Política

Melhorias

Fim da escala 6x1 beneficiará mulheres, diz ministra de MS

Proposta limita a carga semanal de trabalho a 36 horas

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A ministra das Mulheres e moradora de Campo Grande, Cida Gonçalves, defendeu, nesta quinta-feira (14), o fim da escala de trabalho 6x1, mudança que irá beneficiar as mulheres brasileiras. “Para as mulheres vai ser um benefício, significa ter mais tempo para se cuidar, se preparar ou mesmo para cuidar do que quiser”, disse a ministra à Agência Brasil.

Proposta de Emenda Constitucional (PEC)  - ainda não protocolada - apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) já possuía 206 assinaturas na tarde desta quarta, e propõe o fim da escala de trabalho na qual se trabalha seis dias na semana e se folga apenas um.  

A proposição que já alcançou o número suficiente de assinaturas e contou com o aval dos deputados federais sul-mato-grossenses Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT, Dagoberto e Geraldo Resende, do PSDB, destaca a seguinte redação para o inciso XIII do art. 7 da Constituição Federal: “Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

O projeto foi apresentado na Câmara Federal em 1º de maio deste ano. Para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação. 

“Eu acho que é um debate importante para o Brasil, que tem que ser amadurecido, avançado. Acho que é importante dizer que a [PEC] 6x1 de fato vai beneficiar as mulheres. Nós aprovamos na Câmara a Política Nacional de Cuidados, está indo para o Senado. Se a gente juntar as duas coisas, acho que vai ser super importante para que possamos amadurecer a valorização das mulheres no trabalho remunerado e não remunerado e o uso do seu tempo”, defendeu a ministra.

A Política Nacional de Cuidados foi aprovada nesta terça-feira (12) na Câmara dos Deputados, que aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei 2762/24. O texto agora segue para o Senado.

A política, baseada em diagnóstico feito por um grupo de trabalho, mostra a responsabilização familiar, sobretudo de meninas e mulheres negras e de territórios rurais e periferias urbanas, e aponta a ausência de políticas públicas e a presença do Estado. 

“A Política de Cuidado é para que o Estado e a sociedade possam assumir a reponsabilidade da área, que hoje está sob responsabilidade única e exclusiva das mulheres. É pensar políticas públicas, estratégias, pensar lavanderias comunitárias, centros do idoso, diversas políticas que vêm para que as mulheres tenham espaço para se cuidar e pensar outras alternativas para sua vida”, disse.

Igualdade Salarial

A ministra participou nesta quinta, no G20 Social, da atividade Superação das Desigualdades entre homens e mulheres: a relevância da Lei de Igualdade Salarial.

Sancionada em 2023, a Lei da Igualdade Salarial visa a garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função ou por trabalho de igual valor. Para isso, a lei estabelece mecanismos de transparência e de remuneração a serem seguidos pelas empresas, o aumento da fiscalização e a aplicação de sanções administrativas.

As trabalhadoras no Brasil ainda ganham 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados. As informações são do 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. Se consideradas somente as trabalhadoras negras, a diferença de remuneração se acentua. No geral, elas ganham metade (50,2%) do salário dos homens não negros. 

Segundo Cida Gonçalves, a lei está enfrentando mais de 400 contestações judiciais. “Não podemos abrir mão da igualdade em hipótese alguma. Não podemos perder a Lei da Igualdade Salarial nesse país. Temos que fazer o possível e impossível nas ruas, no debate público, temos que transformar a luta pela igualdade em potencial nacional para que não sejamos derrotados. Se perdemos, vamos perder todas as outras conquistas que tivermos, temos que colocar isso como fator prioritário”, disse.

Para a secretária nacional para Assuntos da Mulher da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Sonia Maria Zerino, que também participou da atividade, é preciso garantir a implementação da lei. “Nós conquistamos a lei, mas precisamos garantir que ela seja efetivada. Isso é uma tarefa de todos aqui, ver nas nossas empresas se ela estar sendo efetivada e lutar para que essa lei se cumpra”, defendeu. “Que possamos ser multiplicadores, mostrando que a lei existe e fiscalizadores também”, acrescentou.

A diretora de Programa da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Emprego, Luciana Vasconcelos Nakamura, ressaltou as ações do governo que visam à equiparação salarial, destacando o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, lançado em setembro. 

Com previsão orçamentária do governo federal de R$ 17 bilhões, o plano prevê ações voltadas à ampliação e permanência das mulheres no mercado de trabalho, ascensão a cargos de direção e gestão; e também, ao enfrentamento e às discriminações no ambiente de trabalho. “A gente tem a convicção e a certeza de que está no caminho certo, que as ações implementadas pelo governo vão contribuir significativamente para a redução da desigualdade salarial no Brasil”, disse a diretora.

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ELEIÇÕES 2026

União Brasil quer "fazer" 2 deputados federais em MS e um deles será Rose

A ex-candidata a prefeita de Campo Grande é a aposta do partido para reforçar a bancada na Câmara dos Deputados

14/11/2024 08h00

A ex-deputada federal Rose Modesto, do União Brasil

A ex-deputada federal Rose Modesto, do União Brasil Foto:arquivo

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Após ser derrotada no segundo turno da eleição municipal para a Prefeitura de Campo Grande por uma diferença de apenas 2,9% ou 12.587 votos, 
a ex-deputada federal Rose Modesto continua sendo uma das principais apostas do União Brasil para as eleições gerais de 2026 em Mato Grosso do Sul.

Conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, o partido pretende fazer dois deputados federais no próximo pleito e o nome de Rose Modesto é considerado como um dos mais fortes para garantir ao menos uma cadeira na Câmara dos Deputados, enquanto o outro nome pode ser um dos vereadores eleitos neste ano – Veterinário Francisco ou Fábio Rocha.

A expressiva votação da ex-parlamentar no segundo turno da eleição em Campo Grande, quando obteve 210.112 votos, a credenciam para ser um nome certo do União Brasil para disputar o pleito por uma das oito vagas de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados.

Além disso, nas eleições gerais de 2018, ela foi eleita deputada federal com 120.901, sendo a candidata mais votada para a Casa de Leis no pleito.
Portanto, a legenda dá como certa a conquista de pelo menos essa vaga pela menina humilde criada em Culturama, distrito do município de Fátima do Sul, que se tornou uma das grandes lideranças políticas do Estado.

IMPORTÂNCIA DA VAGA

O União Brasil, de acordo com a apuração do Correio do Estado, já teria avisado Rose Modesto que conta com ela como candidata a deputada federal em 2026 para que, dessa forma, se mantenha como uma das maiores bancadas da Câmara, com 59 parlamentares, ficando atrás somente do PL, que conta com 93 deputados federais.

Para quem não imagina a importância de um deputado federal para os partidos, trata-se da sobrevivência da legenda e o cumprimento das metas de desempenho exigidas pela Constituição.

Por isso, as legendas precisam apostar todas as suas fichas no lançamento de candidaturas populares, conhecidos pelos eleitores e com capacidade para serem puxadores de voto.

Candidatos com esse perfil ou essa capacidade já costumavam ter a campanha priorizada pelas legendas, porém, agora, ainda mais, pois apenas os partidos que atingirem 2% dos votos válidos distribuídos em nove estados diferentes – com pelo menos 1% dos votos em cada um – poderão ter acesso aos recursos do Fundo Especial de Assistencial Financeira aos Partidos Políticos – o Fundo Partidário – e ao tempo gratuito de propaganda no rádio e na TV.

A segunda opção é ainda mais dura: eleger ao menos 11 deputados federais em nove estados. E quem são esses puxadores de voto? A resposta é ampla, uma vez que pode incluir atuais deputados federais que buscam a reeleição e ocupantes e ex-ocupantes de outros cargos públicos e eletivos, como vereadores, deputados estaduais e vice-prefeitos, além de lideranças religiosas e sociais.

Há duas características específicas bem comuns a esses puxadores de votos: pessoas com capacidade de liderança e influência. Entretanto, não basta só isso se o candidato não estiver visível. Ter visibilidade atualmente é muito mais complexo do que há 10 anos, pois é preciso estar visível no mundo real e nas redes sociais.

Apenas com deputados federais um partido pode ter acesso ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral ou Fundão. Nas eleições deste ano, o União Brasil – que é resultado da fusão entre o PSL e o DEM – ficou com a terceira maior fatia (R$ 536,5 milhões), por ter sido o segundo partido com o maior número de representantes eleitos em 2022.

SOBREVIVÊNCIA

A eleição de um grande número de deputados federais é uma questão de sobrevivência. Por isso, o puxador de votos para a Câmara tem um pacto com o partido, pois ajuda a sigla a sobreviver.

Atualmente, o acesso ao Fundo Partidário está restrito a 14 legendas e federações partidárias que alcançaram a chamada cláusula de desempenho prevista para o pleito de 2022. São elas: as federações FE Brasil (PT/PCdoB/PV), PSDB/Cidadania e Psol/Rede e os partidos Avante, MDB, PDT, PL, Podemos, Progressistas, PSB, PSD, Republicanos, União Brasil e Solidariedade.

As demais 13 agremiações (Agir, DC, Novo, Patriota, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSC, PSTU, PTB e UP) continuam a existir, porém, não recebem nada desse fundo. Caso desejem, ainda é possível realizar fusões e incorporações ou até mesmo constituir federações com outros partidos que tiveram melhor resultado nas urnas.

A essas siglas que não conseguiram alcançar as metas previstas na cláusula de barreira restou apenas o acesso ao Fundão, usado para financiar as campanhas eleitorais. Esse é dividido proporcionalmente ao número de representantes, mas tem uma parcela destinada a todos.

Saiba

O Fundo Partidário é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei. Ele é repassado mensalmente às siglas, em forma de duodécimos, para o custeio de despesas cotidianas, como o pagamento de salários de funcionários.

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Atentado

Veja o que deputados de MS disseram sobre atentado a bomba no STF

Na Câmara, os deputados estavam votando a isenção tributária das igrejas quando ocorreram as explosões, no início da noite desta quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes

13/11/2024 20h40

Policial federal faz a segurança do STF após atentado a bomba

Policial federal faz a segurança do STF após atentado a bomba Wilton Junior/Estadão Conteúdo

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No início da noite desta quarta-feira (13), um atentado foi cometido na Praça dos Três Poderes, no qual o suposto autor morreu após atirar a bomba na direção da Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Tanto os ministros do STF quanto os deputados federais estavam em sessão no momento do ocorrido.

Foram duas explosões: a segunda ocorreu no porta-malas de um veículo no anexo 4, nas proximidades da Câmara dos Deputados.

O barulho das explosões levou agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a correrem para verificar o que estava acontecendo.

Enquanto os ministros foram evacuados, os deputados ficaram no prédio até que fosse segura a retirada.

Câmara isolada

Por meio das redes sociais, dois deputados de Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT-MS) e Marcos Pollon (PL-MS), que estavam na sessão, comentaram sobre a explosão.

A petista Camila Jara, por meio do X (ex-Twitter), minutos após as explosões, disse que os parlamentares solicitaram a suspensão da sessão em plenário.

“Por ora, não há o que justifique arriscar vidas. Esperamos que as investigações ocorram com rapidez e garantam a segurança de todos e todas agora na Esplanada”, publicou Camila.

 

 

"Atentado não..."

Enquanto isso, Pollon usou o Instagram para informar seus seguidores acerca da explosão de um “carro-bomba nos anexos do STF” e chegou a comentar a respeito do suspeito de ter explodido os artefatos.

“O cara que se explodiu, ele teve [problemas] há alguns dias. Então tem ameaça de bomba, mas aqui no Plenário está tudo bem. A gente está proibido de sair do Plenário. Teve o pessoal que ficou, a gente estava tendo votação até agora. Estávamos votando na isenção tributária das igrejas, e, por questão de segurança, não pode sair daqui.”

Assim que foi feita a varredura, os deputados foram liberados, e Pollon voltou a publicar no Instagram afirmando aos seus seguidores que tudo estava bem.

Saindo da Câmara dos Deputados, Pollon menciona o ocorrido como "atentado", mas logo corrige a colocação e alguém de sua equipe em sentido de orientação afirma: "um incidente" ao que o deputado afirma: "atentado não. Suícidio acho que foi".

 

Operação Escudo

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que a Polícia Federal investigue o ataque na Praça dos Três Poderes.

Reforço de segurança e outros protocolos foram adotados, a Policia Militar está fazendo varredura na lateral dos prédios, e no interior também está sendo monitorado para verificar se não tem outras bombas no local.

No momento da explosão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto. 

Cerca de 120 homens do exército estão em deslocamento para a Praça dos Três Poderes, onde também trabalham agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Polícia Militar e a Polícia Federal.

O que se sabe sobre as explosões no STF?

  • O autor do atentado, identificado como Francisco Wanderley Luiz, se aproximou da estátua em frente ao STF e ficou em atitude suspeita;
  • Tirou da mochila um extintor;
  • Um segurança do STF se aproximou, mas ele mostrou um relógio similar a uma bomba e advertiu para que não se aproximasse;
  • Lançou três artefatos embaixo da Estátua da Justiça;
  • Após jogar os artefatos, Wanderley seguiu para outro lado, deitou no chão, acendeu outra bomba e pressionou contra a cabeça;
  • Os explosivos foram apontados por peritos da PF como rudimentares pelo uso de fogos de artifício;
  • O veículo utilizado no atentado tem placas de Santa Catarina;
  •  Francisco Vanderlei, o proprietário do veículo e autor do atentado, disputou eleições pelo PL em 2020, como candidato a vereador;
  • Vanderlei visitou o STF no dia 24 de agosto segundo publicações de suas redes sociais;
  •  suspeito foi visto andando na Câmara dos Deputados;
  • O General Fábio Amaro acompanha a Operação Escudo;
  • Do lado se fora do Palácio do Planalto ocorre a Operação Varredura para determinar se a região está segura;
  • O presidente Lula deixou o Palácio do Planalto antes das explosões e estava no Palácio da Alvorada onde se reuniu com o diretor geral da Polícia Federal, com ministro do STF (Alexandre de Moraes, Zanin e Gilmar Mendes);
  • O caso pode ser enquadrado como atentado na investigação da Polícia Federal.

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