Política

VISITA A CHINA

Dilma chegou nesta madrugada ao Brasil

Dilma chegou nesta madrugada ao Brasil

g1

17/04/2011 - 10h00
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A presidente Dilma Rousseff chegou ao Brasil na madrugada deste domingo (17), após uma viagem de seis dias à China. Segundo a assessoria, o avião presidencial aterrisou na Base Aérea de Brasília às 4h05. Neste domingo, Dilma passa o dia descansando no Palácio da Alvorada. Na segunda-feira (18), a agenda presidencial prevê despachos internos a partir das 9h30 no Palácio do Planalto.

Durante a viagem, Dilma e o presidente chinês, Hu Jintao, assinaram uma série de acordos de cooperação nas áreas de política, defesa, ciência e tecnologia, recursos hídricos, inspeção e quarentena, esporte, educação, agricultura, energia, energia elétrica, telecomunicações e aeronáutica.

Em um comunicado conjunto, Dilma e Hu Jintao reiteraram o compromisso de promover "o desenvolvimento das relações bilaterais com visão estratégica e de longo alcance".

A China manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado e o Brasil e ambos os países se comprometeram a ampliar e diversificar investimentos recíprocos, em particular na indústria de alta tecnologia e automotiva e nos setores de energia, mineração e logística, sob a forma de parcerias entre empresas chinesas e brasileiras.

Investimentos

Durante a visita à China, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou que a Apple e a Foxconn vão produzir o computador tablet iPad no Brasil até o final de novembro deste ano. Mercadante e Dilma se reuniram com o presidente da multinacional fundada em Taiwan e que concentra suas operações na China.

Segundo o Itamaraty, a Foxconn, que fabrica produtos da Apple em regime de terceirização na China, anunciou a Dilma a intenção de investir US$ 12 bilhões no Brasil em até 5 anos para a produção de telas e visores para produtos como computadores, celulares e tablets.

Os investimentos da Foxconn podem gerar 100 mil empregos no Brasil. A produção de iPads deve começar a ser feita com a estrutura que a Foxconn já mantém no país, a partir de peças importadas.

Aviões, carne suína e óleo de soja
Dilma também conseguiu do governo chinês a abertura de mercado para a carne suína brasileira. Três frigoríficos nacionais exportadores de suínos foram aprovados pelo governo chinês. Com a decisão, o Brasil venderá o produto pela primeira vez para os chineses. A liberação ocorre cinco meses depois da vinda de missão chinesa ao Brasil para inspecionar 13 indústrias.

A expectativa do governo brasileiro é que nos próximos meses o governo chinês amplie a lista de frigoríficos exportadores de suínos e aves, período em que se pretende sanar todas as dúvidas e questionamentos dos chineses em relação às demais indústrias. A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) estima que em cinco anos o Brasil deva exportar para China 200 mil toneladas de carne suína.

Também estão previstos investimentos chineses de US$ 350 milhões em uma planta de processamento de óleo de soja na cidade de Barreiras (Bahia) e de cerca de US$ 300 milhões na construção de uma planta para produção de equipamentos de tecnologia da informação em Goiás. A empresa chinesa de telecomunicações ZTE anunciou que irá investir na construção de um pólo de produção industrial na cidade de Hortolândia (SP).

Foi firmado ainda acordo para a permanência da fábrica da Embraer em Harbin, para que sejam produzidos jatos executivos Legacy. A China encomendou 35 jatos comerciais Embraer 190, que tem cem assentos e custa US$ 43 milhões.

A Embraer é parceira da estatal Aviation Industries of China (Avic) desde 2002 e produzirá, neste mês de abril, a última unidade do modelo para o qual tem licença de fabricação, o ERJ-145, uma aeronave comercial de 50 lugares cuja demanda na China e no mundo despencou nos últimos anos. Sem licença para fabricar outro modelo, mais competitivo, a fábrica corria o risco de ficar ociosa e fechar as portas em breve.

Brics
Na China, Dilma participou de reunião do Brics, o grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo insistiu na necessidade de uma reforma na Organização das Nações Unidas (ONU).

Em comunicado conjunto, Dilma Rousseff, Hu Jintao, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmaram que a reforma é necessária para que a ONU possa "tratar dos desafios globais atuais com maior êxito".

"Reafirmamos a necessidade de uma reforma abrangente das Nações Unidas, incluindo seu Conselho de Segurança, para assegurar maior eficácia, eficiência e representatividade de modo a que possa melhor enfrentar os desafios globais da atualidade", diz trecho do comunicado.

Além da reunião do Brics, Dilma Rousseff participou do Fórum de Boao, na província chinesa de Hainan. O evento tem a mesma dinâmica do encontro anual de empresários e autoridades estrangeiras na cidade suíça de Davos e reúne a nata política, econômica e intelectual da Ásia.

Turismo
Dilma Rousseff encerrou sua visita de seis dias à China com um passeio pelo parque dos Guerreiros de Terracota na cidade de Xian, na parte central do país, construídos no século 3 durante a dinastia do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang.

No livro de visitas do local, a "oitava maravilha do mundo'" nas palavras da presidente, Dilma Rousseff escreveu que o ex ército de terracota demonstra a imensa capacidade do povo chinês ao longo dos séculos.

Política

Bolsonaro: Eduardo me representa na posse de Trump e Michelle 'não trata desses assuntos'

Ex-presidente não pôde viajar devido à retenção de seu passaporte por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)

20/01/2025 21h00

Ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Tânia Rêgo, Agência Brasil

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na segunda-feira (20), que está sendo representado na posse de Donald Trump, nos EUA, pelo seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal. Já sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL) "não trata desses assuntos", segundo ele, em entrevista ao jornal Auriverde Brasil na manhã desta segunda-feira, 20.

O ex-presidente acompanhou Michelle ao aeroporto de Brasília no sábado (18), mas não pôde viajar devido à retenção de seu passaporte por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com ele, Eduardo possui "confiança 100%" e uma relação próxima com a família de Trump. "Tá lá o Eduardo, que me representa, na verdade é meu filho. Tá lá com a Michelle nos Estados Unidos, que obviamente não trata desses assuntos. O Eduardo fala inglês, já tá dominando o árabe e tem boa relação com a família do Trump", afirmou.

Sobre Michelle, o ex-presidente classificou sua presença de Michele na posse como discreta: "Minha esposa está lá, fazendo o trabalho dela, muito discreto. Logicamente, eu queria estar ao lado dela", comentou. Ele continua, dizendo que "por isso a gente chora, por que não chora? Ou eu sou uma máquina? Eu tenho as minhas fraquezas".

O ex-mandatário tem acompanhado o evento por meio de videochamadas, como uma oração coletiva e um jantar de gala, que aconteceram na noite de domingo, 19.

No sábado (18), Bolsonaro disse estar "chateado, abalado" e que enfrenta uma enorme perseguição política. Ele ainda afirmou que não tem a mínima preocupação em relação aos crimes apontados no indiciamento pela Polícia Federal (PF) sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A decisão que impede a saída de Bolsonaro do País foi reforçada na última semana, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou mais um pedido para a devolução de seu passaporte. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra a liberação do documento, argumentando que a viagem não atende a interesses vitais do ex-presidente.

Em sua decisão, Moraes apontou que Bolsonaro deve responder às investigações em curso no Brasil, mencionando que o ex-presidente vem defendendo a fuga do País e o asilo no exterior para os diversos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Além de Eduardo Bolsonaro e a ex-primeira-dama, 21 parlamentares de oposição ao governo viajaram para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington.

ELEIÇÕES 2026

Bolsonaro detona senadora de MS e manda recado para Tereza Cristina

Ex-presidente chamou Soraya Thronicke de desgraça e também direcionou críticas a sua aliada Tereza Cristina, mandando aviso sobre as eleições do ano que vem

20/01/2025 17h45

Jair Bolsonaro (PL) e Tereza Cristina (PP) em 202

Jair Bolsonaro (PL) e Tereza Cristina (PP) em 202 Foto: Isac Nóbrega / PR

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas as senadoras sul-mato-grossenses Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP), ao comentar sobre as possíveis candidaturas e apoio para as eleições do ano que vem, especificamente para as vagas no Senado.

Os comentários foram feitos nesta segunda-feira (20), durante entrevista ao canal AuriVerde Brasil, no Youtube. Inicialmente, Bolsonaro criticou a decisão do senador Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia, de se candidatar à presidência do Senado, classificando como “lamentável”, falta de disciplina e que ele não honra a palavra dada.

Durante os comentários, o ex-presidente citou conversas para lançar candidaturas assertivas em 2026 e, de acordo com o Estadão, ao se referir a Mato Grosso do Sul, disse que haverá um candidato do partido ao Senado, momento em que criticou Soraya Thronicke, que foi eleita em 2018 pelo PSL, mesmo partido pelo qual ele foi eleito.

"A atual senadora que se elegeu usando o meu nome é uma desgraça” e “não soma em nada. A gente vai mudando, vai acertando", declarou Bolsonaro, em referência à Soraya. 

Ela foi procurada pelo Estadão para comentar as declarações de Bolsonaro, mas não se manifestou até a publicação da reportagem.

Em 2018, ambos eram do mesmo partido e Soraya foi eleita na chamada onda bolsonarista. Quatro anos depois, em 2022, de aliados os dois passaram a adversários, pois ambos foram candidatos a presidência e trocaram farpas durante a campanha.

No segundo turno, disputado por Lula (PT) e Bolsonaro, a senadora se recusou a votar, dizendo que preferia pagar multa a escolher entre um dos dois. Lula saiu vitorioso do pleito.

Ainda durante a entrevista ao canal do Youtube, Bolsonaro também se dirigiu a Tereza Cristina, que foi ministra da Agricultura em sua gestão. Ele alfinetou a senadora ao dizer que ela não chegaria onde chegou sem a ajuda dele.,

Bolsonaro disse que cumpre promessas, mas ao dar ministérios a alguns aliados, eles passaram a agir como dono das pastas.

Entre esses aliados, ele citou Tereza Cristina, e afirmou que sozinha a senadora "não chegaria onde chegou, mandando o recado diretamente a ela.

“Tereza Cristina, sozinha, no outro governo, você não chegaria onde chegou, mas de jeito nenhum. Tudo tinha um ‘mas’. Você vai ser ministra, mas, tal e tal secretaria não são suas, são de outros partidos políticos”, disse, sem entrar em maiores detalhes sobre quais são as expectativas dele com relação à senadora e quais possíveis acordos a senadora não cumpriu.

Nas eleições municipais de 2024, apesar de não haver ruptura pública entre ambos, cada um ocupou um palanque em Campo Grande no primeiro turno.

Enquanto Bolsonaro declarou apoio ao candidato a prefeitura Beto Pereira (PSDB), Tereza Cristina apoiou Adriane Lopes (PP)l Já no segundo turno, ambos ficaram ao lado de Adriane, que foi eleita ao superar a candidata Rose Modesto (União Brasil).

Tereza Cristina também não se manifestou sobre os "avisos" de Bolsonaro.

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