Política

MATO GROSSO DO SUL

Pesquisa confirma reeleição de Riedel no primeiro turno

O levantamento foi realizado no período de 20 a 31 de outubro, com 1.720 eleitores, distribuídos em 54 cidades

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A terceira pesquisa realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems) sobre intenções de votos para governador nas eleições do próximo ano confirmou que o atual chefe do Executivo estadual, Eduardo Riedel (PP), está virtualmente reeleito para o cargo.

De acordo com o levantamento estimulado, quando são apresentadas opções com nomes aos eleitores, se as eleições fossem hoje, Riedel seria reeleito no primeiro turno, com 56,94% da preferência dos entrevistados.

Depois, muito atrás, aparecem o deputado federal Marcos Pollon (PL), com 16,66%, o ex-deputado federal Fábio Trad (PT), com 15,23%, e, por último, o ex-senador Delcídio do Amaral (PRD), com 11,17%. Os porcentuais levam em consideração apenas os votos válidos.

Na estratificação dos dados, também considerando apenas os votos válidos, em Campo Grande, Riedel alcançou 49,05%, enquanto no interior chegou a 60,54%. Pollon obteve 17,26% na Capital e 16,39% no interior, Fábio Trad chegou a 22,20% na Capital e a 12,05% no interior e Delcídio teve 11,50% na Capital e 11,03% no interior.

ESPONTÂNEA

No levantamento espontâneo, quando é feita a pergunta aos entrevistados e não é dada nenhuma alternativa para resposta, Riedel também lidera, com 9,23%, seguido pelo ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 0,60%, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), com 0,56%, e o ex-governador André Puccinelli (MDB), com 0,50%.

Logo em seguida aparecem Fábio Trad, com 0,32%, o ex-prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro (PSDB), com 0,32%, Pollon, com 0,28%, o deputado estadual Zeca do PT, com 0,22%, Delcídio, com 0,12%, e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 0,11%. Dos entrevistados, 0,73% citou outros nomes e 87,01% não sabem ou não opinaram.

Na estratificação dos dados, em Campo Grande, Riedel obteve 6,31% e 10,63% no interior, enquanto Capitão Contar fez 0,23% na Capital e 0,77% no interior, seguidos por Azambuja, com 0,23% na Capital e 0,72% no interior, e Puccinelli, com 1,08% na Capital e 0,23% no interior.

Já Fábio Trad teve 0,47% em Campo Grande e 0,26% no interior, tendo logo atrás Guerreiro, com 0% na Capital e 0,47% no interior, Pollon, com 0% na Capital e 0,42% no interior, e Zeca do PT, com 0,23% na Capital e 0,21% no interior.

MAIS ATRÁS

Também aparecem Delcídio, com 0,38% na Capital e 0% no interior, Rose, com 0,21% na Capital e 0,07% no interior, o deputado estadual Junior Mochi (MDB), com 0% na Capital e 0,15% no interior, e o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com 0% na Capital e 0,14% no interior.

Ainda mais atrás temos a ministra Simone Tebet (MDB), com 0% na Capital e 0,14% no interior, o vereador Marquinhos Trad (PDT), com 0,28% na Capital e 0% no interior, e o deputado federal Vander Loubet (PT), com 0% na Capital e 0,10% no interior.

Por fim, aparecem Lúcio Carmo, com 0% na Capital e 0,08% no interior, o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PL), com 0% na Capital e 0,07% no interior, o ex-prefeito de Aquidauana Odilon Ribeiro (PL), com 0% na Capital e 0,07% no interior, a senadora Tereza Cristina (PP), com 0% na Capital e 0,05% no interior, e o senador Nelsinho Trad (PSD), com 0% na Capital e 0,02% no interior.

REJEIÇÃO

A pesquisa Correio do Estado/Ipems também levantou a rejeição para governador de Mato Grosso do Sul, e o ex-senador Delcídio do Amaral está na frente, com 78,54% de rejeição dos entrevistados, seguido pelo deputado federal Marcos Pollon, com 76,52%, o ex-deputado federal Fábio Trad, com 73,64%, e o atual governador Eduardo Riedel, com 39,89%.

O levantamento Correio do Estado/Ipems ouviu 1.720 eleitores, distribuídos por 54 municípios, no período de 20 a 31 de outubro, tendo grau de confiança de 95%, com margem de erro de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos.

ANÁLISE

O diretor responsável pelo Ipems, Lauredi Sandim, reforçou que a pesquisa, tanto espontânea quanto estimulada, aponta a reeleição do governador Eduardo Riedel.

“Na pesquisa espontânea, nós temos em torno de 87,01% de indecisos, mas isso é normal, afinal, ainda falta muito tempo para as eleições do próximo ano e o pleito não está na agenda do eleitor”, analisou.

Ele completou que, por isso, os indecisos ainda estão nesse patamar elevadíssimo. “Mesmo assim, Riedel alcançou 9,23% de intenções de votos, dos quais 6,31% são na Capital contra 10,63% no interior”, pontuou.

Com relação à pesquisa estimulada para governador, Lauredi Sandim explicou que foram incluídos quatro nomes e o governador alcançou 56,94% da preferência dos entrevistados, sendo seguido por Marcos Pollon, com 16,66%, Fábio Trad, com 15,23% e, por último, Delcídio, com 11,17%. “Com esse porcentual, Riedel está reeleito no primeiro turno”, assegurou.

Já em relação à rejeição, o diretor do Ipems estranhou o fato de o ex-senador Delcídio ser o mais rejeitado, com 78,54%. “Ou seja, a maioria dos eleitores que conhecem ele não votariam nele para governador”, comentou.

Logo em seguida, conforme Lauredi Sandim, aparecem Marcos Pollon, com 76,52%, Fábio Trad, com 73,64%, e Riedel, com 39,89%. 

“No caso do atual governador, a maior rejeição a ele se encontra na Capital, sendo em torno de 45,58%, contra 27,03% no interior”, concluiu o diretor do Ipems.

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Política

Alckmin: corte tarifário dos EUA é positivo, mas distorções persistem

Governo Trump retirou taxa global de 10% para cerca de 200 produtos

15/11/2025 20h00

Vice-presidente Geraldo Alckimin

Vice-presidente Geraldo Alckimin Foto: Divulgação

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A decisão dos Estados Unidos de reduzir tarifas de importação sobre cerca de 200 produtos alimentícios é “positiva” e representa “um passo na direção correta”, disse neste sábado (15) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele, no entanto, destacou que a permanência da sobretaxa de 40%, aplicada exclusivamente ao Brasil, cria distorções e continua um obstáculo relevante para as exportações nacionais.

"Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% [pontos percentuais] a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão [a mais nas exportações]. Então zerou, ficou sem nenhum imposto", declarou Alckmin.

Ele destacou, entretanto, que alguns produtos de países concorrentes, como o café do Vietnã, obtiveram reduções mais amplas. "O café também reduziu 10% [pontos percentuais], mas tem concorrente que reduziu 20% [pontos percentuais]. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade", acrescentou o vice-presidente.

A declaração, no Palácio do Planalto, ocorreu após o governo norte-americano anunciar, na noite de sexta-feira (14), a retirada da tarifa global, conhecida como “taxa de reciprocidade”, criada em abril deste ano. Para os países latino-americanos, essa tarifa estava em 10%. No entanto, como a alíquota adicional de 40% aplicada em julho aos produtos brasileiros continua em vigor, tarifas sobre itens como café, carne bovina, frutas e castanhas caíram de 50% para 40%.

Avanços

Segundo Alckmin, a medida reflete avanços diplomáticos recentes, incluindo conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente Donald Trump, em outubro, e reuniões entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

"A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta. Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. A conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do chanceler Mauro Vieira com o secretário Marco Rubio", comentou.

O vice-presidente também ressaltou que os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial bilateral, exportando mais do que compra do Brasil. 

“O Brasil não é problema, é solução”, declarou.

Impacto nas exportações

Com a retirada da tarifa global, informou Alckmin, aumentou de 23% para 26% o volume das exportações brasileiras para os Estados Unidos isentas de sobretaxas, o equivalente a aproximadamente US$ 10 bilhões. A mudança ocorre após os meses seguintes ao chamado “tarifaço”, período em que o déficit brasileiro na balança comercial com os EUA cresceu 341% entre agosto e outubro.

Os efeitos variam por setor:

Suco de laranja: teve a tarifa de 10% zerada, beneficiando um setor de US$ 1,2 bilhão.
Café: alíquota caiu de 50% para 40%. O Brasil exportou US$ 1,9 bilhão em 2024, mas as vendas recuaram 54% em outubro na comparação anual.
Carne bovina e frutas: tarifas reduziram de 50% para 40%; ganho considerado limitado devido à sobretaxa remanescente.
Posição dos Estados Unidos
O governo norte-americano justifica a redução tarifária como parte de um esforço para conter a inflação de alimentos e equilibrar a oferta interna. Em pronunciamento, Trump disse que o ajuste foi “um pequeno recuo” e afirmou não considerar necessárias novas reduções de tarifas no curto prazo. Ele declarou ainda esperar queda nos preços de produtos como o café.

Outros avanços

Alckmin também lembrou progressos recentes nas negociações comerciais. O vice-presidente citou a retirada da tarifa global de 10% e da sobretaxa de 40% sobre o ferro-níquel e a celulose, em setembro. Também destacou a redução de 50% para 40% em madeira macia e serrada e de 50% para 25% para armário, móveis e sofá, decidida no início de outubro.

No caso da madeira e dos móveis, os Estados Unidos decidiram reduzir a alíquota com base na Seção 232 da Lei de Comércio local,  sob o argumento de que pretendem proteger a segurança comercial do país. Nesse caso, as reduções abrangeram todo o planeta, não alterando a competitividade entre os países.

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Política

Por unanimidade, STF torna Eduardo Bolsonaro réu por atuação nos EUA

Próximo passo será abertura de uma ação penal contra o deputado

15/11/2025 19h00

Inquérito apurou a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo dos Estados Unidos para promover o tarifaço contra as exportações brasileiras

Inquérito apurou a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo dos Estados Unidos para promover o tarifaço contra as exportações brasileiras Foto: Agência Brasil

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Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo, por sua atuação no Estados Unidos, onde reside desde março deste ano. Neste sábado (15), a ministra Cármen Lúcia fez seu voto no plenário virtual para aceitar a denúncia e, agora, deve ser aberta ação penal contra Eduardo.

Em setembro, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que apurou a atuação do parlamentar junto às autoridades estadunidenses para fazer pressão sobre julgamento que condenou seu pai por tentativa de golpe de Estado. Nos últimos meses, o governo de Donald Trump aplicou sanções como o tarifaço contra as exportações brasileiras, a suspensão de vistos de ministros do governo federal e ministros do STF e sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes.

A investigação contra Eduardo Bolsonaro foi conduzida pela Polícia Federal que indiciou o parlamentar.

Com a decisão do STF, o próximo passo será a abertura de uma ação penal. Durante a instrução do processo, o deputado poderá indicar testemunhas, apresentar provas de inocência e pedir diligências específicas que sejam interessantes para sua defesa.

Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato por 120 dias e foi morar nos Estados Unidos com a família, sob a alegação de perseguição política. Desde dia 20 de julho, quando a licença terminou, o deputado não comparece às sessões e poderá ser cassado por faltas.

Julgamento

O julgamento no Plenário Virtual do STF começou às 11h desta sexta-feira (14) e, no fim do dia, os ministros já formaram maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu. Para o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, existem provas de que o deputado participou das articulações para o governo dos Estados Unidos aplicar as sanções.

 “A grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da América, com a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, suspensão de vistos de entradas de diversas autoridades brasileiras nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este ministro relator”, diz no relatório.

Acompanharam o voto do relator os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin e, hoje, a ministra Cármen Lúcia. Apesar de os quatro ministros da Primeira Turma já terem votado pelo recebimento da denúncia, a análise vai até 25 de novembro, quando eles ainda podem mudar de voto, pedir vista ou levar o caso ao plenário.

A turma está com apenas quatro ministros. Com saída de Luiz Fux para a Segunda Turma do STF, uma cadeira está vaga e só será preenchida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um ministro para suceder Luís Roberto Barroso, que se aposentou.

Defesa

Ainda nesta sexta-feira, pelas redes sociais, Eduardo Bolsonaro classificou o voto de Moraes como "caça às bruxas".

"Moraes vota para me tornar réu. Outros candidatos anti-establishment, como o próprio Jair Bolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver. Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?", escreveu.

A defesa de Eduardo Bolsonaro foi feita pela Defensoria Pública da União (DPU). Durante a investigação, Moraes determinou a notificação do deputado, mas ele não constituiu advogado nem apresentou defesa.

No fim de outubro, a DPU pediu a rejeição da denúncia, argumentando que o deputado não é autor das sanções e que suas manifestações são “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

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