Política

DOMÍNIO PÚBLICO

PSDB e PP comandam mais da metade das Câmaras de MS

Somente 23 cidades sul-mato-grossenses não têm as Casas de Leis presididas por vereadores tucanos ou progressistas

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Levantamento realizado pelo Correio do Estado nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul apontou que o PSDB e o PP comandam 56 Câmaras Municipais, sendo 32 dos tucanos e 24 dos progressistas, o que representa quase 70% das Casas de Leis do Estado, ficando de fora apenas 23 delas.

Além disso, PSDB e PP são vice-presidentes de 37 das 79 Câmaras Municipais – 24 dos tucanos e 13 dos progressistas – e ainda ocupam outros cargos nas Mesas Diretoras de 73 Casas de Leis, sendo 44 do PSDB e 33 do PP.

Os números demonstram o total domínio político das duas legendas no Poder Legislativo municipal, assim como acontece no Poder Executivo municipal, em que PSDB e PP têm prefeitos em 60 das 79 cidades do Estado, sendo 43 tucanos e 17 progressistas.

No caso do PSDB, as Câmaras Municipais presididas pelo partido são as de Anastácio, Antônio João, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Aral Moreira, Batayporã, Brasilândia, Camapuã, Campo Grande e Cassilândia.

Além disso, os tucanos ainda comandam as de Corumbá, Dourados, Fátima do Sul, Figueirão, Iguatemi, Inocência, Itaquiraí, Ivinhema, Japorã, Jardim, Jateí, Juti, Maracaju, Miranda, Paraíso das Águas, Ponta Porã, Rio Negro, Rio Verde, Selvíria, Taquarussu, Três Lagoas e Vicentina.

Já o PP está nas presidências das Câmaras Municipais de Alcinópolis, Anaurilândia, Angélica, Bandeirantes, Caarapó, Caracol, Chapadão do Sul, Corguinho, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti e Itaporã.

Os progressistas estão ainda no comando das Casas de Leis de Nioaque, Nova Alvorada do Sul, Paranhos, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas e Sidrolândia.

ANÁLISE

Para o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, o fato de o partido comandar a maioria das Câmaras Municipais do Estado hoje pode ser creditado à eleição também do maior número de prefeitos.

“Uma das nossas estratégias foi fortalecer o PSDB no Legislativo dos municípios. Hoje, estamos presentes nas Câmaras dos 79 municípios. Ou seja, diferentemente de 2020, quando não conseguimos eleger vereadores em todos os municípios, no ano passado, elegemos representantes no Legislativo de todas as cidades”, falou.

Ele também pontuou que, além de ter a presidência na maioria das Câmaras, os tucanos também lideram as Casas de Leis das cinco maiores cidades sul-mato-grossenses, incluindo Campo Grande.

“Isso é muito importante e mostra que conquistamos uma musculatura política”, analisou.

Ainda de acordo com Reinaldo Azambuja, liderar em número de prefeituras e de presidências de Câmaras Municipais vai ajudar nas eleições gerais do próximo ano, quando o governador Eduardo Riedel vai tentar a reeleição, enquanto ele disputará uma das duas cadeiras ao Senado.

“Claro que ajuda, quanto maior a aliança que nós tivermos, mais fácil será fazer o nosso trabalho. Porém, não podemos deixar de destacar que o trabalho prestado, uma boa política pública e municipalista, bons projetos sociais e o desenvolvimento econômico também são essenciais para garantir uma reeleição ou uma vitória nas urnas”, disse. 

No entanto, o ex-governador ressaltou que não adianta nada ter um grande número de prefeitos, se o gestor for mal avaliado.

“Já tivemos eleições no Estado em que o candidato da situação tinha o apoio da maioria dos prefeitos, mas, como eles faziam uma péssima gestão, perdeu a eleição. Em 2022, o Riedel recebeu o apoio de 73 prefeitos, mas, como a gente tinha feito uma boa política pública e municipalista, levando investimentos para as cidades, os gestores estavam bem avaliados e isso ajudou ele ser eleito”, comparou.

Líder do PP no Senado e presidente estadual do partido, a senadora Tereza Cristina credita a força política da legenda em Mato Grosso do Sul à boa imagem que a população faz das lideranças da sigla, o que pôde ser visto nas eleições municipais do ano passado.

“O desempenho do PP como partido trouxe muita gente para as nossas fileiras. Além disso, fizemos várias alianças nos municípios com PSDB e MDB, bem como chapas puras, quando o nosso trabalho foi dobrado. Mas, enfim, tudo contribuiu”, declarou.

No entanto, de acordo com Tereza Cristina, nada disso seria possível se o partido não tivesse credibilidade junto à população sul-mato-grossense.

“O PP é um partido de centro-direita e, como Mato Grosso do Sul é conservador, teve essa identificação. Portanto, podemos creditar o nosso fortalecimento a esse conjunto de fatores”, finalizou.

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ex-senador

Moka assume o Escritório de Representações do Governo de MS em Brasília

O termo de posse foi assinado em solenidade realizada na sala de reuniões da Governadoria nesta sexta-feira (7)

07/02/2025 18h00

Moka assume o Escritório de Representações do Governo de MS

Moka assume o Escritório de Representações do Governo de MS Governo de MS

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O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel formalizou nesta sexta-feira (7) a posse do ex-senador Waldemir Moka como novo secretário-executivo do Escritório de Representações do Governo de MS em Brasília.

O termo de posse foi assinado em solenidade realizada na sala de reuniões da Governadoria, com a presença de autoridades como o chefe da Casa Civil, Eduardo Rocha, o ex-governador André Puccinelli, e os deputados estaduais Junior Mochi e Renato Câmara, além de prefeitos e vereadores.

Vinculado à Casa Civil, o ex-senador terá a missão de representar os interesses do Estado na capital federal. Ao anunciar a nomeação, o governador Riedel destacou a importância de estreitar a relação do Estado com Brasília.

“Foi uma decisão madura, pensando no futuro de Mato Grosso do Sul. Precisamos de uma representação forte e o Moka tem uma história de trabalho que vai continuar defendendo os interesses do nosso Estado”, afirmou.

Riedel ainda ressaltou a trajetória de Moka, ao destacar seu compromisso com a política voltada ao coletivo e seu histórico de ações em favor do Estado.

“O Moka sempre teve como propósito melhorar a vida das pessoas em Mato Grosso do Sul. Ele agora vai nos ajudar em Brasília, resgatando a boa política para o nosso Estado. Tenho uma relação de admiração por ele e fico muito feliz que faça parte da nossa gestão”.

Em seu discurso, Moka agradeceu a confiança do governador e afirmou que seu compromisso será honrar o convite.

“Acredito que posso ser útil em Brasília, pois grande parte da minha carreira política foi lá. Estabelecerei um contato estreito com o Governo Federal para continuar ajudando o Estado, junto ao governador e aos secretários. Quero merecer e honrar essa oportunidade”.

Waldemir Moka, é natural de Bela Vista e formado em medicina em 1976, logo depois já iniciou sua trajetória política no MDB. Foi vereador em Campo Grande entre 1982 e 1986, deputado estadual por três mandatos, deputado federal por mais três legislaturas e, por último, atuou como senador de 2011 a 2019.

DANÇA DAS CADEIRAS

CCJ da Assembleia Legislativa ainda tem três vagas, disputadas por seis deputados

A comissão mais importante da Casa de Leis já tem confirmados os nomes dos parlamentares Caravina (PSDB) e Paulo Duarte (PSB)

07/02/2025 08h00

Lucas de Lima, Neno Razuk, Pedrossian Neto e Antonio Vaz estão de olho em três vagas na CCJ

Lucas de Lima, Neno Razuk, Pedrossian Neto e Antonio Vaz estão de olho em três vagas na CCJ Foto: Luciana Nassar/Alems

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Com prazo estipulado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), para definir até a próxima semana os nomes dos cinco parlamentares que vão compor a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) pelos próximos dois anos, ainda há uma pendência para o preenchimento de três vagas.

O Correio do Estado apurou que já estão definidos na comissão os deputados estaduais Pedro Caravina (PSDB), que deverá ficar com a presidência da comissão no lugar da deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que não continuará mais na CCJ, e Paulo Duarte (PSB), que substituirá a deputada tucana.

Uma das três vagas pertence à bancada do PL, que terá de escolher o representante entre os deputados estaduais Neno Razuk, Lucas de Lima e João Henrique Catan, que já comunicaram o interesse ao líder, deputado estadual Coronel David, que pretende definir o nome do escolhido até terça-feira.

Já as duas vagas restantes na CCJ estão entre os deputados estaduais Junior Mochi (MDB), Pedrossian Neto (PSD) e Antonio Vaz (Republicanos). Há um leve favoritismo para os dois primeiros, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado acerca da mobilização da formação final da comissão permanente.

REPERCUSSÃO

A reportagem procurou o deputado estadual Neno Razuk para saber a opinião dele sobre a vaga do PL na CCJ.

“Isso é uma decisão a ser tomada pela bancada, e estamos conversando a respeito. O nosso líder, Coronel David, está coordenando a composição das comissões em conjunto”, declarou.

Já o deputado estadual Junior Mochi disse que é favorável a uma renovação nas composições das comissões permanentes.

“Porém, se não for possível, eu gostaria de continuar como um dos integrantes da CCJ. Não tenho o menor problema de permanecer”, disse.

O deputado estadual Antonio Vaz informou ao Correio do Estado que ele e os outros dois colegas – Junior Mochi e Pedrossian Neto – ainda estão decidindo quem vai deixar a comissão.

“Tenho interesse em permanecer na CCJ, mas, se precisar abrir mão, não vejo problema nenhum nisso”, argumentou.

A COMISSÃO

A CCJ é regulamentada pela Resolução nº 65/2008, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, e tem como objetivo analisar os aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de proposições, emendas ou substitutivos sujeitos à apreciação da Casa de Leis para efeito de tramitação, observadas as exceções previstas no regimento interno. 

A comissão também analisa propostas de emendas à Constituição Estadual, assunto de natureza jurídica ou constitucional que lhe seja submetido, em consulta, pelo presidente da Assembleia Legislativa, por outra comissão ou em razão de recurso previsto. Além disso, cuida da organização do Estado e do exercício dos Poderes, da organização e da divisão judiciárias e da intervenção federal.

Outra função é lidar com intervenção nos municípios, pedido de licença do governador, licença para incorporação de deputado estadual às Forças Armadas, direitos e deveres do mandato e perda de mandato do governador, do vice-governador ou de deputado ou deputada estadual.

Ainda cabe à CCJ a avaliação de matérias ligadas à concessão de título honorífico ou atribuição de nome a propriedades estaduais, declaração de utilidade pública, transferência temporária da sede do Poder e, também, a redação da votação encerrada em plenário e redação final das proposições em geral.

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