Política

CONJECTURAS ELEITORAIS

Puccinelli não garante palanque a Simone Tebet na chapa do MDB local

Emedebistas dizem que muita coisa pode mudar até a convenção que deve oficializar senadora como candidata à Presidência

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Reunião promovida pelo MDB sul-mato-grossense não colocou em pauta a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à Presidência da República. 

Aliás, conforme falas dos próprios correligionários, a emedebista nem sequer pode, de fato, ser o nome que dará rosto à terceira via na corrida pelo comando do País.  

Sendo assim, o foco está na pré-candidatura de André Puccinelli (MDB) ao governo do Estado, inclusive com palanque aberto a quem quiser subir nele.

“Tem de esperar definir os quadros, depois de definir os quadros, o partido tendo seu candidato, ele vai ser apresentado, mas dando liberdade pela democracia”, disse o ex-governador, que teve Simone ao seu lado como vice-governadora em um de seus mandatos.  

“Por exemplo, se você vota no Lula, eu vou te matar para que não vote no Lula? Não. Democracia é isso. Vamos sugerir [o nome da Simone], mas não impor”, completou.

Questionado sobre as falas do ex-ministro Carlos Marun (MDB), que prometeu palanque exclusivo à senadora em Mato Grosso do Sul, Puccinelli foi direto: “O Marun fala pelo Marun, eu falo por mim e o partido fala por todos”.  

O presidente regional do MDB-MS, ex-deputado estadual e novamente pré-candidato à Assembleia Legislativa, Junior Mochi, seguiu a mesma linha sobre ofertar apoio a Simone no Estado.

Para ele, é necessário aguardar a definição do quadro nacional antes de fazer qualquer plano neste sentido.

“Tem muita coisa ainda até as convenções que pode ser alterada e mudada, então, assim, nós somos do MDB e, obviamente, por uma questão de que partido é uma instituição federal, se o partido tem candidatura e se confirmar a candidatura própria nas convenções, nós não temos como negar [apoio]. Entretanto, é muito clara a posição do André de que ele precisa pensar em Mato Grosso do Sul, assim como aconteceu no passado”, disse.

Mochi ressaltou a “boa relação” que Puccinelli, enquanto prefeito de Campo Grande e governador do Estado, manteve com os ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) durante seus respectivos mandatos.  

“Então, o que importa para mim é a gente conseguir estabelecer um programa que a gente dê conta de cumprir, e para isso precisamos de parceria. Nós não vamos radicalizar processo eleitoral a nível presidencial que nos prejudique depois na execução das políticas de mandato” finalizou.  

Para o ex-senador Waldemir Moka (MDB), que deve disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nesta eleição, o palanque sul-mato-grossense é de Puccinelli e de quem quiser subir para apoiá-lo, portanto, sem exclusividade, até porque, conforme Moka, entre os emedebistas há os que defendem outros nomes à Presidência da República.

“O palanque nosso aqui é o palanque do André Puccinelli e de quem quiser subir no palanque dele, é claro que o MDB tem na candidatura da Simone a candidatura do partido, mas isso não significa que esse palanque será exclusivo, porque nós temos entre os companheiros gente que defende uma candidatura e gente que defende outra, e o André está muito tranquilo em relação a isso”.  

O evento emedebista ocorreu na manhã desta quarta-feira e teve como finalidade alinhar discurso do partido com assessoria jurídica, para que os pré-candidatos não cometam deslizes durante a campanha eleitoral.  

A convenção que deve oficializar a candidatura de Puccinelli está marcada para 5 de agosto e só na ocasião será revelado o nome de quem ocupará o lugar de vice na chapa.

TERCEIRA VIA

Para ser pré-candidata à Presidência, Simone Tebet pleiteou apoio do PSDB nacional. Os tucanos colocaram algumas condições, uma delas era que o MDB abrisse mão de candidaturas ao governo em três estados, entre eles, Mato Grosso do Sul.  

Puccinelli apresentou resistência e, por fim, a exigência caiu. O episódio, no entanto, desgastou ainda mais a relação da senadora com a executiva estadual, principalmente com o ex-governador.

PASSADO

A relação sempre foi amistosa entre ambos, porém, a amizade ficou estremecida quando a senadora não quis assumir candidatura ao governo em 2018. Ela substituiria o ex-companheiro de governo, que foi preso às vésperas da campanha eleitoral.  

A dupla chegou a conversar na prisão, mas, alegando pressão familiar, Tebet recuou. Mochi assumiu a responsabilidade e encarou a eleição, mas não obteve sucesso.

Política

Governo começa a alinhar prioridades para 2025

Eduardo Riedel se reuniu com secretários para avaliar projetos e elaborar estratégias para o ano que vem

21/11/2024 12h52

Álvaro Rezende/Governo do Estado

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O governador do Estado, Eduardo Riedel, já começou a se reunir com secretários estaduais para avaliar projetos em andamento e alinhar as prioridades de cada pasta para 2025.

Um dos temas tratados na última quarta-feira (20) foram as emendas parlamentares federais, que vão contribuir para os investimentos em diferentes setores do Estado.

"Tivemos um dia de reuniões produtivas em grandes áreas do Governo do Estado. São projetos transversais, que complementam o outro em diferentes áreas e políticas públicas. Podemos definir os grandes projetos para 2025", afirmou o governador, ao final das reuniões que ocorreram na quarta-feira (20), no Gabinete do Receptivo.

Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais conseguiu aplicar recursos de emendas de bancada federal em projetos estruturantes e investimentos essenciais, fato ressaltado pelo governador.

"Quando há esta convergência entre Poder Executivo e Legislativo, temos condições de aplicar nos municípios, que é onde as pessoas moram, atendemos melhor o sul-mato-grossense".

O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, participou de todas as reuniões com os demais gestores. Na sua avaliação o Governo do Estado tem uma linha de trabalho voltada para os resultados.

"Importante medirmos e avaliarmos nosso trabalho para garantir que nosso plano de governo esteja sendo cumprido e a população recebendo melhorias em todas as áreas".

Para alinhar os trabalhos e promover um planejamento eficiente, o Governo do Estado também promove os "contratos de gestão" com todas as secretárias, fundações e autarquias, definindo os projetos que serão prioridades de cada pasta ao longo do ano. Durante este processo são avaliadas que ações estão tendo resultados e rota precisa ser corrigida.

"Com foco no plano de governo, a gestão estadual tem como eixos estratégicos a busca por um Estado verde, digital, próspero e inclusivo, que tenha como objetivo não deixar ninguém para trás. Os bons índices de investimentos permitem ainda que o Estado possa atender as demandas dos 79 municípios".

Possível mudança

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, fontes ligadas à reportagem revelaram que, nas próximas semanas, Riedel pode trazer Pedro Caravina (PSDB) para o lugar de Eduardo Rocha, secretário da Casa Civil, que estaria "de malas prontas" para trocar Campo Grande por Brasília (DF), onde assumiria o Escritório de Relações Institucionais e Políticas, cargo que está vago desde a exoneração a pedido do titular Sérgio de Paula.

Caravina que retornaria à administração estadual depois de ter saído a pedido para ajudar na campanha eleitoral vitoriosa de sua esposa, Wanderleia Caravina (PSDB), para a prefeitura de Bataguassu, e de outros candidatos a prefeito, que também tiveram êxito.

Além disso, Riedel ainda acomodaria o suplente de deputado estadual João César Mattogrosso (PSDB) novamente na Assembleia Legislativa, na vaga de Pedro Caravina, pois atualmente ele é diretor-geral adjunto do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

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INTERIOR

Mulheres fracassam nas urnas e põem em risco vereadores vitoriosos do PP

Com dois parlamentares eleitos em Rio Negro, três candidatas do Partido Progressista somadas tiveram apenas 42 votos e sigla entra na mira do Ministério Público

21/11/2024 12h21

Declaradas pardas e donas de casa, Evaleria, Val e Marcela tiveram, respectivamente: 6, 11 e 25 votos.

Declaradas pardas e donas de casa, Evaleria, Val e Marcela tiveram, respectivamente: 6, 11 e 25 votos. Reprodução

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Através de Diário Oficial, o Ministério Público instaurou o chamado procedimento preparatório para apurar possível fraude na cota de gênero para candidaturas femininas, já que distante cerca de 152 km de Campo Grande as candidatas mulheres do Partido Progressista (PP) fracassaram nas urnas e põe em risco, agora, os vereadores eleitos. 

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em Rio Negro, a eleição municipal ordinária deste ano levou 3.433 eleitores às urnas, sendo 3.353 votos válidos, dos quais 3.265 foram nominais e 88 para legenda. 

Vale lembrar que, os seguintes vereadores foram eleitos no município este ano: 

  • (PSD) Neuza Santos 
  • (PSDB) Betinho Barros 
  • (PSDB) Evaldo Paes 
  • (PSD) Pião
  • (PSD) Valdir Fischer
  • (PSDB) Nair Oliveira 
  • (PSDB) Anderson 
  • (PP) Helio Rezende 
  • (PP) Ticão 

Justamente esses dois últimos citados, Helio Rezende e Tição, que receberam 208 e 84 votos respectivamente, estão com seus cargos no legislativo de Rio Negro a partir de 2025 ameaçados.

Entenda

Como bem aponta em procedimento preparatório eleitoral (PPE) a Promotora de Justiça Eleitoral, Isabelle Albuquerque dos Santos Rizzo, os partidos precisam obedecer ao percentual mínimo de 30% (trinta por cento) de candidaturas femininas, nos termos do art.
10, § 3º, da lei n. 9.504/97. 

Sendo que, para que seja identificada a dita fraude à cota de gênero, é necessária a presença de um alguns elementos não cumulativos "quando os fatos e as circunstâncias do caso concreto assim permitirem concluir": 

  1. Votação zerada ou inexpressiva; 
  2. Prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; e 
  3. Ausência de atos efetivos de campanhas, divulgação ou promoção da candidatura de terceiros.

Levando isso em conta, é apontada em seguida a dita "quantidade inexpressiva de votos" que as candidatas do Partido Progressista em Rio Negro Alcançaram, que somam a intenção de apenas 42 eleitores totais. 

As candidatas citadas seriam: Marcela Souza, Val do São Francisco e Evaleria, que nas eleições ordinárias desse ano registraram 25; 11 e seis votos, respectivamente, todas as três candidatas declaradas pardas e donas de casa. 

Consequências

Foi solicitado, em PPE, a juntada de cópias do processo demonstrativo de regularidade de atos partidários; Registro de Candidatura individual e prestação de contas de cada uma das candidatas, para apurar melhor a situação. 

Isso porque, caso seja reconhecido o ilícito há três consequências principais que podem se estender à todo o partido e alterar o corpo de vereadores de Rio Negro para 2025. 

Dos três pontos, a primeira consequência é a cassação do Drap da legenda e dos diplomas dos candidatos a ele vinculados, independentemente de prova de participação, ciência ou anuência de cada um. 

Além disso, se constatado ilícito, acarretará na inelegibilidade daqueles que praticaram ou anuíram com a conduta, nas hipóteses de ação de investigação judicial eleitoral (AIJE); bem como anulação dos votos conquistados pelo partido, com recontagem dos quocientes eleitoral e partidário.

Cabe apontar que o Partido Progressista foi procurado para se manifestar a respeito, sendo que esse espaço segue aberto para posicionamento. 

 

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