Política

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Protagonismo de Simone Tebet já racha o MDB estadual

Com apoio da futura ministra, o deputado Marcio Fernandes já colocou o seu nome como candidato à presidência do MDB regional

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A ascensão política em nível nacional da senadora Simone Tebet, que aceitou o convite do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério do Planejamento, já causa racha dentro do MDB em Mato Grosso do Sul, onde a candidatura da parlamentar à Presidência da República não teve nenhum tipo de apoio por parte do partido. 

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem do Correio do Estado, a presidência do diretório estadual da sigla terá disputa entre o atual presidente, deputado estadual eleito Junior Mochi, e o deputado estadual reeleito Marcio Fernandes.

Enquanto o primeiro conta com o apoio do ex-governador André Puccinelli, o segundo tem o aval de Simone Tebet e do marido dela, o deputado estadual licenciado Eduardo Rocha, que é o atual secretário estadual de Governo e, na gestão do governador diplomado Eduardo Riedel (PSDB), será o futuro secretário-chefe da Casa Civil. 

Com eleição para a presidência do diretório estadual do MDB programada para janeiro, os dois grupos devem disputar voto a voto e será um tira-teima sobre quem comandará a legenda em Mato Grosso do Sul nos próximos anos.

As “feridas” surgidas durante as eleições gerais deste ano dentro do MDB do Estado ainda estão abertas, tanto para o grupo ligado à senadora e futura ministra quanto para o grupo capitaneado por André Puccinelli. 

Em entrevista ao Correio do Estado, Eduardo Rocha disse que ainda está filiado ao MDB, mas está afastado e, por isso, pretende conversar com as outras lideranças da sigla para saber se elas consideram importante que ele continue e, caso seja, continuará na legenda.

Apesar de dizer que não guarda mágoa pelo fato de a candidatura da esposa não ter recebido apoio do partido em MS, fez questão de lembrar.

“A Simone não recebeu nenhum apoio do MDB na campanha para presidente da República, mas a eleição passou. A gente entende que era um momento de polarização muito forte e as pessoas ou eram Jair Bolsonaro (PL), ou eram Lula, e não teve respaldo do partido, tocando a campanha dela sozinha”, disse, garantindo que o domicílio eleitoral da futura ministra do Planejamento continua em Campo Grande e não há previsão de mudar, como chegou a ser cogitado.

Já Marcio Fernandes confirmou ao Correio do Estado que vai mesmo disputar a presidência do diretório do MDB em Mato Grosso do Sul.

“Estamos construindo isso com os deputados estaduais do partido e também com o Eduardo Rocha e a Simone Tebet. Eu acredito que temos um caminho a ser construído com parceiros que já tivemos por muitos anos e sempre obtivemos sucesso”, declarou, referindo-se ao PSDB, com quem a legenda caminhou lado a lado na Assembleia Legislativa, governo do Estado, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Ele também prega a oxigenação do MDB e a volta de Simone Tebet e do marido Eduardo Rocha.

“Sobre a possibilidade de assumir o comando do diretório, se esse for o entendimento também das lideranças do MDB, e acredito que seja, eu estarei à disposição para cumprir essa missão”, assegurou. 

No entanto, Junior Mochi garantiu à reportagem do Correio do Estado que ainda é muito cedo para dizer se haverá ou não uma disputa pela presidência do diretório estadual do partido.

“Não temos sequer a data definida para acontecer a eleição e, por isso, é prematuro falarmos sobre isso”, destacou o presidente, completando que Eduardo Rocha está apenas licenciado do MDB, mas ainda é filiado. 

“Portanto, ele é sempre bem-vindo. Jamais as portas da legenda estiveram fechadas para ele”, reforçou. Entretanto, durante a cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos neste ano, o ex-governador André Puccinelli não escondeu a mágoa com dois dos três deputados eleitos pela sigla.

Quando foi questionado sobre o MDB e as articulações políticas, André disse que aguarda para saber quantos lhe gostam e quantos não lhe gostam no partido, deixando claro que os “desafetos” seriam Marcio Fernandes e o deputado estadual reeleito Renato Câmara.

Ele ainda frisou que agora não pode contar nem com os companheiros, referindo-se novamente aos dois deputados estaduais.

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senado

Tereza Cristina é eleita vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores

A CRE é uma das comissões mais antigas do Senado, ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

13/03/2025 19h08

Senadora Tereza Cristina

Senadora Tereza Cristina Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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A senadora Tereza Cristina foi eleita, por aclamação, vic-presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), nesta quinta-feira (13), para o biênio 2025-2026.

A reunião foi conduzida pelo presidente, o senador Nelsinho Trad (PSD), que já está no cargo desde fevereiro.

Tereza Cristina era a única candidata para a vice-presidência e foi eleita por votação simbólica, quando não há contagem formal dos votos favoráveis. 

   

"Estou muito feliz em poder ajudar nesta comissão que é uma das mais importantes desta Casa", disse a senadora, em pronunciamento após sua eleição.

Tereza afirmou ainda que organismos internacionais podem ser peças importantes para frear os impactos na mudança das relações comerciais internacionais, como as novas tarifas que os Estados Unidos passaram a cobrar de países estrangeiros.

É o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata das regras do comércio entre as nações e que ela considera hoje “esvaziada”.

“Os países deveriam tentar reerguer e colocar o peso que essa instituição merece nas relações comerciais do mundo”, ressaltou Tereza.

Comissão

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) tem 19 membros titulares e 19 suplentes e é uma das comissões mais antigas do Senado, ao lado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

As duas são as únicas que estão em atividade contínua desde antes da promulgação da Constituição Federal, em 1988.

Além de temas referentes às relações internacionais do Brasil (incluindo escolha de embaixadores e comércio exterior), a CRE também trata de questões relacionadas à defesa nacional e às Forças Armadas.

* Com Agência Senado

Eleições 2026

Bolsonaro lança mulher de 'gordinho' como pré-candidata ao Senado

Gianni Nogueira, vice-prefeita de Dourados e esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), recebeu apoio do ex-presidente em evento do PL Mulher

13/03/2025 17h15

Anúncio ocorreu durante evento do PL Mulher em Dourados

Anúncio ocorreu durante evento do PL Mulher em Dourados Reprodução

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O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou o nome da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, como pré-candidata ao Senado nas eleições de 2026.

O lançamento oficial ocorreu durante evento do PL Mulher, que ocorreu nessa quarta-feira (12) no Hotel Bahamas em Dourados, município a 228 quilômetros de Campo Grande. Gianni Nogueira também é esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como o "gordinho do Bolsonaro".

O anúncio de Jair Bolsonaro ocorreu por meio de uma videochamada, dentro da programação do evento "Mulher Conservadora, Mulher Tranformadora" do Partido Liberal, partido em que Gianni é a presidente em Dourados.

Durante pronunciamento, o ex-presidente relatou que deseja ter muito sucesso em Mato Grosso do Sul.

“E já que só tem mulher aí, o ano que vem tem duas vagas para o Senado. Se vocês concordarem, uma vaga eu fecho agora para uma mulher de Mato Grosso do Sul (risos). Já vi que vocês concordam com isso. Então da minha parte está fechado. Quem sou eu ou o Rodolfo (deputado federal, esposo de Gianni) para não concordar com isso, então vamos em frente, se Deus quiser o nosso partido vai ter muito sucesso em Mato Grosso do Sul", disse.

"Com uma boa bancada de federais. Se não for possível dois, uma senadora para que nós possamos, ao fazer crescer o Senado, buscar ali a a harmonia entre os Poderes”, complementou Bolsonaro.

Após a confirmação, a vice-prefeita de Dourados comemorou a indicação. Durante a fala, Gianni Nogueira enfatizou o papel importante do Senado na política brasileira e criticou o Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Senado desempenha um papel crucial ao garantir o equilíbrio entre os três Poderes, e é urgente que coloquemos um 'freio de arrumação' no Supremo Tribunal Federal. Recebo essa missão com alegria e determinação, pois o que não me falta é força de vontade para lutar por Mato Grosso do Sul e pelo nosso Brasil. Com o apoio de Bolsonaro, anuncio minha pré-candidatura ao Senado pelo Mato Grosso do Sul”, destacou.

“Sempre acreditei na experiência política do nosso Presidente Jair Bolsonaro. Ao longo de sua gestão, pudemos observar as dificuldades enfrentadas por ele, especialmente por não contar com o apoio necessário do Senado para implementar mudanças. Também vimos muitos senadores utilizarem seu nome e, em alguns casos, traírem sua confiança em Brasília. Por isso, em 2026, é essencial a construção de nomes em quem o Presidente confia plenamente, para ocupar uma das vagas no Senado”, afirmou Gianni Nogueira. 

Moraes autoriza presidente do PL a ter contato com Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na última terça-feira (11) o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a manter contato novamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na mesma decisão, o ministro devolveu o passaporte do político.

A decisão de Moraes também revoga outras medidas cautelares determinadas contra o político durante as investigações sobre a trama golpista, como a proibição de sair do país, ter contato com outros investigados e participar de festas e homenagens promovidas pelas Forças Armadas e pela Polícia Militar.

A defesa de Valdemar pediu também ao ministro a revogação das cautelares, de fevereiro do ano passado, resultado da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal. 

Os advogados alegaram que o presidente do partido de Jair Bolsonaro não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No entendimento da defesa, não havia motivos para a manutenção das medidas.

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