Política

FORÇA DA MÁQUINA

Prefeita Adriane articula para eleger o novo presidente da Câmara da Capital

A gestora municipal deu uma semana para que os vereadores do PP definam quem será o candidato do partido ao cargo

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Prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) resolveu entrar de vez na disputa pela presidência da Câmara Municipal na próxima legislatura, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2025, e deu um prazo para que os três parlamentares do partido interessados no cargo – Beto Avelar, Delei Pinheiro e Professor Riverton – viabilizem seus respectivos nomes.

Em conversa com o Correio do Estado, Adriane explicou que se reuniu nesta semana com os quatro vereadores eleitos e reeleitos pelo PP (Maicon Nogueira, Beto Avelar, Delei Pinheiro e Professor Riverton) e com os dois eleitos do Avante (Wilson Lands e Leinha) para ouvir deles sobre o processo de escolha do novo presidente da Câmara.

Além disso, ela revelou que já tinha se reunido com os dois vereadores eleitos pelo Republicanos (Herculano Borges e Neto Santos), a fim de tratar da mesma questão, e deixou encaminhada uma possível aliança em torno de um nome apoiado por ela para o cargo, totalizando, dessa forma, oito votos certos de um total de 29.

DEFINIÇÃO

“O PP tem a segunda maior bancada da Câmara, e seria inadmissível não disputar a presidência da Casa de Leis. Por isso, conversei com os vereadores do partido, e três demonstraram interesse no cargo. Dei a eles um prazo para viabilizarem as próprias candidaturas, e o melhor terá o meu apoio para concorrer”, disse Adriane.

A gestora ainda informou que pretende conversar com os vereadores de outros partidos que também estão na disputa à presidência da Câmara – como Papy (PSDB) –, além dos que manifestem interesse de concorrer ao cargo de presidente, bem como com os vereadores de centro-direita que apoiaram sua candidatura no segundo turno – três do PL, dois do Podemos, um do PSD e um do PSB.

“Contudo, o PP não pode abrir mão de concorrer, afinal, é de meu interesse ter no comando da Mesa Diretora um vereador aliado, e não um adversário”, declarou Adriane, complementando que também são considerados cargos-chaves para a sua administração as presidências das comissões permanentes de Legislação, Justiça e Redação Final e a de Finanças e Orçamento.

GOVERNADOR

Sobre a reunião que teve com o governador Eduardo Riedel (PSDB), a prefeita negou que ele tivesse indicado um nome para disputar a presidência da Câmara Municipal.

“Não procede que o governador indicou alguém do PSDB para concorrer ao cargo, pelo contrário, ele reforçou que a eleição da Mesa Diretora só diz respeito ao gestor municipal, e não ao estadual”, assegurou.

Ela acrescentou que Riedel lhe garantiu que não pretende intervir nesse processo e que ele deixou as articulações nesse sentido ao encargo dela. Por isso, Adriane fez questão de conversar com os vereadores do seu partido e dos partidos aliados para, só então, entrar de vez nas tratativas sobre essa questão.

A chefe do Executivo campo-grandense argumentou que pretende ter uma relação harmônica com a Casa de Leis e que, para isso, se faz necessária ter parlamentares aliados nos cargos-chaves da Câmara.

“Serão quatro anos de muito trabalho para recolocar Campo Grande no lugar de destaque em Mato Grosso do Sul. Por isso, preciso estar alinhada com a Câmara, para que tudo transcorra da forma correta”, frisou.

Saiba

Pelo artigo 12, seção 2, do regimento interno da Câmara Municipal de Campo Grande, para a eleição da Mesa Diretora, por um período de dois anos, será utilizado o sistema de chapas. Já pelo inciso 2º, se nenhuma chapa obtiver a maioria absoluta de votos, imediatamente haverá uma nova votação nominal, considerando-se eleita a mais votada ou, no caso de empate, a chapa cujo presidente for o mais idoso.

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ALEMS

Coronel David retira candidatura e comando atual deve seguir na Assembleia

Deputado havia lançado candidatura para disputar a 1ª secretaria da Casa de Leis, no entanto, voltou atrás por entender que não pode "enfrentar algo que a Casa sente que é a melhor alternativa neste momento"

12/11/2024 11h22

Arquivo

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O deputado estadual Coronel David (PL) retirou a candidatura ao cargo de primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), e a Casa de Leis deve ter o comando atual mantido para o próximo biênio.

O anúncio da retirada da candidatura foi feito nesta terça-feira (12), durante sessão. Apesar de afirmar ter se sentido legitimado a lançar o nome, Coronel David disse entender que não pode "enfrentar algo que a Casa sente que é a melhor alternativa neste momento".

O parlamentar acrescentou ainda que irá assinar para manter a composição da mesa atual. Sendo assim, Paulo Corrêa (PSDB) continua como 1º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, e Gerson Claro (PP), que já tinha o lugar garantido por consenso, continua presidente da Casa de Leis.

Saiba: A Mesa Diretora é composta por presidência e primeira-secretaria, que têm a competência de dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da instituição.

Disputa em eleição seria inédita

Conforme explicou o Correio do Estado anteriormente, caso a candidatura de Coronel David fosse mantida, a Alems teria pela primeira vez uma disputa pela Mesa Diretora através de eleição. Desde que foi criada, em 1º de janeiro de 1979, a mesa diretora sempre foi definida por consenso, sem necessidade de votação.

Rito Eleitoral

A eleição dos membros da Mesa Diretora é feita por votação nominal e aberta, considerando-se eleita a chapa ou o candidato individual ou avulso que obtiver a maioria absoluta dos votos, a cumprir mandato de dois anos, permitida a reeleição.

Quando a eleição da Mesa Diretora é realizada no curso da legislatura, no início da terceira e da quarta sessão legislativa como é o caso deste ano , de acordo com o artigo 20 do regimento interno, o prazo para a eleição é até a antepenúltima sessão ordinária da segunda sessão legislativa. Entre os requisitos para a realização da votação está a presença da maioria dos deputados.

A eleição da mesa para o biênio 2025-2026 está marcada para 9h desta quarta-feira (13).

Na ocasião, os deputados estaduais elegem o presidente da Mesa Diretora, assim como o primeiro, o segundo e o terceiro-vice-presidentes, além do primeiro, do segundo e do terceiro-secretários.

Atual formação

Encontra-se na atual formação da Mesa Diretora da Alems: Gerson Claro (presidente), Renato Câmara (1º vice-presidente), Zé Teixeira (2º vice-presidente), Mara Caseiro (3ª vice-presidente), Paulo Corrêa (1º secretário), Pedro Kemp (2º secretário) e Lucas de Lima (3º secretário).

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Eleições 2024

Candidata com voto mais caro das eleições é apontada como laranja e vira alvo do MPF

Denunciante alegou que Professora Ébner, que recebeu R$ 201,9 mil para a campanha e converteu em apenas 72 votos, teria contratado como advogado o presidente municipal do partido

12/11/2024 10h08

TSE

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Após denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar uma suposta irregularidade na contratação do advogado Murilo Bluma por parte da candidata ao cargo de vereador em Campo Grande, Ebnér Soares Casimiro, do Partido Verde (PV).

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

Ébner Soares, que concorreu às eleições utilizando como nome "Professora Ébner", recebeu R$ 201,9 mil do Partido Verde para a campanha eleitoral, mas, nas urnas, converteu a verba em apenas 72 votos. Isso significa que cada voto recebido pela candidata custou mais de R$ 2,8 mil - o mais caro entre os vereadores que disputaram uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande em 2024.

Segundo o denunciante, Ébner estaria sendo usada como laranja. Isso porque a professora teria contratado, irregularmente, por R$ 20 mil o advogado Murilo Pina Bluma, presidente do diretório municipal e filho do presidente estadual do Partido Verde, Marcelo Bluma.

A denúncia foi feita através da Sala de Atendimento ao Cidadão do MPF, pela internet.

Gastos

Conforme consta no Portal de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ébner recebeu R$ 201.900,00 do partido - sendo R$ 200 mil do diretório nacional -, R$ 3.650,00 em Recursos Estimáveis e R$ 1.750,00 oriundos de doação de Pessoas Físicas.

Destes valores, foram gastos R$ 199.975,83 na campanha. A maior parte do investimento (39,25%) foi com despesas com pessoal, que totalizaram R$ 78.500,00.

Na sequência, aparece "Atividades de Militância e Mobilização de Rua", que consumiram 30,18% do orçamento da candidata, totalizando R$ R$ 60.350,00.

Em terceiro lugar, está "Serviços Advocatícios", que custaram R$ 25 mil a Ébner. A maior parte do valor foi direcionado a Murilo Bluma, que foi quem mais recebeu da candidata em toda a campanha.

Presidente estadual do partido
foi alvo de denúncias anteriores

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o candidato a vereador pelo Partido Verde de Dourados, Jeferson José Bezerra, denunciou em setembro deste ano, pouco antes das eleições, o presidente estadual do partido, o ex-vereador Marcelo de Moura Bluma, ao Ministério Público Eleitoral e à Polícia Federal por suposto crime eleitoral.

Ele revelou ao Correio do Estado que Marcelo Bluma teria tentado fraudar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para ficar com a maior parte dos recursos, deixando de repassar aos demais candidatos a vereadores da legenda no Estado com a alegação de falta de dinheiro.

Na denúncia entregue ao Ministério Público Eleitoral e à PF, Jeferson Bezerra entregou uma gravação de 26 minutos feita pela candidata a vereadora pelo PV em Dourados, Dilvania Todescato, a “Dil da Auto Escola”, em que Marcelo Bluma a orienta a solicitar recurso de R$ 70 mil, sendo que ela ficaria com R$ 10 mil e repassaria o restante para ele.

O candidato Jeferson Bezerra afirmou que o PV tem direito a R$ 931 mil do fundo eleitoral, que deveriam ser distribuídos aos 17 homens e 11 mulheres que concorrem aos cargos de vereadores em 11 municípios de Mato Grosso do Sul.

Porém, assim como ele, nada receberam, enquanto Marcelo Bluma recebeu do FEFC do PV R$ 422.200,00. 

“O Marcelo Bluma tinha me garantido que repassaria do FEFC R$ 150 mil para a minha campanha, mas, depois de um tempo, o valor caiu para R$ 70 mil e, logo em seguida, reduziu para R$ 50 mil. Passados uns dias, a esposa dele, que também é a secretária financeira do PV estadual, pediu um requerimento com o valor de R$ 30 mil. Mais um tempo depois, ele avisou que, como eu sou branco, não teria direito a nenhum recurso”, relatou.

Jeferson Bezerra disse que espera providências da Justiça Eleitoral para que não aconteça mais esse tipo de coisa com outros candidatos do PV. 

“Partido político não pode mais ficar fazendo o que quer. Não podemos permitir que façam isso com o dinheiro do FEFEC, que para financiar campanha eleitoral. Estou fazendo a minha campanha em Dourado sem estrutura nenhuma e espero que a Justiça dos homens ou a de Deus possa punir essas pessoas que estão fazendo coisas erradas”, completou.

O que disse Marcelo Bluma à época

Em resposta ao Correio do Estado, Marcelo Bluma disse que ficou sabendo da denúncia feita por Jeferson Bezerra pela imprensa e esclareceu que os recursos do FEFC estão sendo distribuídos pela Executiva nacional do PV em Mato Grosso do Sul e nas demais Unidades da Federação.

“A nacional do partido está utilizando uma estratégica própria para fazer essa distribuição, seguindo a legislação eleitoral que obriga o cumprimento das cotas de gênero e de raça. A Executiva nacional terá de prestar contas desse dinheiro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, declarou, reforçando que o dinheiro não vem para a Executiva estadual distribuir.

O presidente estadual do PV acrescentou que, como a parte do FEFC que cabe ao partido é pequena em relação às demais siglas - algo em torno de R$ 45 milhões -, a Executivo nacional está priorizando os candidatos a prefeitos e vice-prefeitos dos municípios acima de 100 mil eleitores e os candidatos a vereadores nas capitais. 

“Por isso, essa denúncia não é real, pois o recurso do fundo eleitoral não veio para a Executiva estadual. O critério é interno e também considero inadequado, defendendo que fosse distribuído a todos os candidatos do PV. Todos os partidos têm candidatos que receberam muito dinheiro, outros que receberam pouco e aqueles que não receberam nada. A lei não obriga uma distribuição equânime”, reforçou.

Marcelo Bluma concluiu, completando que os candidatos que não receberam recurso têm todo o direito de reclamar. “Mas, agora, fazer denúncias vazias não cabem e não fazem sentido. Porém, é normal que eles fiquem aborrecidos, pois o recurso foi para uns, enquanto outros não receberam nada. A regra eleitoral não é tão boa ao deixar só para a nacional fazer essa distribuição e prestar contas”, finalizou.

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