Política

OPINIÃO PÚBLICA

PEC da Blindagem é rejeitada por 78,4% da população de MS, diz pesquisa

IPR/Correio do Estado entrevistou 420 pessoas em 10 municípios na sexta-feira e no sábado

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A aprovação na semana passada pela Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares, a chamada PEC da Blindagem, motivou a realização de manifestações em diversas capitais do País contra a medida, incluindo Campo Grande.

Para saber a percepção da população de Mato Grosso do Sul a respeito da questão, o Correio do Estado, em parceira com o Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), foi às ruas na Capital e em Aquidauana, Corumbá, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã, Sidrolândia e Três Lagoas, no sábado e no domingo, quando ouviu 420 pessoas com 16 anos ou mais de idade.

Com margem de confiança de 95% e margem de erro de 4,8 percentuais para mais ou para menos, a pesquisa IPR/Correio do Estado apontou que 78,43% dos entrevistados discordaram da aprovação por parte dos deputados federais na PEC da Blindagem, enquanto 14,90% concordaram com a aprovação, 3,14% ficaram indiferentes e 3,53% não sabem ou não quiseram responder.

O levantamento realizado pelo IPR/Correio do Estado também quis saber se a população do Estado estava sabendo sobre a PEC da Blindagem e 60,71% falaram que sim, enquanto 38,10% disseram que não, e 1,19% não sabe ou não quis responder.

ANÁLISE

De acordo com diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, conforme o resultado do levantamento, foi possível perceber que a grande maioria da população de Mato Grosso do Sul é totalmente contra a PEC da Blindagem.

“Quase 80% das pessoas que estão sabendo sobre essa PEC é contra pela velocidade com que ela foi conduzida e também por causa dos privilégios que os parlamentares passarão a ter”, assegurou.

No entendimento do diretor do IPR, isso porque a direita vota, entre outras questões, em pessoas para lutar pelo fim dos privilégios políticos e não para aumentar. “Então, a medida virou uma contradição”, analisou.

Aruaque Barbosa completou que, por isso, grande parte da direita também é contra essa PEC da Blindagem para os parlamentares e para os presidentes nacionais de partidos. 

“Em nível nacional, a Quaest fez uma pesquisa também igualzinha sobre a PEC da Blindagem e 83% da população brasileira é contra”, citou.

O diretor do IPR reforçou que, pelo fato de Mato Grosso do Sul ser um Estado mais conservador, o percentual de contrários foi um pouco menor – 78,43%.

“Mesmo assim, é um percentual muito alto e mostra claramente que, tanto na direita, quanto na esquerda, assim como o pessoal do centro, não querem essa PEC da Blindagem”, finalizou, completando que é quase uma unanimidade nacional ser contra a PEC da Blindagem.

Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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