponta vitória de Dra. Clediane

25/09/2024 09h45

A Prefeitura de Jardim está sendo disputada por três candidatos nas eleições municipais deste ano

A Prefeitura de Jardim está sendo disputada por três candidatos nas eleições municipais deste ano Arquivo

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A primeira pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) e pelo Correio do Estado, no período de 17 a 21 de setembro, junto a 303 moradores de Jardim (MS) com 16 anos ou mais, revela que, se as eleições municipais fossem hoje, a atual prefeita, a advogada Clediane Areco Matzenbacher (PP), a Dra. Clediane, seria reeleita.

Na pesquisa espontânea, quando não são oferecidas opções de nomes aos entrevistados, Dra. Clediane lidera, com 36,96% das intenções de voto, enquanto o seu adversário direto, o candidato do PSDB, advogado Juliano da Cunha Miranda, o Guga, tem 28,71%.

Bem afastado dos dois candidatos aparece o empresário Geraldo Alencar Gonçalves (MDB), com 7,59%. Brancos e nulos somaram 2,31%, e 24,42% não souberam ou não quiseram responder.

Já no levantamento estimulado, quando são oferecidas opções de nomes aos entrevistados, Dra. Clediane continua à frente, com 42,24% dos votos, enquanto Guga vem logo atrás, com 32,34%, e Geraldo Alencar aparece em último, com 11,88%.

Além disso, 0,99% dos entrevistados disseram que vão votar em branco ou anular, e 12,54% alegaram ainda estar indecisos sobre em quem votar para ocupar a cadeira de chefe do Executivo do município.

A Prefeitura de Jardim está sendo disputada por três candidatos nas eleições municipais deste ano
A Prefeitura de Jardim está sendo disputada por três candidatos nas eleições municipais deste ano

REJEIÇÃO

O IPR/Correio do Estado ainda levantou a rejeição dos três candidatos a prefeito de Jardim e, nesse quesito, 27,39% dos entrevistados falaram que, se a eleição fosse hoje, não votariam de jeito nenhum na Dra. Clediane.

Outros 10,56% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum em Geraldo Alencar, e 7,59% falaram que não votariam de jeito nenhum em Guga, 48,18% não rejeitam nenhum dos três, 0,66% rejeitam os três e 5,61% estão indecisos.

O IPR/Correio do Estado também perguntou aos 303 entrevistados sobre quem será eleito prefeito de Jardim na eleição deste ano, independentemente dos seus respectivos votos, e 46,53% citaram o nome da Dra. Clediane, enquanto 32,34% mencionaram o nome de Guga.
 Já 5,61% dos entrevistados declararam que o vencedor será Geraldo Alencar, enquanto 15,51% disseram não saber ou não quiseram responder.

O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nº MS-00579/2024, tendo margem de erro de 5,6 pontos porcentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

ANÁLISE

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, a atual prefeita está com uma boa avaliação junto à população e, por isso, na pesquisa espontânea, está abrindo em torno de nove pontos porcentuais sobre Guga.

“Na minha opinião, quem está realmente na disputa são a Dra. Clediane e o Guga, enquanto o Geraldo está com índice muito abaixo do esperado. Então, é difícil ele conseguir reverter essa situação, porque na espontânea e na estimulada ele está muito abaixo dos outros dois candidatos”, analisou.

Já na estimulada, conforme Aruaque Barbosa, a Dra. Clediane abre uma vantagem de 10 pontos porcentuais em relação a Guga. “Ainda tem 12% de indecisos, mas, mesmo assim, faltando duas semanas para as eleições, vai se criando uma dificuldade maior para poder virar esse jogo”, projetou.

Com relação à rejeição, ele disse que Dra. Clediane está com um porcentual um pouco maior do que os outros candidatos, algo natural, porque é a atual prefeita. Aruaque Barbosa destacou que o que lhe chamou atenção é que na última pergunta, sobre quem o eleitor acredita que tem mais chance de ganhar as eleições independentemente do seu voto, a Dra. Clediane salta de 42% para 46%. 

“Ou seja, algumas pessoas que votam nos adversários acreditam que a Dra. Clediane vai vencer. Ela está com essa expectativa positiva de que vai sair vitoriosa das eleições, de acordo com a população”, finalizou. (DP)

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