Política

REPERCUSSÃO

Deputados de MS repudiam vandalismo em Brasília e exaltam a democracia

Entre os parlamentares da Assembleia Legislativa há os que acham atos antidemocráticos como 'normais'

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No dia em que Luiz Inácio Lula da Silva foi diplomado presidente eleito do Brasil, em Brasília, seguidores do presidente derrotado Jair Bolsonaro, do PL, espalharam o terror em Brasília.

Queimaram quatro ônibus e três veículos de passeio, jogaram botijões de gás em frente a um posto de gasolina, tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e ainda apedrejaram uma viatura do Corpo de Bombeiros.

E, embora, as autoridades de segurança tenham agido, nenhum protestante foi preso.

E como viram tais atos os deputados estaduais de MS, na sessão da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (13)?

Para alguns, o protesto foi insuflado por vândalos, criminosos. Já para outros "a população brasileira tem a previsão constitucional de se manifestar".

"Ontem [terça] nas falas durante a cerimônia de diplomação, ou nas redes sociais, muitas vezes foi reforçada na fala a defesa e fortalecimento da democracia. Muitos viveram o regime de exceção no Brasil [situação de restrição de direitos e concentração de poderes que, durante sua vigência, aproxima um Estado sob regime democrático do autoritarismo], que faz no dia hoje 54 anos, do Ato Instititucional (AI5), que permitiu a quebra total da democracia em nosso País, e muita gente ainda está aqui, e participa da vida política nacional, para continuar defendendo a democracia que conquistamos", discursou Amarildo Cruz, deputado estadual reeleito do PT.


Já quanto ao tentativa de invasão ao prédio da PF e os veículos queimados, o parlamentar assim se expressou:

"Um pequeno grupo invadiu a sede da Polícia Federal [PF]. A reivindicação não só faz parte, é necessária, isso embeleza a democracia, legitima a nossa Constitituição Federal [CF], mas atos de vandalismo, terrorismo, prática de crime; isso não é definitivamente exercício da democracia. Colocar fogo em carros e outras ações é uma afronta à liberdade, e o motivo é não aceitar o resultado da eleição. Até quando vamos tolerar isso?, protestou o petista.


Outro a discursar acerca do assunto, foi o também deputado reeleito Zé Teixeira, do PSDB, que enxergou o protesto como "pacífico":

"Ninguém pode afirmar que quem fez o vandalismo de ontem apóia o presidente Jai Bolsonaro (PL), isso será apurado. Até hoje eu vi manifestações pacíficas, e espero que ele [Lula] reconheça que é o presidente de todos, e governe para todos. Não estive no palanque de Lula, mas ele é o meu presidente, o clima de união deve ser instituído no Brasil, pois quem manda na política é o povo", afirmou o deputado estadual.


O deputado Evander Vendramini, do PP, que não se reelegeu, demonstrou repulsa à eleição de Lula.

"Foi diplomada uma pessoa que envergonha a nação brasileira por sua história, e infelizmente se convergiu para todo esse momento que tivemos no Brasil. A população brasileira tem a previsão constitucional de se manifestar. Eu falo em nome da população de bem que está nas ruas pela democracia", disse Vendramini.


Para Pedro Kemp, petista, outro reeleito deputado estadual: "ontem foi um dia histórico, o ex-presidente foi diplomado pela terceira vez, isso é inédito no País. É a primeira vez que alguém vai para o terceiro mandato de presidente. O maior líder político do País que foi consagrado nas urnas por mais de 60 milhões de eleitores".

*Com informações da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa de MS)

Política

Moraes anula decisão da Câmara que manteve mandato de Zambelli

Suplente Coronel Tadeu (PL-SP) deve tomar posse em 48 horas

11/12/2025 19h12

Deputada federal Carla Zambelli

Deputada federal Carla Zambelli Agência Câmara

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira, em Brasília, a anulação da votação da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação e manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (foto) (PL-SP).

Na decisão, ele determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, emposse imediatamente o suplente da deputada.

O ministro disse que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgado, cabendo à Câmara somente "declarar a perda do mandato".

Perda de mandato
"Diante do exposto, nos termos decididos pela Primeira Turma desta Suprema Corte no julgamento de mérito da Ação Penal 2.428/DF, declaro nula a rejeição da representação nº 2/2025 da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e decreto a perda imediata do mandato parlamentar de Carla Zambelli Salgado de Oliveira", decidiu Moraes.

Assim, a cadeira de Zambelli deverá ser ocupada pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP). Por determinação do ministro, ele deverá tomar posse no prazo de 48 horas.

Na decisão, o ministro disse que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgada, cabendo à Câmara somente "declarar a perda do mandato".

O ministro também determinou que sua liminar seja analisada em julgamento virtual da Primeira Turma, nesta sexta-feira (12), às 11h.

Fuga

Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, na Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Por ter dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandado falso de prisão contra Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da parlamentar para o Brasil.

O pedido de extradição foi oficializado no dia 11 de junho pelo STF.  Em seguida, a solicitação foi enviada pelo Itamaraty ao governo italiano. 

A decisão final sobre o processo de extradição será tomada durante uma audiência que será realizada pela Justiça italiana na próxima quinta-feira (18). 

Política

Haddad: situação dos Correios 'inspira mais cuidados' e estatal precisa de 'reinvenção'

Ministro em entrevista nesta quinta-feira (11), disse que a estatal têm obrigação de universalizar o serviço postal

11/12/2025 19h00

Crédito: Valter Campanato / Agência Brasil

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Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira, 11, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a situação dos Correios "inspira mais cuidados", porque a estatal precisa de uma "reinvenção" para reverter o rombo financeiro.

"Como os Correios têm obrigação constitucional de universalizar o serviço postal, tem esse ônus. Está cheio de empresas de logística hoje no Brasil atuando. Mudou no mundo inteiro, mas todo o serviço postal do mundo, que permanece quase no mundo inteiro nas mãos do Estado, tem um arranjo diferenciado para dar suporte à universalização", sustentou.

Ele defendeu que os serviços postais no Brasil, diante da concorrência privada, encontrem novos segmentos de negócios, agregando parcerias.

"No mundo inteiro se faz uma estimativa dos custos de universalização que não são cobertos pela tarifa. Agrega valor no serviço postal mediante oferta de serviços, que pode ser de previdência, de seguro, uma série de serviços que se agregam ao postal. Em geral, um banco, uma Caixa Econômica pode fazer uma parceria com os Correios para ter capilaridade em relação aos serviços que ela própria presta", argumentou Haddad.

Segundo ele, o projeto de reestruturação já teve mais de dez versões, "porque o Tesouro está sendo rigoroso no pedido de que seja uma solução definitiva para a companhia".

Questionado sobre a necessidade de aportes recorrentes para as estatais, Haddad respondeu que os Correios se destacam no quadro geral, mas não é o caso do de todas as empresas. "Correios e Eletronuclear são as duas estatais que inspiram mais cuidado", pontuou.
 

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