Política

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No terceiro dia de mandato, Adriane Lopes segue sem secretários

Prefeitura de Campo Grande está sob o comando da prefeita e da vice-prefeita, somente

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), havia adiantado ao Correio do Estado na sexta-feira passada, dia 27 de dezembro de 2024, que anunciaria o nome de seus secretários para o novo mandato na segunda-feira, dia 30 de dezembro. No entanto, passados quatro dias da data informada inicialmente para o anúncio, a Prefeitura segue sem titulares em suas pastas.

No espaço dedicado ao nome dos chefes e assistentes de Executivo do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) consta apenas o nome de Adriane Lopes e sua vice, Camila Nascimento de Oliveira.

Paulo Ribas/Correio do Estado

Ainda não foi divulgada uma nova data para o anúncio, sendo assim, as secretarias continuarão sem comando até que seus titulares sejam nomeados.

Anúncio adiado

Conforme noticiado anteriormente, o adiamento aconteceu porque a prefeita estaria ocupada "fechando as contas do último ano de seu primeiro mandato", e não havia conseguido "falar individualmente com cada um dos cotados para serem secretários".
 
A gestora completou que, como se trata do encerramento do seu primeiro mandato, as contas não podem ter erro. “Precisamos cumprir todos os detalhes para cumprir as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como deve ser”, disse, pedindo desculpa por ter dito que faria o anúncio da segunda-feira (30).

O que fazem os secretários municipais?

Os secretários municipais tem diversas funções, que variam de acordo com suas pastas, sendo a principal delas assistir e assessorar o Prefeito na coordenação e integração das ações de suas respectivas áreas.

O titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por exemplo, tem como função promover a saúde, garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade, coordenar o SUS, e defender os direitos dos cidadãos à saúde, dentre outras atribuições.

Já o titular das Finanças e Planejamento (Sefin) tem como atribuição monitorar a capacidade de geração de receita, gerir a arrecadação, e elaborar o orçamento anual, por exemplo.

Sendo assim, cada um tem sua devida importância e responsabilidade no funcionamento da administração municipal. 

Alguns nomes devem "permanecer"

Mesmo exonerados, alguns secretários devem ser nomeados para o novo mandato de Adriane Lopes, conforme vem apurando o Correio do Estado. São eles:

  • Marco Aurélio Santullo (Governo e Relações Institucionais);
  • Marcelo Miglioli (Infraestrutura e Serviços Públicos);
  • Márcia Okama (Fazenda);
  • Rosana Leite (Saúde);
  • Ademar Júnior (Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável);
  • Lucas Bitencourt (Educação);
  • Thelma Nogueira Lopes (Casa Civil);
  • e Ulisses Rocha, que deve cuidar da relação com a imprensa e com os meios de comunicação.

A reportagem não conseguiu obter com exatidão os nomes dos titulares para os demais cargos a serem preenchidos pela prefeita, mas as especulações são de que também devem ficar José Mario Antunes da Silva (Assistência Social e Cidadania) e Catiana Sabadin (Planejamento e Parcerias Estratégica).

Com isso, ficam faltando os nomes para a Secretaria-Executiva da Mulher, a Secretaria-Executiva de Cultura, a Secretaria-Executiva da Juventude, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, a Secretaria Especial de Licitações e Contratos, a Secretaria Especial de Articulação Regional, a Secretaria Municipal de Administração e Inovação, a Procuradoria-Geral do Município e a Controladoria-Geral do Município.

Também faltam os nomes para as agências municipais de Habitação e Assuntos Fundiários, de Transporte e Trânsito, de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, de Regulação dos Serviços Públicos e a de Tecnologia da Informação e Inovação, bem como para o Instituto Municipal de Previdência, a Fundação Social do Trabalho e a Fundação Municipal de Esportes.

Provavelmente, seis vereadores do grupo próximo à prefeita e que não conseguiram a reeleição devem ocupar esses cargos, sendo eles Sandro Benites, Marcos Tabosa, Tiago Vargas, Valdir Gomes, Edu Miranda e Betinho.

Dos seis, somente Valdir Gomes teria recebido sinalização de que estará na gestão, mas ainda não sabe onde atuará.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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