Política

ELEIÇÕES 2026

Na União Progressista, Rose vai "puxar" os votos para a Câmara dos Deputados

A ex-deputada federal aparece em 1º na pesquisa de intenções de votos Correio do Estado/Ipems para a Casa de Leis

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Como apontou a pesquisa de intenções de votos realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems), com 1.611 eleitores, de 53 municípios, no período de 22 de julho a 1º de agosto deste ano, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) deve ser a "puxadora" de votos da federação partidária União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e PP, na eleição do próximo ano para a Câmara dos Deputados.

Conforme o levantamento, que tem grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,44 pontos porcentuais para mais ou para menos, pelos menos 40% dos deputados federais de Mato Grosso do Sul serão novidades no pleito de 2026, ou seja, teremos ao menos três novos parlamentares do Estado na Câmara dos Deputados, e Rose Modesto deve ser um desses novos nomes.

Ainda de acordo com a pesquisa estimulada, quando são apresentadas as opções com os nomes dos candidatos aos eleitores, se as eleições fossem hoje, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) seria o primeiro colocado, com 19,99% da preferência dos eleitores, entretanto, como ele já tornou público que vai disputar uma vaga ao Senado, automaticamente, o primeiro lugar fica com Rose Modesto, que alcançou 8,40% das intenções de votos.

O diretor responsável pelo Ipems, Lauredi Sandim, projetou que teremos pelo menos três novos parlamentares na Câmara dos Deputados e, para essas vagas, "os nomes mais fortes são os do ex-deputado estadual Capitão Contar, da ex-deputada federal Rose Modesto e do ex-prefeito de Dourados Alan Guedes [PP]", explicando que, como o Capitão tentará o Senado, um terceiro novato entra nessa equação.

Em entrevista ao Correio do Estado, Rose Modesto disse que a federação União Progressista em Mato Grosso do Sul trabalha para eleger três deputados federais.

"Eu, o deputado federal Dr. Luiz Ovando [PP], que já está lá e buscará a reeleição, e vamos buscar um terceiro nome, que pode ser, sim, o do ex-prefeito Alan Guedes. Por que não?", questionou a campeã de votos da última eleição à Câmara dos Deputados que participou.

No entanto, como fez questão de ressaltar a ex-deputada federal, para que o resultado da pesquisa de intenções de votos se concretize, é preciso gastar sola de sapato para se encontrar com a população.

"Eu tenho rodado os três estados do Centro-Oeste como parte do meu trabalho como assistente parlamentar da Presidência do Senado, ouvindo as demandas, participando das discussões e debatendo a aplicação do Orçamento", revelou.

Para quem não sabe, atualmente, Rose Modesto é assistente parlamentar do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e, como principal função, ela ouve as categorias que precisam de projetos de lei rodando os municípios dos três estados da Região Centro-Oeste e do Distrito Federal para poder fazer essa ponte do Congresso Nacional com a população de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e DF.

"Esse tem sido o meu papel para ajudar no desenvolvimento do Centro-Oeste", afirmou, completando que, além disso, nos fins de semana, tem procurado percorrer os municípios de Mato Grosso do Sul para lembrar que será candidata à Câmara dos Deputados no próximo ano.

"Todo fim de semana faço questão de visitar de três a quatro municípios do meu estado. Já rodei mais de 60 cidades ao longo deste ano", revelou.

Rose também argumentou que tem aproveitado as viagens pelos municípios de Mato Grosso do Sul para fortalecer o projeto político de eleger três deputados federais pela federação União Progressista.

"A nossa federação tem esse objetivo, para que possamos continuar representando bem Mato Grosso do Sul lá em Brasília. Eu sou um dos nomes que lutam em busca de uma cadeira na Câmara dos Deputados", assegurou .

Porém, completou a assessora parlamentar, não é só em Mato Grosso do Sul que ela tem atuado: durante os dias úteis, percorre os municípios de Mato Grosso e Goiás.

"Apenas no fim de semana eu tenho andado pelo meu estado. Também tenho aproveitado toda a brecha que tenho para rodar por Mato Grosso do Sul para fazer um pouco de política para a minha federação partidária", concluiu.
 

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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