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Deputado critica trabalho do Ibama e cobra intervenção do Rio Paraguai

O deputado Paulo Duarte (PSB) usou a tribuna da Alems para criticar o Ibama por impor barreiras, impedindo a navegação necessária para a retirada de sedimentos na hidrovia, que é de grande importância econômica para o estado.

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Preocupado com a situação do Rio Paraguai, o deputado Paulo Duarte (PSB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa (Alems) na manhã desta quarta-feira (4) para discursar sobre as questões climáticas que afetam toda a região pantaneira e vêm prejudicando a economia do estado.

Segundo o parlamentar, no Rio Paraguai há seis pontos críticos com sedimentos que estão impedindo a navegação. Ele criticou o trabalho do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por impor barreiras, não autorizando a navegação para a retirada desses sedimentos, que são resultado de processos erosivos e de deposição alterados ao longo do tempo, como o desmatamento, manejo inadequado de terras para agropecuária, erosão marginal promovida pelo próprio rio e a contribuição das encostas.

“A minha preocupação não se trata de dragagem, se trata de sedimentos levados de forma natural e que o órgão não permite intervenção, ou seja, uma decisão isolada em Brasília, de pessoas que nunca vieram para cá, pode condenar a região inteira de Corumbá ao isolamento, ao ostracismo do ponto de vista econômico”, denunciou o deputado.

De acordo com o deputado, a hidrovia pantaneira escoa uma boa parte da produção de minério de ferro, mas, devido à falta de planejamento, esse transporte agora é realizado pela BR-262.

“Corumbá tem as melhores qualidades de minério de ferro e parte está sendo escoada pela BR-262, ou seja, aumenta a emissão de gases, que diminuem o volume de chuvas, que, consequentemente, aumentam a temperatura em todo o país, usando um transporte rodoviário mais caro, que mata pessoas e animais, com um tráfego pesado, que não foi planejado para isso. Temos que discutir a sustentabilidade, porque tudo impacta”, ressaltou.

A preocupação aumenta ainda mais porque, nos últimos anos, o país tem passado por uma severa mudança climática. Isso coloca o Pantanal em risco de desertificação em áreas que antes eram alagadas, e a redução dos volumes de chuva é preocupante. A pauta deve ser tratada "sem viés partidário, pois a questão ambiental é maior do que qualquer ideologia".

Concordando com as falas do parlamentar, o presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP), ressaltou que é preciso voltar os olhos para o projeto ESG – Ambiental (Environmental), Social e Governança (Governance).

“Esse é um conceito moderno, que reúne esses três pilares importantes. Não adianta procurar culpado. Temos que olhar a partir do hoje, do agora, criar políticas públicas e responsabilidades a partir daí, pois não vamos conseguir mudar a história do que já foi desmatado, mas daqui para frente sabemos que nós precisamos usar nossos rios para o desenvolvimento. Torná-los navegáveis, voltar políticas para as matas ciliares, agir com mais responsabilidade daqui para frente”, considerou.

Nível do Rio Paraguai fica abaixo de zero 

Por conta das chuvas 40% abaixo da média história na bacia pantaneira desde outubro do ano passado, o nível do Rio Paraguai na régua de Ladário está abaixo de zero desde último dia 26 de agosto. A barreira do zero foi rompida 17 dias mais cedo que em 2021, ano em que o rio atingiu o segundo pior nível desde quando começou a medição, em 1900. 

Em 2021, quando o rio chegou a ficar 60 centímetros abaixo de zero (o nível mais baixo já registrado foi em 1964, com 61 centímetros abaixo de zero), a régua de Ladário permaneceu no positivo até o dia 10 de setembro. 

Depois daquela data o rio continuou baixando e só começou a subir em meados de outubro, com a chegada das chuvas. Mesmo assim, permaneceu abaixo de zero até 22 de novembro. 

A quebra da barreira do zero ocorreu apesar da liberação de água extra da hidrelétrica do Manso, em Mato Grosso, que no final de junho e começo de julho liberou água acima da média ao longo de três  semanas no Rio Cuiabá, que chegou a subir quase 70 centímetros em pleno período de estiagem. 


DRAGAGEM

A partir do momento em que o rio fica abaixo de um metro na régua de Ladário, o transporte de minérios é praticamente suspenso. Agora, porém, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) promete iniciar, até meados de setembro, o trabalho de dragagem para manter o transporte durante o ano inteiro. 

De acordo com a superintendência regional do DNIT, no chamado Tramo Sul, entre Corumbá e Porto Murtinho, foram identificados “18 passos críticos e 15 passos potencialmente críticos” que necessitam de intervenção.

Em alguns deles as empresas de transporte são obrigadas a desconectar os comboios e passar as 16 chatas uma por uma, o que atrasa as viagens em mais de um dia, inclusive quando o rio está em cerca de 1,5 metro.

Ainda conforme o DNIT, “a dragagem de manutenção promove um novo arranjo do leito, retirando sedimentos de um canal natural identificado e depositando-o dentro do próprio rio, em ponto que não traga riscos à navegação”.

Esta metodologia de trabalho, explica a superintendência, “visa não reduzir a altura da lâmina d'água, o que significa que a dragagem de manutenção não interfere no ciclo de transbordamento do rio”. 

 

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Moraes manda Itamaraty suspender passaporte diplomático de Collor

Em prisão domiciliar, ex-presidente é monitorado por tornozeleira eletrônica e só pode receber visitas de advogados, de médicos e da família

12/05/2025 20h00

Ex-presidente Fernando Collor de Melo cumpre prisão domiciliar

Ex-presidente Fernando Collor de Melo cumpre prisão domiciliar Arquivo

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender o passaporte diplomático do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), que cumpre uma condenação por corrupção em prisão domiciliar.

Por se tratar de um documento diplomático, a suspensão depende do Ministério das Relações Exteriores, que foi notificado para cumprir a decisão do STF.

Moraes também mandou a Polícia Federal "proceder às anotações necessárias" de controle migratório para impedir o ex-presidente de deixar o Brasil.

Collor conseguiu autorização para cumprir pena em prisão domiciliar por causa da idade - o ex-presidente tem 75 anos - e dos problemas de saúde que enfrenta. Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica e só pode receber visitas de advogados, de médicos e da família.

Collor cumpre condenação de 8 anos e 6 meses em um processo da Operação Lava Jato. O ex-presidente foi considerado culpado pelo recebimento de R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia em troca do direcionamento de contratos de BR Distribuidora.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente usou a influência política para nomear aliados a diretorias estratégicas da BR entre 2010 e 2014, quando era senador. O objetivo seria viabilizar o esquema de direcionamento de contratos em troca de "comissões" supostamente pagas pela UTC.

 

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Camila Jara comemora sucesso na cirurgia para retirada da tireoide

A deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores passou por um procedimento cirúrgico nesta segunda-feira (12), após receber diagnóstico de câncer

12/05/2025 18h00

A deputada deve permanecer em observação por um dia na UTI

A deputada deve permanecer em observação por um dia na UTI Divulgação Redes Sociais

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A deputada federal Camila Jara (PT-MS), passou por cirurgia para retirada da tireoide em decorrência de tumores cancerígenos, na manhã desta segunda-feira (12), no Hospital Sirio Libanês - que possui uma unidade em São Paulo (SP) e Brasília (DF).


Segundo nota divulgada pela família no início da noite, Camila passou por uma cirurgia de tireoidectomia total (remoção completa da glândula).

“Associada a um esvaziamento cervical bilateral (procedimento para retirada de linfonodos na região do pescoço), condutas recomendadas para seu quadro clínico com o objetivo de eliminar o foco da doença e prevenir recidivas. O procedimento durou cerca de quatro horas e ocorreu sem intercorrências”.

O pai de Camila Jara, não confirmou qual unidade a deputada federal está internada.

“A tireoide foi retirada, os tumores suspeitos removidos e ela já está no quarto, em repouso”, informou Gerson Jara.

Recuperação


Seguindo recomendações médicas, a deputada está com atestado médico temporário, enquanto seu quadro clínico se estabiliza, e ainda não há necessidade de solicitar um afastamento do mandato.


“Diferentemente da licença oficial, a licença por atestado médico permite que a deputada continue exercendo sua função parlamentar. Durante esse período, Camila manterá atuação remota, acompanhando votações, articulações e projetos legislativos com o apoio de sua equipe”, finaliza a nota.

Diagnóstico


No dia 6 de abril, a parlamentar compartilhou, em uma rede social, o diagnóstico de câncer após ter passado por uma cirurgia para remoção de nódulos.

Sem entrar em muitos detalhes, compartilhou com os seguidores, o diagnóstico que ninguém quer ouvir: “Fui diagnosticada com câncer aos 30 anos.”

Camila Jara é a deputada federal mais jovem eleita por Mato Grosso do Sul. Assim que recebeu o diagnóstico e diante da necessidade de passar por um segundo procedimento cirúrgico, solicitou licença médica.

A expectativa é que ela passe um dia em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, conforme a evolução do quadro, deve permanecer internada por até cinco dias.

Tratamento da deputada

Após a cirurgia, Camila Jara irá passar pelo tratamento de iodoterapia, que utiliza iodo radioativo para eliminar eventuais células malignas remanescentes na tireoide.

A reportagem do Correio do Estado conversou com a especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Lara Leite, que explicou que essa fase é um complemento do tratamento.

“O paciente que descobriu nódulos e metástase para os linfonodos precisa realizar a radioiodoterapia, que é uma terapia que utiliza radioisótopos para promover a destruição ,ou ablação, que é o termo técnico das células remanescentes”, explicou a especialista, e completou:

“São as chamadas células remanescentes. Qualquer célula que contenha tecido tireoidiano na região do pescoço, seja no sítio da tireoide ou nos próprios linfonodos afetados por células cancerígenas da tireoide, será destruída por essa iodoterapia.”

Entenda o câncer na tireoide

A especialista explicou que o câncer de tireoide é o crescimento anormal e desordenado de células desse órgão.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de um câncer de tireoide são:

  • Exposição à radiação (especialmente na infância);

  • Histórico familiar de câncer de tireoide;

  • Certas mutações genéticas;

  • Doenças da tireoide pré-existentes (como o bócio multinodular).

Porém, na maioria dos casos, a causa exata não é identificada.

A médica reforçou que o diagnóstico de câncer na tireoide é mais comum entre os 30 e 50 anos, sendo que as mulheres são até três vezes mais afetadas do que os homens.

Existem quatro tipos de câncer de tireoide:

  • Carcinoma papilífero (mais comum e menos agressivo);

  • Carcinoma folicular;

  • Carcinoma medular;

  • Carcinoma anaplásico (mais raro e agressivo).

Na maioria das vezes, o câncer de tireoide não causa sintomas no início.

Quando há sintomas, os mais comuns são:

  • Nódulo no pescoço, geralmente indolor;

  • Rouquidão ou alteração na voz;

  • Dificuldade para engolir;

  • Dificuldade para respirar;

  • Aumento dos gânglios linfáticos do pescoço.

Por meio de uma publicação no Instagram, a ssessoria comemorou o sucesso da cirurgia.

Leia na íntegra:

"A única batalha que a gente perde é aquela que a gente não luta.A cirurgia foi um sucesso e, agora que passou, a recuperação começa.


Estou bem, confiante no tratamento e no cuidado atento da equipe médica que me acompanha. Tenho a sorte de caminhar com uma rede de apoio que me cerca de amor — e isso faz toda a diferença.


Sigo com a certeza de que meu compromisso com o povo não tira folga. Ele só respira fundo, recarrega e volta ainda mais forte.Obrigada por cada mensagem, cada oração, cada pensamento bonito que chegou até mim nesses dias. Eles me alcançaram — e me fortaleceram.


Logo volto para a linha de frente. Mais forte, mais serena, mais certa de que cuidar da vida também é parte da luta."

 

** Matéria atualizada para inserção de informações

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