Política

Câmara dos Deputados

Metade da bancada de MS vota contra MP que garantiria R$ 27 bilhões ao governo

Quatro deputados de Mato Grosso do Sul votaram pela retirada de pauta da Medida Provisória 1303/25, cuja derrubada representa uma derrota fiscal ao governo federal

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Metade da bancada sul-mato-grossense votou, na noite desta terça-feira (8), a favor da retirada de pauta na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 1303/25. O resultado foi uma derrota para o governo, que dependia da aprovação para garantir receita extra de R$ 10,5 bilhões neste ano e R$ 17 bilhões em 2026.

A MP pretendia unificar em 18% a tributação sobre aplicações financeiras a partir de 1º de janeiro de 2026, além de aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de algumas instituições financeiras, a fim de assegurar o arcabouço fiscal do próximo ano.

O requerimento de retirada de pauta foi aprovado com 251 votos favoráveis e 193 contrários. Ele foi apresentado pela oposição, que vinha resistindo em aprovar a medida. Na prática, a aprovação do requerimento resultou na derrubada da MP, que expira às 23h59 de hoje.

O texto havia passado por uma série de modificações na comissão mista, sendo aprovado na última terça-feira (7) após o Palácio do Planalto abrir mão de taxar o setor agropecuário e as casas de apostas (bets). Na Câmara, porém, as negociações travaram diante da resistência do União Brasil e do PP, que entraram em conflito direto com o governo pela manhã. Logo antes da votação, os dois partidos — que somam 109 deputados — fecharam questão a favor da derrubada da medida.

Além da federação PP-União, orientaram pela retirada de pauta as lideranças do PL, Novo, PSDB-Cidadania e Solidariedade-PRD. O MDB apoiou o governo, orientando seus parlamentares a votar pela manutenção do texto.

Na votação, os deputados de Mato Grosso do Sul dos partidos PL, PP e parte do PSDB seguiram a orientação das lideranças e votaram para derrubar a MP. Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira (PL), além de Dr. Luiz Ovando (PP), votaram pela retirada de pauta. Já Vander Loubet e Camila Jara (PT) foram contrários à retirada, ou seja, votaram a favor da manutenção da medida. O PSDB se dividiu: Beto Pereira votou pela retirada, enquanto Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende foram contrários.

Antes da votação, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que, com a derrubada da MP, pode ser necessário um congelamento de R$ 10 bilhões em emendas parlamentares.

Considerada essencial para o equilíbrio fiscal do próximo ano, a MP havia sido apresentada em junho, após a revogação do decreto presidencial que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em diversas transações — medida parcialmente revertida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O texto original da MP previa arrecadação adicional de cerca de R$ 10,5 bilhões para 2025 e R$ 21 bilhões para 2026, reduzida para R$ 17 bilhões após negociações na comissão mista. Sem essa receita extra, o governo deverá realizar novo bloqueio nas despesas de 2025, incluindo emendas parlamentares. Para 2026, será necessário obter cerca de R$ 35 bilhões no Orçamento, por meio de cortes ou novas fontes de arrecadação, como aumento de alíquotas do IPI e do IOF, segundo a Agência Câmara Notícias.

Como votaram os deputados de Mato Grosso do Sul:

A favor da retirada de pauta (contra o governo):

  • Marcos Pollon (PL)

  • Rodolfo Nogueira (PL)

  • Dr. Luiz Ovando (PP)

  • Beto Pereira (PSDB)

Contra a retirada de pauta (a favor do governo):

  • Vander Loubet (PT)

  • Camila Jara (PT)

  • Dagoberto Nogueira (PSDB)

  • Geraldo Resende (PSDB)

 

Política

Flávio Bolsonaro tem o pior desempenho contra Lula entre nomes da direita

O índice de rejeição aos governadores fica, em geral, na casa dos 20% enquanto a dos Bolsonaros supera os 35%.

07/12/2025 07h30

Divulgação

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é o nome da direita cotado para disputar a Presidência da República em 2026 com pior desempenho em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mostrou pesquisa Datafolha divulgada ontem.

Conforme o levantamento, nomes da família Bolsonaro também têm maior rejeição do eleitor do que governadores situados no campo da direita. O índice de rejeição aos governadores fica, em geral, na casa dos 20% enquanto a dos Bolsonaros supera os 35%.

Caso disputasse a presidência, Flávio Bolsonaro, que anunciou anteontem pré-candidatura ao Palácio do Planalto, ficaria 15 pontos atrás do petista na disputa de um eventual segundo turno. Flávio marcaria 36% dos votos, enquanto Lula teria 51%. Os votos brancos e nulos somariam 12%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O filho de Jair Bolsonaro (PL) é rejeitado por 38% dos entrevistados na pesquisa.

O desempenho de Flávio seria semelhante ao de outros membros da família Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria 35% das intenções de voto em um segundo turno contra o atual presidente, enquanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teria 39%.

Na margem de erro, os três estão praticamente empatados na rejeição pelos entrevistados pelo Datafolha: 37% disseram que não votariam de jeito nenhum em Eduardo, enquanto 35% afirmaram o mesmo sobre Michelle.

Segundo a pesquisa, a rejeição a Lula chega a 44%. Caso pudesse disputar as eleições do próximo ano, Jair Bolsonaro seria o candidato com o maior índice de reprovação, 45%.

Atualmente, o ex-presidente está inelegível por ter sido condenado por ter tramado um golpe após ter sido derrotado por Lula nas eleições de presidenciais de 2022.

GOVERNADORES

Em termos de potencial de votação, Lula mostra maior vantagem sobre os candidatos da família Bolsonaro, mas, de acordo com a pesquisa, a vitória no segundo turno seria mais apertada contra os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

Em um eventual segundo turno, o petista venceria o atual governador de São Paulo com 47% dos votos ante 42% de Tarcísio. Segundo o Datafolha, numa simulação com os nomes de Lula e Ratinho Jr., o atual mandatário teria 47% dos votos, enquanto o governador do Paraná teria 41%. Considerando a taxa de rejeição, o índice de Tarcísio de Freitas é de 20%, superior à do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que registra 18%, e inferior às de Ratinho Jr, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Tanto Ratinho Jr. quanto Zema têm 21% de rejeição.

O Datafolha ouviu 2.002 eleitores de terça a quinta-feira, antes portanto do anúncio de Flávio. O levantamento foi feito em 113 municípios e entrevistou eleitores acima de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos. Lula manteve a vantagem em relação aos adversários, considerando a pesquisa anterior do instituto, de julho.

E COMO FICA O PT?

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse ontem que a direita está "sem bússola" desde a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-mandatário "está certo" ao escolher o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como seu pré-candidato ao Planalto.

"A divisão da direita fortalece o nosso campo. Com uma coisa dessa, Tarcísio vai deixar o governo de São Paulo? Acho difícil. Quem quer tudo termina sem nada", disse Guimarães.

"Eles estão sem bússola com a prisão de Bolsonaro. Não existe uma liderança da direita que os unifique. Bolsonaro não quer protagonismo de Tarcísio."

O líder o governo mencionou ainda o que ele considerou outras "contribuições" da oposição ao governo Lula. "Lá (no Ceará) Michelle foi e deu uma grande contribuição", afirmou, em referência ao episódio em que a ex-primeira-dama foi ao palanque do pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Girão (Novo) e fez críticas a Ciro Gomes (PSDB), também pré-candidato ao cargo, que estava acertando uma aliança com o PL cearense. Após as críticas de Michelle, a aliança entre o PL e o PSDB no Ceará saiu dos trilhos.

Guimarães definiu o RJ, SP e MG como os Estados cruciais para o PT na eleição de 2026. No Rio de Janeiro, a aliança do PT já está fechada. O partido lançará a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) ao Senado e apoiará a candidatura do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), ao governo do Estado.

Nos outros dois Estados, a situação é incerta. Em SP, o PT poderá lançar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a disputa do Palácio dos Bandeirantes, ou apoiar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em Minas Gerais, o PT ainda está em busca de uma aliança para definir o nome que apoiará na disputa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

cnh social

Gordinho do Bolsonaro vota com Lula e petistas de MS, contra

Rodolfo Nogueira (PL) foi o único parlamentar de MS a votar pela manutenção do veto à obrigatoriedade de exame toxicológico para emissão de CNH

06/12/2025 15h00

Rodolfo Nogueira é conhecido por ser um dos parlamentares que invariavelmente vota contra tudo aquilo que é proposto pelo presidente Lula. Desta vez, foi diferente

Rodolfo Nogueira é conhecido por ser um dos parlamentares que invariavelmente vota contra tudo aquilo que é proposto pelo presidente Lula. Desta vez, foi diferente

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Da bancada federal sul-mato-grossense, apenas o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), o Gordinho do Bolsonaro, votou na última quinta-feira (04) contra a exigência do exame toxicológico para quem for tirar a primeira habilitação de carro e de moto.

 Os demais parlamentares do estado foram a favor da derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lei 15.153/25, da CNH social. 

Quando criou o projeto da CNH social, que visava utilizar o dinheiro arrecadado pelas multas de trânsito para custear o processo de habilitação de pessoas de baixa renda, o presidente Lula vetou o exame toxicológico para as categorias de carro e moto.

Na época, o argumento era que aumentaria o preço para tirar a primeira habilitação, indo na contramão do que propunha a CNH Social.

Com a derrubada do veto, o exame toxicológico que já era obrigatório para motoristas das categorias C, D e E, que dirigem veículos de carga e transporte coletivo, agora passa a ser exigido para todas as categorias. 

Votaram pela derrubada do veto ( a favor do exame) os deputados federais sul-mato-grossenses Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Geraldo Resende (PSDB), Marcos Pollon (PL) e Vander Loubet (PT).  Entre os senadores votaram pela derrubada do veto Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP).

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) não votou. O único parlamentar federal contra a exigência do exame de toxicológico foi Nogueira.

O texto permite o uso de recursos de multas no custeio da habilitação de condutores de baixa renda, cria regras para transferência eletrônica de veículos e ajusta a exigência de exame toxicológico para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A Lei 15.153, de 2025, passa a valer na data de sua publicação. Deputados e senadores decidiram também derrubar o veto à cláusula de vigência imediata, que o Ministério dos Transportes considerou inadequado para garantir a implementação das mudanças no Código de Trânsito.

Sem o veto, a lei teria seguido o prazo padrão de 45 dias após a publicação oficial, conforme previsto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), de acordo com a Agência Senado.

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