Política

ELEIÇÕES 2024

Justiça Eleitoral nega recurso para condenar Adriane Lopes por propaganda antecipada

Solidariedade alegou que faixa com dizeres "prefeita Adriane" configurava propaganda eleitoral, mas justiça considerou que só a expressão, sem pedido de votos, é inofensiva, e negou recurso

Continue lendo...

O Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral negou recurso do partido Solidariedade, que pedia a condenação da prefeita Adriane Lopes (PP) por suposta propaganda eleitoral antecipada, em Campo Grande.

O juízo da 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande já havia julgado improcedente o pedido, mas o Solidariedade recorreu contra a sentença.

Na representação, a comissão provisória do Solidariedade alega que no dia 19 de julho deste ano, a prefeita realizou evento público para o lançamento de sua pré-candidatura à reeleição. No local, foram afixados cartazes e banners, sendo seis deles com os dizeres “prefeita Adriane”.

Para o partido, a utilização do termo “prefeita Adriane” caracterizaria propaganda eleitoral antecipada, pois “induz implicitamente ao pedido de voto”, o que contraria Lei Eleitoral, que proíbe qualquer tipo de propaganda antes do dia 16 de agosto do dia da eleição.

Na visão do Solidariedade, o certo seria a utilização do termo “pré-candidata a prefeita Adriane”.

Diante disso, foi pedido a condenação de Adriane Lopes por propaganda eleitoral antecipada; aplicaçaõ de multa e notificação para que a prefeita parasse imediatamente com qualquer tipo de propaganda que contenha a frase prefeita Adriane, retificando o material de campanha com o uso da expressão pré-candidata a prefeira Adriane.

Juiz da 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande julgou improcedente o pedido, afirmando que a Lei das Eleições permite a manifestação de pré-candidatura desde que não haja pedido explícito de voto e que a utilização da expressão prefeita Adriane não configura pedido de voto, não consistindo, desta forma, em propaganda eleitoral antecipada.

“Com o máximo respeito, mas não há ilegalidade neste proceder, pois a pré-candidata é a atual prefeita de Campo Grande. Sera muito preciosismo exigir que se identificasse que ela é prefeita em relação à gestão 2020/2024 ou que ela é pré-candidata à prefeita pela reeleição. A presença do título "prefeita" antes do nome dela ou a sua ausência não fará a menor diferença no pleito, pois todos sabem que, neste momento, ela é a prefeita, ainda mais num evento político como este”, diz a decisão.

“Não houve pedido explícito de voto, ou de não voto a alguém, nem mesmo qualquer outro ilícito que possa ser atribuído à requerida. Tratou-se de um gesto natural, inocente e inofensivo de quem está prefeita e deseja tentar a reeleição”, acrescentou o magistrado.

O Solidariedade recorreu da decisão, alegando que a conduta da prefeita não é inofensiva, pois há quebra de paridade entre os pré-candidatos.

“A decisão de primeiro grau é insustentável, pois permite que todo candidato utilize seu cargo eletivo para fins eleitoreiros, conduta que viola os atos vedados aos funcionários públicos e a necessidade desincompatibilização, permitindo que a candidata utilize seu cargo de maneira pública e ostensiva durante a campanha eleitoral”, diz o recurso.

Assim, foi requerido a reforma da sentença, condenando a prefeita ao pagamento de multa e a determinação de abster-se de utilizar o termo prefeita em sua propaganda.

Em seu voto, o relator, juiz Ricardo Damasceno de Almeida, acompanhou parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, e negou provimento ao recurso.

“O enunciado da faixa não faz qualquer alusão de que a atual mandatária do município, pré-candidata à reeleição, seria a mais apta a ocupar o cargo, não tem pedido explícito ou implícito de voto, nem exaltação das qualidades pessoais no sentido de que ela é a mais apta a ocupar o cargo em disputa”, disse.

Acompanhando o voto do relator, o Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade de votos, negou provimento ao recurso e manteve a sentença de primeiro grau, que julgou improcedente a representação por propaganda eleitoral antecipada.

Tomaram parte no julgamento, além do relator, o Desembargador Sideni Soncini Pimentel, e os juízes José Eduardo Chemin Cury, Sandra Regina Da Silva Ribeiro Artioli, Vitor Luís De Oliveira Guibo E Márcio De Ávila Martins Filho. O presidente da sessão foi o desembargador Carlos Eduardo Contar.

 

Política

Presidentes do Brasil e da China assinam 37 acordos bilaterais

Cerimônia ocorreu durante visita de Estado do líder chinês em Brasília

20/11/2024 21h00

Ricardo Stuckert/PR

Continue Lendo...

Em meio à visita de Estado do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, nesta quarta-feira (20), os governos dos dois países assinaram 37 novos acordos bilaterais. O líder chinês foi recebido com honras militares pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva, no Palácio da Alvorada, residência oficial. Eles se reuniram a portas fechadas com a participação de diversos ministros de cada lado.

Ao final da reunião, ambos deram declaração à imprensa, sem espaço para perguntas, e seguiram para um almoço no local. Segundo a Presidência da República, os atos assinados abrangem as áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimentos sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura.

"Apesar de distantes na geografia, há meio século China e Brasil cultivam uma amizade estratégica, baseada em interesses compartilhados e visões de mundo próximas. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2023, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro", destacou Lula em seu discurso na cerimônia de assinatura de acordos.

"O país também figura como uma das principais origens de investimentos no Brasil. Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. Isso representa emprego, renda e sustentabilidade para o Brasil. Indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, como a WEG, a Suzano e a Randon. Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos para a China", acrescentou o presidente.

A agenda de Xi Jinping em Brasília ocorre na sequência da participação dele na Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro e que foi encerrada na última terça-feira (19).

"Vamos aprofundar a cooperação em áreas prioritárias como economia, comércio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental. E reforçar a cooperação em áreas emergentes como transição energética, economia digital, inteligência artificial e mineração verde", afirmou o presidente chinês, também em declaração à imprensa.

No fim da tarde, um jantar será servido ao chinês no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira. Xi Jinping deve deixar o Brasil na manhã desta quinta-feira (21). A visita, segundo o governo brasileiro, é uma sequência da visita que Lula fez à China em abril de 2023 e também ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países. 

Política

PT pede arquivamento de PL que anistia condenados pelo 8/1

Documento foi apresentado pela presidente do PT, Gleise Hoffmann

20/11/2024 20h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Continue Lendo...

O PT apresentou nesta quarta-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, requerimento para que seja arquivado o Projeto de Lei (PL) nº 2.858, que prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2022.

O documento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, o PT avaliou que manter a tramitação do projeto é “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia.

“Isso ficou demonstrado cabalmente pelo recente atentado a bomba contra a sede do STF [Supremo Tribunal Federal] em Brasília e pelas conclusões da Polícia Federal no inquérito do 8 de janeiro, revelando os planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes”, destacou o comunicado.

“Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita, afirmam os deputados.”

Operação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A corporação informou ter identificado a existência de “um detalhado planejamento operacional”, denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF.

Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos na operação.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como "kid pretos", altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.

Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).