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Lupi deixa ministério após escândalo de desvio de aposentadorias no INSS

O ministro da Previdência apresentou o pedido de demissão nesta sexta-feira (2), após reunião com o presidente

Lupi deixa ministério após escândalo de desvio de aposentadorias no INSS

Lupi deixa ministério após escândalo de desvio de aposentadorias no INSS - Crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/lula-aceita-demissao-de-lupi-e-nomeia-o-no-2-da-previdencia-para-ministro/#google_vignette

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Com o desgaste provocado pelo escândalo dos desvios de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, apresentou a carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A saída do ministro ocorre após uma operação da Controladoria-Geral da União, em conjunto com a Polícia Federal, que escancarou um esquema de desvio de aposentadorias e pensões não autorizadas pelos beneficiários em 13 estados, o Distrito Federal e Mato Grosso do Sul

Segundo apuração do Estadão, Lupi informou que não comanda mais a pasta por meio de uma rede social.

“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso”, disse.

Como Lupi havia indicado o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto — que acabou sendo demitido —, e a pressão, na avaliação do Palácio do Planalto, não diminuiu, a permanência do ministro no cargo tornou-se insustentável.

No lugar de Lupi, Lula convidou o atual secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz, que pertence ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), o mesmo de seu antecessor.

A exoneração de Carlos Lupi deve ser publicada ainda hoje no Diário Oficial da União.

Antes de oficializar o pedido de demissão, Lupi e o PDT não concordaram com a maneira como o Planalto conduziu a crise.

No lugar de Stefanutto, assumiu o procurador Gilberto Waller, a contragosto do ministro.

A intervenção para que Gilberto assumisse o INSS partiu do presidente Lula, que decidiu agir para tentar estancar a crise.

CPI

A oposição protocolou um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, assinado pelos deputados federais Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, ambos do PL, Beto Pereira (PSDB) e Dr. Luiz Ovando (PP), para investigar o esquema de fraudes no INSS.

Embora 185 deputados tenham assinado o requerimento, para que a CPI seja instaurada é necessário o aval do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Vereadora suplente de MS no esquema

Investigações que revelaram o escândalo do desvio de benefícios de aposentadorias do INSS apontam ligações de entidades sindicais com partidos políticos. Incluindo sindicalista que esteve ligada ao PSB e até disputou eleições em 2024 para vereadora em Campo Grande.

Como é o caso de Thaísa Silva, que ocupou o cargo de secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) até quinta-feira (24). Em Mato Grosso do Sul, ela foi ligada a dois partidos políticos.

No Estado, Thaísa foi secretária-geral do Movimento Popular Socialista, ligado ao PSB, em 2023. Em 2024, pelo MDB, chegou a ser candidata a vereadora de Campo Grande, mas não conseguiu votos suficientes e ficou na suplência.

Entre as entidades sindicais que sofreram o "pente-fino" da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), a investigação apontou a ligação com partidos políticos como PT, PDT, PSB e MDB.

A Contag, para se ter ideia, segundo levantamento da Folha de São Paulo, é a entidade que mais recebe recursos dos descontos nas aposentadorias do INSS.

Somente em fevereiro, a Contag recebeu o montante de R$ 36,5 milhões de 1,2 milhão de associados.

O presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, é irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE), que, desde fevereiro, ocupa o cargo de primeiro-secretário da Câmara.

Por meio de nota, a entidade sindical se defendeu:

"É um erro grosseiro colocar a Contag no mesmo patamar de instituições que têm realizado ações com fortes indícios de irregularidades e outras que, inclusive, a própria Contag e algumas de suas federações filiadas, já informaram os desmandos realizados e que configuram fraudes", diz a nota, que completa:

"Não há qualquer vinculação que possa ser estabelecida entre o mandato do deputado Carlos Veras e o acordo entre a Contag e o INSS."

Diferentemente das outras entidades investigadas, segundo o TCU, a Contag não apresentou crescimento expressivo de associados entre os anos de 2021 e 2023.

Em dezembro de 2021, os associados eram 1,5 milhão, e em dezembro de 2023, esse número caiu para 1,4 milhão.

Em família

Já o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, que é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ocupa o cargo há um ano e já participava da diretoria do sindicato desde 2008.

O presidente do Sindnapi, Milton Cavalo, atua como dirigente do PDT, partido do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

O TCU apontou um crescimento no número de associados ligados a este sindicato:

  • 237,7 mil em dezembro de 2021;
  • 366,2 mil em dezembro de 2023.
  • Em fevereiro deste ano, foram 207,6 mil descontos em folha para a entidade.

"Não fomos intimados, não houve busca e apreensão em nenhuma das mais de 80 sedes do Sindnapi no país todo. Estranho essa alegação de termos sido alvos da PF e não ter havido nada", disse Cavalo. "A entidade apoia integralmente as investigações sobre eventuais irregularidades nos descontos aplicados sobre os benefícios dos aposentados", acrescentou.

 

** Com informações do Estadão Conteúdo

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PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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