Política

eleições 2026

Possível candidatura de Boulos ao Senado pode trazer Simone de volta ao MS

Para ter mais liberdade de movimentos, a ministra pode migrar para o PSB

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A possível indicação de Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência da República está movimentando o cenário político e pode influenciar o futuro de Simone Tebet (MDB) no Senado. 

Boulos, com status de ministro, é cotado para concorrer ao Senado por São Paulo e não deve buscar a reeleição para a Câmara Federal. Essa conjuntura pode levar o Partido dos Trabalhadores e seus aliados a apoiar uma única candidatura ao Senado em São Paulo, abrindo caminho para a ministra do Planejamento retornar ao Mato Grosso do Sul.

Contudo, para ter mais liberdade de movimentos, ela pode migrar para o PSB. O MDB em MS e em São Paulo tem laços profundos com candidatos da extrema-direita. Aqui com o PL e em São Paulo com o Republicanos, do governador Tarcísio Freitas. 

O ex-governador e deputado estadual Zeca do PT reforçou a validade da possível candidatura de Tebet ao Senado pelo PSB. Em suas palavras, a ministra é um "ótimo quadro" e a mudança partidária seria uma alternativa viável. "Seria uma alternativa para Simone poder concorrer ao Senado, já que o MDB do André Puccinelli já está no colo do Reinaldo Azambuja", comentou.

O também deputado estadual Pedro Kemp (PT) corroborou a informação sobre a possível migração de Tebet para o PSB, destacando que o partido deve caminhar com o PT nacionalmente e em Mato Grosso do Sul.

“A Simone estaria tentando migrar para o PSB, que deve caminhar com o PT nacionalmente, e aqui no MS também estará conosco", explicou.  

O presidente do diretório estadual do PSB em MS, deputado Paulo Duarte, não respondeu até o fechamento da matéria.

A ministra já confirmou ao canal ICL Notícias que planeja concorrer ao Senado, com o apoio do presidente Lula. "Eu falei para o presidente: ‘se o senhor precisar de mim até 31 de dezembro de 2026, eu fico os quatro anos, sou ministra’. Mas ele veio com esse argumento: 'a eleição mais difícil e mais importante é a do Senado e nós precisamos de pessoas democratas no Senado, vamos aguardar pesquisas, mas eu acho que seria interessante você ser candidata’", explicou Tebet. 

“O PT no meu estado já disse que, se eu sair candidata, eu tenho o apoio deles, não seria um problema", disse a ministra.

Dentro do PT em MS, os planos atuais incluem candidaturas ao governo do estado, possivelmente com o ex-deputado Fábio Trad (PT), e ao Senado, com o deputado federal Vander Loubet (PT). No entanto, o nome de Simone Tebet tem ganhado destaque nas pesquisas eleitorais.

A visão da direita

Ainda assim, parlamentares ligados a Reinaldo Azambuja e ao Partido Liberal (PL) expressaram ceticismo quanto à candidatura de Tebet em Mato Grosso do Sul, afirmando que as pesquisas não a favorecem e que o eleitorado local tende para o centro-direita.

"Não tem chance, as pesquisas não apontam o nome dela, o viés do eleitor é de centro-direita", comentou um deles, que não quis se identificar. 

Boulos irá assumir o cargo que cuida da interlocução com movimentos sociais e seu desempenho nas manifestações de domingo chamou atenção do presidente Lula. O momento é visto como de virada de chave entre o eleitor, a partir da PEC da Blindagem e da votação da anistia no Congresso.

Zeca do PT enfatizou a importância de Tebet, juntamente com o ministro Fernando Haddad e o vice-presidente Geraldo Alckmin, na recuperação do governo Lula.

“Eu gosto demais e aprendi a admirar a Simone. Muito da recuperação do governo Lula tem a ver com ela, com o Haddad e com o Alckmin", cita. 

Ele os descreveu como "esteios do momento positivo que o governo do Lula vive" e reiterou que o presidente está em contato direto com Tebet para definir o melhor caminho para ela.

cnh social

Gordinho do Bolsonaro vota com Lula e petistas de MS, contra

Rodolfo Nogueira (PL) foi o único parlamentar de MS a votar pela manutenção do veto à obrigatoriedade de exame toxicológico para emissão de CNH

06/12/2025 15h00

Rodolfo Nogueira é conhecido por ser um dos parlamentares que invariavelmente vota contra tudo aquilo que é proposto pelo presidente Lula. Desta vez, foi diferente

Rodolfo Nogueira é conhecido por ser um dos parlamentares que invariavelmente vota contra tudo aquilo que é proposto pelo presidente Lula. Desta vez, foi diferente

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Da bancada federal sul-mato-grossense, apenas o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), o Gordinho do Bolsonaro, votou na última quinta-feira (04) contra a exigência do exame toxicológico para quem for tirar a primeira habilitação de carro e de moto.

 Os demais parlamentares do estado foram a favor da derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lei 15.153/25, da CNH social. 

Quando criou o projeto da CNH social, que visava utilizar o dinheiro arrecadado pelas multas de trânsito para custear o processo de habilitação de pessoas de baixa renda, o presidente Lula vetou o exame toxicológico para as categorias de carro e moto.

Na época, o argumento era que aumentaria o preço para tirar a primeira habilitação, indo na contramão do que propunha a CNH Social.

Com a derrubada do veto, o exame toxicológico que já era obrigatório para motoristas das categorias C, D e E, que dirigem veículos de carga e transporte coletivo, agora passa a ser exigido para todas as categorias. 

Votaram pela derrubada do veto ( a favor do exame) os deputados federais sul-mato-grossenses Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Geraldo Resende (PSDB), Marcos Pollon (PL) e Vander Loubet (PT).  Entre os senadores votaram pela derrubada do veto Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP).

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) não votou. O único parlamentar federal contra a exigência do exame de toxicológico foi Nogueira.

O texto permite o uso de recursos de multas no custeio da habilitação de condutores de baixa renda, cria regras para transferência eletrônica de veículos e ajusta a exigência de exame toxicológico para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A Lei 15.153, de 2025, passa a valer na data de sua publicação. Deputados e senadores decidiram também derrubar o veto à cláusula de vigência imediata, que o Ministério dos Transportes considerou inadequado para garantir a implementação das mudanças no Código de Trânsito.

Sem o veto, a lei teria seguido o prazo padrão de 45 dias após a publicação oficial, conforme previsto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), de acordo com a Agência Senado.

ELEIÇÕES 2026

Pressionada pelo PL, União Progressista terá de lançar pré-candidato ao Senado

Com Azambuja e Contar no páreo, PP e União Brasil ficam praticamente obrigados a lançar um nome para concorrer

06/12/2025 08h20

O deputado estadual Gerson Claro (PP) ou o secretário de Estado Jaime Verruck (PSD) pode ser o escolhido

O deputado estadual Gerson Claro (PP) ou o secretário de Estado Jaime Verruck (PSD) pode ser o escolhido Montagem

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Com a provável chapa pura do PL para disputar as duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul, já que, até o momento, são pré-candidatos pelo partido o ex-governador Reinaldo Azambuja e o ex-deputado estadual Capitão Contar, a Federação União Progressista, formada pelo PP e o União Brasil, será obrigada a lançar pelo menos um pré-candidato ao cargo.

A informação foi passada ao Correio do Estado por uma fonte da própria federação, revelando ainda que o nome poderá ser o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro (PP), ou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (PSD), que teria sido convidado a fazer parte dos progressistas.

A União Progressista lançará apenas um pré-candidato ao Senado porque tem o compromisso de apoiar a eleição de Azambuja, porém, como o PL caminha para ter dois pré-candidatos ao Senado, a federação terá de formar uma “aliança branca”, ou seja, fazer um acordo eleitoral informal com a legenda à qual, oficialmente, não estará coligada.

Por meio dessa informalidade, PP e União Brasil poderão pedir votos para o próprio candidato a senador e também para Azambuja e vice-versa, sem a necessidade de um documento de coligação formal registrado na Justiça Eleitoral que una os partidos em todos os níveis da disputa.

Esse tipo de aliança permite que diretórios regionais apoiem candidatos que seriam vetados pelas executivas nacionais, contornando, por vezes, regras de verticalização, que exigem alinhamento das coligações em diferentes níveis.

Na prática, o partido pode lançar um candidato próprio, mas orientar, de forma velada ou explícita, seus eleitores a votarem no candidato de outra legenda. Isto é, a Federação União Progressista pedirá para que os seus eleitores destinem o primeiro voto para Gerson Claro ou Jaime Verruck e o segundo, para Azambuja.

DISPUTA

Pacificada a questão da federação lançar um pré-candidato ao Senado nas eleições do próximo ano, o imbróglio ficará na definição do nome, pois Gerson Claro já está no PP e tem demonstrado desde o início do ano o desejo de ser o escolhido para ser o representante.

Procurado pelo Correio do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa disse que não sabia dessa provável configuração para o pleito de 2026.

“Eu só posso afirmar que estou trabalhando para ser o candidato da federação ao Senado Federal”, afirmou.

O secretário Jaime Verruck também foi procurado pela reportagem, mas preferiu não comentar nada, revelando apenas que tem interesse em ser pré-candidato a senador da República pelo PSD, partido em que está filiado desde março do ano passado.

Ele já teria até anunciado a data em que vai se desincompatibilizar do cargo de secretário de Estado (30 de março de 2026) para disputar uma das duas cadeiras ao Senado pelo grupo político do governador Eduardo Riedel (PP).

No entanto, se ficar no PSD, Verruck terá problemas internos para resolver, afinal, a sigla é presidida no Estado pelo senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição e, portanto, poderá inviabilizar a candidatura do secretário pela legenda, o que poderia obrigá-lo a trocar de partido.

Por isso, a ida de Verruck para o PP está muito próxima e, caso o escolhido para representar a Federação União Progressista seja Gerson Claro, o secretário poderá acabar disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados.

O Correio do Estado ainda procurou a presidente estadual do PP e também da federação, senadora Tereza Cristina, porém, não houve retorno até o fechamento desta edição. Em tempo, PP e União Brasil já entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o protocolo com o requerimento de registro de federação partidária.

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