Política

BRASÍLIA

Programação da posse de Lula será reavaliada após ameaça de atentado

Homem foi preso por suspeita de atentado a bomba em Brasília

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O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que todos os procedimentos relativos à posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão revistos nesta semana, após a ameaça de um atentado a bomba provocado por um militante bolsonarista em Brasília.

"Tudo vai ser revisto, tudo repassado, passo a passo, para fortalecer a segurança do presidente e da posse. Estamos diante de um fato novo muito grave, envolvendo um homem com fuzis e bombas, que afirma não ter agido sozinho", disse ao Painel.

Não estão descartadas mudanças nos horários dos eventos, no trajeto de Lula na Esplanada e na programação, que envolve diversos shows.

"Estamos em outro patamar, de terrorismo".

O futuro ministro afirma que uma linha de investigação é saber se houve financiamento para que o autor do quase-atentado, George Washington de Oliveira Sousa, adquirisse o arsenal apreendido.

"Ele diz que é gerente de posto e investiu R$ 160 mil em armas. Quem pagou essa conta?".

PREFEITURA DE CAMPO GRANDE

Vereador derrotado nas urnas e fora do alto escalão consegue "cargo alto"

Fora da política campo-grandense e do secretariado, o que sobrou para eles foram cargos comissionados especiais, especificados como "DCA-1", com salários de até R$ 15 mil

15/01/2025 09h45

Tiago Vargas, ex-vereador e ex-policial civil

Tiago Vargas, ex-vereador e ex-policial civil DIVULGAÇÃO

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Vereadores, derrotados nas eleições 2024 e fora do alto escalão do secretariado municipal, foram nomeados para exercer grandes cargos comissionados de assessoria na Prefeitura Municipal de Campo Grande, para o mandato 2025-2028.

Fora da política campo-grandense e do secretariado, o que sobrou para eles foram cargos comissionados especiais, especificados como “DCA-1”. Nesta categoria, os salários podem alcançar os R$ 15 mil.

Os cargos altos na prefeitura são os de direção, chefia e assessoramento, que são ocupados por servidores em comissão.

Os cargos de comissão são: 

  • Secretário Municipal
  • Secretário Especial
  • Subprefeito
  • Secretário-Adjunto
  • Secretário-Executivo Adjunto
  • Chefe de Gabinete Pessoal do Prefeito
  • Chefe de Gabinete Pessoal do Vice-Prefeito
  • Chefe de Gabinete

É o caso de Tiago Henrique Vargas, mais conhecido como Tiago Vargas, ex-vereador de Campo Grande e ex-policial civil de Mato Grosso do Sul.

Vargas foi vereador de Campo Grande de 2021 a 2024 e Policial Civil de Mato Grosso do Sul de 2014 a 2020. Ele foi expulso da corporação após “peitar” o ex-governador do Estado, Reinaldo Azambuja, xingando-o de "canalha e corrupto".

Tentou a reeleição para vereador em 2024 pelo Partido Progressistas (PP), mas, com 6.202 votos, foi derrotado nas urnas.

Agora, foi nomeado como assessor especial na Secretaria Especial de Articulação Regional. 

Confira o trecho redigido em Diário Oficial:

ADRIANE BARBOSA NOGUEIRA LOPES, Prefeita de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR THIAGO HENRIQUE VARGAS, para exercer o cargo em comissão de Assessor Especial, símbolo DCA-1, na Secretaria Especial de Articulação Regional, em conformidade com a Lei n. 6.774, de 3 de fevereiro de 2022, com efeito a contar de 2 de janeiro de 2025.

A prefeita da Capital, Adriane Lopes, anunciou, na segunda-feira (13), que iria conceder cargos a alguns políticos que perderam nas eleições do ano passado.

“Com certeza. Eles foram grandes parceiros de gestão. Eles têm como prioridade melhorar a qualidade dos serviços para Campo Grande e estarão conosco também nessa caminhada”, disse a prefeita, durante coletiva de imprensa realizada na Câmara Municipal de Campo Grande.

Os vereadores que não conseguiram reeleição são Ayrton Araújo (PT), Betinho (Republicanos), Coronel Vilassanti (União Brasil), Dr. Loester (MDB), Tiago Vargas (PP), Dr. Sandro Benites (PP), Edu Miranda (Avante), Gian Sandim (PSDB), Gilmar da Cruz (PSD), Prof. João Rocha (PP), Marcos Tabosa (PP), Valdir Gomes (PP), William Maksoud (PSDB), Zé da Farmácia (PSDB), mas, até agora, foram nomeados Tiago Vargas, Valdir Gomes e Sandro Benites, todos do Progressistas, partido da prefeita.

Valdir Gomes está no alto escalão da gestão, como secretário de Cultura. Sandro Benites também está no alto escalão, como secretário do Esporte, apesar de ser médico.

LEVANTAMENTO

Deputados de MS gastam metade da verba de gabinete com autopromoção

Enquanto Dagoberto Nogueira lidera em gastos da cota parlamentar, Geraldo Resende é quem mais gastou com divulgação

15/01/2025 08h00

Dagoberto Nogueira (à esquerda) é o que mais gasta com cota palamentar e Geraldo Resende (à direita) é o que mais gasta com divulgação

Dagoberto Nogueira (à esquerda) é o que mais gasta com cota palamentar e Geraldo Resende (à direita) é o que mais gasta com divulgação Foto: Montagem

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Os deputados federais de Mato Grosso do Sul gastaram em 2024, ano das eleições municipais, metade da cota parlamentar em autopromoção. 

É o que indica o levantamento realizado pelo Correio do Estado com o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.

Durante todo o ano passado, os oito representantes sul-mato-grossenses na Casa de Leis, em Brasília (DF), gastaram R$ 3,37 milhões de cota parlamentar. Desse valor, R$ 1,76 milhão foi destinado à autopromoção ou à “divulgação da atividade parlamentar”, como é chamada a rubrica desse tipo de gasto.

O campeão de gastos na cota parlamentar foi o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), que usou R$ 569,5 mil do dinheiro destinado à manutenção do gabinete.

Quando se trata em gastos com divulgação da atividade parlamentar, porém, o líder foi o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que representa a região da Grande Dourados e que usou R$ 286,1 mil da cota disponível em seu gabinete.

O deputado federal de Mato Grosso do Sul que menos usou sua cota parlamentar no ano passado foi Marcos Pollon (PL): foram R$ 392,1 mil utilizados, conforme o Portal da Transparência da Câmara. 

No que diz respeito à divulgação, quem menos gastou com esse tipo de verba foi o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), com R$ 165,7 mil.

Para 2024, as regras da Câmara dos Deputados estabeleceram que cada parlamentar de Mato Grosso do Sul poderia gastar por mês o montante de R$ 46.336,64 com uma das 13 modalidades de ressarcimento da cota parlamentar.

A cota mensal, contudo, é uma média anual, o que não significa que os valores possam ultrapassar essa cota em um único mês.

O deputado federal Beto Pereira (PSDB), candidato derrotado a prefeito de Campo Grande, por exemplo, não gastou com divulgação nos 120 dias anteriores às eleições municipais, conforme determinação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Em dezembro do ano passado, porém, Beto Pereira gastou R$ 85,5 mil com divulgação, a maior parte desse valor (R$ 55,5 mil) na Tavares & Penedro Gráfica e Editora Ltda.

O mesmo fez a deputada federal Camila Jara (PT), a qual também concorreu à Prefeitura de Campo Grande e foi derrotada. A petista não gastou com divulgação da atividade parlamentar entre julho e outubro, entretanto, em novembro, usou R$ 63,9 mil da cota e, no mês seguinte, mais R$ 51 mil.

Há parlamentares que mesmo não tendo se candidatado gastaram bastante com divulgação em novembro. É o caso do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP).

O maior gasto foi com a Gráfica Globo Ltda. (R$ 35 mil). Ovando ainda ajudou a financiar, entre novembro e dezembro, o site de notícias MS Conservador, com R$ 10 mil em cada mês.

O site pertence ao advogado Danilo Assis Azambuja, ex-assessor parlamentar de Rafael Tavares quando ele ainda era deputado estadual pelo PRTB, antes de Tavares ter sido cassado pela Justiça Eleitoral, migrado para o PL e saído candidato a vereador (eleito) por Campo Grande.

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