Política

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Governo encontra falhas em dados sobre obras e prepara aplicativo para prefeitos darem informações

Espera-se que, com a ajuda dos prefeitos, seja possível saber exatamente qual o estágio atual de cada obra

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem encontrado dados errados sobre o status de obras iniciadas na gestão anterior e planeja lançar um aplicativo para que prefeitos atualizem as informações sobre os empreendimentos e ajudem a identificar os motivos dos problemas.

Apesar do trabalho da equipe de transição com representantes do governo anterior, o governo ainda colhe relatos de falhas nos dados herdados dos ministérios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Integrantes do Ministério das Cidades, por exemplo, dizem que já identificaram algumas obras de saneamento que foram concluídas, mas, de acordo com as planilhas do antigo Ministério do Desenvolvimento Regional, ainda estariam em execução.

O ministro Rui Costa (Casa Civil) fez uma rodada de visitas aos ministérios de Lula e identificou a necessidade de afinamento das informações sobre o andamento de obras.

"Isso está sendo levantado por todos os ministérios. Para obras menores, como na área de saúde e educação, estamos terminando um aplicativo para que os próprios prefeitos informem o status", disse à reportagem a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, que acompanhou Costa nos encontros.

O governo espera que, com a ajuda dos prefeitos, seja possível saber exatamente qual o estágio atual de cada obra, além de identificar devidamente o motivo de atrasos e paralisações.

Com isso, cada pasta poderá procurar a solução do problema. Entre as causas mais comuns para empreendimentos atrasados ou parados está o abandono da obra pela empresa responsável, entraves no licenciamento ou questões judiciais.

Para o Palácio do Planalto, o aplicativo vai acelerar a coleta de informações, pois a atualização sobre a obra viria diretamente de quem está in loco.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o novo Minha Casa, Minha Vida começará já com um passivo de 130,5 mil moradias cujas obras estão atrasadas ou paralisadas, segundo levantamento com dados do governo.

O Ministério das Cidades quer que as informações sobre o setor habitacional também sejam apuradas.
A retomada de obras paradas é uma das prioridades de Lula.

Ele quer concluir o desenho do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com foco inicial na conclusão de empreendimentos que não foram totalmente executados.

No fim de dezembro, ao apresentar o balanço final da transição, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse que o governo Bolsonaro deixou 14 mil obras paradas.

"Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, isso é ineficiência de gestão. Uma tarefa hercúlea que vem pela frente", disse Alckmin na época.

Os dados incluem escolas, hospitais, pontes, praças, estradas, ciclovias, quadras esportivas, sistemas de saneamento e urbanização e outros empreendimentos.

Na área de transportes, havia cerca de 100 empreendimentos em rodovias com ritmo lento ou parados até o fim de 2022.

O ministro Renan Filho (Transportes) já lançou um plano para retomada de mais 670 quilômetros de obras hoje paradas por falta de verbas.

A pasta espera investir R$ 1,7 bilhão nos 100 primeiros dias de governo e quer tentar entregar 861 quilômetros pavimentados, revitalizados e sinalizados até abril de 2023.

O presidente Lula prepara um plano de investimentos públicos para tentar incentivar a atividade econômica para ser apresentado até a cerimônia de cem dias de governo. A lista, nesta fase inicial, incluirá a prioritariamente retomada de obras paradas ou que estão em ritmo lento.

Mas o Palácio do Planalto também já quer divulgar projetos a serem contratados, como novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, além de construção de cisternas e aceleração dos serviços de manutenção de rodovias.

Política

Preço para desistir de candidatura é 'Bolsonaro livre, nas urnas', diz Flávio Bolsonaro

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível

08/12/2025 14h26

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse em entrevista à TV Record que o preço para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "livre, nas urnas". Flávio afirmou, de acordo com a TV Record, na entrevista que foi exibida neste domingo, 7, que o "preço é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com Jair Messias Bolsonaro".

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível. "Óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente", declarou.

Mais cedo, Flávio afirmou que tinha "um preço" para retirar a candidatura e que a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 fazia parte da negociação. O senador do PL, no entanto, disse na ocasião que não era apenas a anistia, sem divulgar quais outras eventuais reivindicações".

Flávio revelou a nova condição para retirar sua candidatura - "Bolsonaro livre e nas urnas" -, ao ser perguntado se a anistia já seria o suficiente para desistir. O senador rejeitou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura em favor de outra chapa neste momento. "O nome Flávio Bolsonaro está colocado e não sai", declarou. Jair Bolsonaro cumpre pena após condenação de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

violência política de gênero

Gleice Jane recebe ameaça de morte e registra boletim de ocorrência

Caso foi registrado como "ameaça" na Depac-Cepol

08/12/2025 08h55

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane Reprodução Instagram Gleice Jane

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Deputada estadual de Mato Grosso do Sul, Gleice Jane (PT), compartilhou em suas redes sociais que recebeu ameaça de morte, motivada por violência política de gênero, neste domingo (7), em um aplicativo de mensagens.

A identidade da pessoa que lhe enviou as mensagens não foi revelada.

Com isso, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL), em Campo Grande. O caso foi identificado como “ameaça”.

“Acabei de registrar um boletim de ocorrência contra uma ameaça que eu recebi no meu WhatsApp, no meu número pessoal, de uma pessoa que me chama de vários nomes que não vou falar aqui e por último diz “você vai morrer”. Dentre as mensagens ele também me manda vários links de pessoas de perfis relacionados a pessoas do PL e dentre as mensagens questionando a minha posição política, pela minha condição de ser mulher e de ser política. Portanto, é uma violência política de gênero", disse.

"Esse movimento da extrema direita de querer negar a nossa existência, de não querer dialogar, de querer impedir que a gente faça parte da política, é esse movimento também que gera violência contra as mulheres e que também é responsável pelo alto índice de violência e de feminicídio aqui no nosso país", complementou.

O Partido dos Trabalhadores (PT) emiti nota de repúdio sobre a ameaça de morte que a deputada recebeu.

“O Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Brilhante, através do presidente, Vítor Alegre, vem a público repudiar veementemente as ameaças de morte e a violência política de gênero sofridas pela nossa companheira Deputada Estadual Gleice Jane. A intimidação e o machismo usados para tentar silenciar mulheres na política são um ataque direto à nossa democracia. É inaceitável que uma parlamentar eleita, que representa a voz popular, seja alvo de tamanha covardia. Exigimos: Rápida e rigorosa investigação das autoridades para identificar e punir os agressores e garantia de segurança para a Deputada Gleice Jane. Estamos em luta contra o ódio e o machismo. Nossa solidariedade é total!”, afirmou, por meio de nota.

O vereador de Campo Grande, Landmark Rios, prestou solidariedade à deputada, por meio das redes sociais.

“Nossa total solidariedade à Deputada Gleice Jane, que foi covardemente ameaçada pelo WhatsApp.
Ataques, intimidações e violência não podem fazer parte da política, nem da convivência na nossa sociedade. Quem luta por justiça social, por direitos e por dignidade não pode ser silenciado pelo medo. Seguiremos firmes, lado a lado, defendendo a democracia, a vida e a liberdade de fazer política com coragem. Gleice não está sozinha”, disse o vereador, em suas redes sociais.

A vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro, repudiou o ataque à colega.

"Inaceitável a violência política sofrida pela deputada Gleice Jane! Nossa Gleice Jane sofreu violência política de gênero e outras graves ameaças tudo em razão de sua atuação política! Exigimos toda atenção dos órgãos de segurança para rápida apuração e que garantam toda segurança a ela!", compartilhou, em tom de revolta, em suas redes sociais.

Violência política de gênero abrange atos, condutas ou omissões destinados a excluir mulheres do espaço político, ou a impedir/restringir sua participação e atuação. A legislação define essa violência como ações que visam obstaculizar o exercício de direitos políticos por mulheres.

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