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Indicação de João Rocha como vice não é consenso na Câmara Municipal

Presidente pode ser indicado pela Casa para complementar chapa do prefeito Marcos Trad

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A indicação do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha (PSDB), para compor a chapa de reeleição do atual prefeito, Marcos Trad (PSD), não é consenso entre os vereadores. O tucano tem boa aceitação, mas ainda é preciso articulação para convencer todo o Legislativo.  

João Rocha foi escolhido pela Executiva Municipal do PSDB como o nome que será indicado para compor a chapa e cumprir o acordo de apoio à reeleição de Trad, feito entre o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito. O partido espera que haja um consenso entre os vereadores para que a Casa faça a recomendação, mas, caso o prefeito não aceite, os tucanos não descartam lançar um candidato próprio para disputar o pleito previsto para outubro.  

Mais cauteloso do que em abril deste ano, o presidente municipal do PSDB, João César Mattogrosso, disse que ainda é preciso decidir entre o partido. “Primeiro, ainda não está certa a indicação. O partido vai decidir ainda, existe a possibilidade de a bancada ser a favor do João Rocha. Aqui, a grande maioria dos vereadores está indicando o presidente, mas esta é decisão do partido, mas ter o apoio da câmara é bastante importante”.

Em entrevista ao Correio do Estado no dia 15 de abril, Mattogrosso disse que o partido estava alinhado na indicação de João Rocha. “Estamos bem alinhados, mas será uma indicação da instituição. Já está bem organizado com a Casa, mas precisamos ter cautela antes de anunciar. O nome dele será trabalhado para esse sentido. Vamos nos reunir e conversar, será uma apresentação da bancada do PSBD para os demais vereadores”.  

O único vereador do PSL na Casa, Vinícius Siqueira, ao ser questionado pelo Correio do Estado se indicaria o nome do presidente, afirmou que não tem por que responder. “Como vou apoiar ou deixar de apoiar alguém da chapa que será adversária do meu partido? Não tem lógica responder isso. Nem opino”.

Representante do MDB, Dharleng Campos afirmou que estranha uma indicação pela Casa, mas considera o vereador João Rocha um nome forte. “Sendo, como sempre, bem sincera, eu acho muito estranho a Câmara Municipal de Campo Grande indicar um nome para vice do prefeito Marcos Trad. Porém, se a Câmara faz uma indicação como essa, eu apoio o nome do vereador João Rocha por entender que é um bom nome para a chapa. Mas continuo dizendo que acho bastante estranho esse tipo de indicação”.  

Epaminondas Neto, o Papy (Solidariedade), destacou que o partido tem um nome para o pleito. “Ele reúne todas as condições para ser vice em qualquer chapa, é um político experiente, tem uma vida que condiz com esse cargo, pessoalmente dizendo, ele poderia ser vice de qualquer um. Eu tenho outro projeto, estou em outro partido. A minha indicação ficaria prejudicada por conta disso, mas ele reúne todos os critérios”.  

Líder do prefeito, Chiquinho Telles (PSD) disse que apoia. “Eu não só apoio como indico, eu já falei para o prefeito que o presidente tem uma participação muito grande na atuação dos projetos”, destacou.

O PSDB tem oito representantes na Casa de Leis, seguido do PSD (5), MDB (3), Avante (2), Republicanos (2), PSB (2), PT (1), PP (1), DEM (1), Rede (1), Solidariedade (1), PSL (1) e PTB (1). 

Comentário

Flávio Bolsonaro vota a favor da PEC das Drogas e ironiza: 'Homenagem à harmonia entre Poderes'

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas

17/04/2024 21h00

Flávio e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que voto a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no País é "em homenagem à harmonia e independência entre os Poderes". Nesta terça-feira, 16, o Senado aprovou a PEC que vai na contramão da proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga processo que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento ao STF que debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma definição sobre a quantidade de droga que deve diferenciar o uso do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.

"Sei que está difícil gerar emprego nesse país, mas a gente não pode concordar em legitimar a profissão de ‘aviãozinho do tráfico’. Com esse parâmetro que parece que vai ser estabelecido pelo Supremo, vai ter uma esquadrinha do tráfico no Brasil inteiro, vários aviãozinho levando droga até o usuário final", ironizou o senador durante votação.

Flávio Bolsonaro apresentou as orientações do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, é voto sim "a favor da vida". "O que eu não quero para minhas filhas, eu não obviamente não posso votar aqui para atingir os filhos dos outros. Em terceiro, o PL encaminha o voto sim em homenagem a um debate ponderado e justo. Não tem ninguém preso, nesse Brasil, por consumo de drogas".

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Desta forma, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.

O texto prevê a diferenciação entre quem apenas usa qualquer tipo de droga, incluindo a maconha, e quem trafica as substâncias, mas a diferenciação não descriminaliza o uso. A partir da distinção, são previstas penas diferentes: mais rigorosas para quem vende e mais brandas para o usuário, incluindo tratamento para os dependentes químicos e penas alternativas à prisão.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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