O governo federal irá custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes desde o nível médio até o pós-doutorado. O programa, denominado Ciência Sem Fronteiras, foi anunciado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, nesta terça-feira (26).
O objetivo do governo é promover o avanço da ciência, tecnologia e competitividade do Brasil. Além disso, o programa visa aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no mundo, promover maior internacionalização das universidades brasileiras, aumentar o conhecimento inovador do pessoal das indústrias brasileiras e atrair jovens talentos e pesquisadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil.
As bolsas serão oferecidas em 238 universidades, em diversas áreas. De acordo com o ministério, dentre as áreas prioritárias do governo, estão Engenharias e demais áreas tecnológicas, Ciências Exatas, Física, Química, Geociências, Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde, Computação e Tecnologias da Informação,Tecnologia Aeroespacial, Fármacos, Produção Agrícola Sustentável, Petróleo, Gás e Carvão Mineral, Energias Renováveis e Tecnologia Mineral.
Modalidades de bolsas
Serão custeadas as bolsas para cursos de Graduação, Doutorado e Pós-Doutorado, Estágio Sênior e Treinamento de Especialista de Empresas no Exterior. Além disso, existem bolsas para jovens cientistas e pesquisadores visitantes.
Sobre a bolsa de graduação, o ministério informou que elas são destinadas aos melhores alunos. Os estudantes irão estagiar durante um ano, sendo de seis a nove meses acadêmico e o restante em empresas ou centros de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). A bolsa inclui passagem aérea, bolsa mensal, seguro-saúde, auxílio-instalação e taxas de uso de infraestrutura.
No caso da bolsa para cientistas, elas serão destinadas a jovens pesquisadores com produção científica ou tecnológica diferenciada, para desenvolver atividades com um grupo de pesquisas no Brasil ou em empresas (com compartilhamento de custos).
Sobre a seleção dos estudantes, a presidente Dilma Rousseff declarou que não será baseada no critério do “quem indica”, mas, sim, no de quem tem mérito. Segundo ela, a distribuição das bolsas levará em conta a representação étnica, social e regional.
“Não estamos fazendo um programa baseado em quem indica. Estamos criando ações orientadas pelo mérito.“Todos [os contemplados] vão ter de ter nota acima de 600 no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e daremos especial atenção aos alunos ganhadores de olimpíadas, notadamente a da matemática”, disse, segundo a Agência Brasil.
Inovação
A partir desta iniciativa, o Brasil pode subir no ranking mundial de inovação. Segundo levantamento realizado pelo The Global Innovationindex 2011, o País ocupa a 47ª posição na lista. Nos primeiros lugares estão Suíça, Suécia e Cingapura.
(Fonte: Infomoney)