Política

DANÇA DAS CADEIRAS

José Mauro deixa Secretaria Municipal de Saúde e Sandro Benites aceita comandar a Sesau

Prefeita Adriane Lopes mantém apenas três cargos do escalão técnico que executava a gestão de Marquinhos Trad, e vereador deve assumir no início da semana que vem

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José Mauro Pinto de Castro Filho, que chefiou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) por mais de três anos, foi exonerado na manhã desta sexta-feira (02), conforme publicado no Diário Oficial de Campo Grande

Nesse contexto, Dr. Sandro Trindade Benites, vereador do Patriota - até por ser do mesmo partido da prefeita -, é o novo secretário na pasta da Saúde, e deve assumir no início da semana que vem, segundo assessoria do atual vereador. 

José Mauro assumiu o cargo ainda em 29 de março, chefiando a Sesau por exatos três anos, oito meses e quatro dias. 

Vale ressaltar que, com  a saíde do Dr. José Mauro, apenas três dos secretários que participavam da gestão de Marquinhos Trad mantém seus cargos, sendo: 

  • Rudi Fioresi - secretário de Obras
  • Márcia Helena Hokama - secretária de Finanças
  • Janine de Lima Bruno - diretor da Agetran 

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Filho de militar, Sandro Benites é campo-grandense e acumula os títulos de Major do Exército Brasileiro, Médico Pediatra, Nutrólogo e Toxicologista. 

No exercício da profissão atuou como iretor Técnico do Hospital Regional, Médico da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Médico Concursado do Tribunal de Justiça e Assessor Técnico da Secretaria Estadual de Saúde, visando sempre a prevenção de doenças e não as causas.

Mais recente, o então vereador se envolveu em polêmica, participando e dando apoio ao atos que acontecem em frente ao Comando Militar D'Oeste, em Campo Grande. 

Como apurou o Correio do Estado, em 02 de novembro ele teria subido no trio elétrico do local, sendo que usou o microfone para "mandar um recado" para o general do Exército. 

Por esse motivo, parlamentares inclusive pediram a cassação de Benites. Caso ele deixe o cargo como parlamentar, seu colega de partido, Paulo Lands, é suplente direto para assumir como vereador pela Capital.

Dança das cadeiras

Antes dessa alteração, o cargo de assessor-chefe do gabinete da prefeita foi passado das mãos de Laura Marina Ferreira S. de Miranda Candelório, para Wilton Celeste Candelório. 

Além disso, a Subsecretaria do Bem-Estar Animal teve nova gestão, passada de Ana para Ana, com Cristina Camargo de Castro sendo trocada por Luiza Lourenço de Oliveira. 

A Secretaria Municipal de Assistência Social foi outra que teve mudanças na secretaria adjunta, com Michele dos Santos Ferreira assumindo cargo equivalente na Secretaria Municipal da Juventude, e deixando a vaga para Inês Auxiliadora Mongenot Santana.

Também a secretaria-executiva de Compras Governamentais recebeu um novo regente, após a posse de Adriane Lopes, pela nomeação nomeação de Isaac José de Araujo.

Ainda, Thelma Fernandes Mendes foi um dos nomes que se aproximou de Adriane, deixando a secretaria-adjunta da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), e assumindo o cargo de chefe do gabinete da prefeita

Ainda em 24 de outubro, a prefeita em exercício designou Paulo da Silva para a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat), no lugar de Luciano Silva Martins. 

Houve mudança na Secretaria de Governo e Relações Institucionais (Segov), com a troca de Antônio Cézar Lacerda, por Mario Cesar Oliveira da Fonseca.

Também teve troca a troca de Agenor Mattiello por Maria das Graças Macedo, na Secretaria Municipal de Gestão.

 

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POLÍTICA

Em pedido de renúncia, Zambelli diz que segue viva e que Brasil continuará ouvindo sua voz

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

14/12/2025 22h00

Deputada federal Carla Zambelli

Deputada federal Carla Zambelli Agência Câmara

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A agora ex-deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), usou o pedido de renúncia de seu mandato para elogiar a proteção recebida pela Câmara e para dizer que "segue viva" mesmo após deixar os quadros da Casa. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

"A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz", afirmou, na solicitação encaminhada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Zambelli também agradeceu as decisões da Câmara que mantiveram o mandato da deputada, antes de Supremo Tribunal Federal anulá-las e determinar a perda de mandato de Zambelli. "Esse ato da Câmara foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado", escreveu.

Leia a íntegra do comunicado:

RENÚNCIA AO MANDATO PARLAMENTAR

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DEPUTADO FEDERAL HUGO MOTTA

Excelentíssimo Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Deputados,

Povo brasileiro,

Eu, Carla Zambelli Salgado de Oliveira, Deputada Federal eleita para a 57ª Legislatura (2023-2027), representante do Estado de São Paulo, legitimada por 946.244 votos nas eleições gerais de 2022, faço esta manifestação por intermédio de meus advogados constituídos, Dr. Fabio Pagnozzi e Dr. Pedro Pagnozzi, diante da impossibilidade de comparecer pessoalmente a esta Casa, em razão de encontrar-me privada de liberdade em território estrangeiro. Falo, portanto, não apenas como parlamentar, mas como voz de quase um milhão de brasileiros que confiaram em mim sua representação.

O que se registra neste ato não é apenas a renúncia a um mandato, mas um marco institucional. A Câmara dos Deputados exerceu integralmente sua competência constitucional, observando o procedimento previsto no artigo 55 da Constituição Federal, especialmente seus ?? 2º e 3º, que atribuem exclusivamente ao Poder Legislativo a deliberação sobre a perda de mandato parlamentar, mediante decisão do Plenário, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

No curso desse procedimento, foi elaborado relatório pelo Relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Deputado Diego Garcia, demonstrando, de forma técnica e fundamentada, que não existem provas jurídicas aptas a sustentar a perda do meu mandato, tampouco elementos que embasem qualquer condenação. Esse relatório trouxe à luz uma verdade elementar do Estado de Direito: não se cassa um mandato sem provas.

Essa compreensão foi confirmada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, que, ao não deliberar pela cassação, afirmou que não havia fundamento jurídico legítimo para suprimir um mandato conferido por quase um milhão de brasileiros. Esse ato foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado.

A História constitucional ensina que os regimes livres somente subsistem quando cada Poder reconhece seus limites. Montesquieu advertia que "todo aquele que detém poder tende a abusar dele, indo até onde encontra limites". O registro aqui produzido reafirma que o Parlamento não é instância acessória, mas Poder constitucional autônomo, cuja competência não pode ser esvaziada sem grave risco ao Estado Democrático de Direito. Este episódio permanecerá como referência institucional para situações semelhantes, nas quais se discuta a preservação do mandato popular frente à expansão indevida do poder punitivo estatal.

Posteriormente, deliberação do Supremo Tribunal Federal determinou a perda do mandato, afastando o resultado do procedimento conduzido por este Parlamento.

É diante desse quadro, e não por medo, fraqueza ou desistência, que comunico, de forma pública e solene, minha renúncia ao mandato parlamentar, para que fique registrado que um mandato legitimado por quase um milhão de votos foi interrompido apesar do reconhecimento formal, por esta Casa, da inexistência de provas para sua cassação.

Este gesto não é rendição. É registro histórico. É a afirmação de que mandatos passam; princípios permanecem. A democracia não se resume às urnas; ela vive no respeito às instituições e na coragem de registrar a verdade.

Dirijo-me, por fim, ao povo brasileiro. Aos meus eleitores, afirmo: a verdade foi dita, a história foi escrita e a consciência permanece livre. Ideias não se cassam. Convicções não se prendem. A vontade popular não se apaga.

A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz.

Que Deus abençoe o povo brasileiro, ilumine esta Nação e a conduza, sempre, pelo caminho do direito, da justiça e da liberdade.

Respeitosamente,

Carla Zambelli Salgado de Oliveira

Deputada Federal - Brasil

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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