Política

eleições 2024

Nelsinho confirma que PSD será aliado do PSDB na disputa por Campo Grande

O pré-candidato tucano Beto Pereira já tinha adiantado a aliança durante filiação realizada no dia 5, em Brasília

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Como o Correio do Estado já tinha adiantado em matéria publicada no dia 11, o PSD será mesmo aliado do PSDB na disputa pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais do dia 6 de outubro.

A confirmação veio do presidente estadual da sigla em Mato Grosso do Sul, senador Nelsinho Trad, em conversa com a reportagem ontem, explicando que o PSD decidiu retirar a pré-candidatura do deputado estadual Pedrossian Neto para apoiar a pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

“Entendo que esse é um processo que era necessário ser iniciado de uma vez, pois será uma eleição muito difícil. Já tivemos a experiência de outras eleições e sabemos como a banda toca em Campo Grande”, disse.
O senador completou que a aliança com o PSDB seria o único caminho viável para o PSD começar a reestruturação em Campo Grande. “Temos uma candidatura da esquerda e outra da direita, além disso, temos duas máquinas atuando, a do Estado e a da prefeitura. Também teremos a candidatura da superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste e, por isso, tomamos esse posicionamento”, revelou.

Ele completou que, “com isso, resolvemos fazer essa composição para termos a chance de chegar ao segundo turno com o PSDB”.

Sobre como fica a situação do deputado estadual Pedrossian Neto, Nelsinho Trad explicou que já conversou com o parlamentar. “Neste momento, fica a frustração, mas entendemos que a circunstância não é favorável para nós e não adianta remarmos contra a maré e com o vento soprando contra. Precisamos preservar o potencial político do Pedrossian [Neto], que é uma revelação que brotou nas últimas eleições, e cuidar com todo o carinho. Agora, fica a frustração, mas depois, lá na frente, ele vai nos agradecer”, projetou.

Em nota enviada à reportagem, a assessoria de Pedrossian Neto, que se recusava a confirmar as informações de bastidores publicadas pelo Correio do Estado na semana passada, afirmou que o parlamentar revelou que vai se pronunciar somente hoje, mas que teria sido surpreendido.

“Como o deputado estadual Pedrossian Neto está em agenda pelo interior de Mato Grosso do Sul, sobre as notícias divulgadas em torno do PSD e o rumo das eleições 2024, o deputado esclarece que foi surpreendido com o posicionamento do presidente estadual, senador Nelsinho Trad, mas vai se manifestar com mais detalhes na segunda-feira [hoje]”, trouxe a nota oficial.

No dia 5, Beto Pereira participou, em Brasília (DF), da cerimônia de filiação ao PSD de seu amigo Carlos Sampaio, deputado federal eleito pelo PSDB de Campinas (SP) por seis vezes consecutivas.
Segundo informações obtidas pelo Correio do Estado, a participação de Beto Pereira no ato político foi mais uma clara demonstração do acordo de composição dos tucanos com o PSD em Mato Grosso do Sul, em especial na Capital, para as eleições municipais deste ano.

A reportagem apurou que, desde o fim do ano passado, estava sendo costurada essa aliança de ambos os partidos no Estado, tendo como principais interlocutores o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é o presidente estadual do PSDB, o senador Nelsinho Trad e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

ÚLTIMO A SABER

Procurado pelo Correio do Estado na ocasião, Pedrossian Neto disse que nem sequer pensava na hipótese de ficar de fora da disputa pela Prefeitura de Campo Grande.

“Não existe essa hipótese de eu abrir mão da minha pré-candidatura. Além disso, penso não ser bom negócio trocar um mandato de deputado estadual, em que há protagonismo, pelo cargo de vice-prefeito, que muitas vezes nem sequer tem função administrativa”, declarou.

À época, ele ressaltou também que esteve acompanhado de Nelsinho Trad no encontro com Gilberto Kassab, a fim de tratarem juntos das eleições municipais, e que o mandatário nacional do partido prometeu apoio logístico para sua candidatura.

“Que exista uma conversa entre o PSD e o PSDB é normal, nunca escondemos isso, mas, por ora, vamos manter candidatura própria em Campo Grande”, disse Pedrossian Neto, reforçando que o PSD o manteria como pré-candidato a prefeito.

Mais uma vez Pedrossian Neto foi o último a saber sobre essa aliança entre PSDB e PSD em Campo Grande. Afinal, Beto Pereira não participou em vão do ato de filiação ao PSD de Carlos Sampaio, uma vez que a assinatura da ficha teve a presença do presidente da sigla e Gilberto Kassab e o pré-candidato tucano a prefeito da Capital teriam conversado por horas.

O irmão de Nelsinho Trad, o ex-prefeito Marquinhos Trad, tinha tomado a decisão de sair do PSD por descontentamento com os rumos que o partido estaria tomando, ao se aproximar do PSDB.

ELEIÇÕES 2026

Pressionada pelo PL, União Progressista terá de lançar pré-candidato ao Senado

Com Azambuja e Contar no páreo, PP e União Brasil ficam praticamente obrigados a lançar um nome para concorrer

06/12/2025 08h20

O deputado estadual Gerson Claro (PP) ou o secretário de Estado Jaime Verruck (PSD) pode ser o escolhido

O deputado estadual Gerson Claro (PP) ou o secretário de Estado Jaime Verruck (PSD) pode ser o escolhido Montagem

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Com a provável chapa pura do PL para disputar as duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul, já que, até o momento, são pré-candidatos pelo partido o ex-governador Reinaldo Azambuja e o ex-deputado estadual Capitão Contar, a Federação União Progressista, formada pelo PP e o União Brasil, será obrigada a lançar pelo menos um pré-candidato ao cargo.

A informação foi passada ao Correio do Estado por uma fonte da própria federação, revelando ainda que o nome poderá ser o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro (PP), ou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (PSD), que teria sido convidado a fazer parte dos progressistas.

A União Progressista lançará apenas um pré-candidato ao Senado porque tem o compromisso de apoiar a eleição de Azambuja, porém, como o PL caminha para ter dois pré-candidatos ao Senado, a federação terá de formar uma “aliança branca”, ou seja, fazer um acordo eleitoral informal com a legenda à qual, oficialmente, não estará coligada.

Por meio dessa informalidade, PP e União Brasil poderão pedir votos para o próprio candidato a senador e também para Azambuja e vice-versa, sem a necessidade de um documento de coligação formal registrado na Justiça Eleitoral que una os partidos em todos os níveis da disputa.

Esse tipo de aliança permite que diretórios regionais apoiem candidatos que seriam vetados pelas executivas nacionais, contornando, por vezes, regras de verticalização, que exigem alinhamento das coligações em diferentes níveis.

Na prática, o partido pode lançar um candidato próprio, mas orientar, de forma velada ou explícita, seus eleitores a votarem no candidato de outra legenda. Isto é, a Federação União Progressista pedirá para que os seus eleitores destinem o primeiro voto para Gerson Claro ou Jaime Verruck e o segundo, para Azambuja.

DISPUTA

Pacificada a questão da federação lançar um pré-candidato ao Senado nas eleições do próximo ano, o imbróglio ficará na definição do nome, pois Gerson Claro já está no PP e tem demonstrado desde o início do ano o desejo de ser o escolhido para ser o representante.

Procurado pelo Correio do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa disse que não sabia dessa provável configuração para o pleito de 2026.

“Eu só posso afirmar que estou trabalhando para ser o candidato da federação ao Senado Federal”, afirmou.

O secretário Jaime Verruck também foi procurado pela reportagem, mas preferiu não comentar nada, revelando apenas que tem interesse em ser pré-candidato a senador da República pelo PSD, partido em que está filiado desde março do ano passado.

Ele já teria até anunciado a data em que vai se desincompatibilizar do cargo de secretário de Estado (30 de março de 2026) para disputar uma das duas cadeiras ao Senado pelo grupo político do governador Eduardo Riedel (PP).

No entanto, se ficar no PSD, Verruck terá problemas internos para resolver, afinal, a sigla é presidida no Estado pelo senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição e, portanto, poderá inviabilizar a candidatura do secretário pela legenda, o que poderia obrigá-lo a trocar de partido.

Por isso, a ida de Verruck para o PP está muito próxima e, caso o escolhido para representar a Federação União Progressista seja Gerson Claro, o secretário poderá acabar disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados.

O Correio do Estado ainda procurou a presidente estadual do PP e também da federação, senadora Tereza Cristina, porém, não houve retorno até o fechamento desta edição. Em tempo, PP e União Brasil já entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o protocolo com o requerimento de registro de federação partidária.

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Política

Flávio anuncia que Bolsonaro o escolheu como candidato a presidente da República em 2026

Antes de falar publicamente sobre o assunto, o senador avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a decisão de Bolsonaro

05/12/2025 15h37

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta sexta-feira, 5, que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), confirmou que ele será o candidato a presidente do grupo em 2026. "É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", escreveu Flávio em uma publicação no X.

Antes de falar publicamente sobre o assunto, o senador avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a decisão de Bolsonaro.

A informação foi antecipada pelo site Metrópoles. O Estadão confirmou que o senador conversou com Tarcísio nesta semana para tratar do assunto. O presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, disse estar a par da articulação.

"Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos", afirmou Valdemar

Na publicação nas redes sociais, o filho "01" do ex-presidente disse que o País vive dias difíceis e que não pode se conformar em vê-lo caminhar para tempos de instabilidade, insegurança e desânimo.

Ele também afirmou que não ficará de braços cruzados vendo a democracia sucumbir. Bolsonaro está preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde 25 de novembro, cumprindo a pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

"Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada", concluiu Flávio.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem autorizado visitas periódicas ao ex-presidente, especialmente de sua família. Na terça-feira, Flávio esteve com o pai, mas não mencionou qualquer conversa sobre candidatura à Presidência da República.

Membros da cúpula do PL dizem ver a informação com ressalvas, e que acreditam se tratar de um balão de ensaio para tanto inflar quanto testar o nome de Flávio a nível nacional. A escolha definitiva, para alguns, será tomada mais adiante.

Uma pessoa ligada à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) rechaça a escolha de Flávio e diz que Bolsonaro não teria tomado tal decisão sem consultar a esposa. E questiona a razão de o ex-presidente "não ter confidenciado para a Michelle, mas para outra pessoa, sem falar para a esposa, ainda mais depois do ocorrido na última semana".

A informação surge dias após um racha entre Michelle e os filhos Flávio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O estopim da briga pública foi uma crítica da ex-primeira-dama à articulação feita pelo PL cearense, chefiado pelo deputado federal André Fernandes, para apoiar o ex-presidenciável Ciro Gomes na disputa contra o PL pelo governo do Estado.

Os três filhos saíram em defesa de Fernandes, alegando que a articulação teve aval de Bolsonaro, e Flávio chamou a postura da madrasta de "arrogante e autoritária". Após a visita ao pai na segunda-feira, o senador disse ter pedido desculpas a Michelle.

No dia seguinte, o PL fez uma reunião de emergência para colocar panos quentes na crise, e o acordo com Ciro foi suspenso por tempo indeterminado - o que foi lido por alguns como vitória parcial de Michelle sobre os enteados.

A crise pública que teve a formação de alianças eleitorais como pivô aconteceu uma semana depois de o bolsonarismo cerrar fileiras, numa reunião a portas fechadas em 24 de novembro, para defender um alinhamento de discurso em defesa de Bolsonaro, que havia acabado de ser preso preventivamente.

Em seu discurso na ocasião, Michelle criticou os correligionários que atacam os colegas nas redes sociais, afirmou que a "roupa suja" deve ser lavada em casa, e pediu maior alinhamento em torno de Bolsonaro. O que foi debatido naquele encontro, entretanto, veio a ruir com a exposição das divergências feita em Fortaleza.

Já Flávio foi ungido o porta-voz oficial do pai. Sem Eduardo, autoexilado nos Estados Unidos, e mais próximo do ex-presidente do que o outro irmão Carlos, que mora no Rio de Janeiro, o senador ocupa um espaço privilegiado, com mandato, holofotes e acesso à PF para trazer e levar informações do mundo externo.

A decisão do PL de dar o posto de tamanha influência a Flávio contrasta com a avaliação que o irmão Eduardo faz do poder de todos os membros da família de representar a voz do ex-presidente.

"Enquanto durar a prisão do Bolsonaro, sempre vai haver essa confusão de quem fala por ele, quem fala, quem não fala. Tanto o Flávio como o Carlos, a Michelle, são próximos do meu pai e vão ter acesso a ele. Eu acho importante que sigam tendo essa proximidade pelo ponto de vista principalmente emocional", declarou Eduardo em entrevista ao Estadão.

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