Política

ELEIÇÕES 2022

Rede Social condena não participação de Contar no debate Correio do Estado e CBN

É o terceiro debate ao qual o candidato não comparece para debater propostas

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O não comparecimento do Capitão Contar (PRTB) ao debate entre candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, promovido pelo Correio do Estado e Grupo RCN de Comunicação, não foi visto com bons olhos pelos eleitores.

Nas redes sociais, leitores condenaram a terceira falta de Contar as sabatinas realizadas para discussão de propostas entre os postulantes ao cargo.

O debate foi transmitido ao vivo pelo Youtube do Correio do Estado, além da transmissão na rádio CBN.

Sem a presença de Contar, Eduardo Riedel, candidato do PSDB, foi entrevistado pelos jornalistas e convidados, conforme previa regulamento acordado previamente com os concorrentes ao governo.

Dos mais de 100 comentários na postagem, a grande maioria dos leitores criticou a postura de Contar em fugir do debate.

Marcell Bazan disse que o capitão "já pode pedir música", em referência a esta ser a terceira sabatina do segundo turno a qual não comparece.

"Contar já pode pedir música no Fantástico. Terceiro debate que o mesmo corre para não discutir projetos (que no caso, não tem) para o Estado de Mato Grosso do Sul", comentou.

Sérgio Luiz Gonçalves também ressaltou a falta de Contar em vários debates.

"Fico indignado com o outro candidato [Contar] porque já é a terceira vez que falta aos debates. Acho uma covardia e um desrespeito ao eleitor", diz na publicação.

Ricardo Manoel afirmou que o debate é importante para esclarecer as propostas à sociedade.

"Todo candidato que foge de debate, seja para governador, presidente ou prefeito é uma prova de seu despreparo e falta de ideias para debater com seu adversário. Eu acredito na inteligência do eleitor vendo a covardia de seu candidato fugindo de um debate para esclarecer ao povo suas ideias", postou.

Debate

Com a falta do capitão, o candidato Eduardo Riedel foi entrevistado, conforme previa o regulamento do debate.

Ambos os candidatos, que disputam o segundo turno, foram convidados formalmente para a discussão.

Assim como fez em outras ocasiões a qual também não compareceu, a equipe de Contar avisou, por e-mail, que ele não iria comparecer ao debate.

Eduardo Riedel classificou como "lamentável" o não comparecimento de Contar para debater propostas junto à população.

"Ao ter um candidato que não participa, tira a capacidade do eleitor de comparar [as propostas], mas a não vinda dele já diz muito, já é uma grande comparação, porque ele não teria nada para dizer em relação aos temas e as perguntas colocadas", disse Riedel.

"Vale lembrar que ele passou o primeiro turno inteiro reclamando que não tinha espaço para falar, agora com todo espaço do mundo, ele não usa, porque não tem o que dizer", concluiu.

Conforme previsto em regulamento acordado pela equipe de ambos os candidatos, com a falta de Contar, Riedel foi sabatinado e teve oportunidade de responder a questionamentos de jornalistas e representantes de associções e diversos setores.

O debate foi conduzido pela jornalista Lígia Sabka, representando o grupo RCN de comunicação, e Laureane Schimidt, pelo Correio do Estado.

Política

Soberania do país tem que ser resguardada, diz Lula sobre Meta

Presidente criticou mudanças em regras de moderação de redes sociais

09/01/2025 22h00

Presidente Lula

Presidente Lula José Cruz / Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (9) que fará uma reunião para discutir as novas regras anunciadas pela multinacional Meta, empresa de tecnologia que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, para o funcionamento dessas redes sociais.Presidente LulaPresidente Lula

"O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação", afirmou Lula no Palácio do Planalto, enquanto visitava a galeria de ex-presidentes, que fica no térreo do prédio, e foi reinaugurada há poucos meses.

Na última terça-feira (7), o dono da Meta, o bilionário norte-americano Mark Zuckerberg, anunciou as novas diretrizes de moderação de conteúdo das redes sociais e ressaltou que vai se aliar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para pressionar países que buscam regular o ambiente digital. Entre as alterações, estão o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes, o fim de restrições para assuntos como migração e gênero, e a promoção de "conteúdo cívico", entendido como informações com teor político-ideológico.

"Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha mesma responsabilidade de um cara que cometa um crime na imprensa escrita. É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e pudesse não ser punido porque ele faz a mesma coisa na digital", comentou Lula sobre o impacto das mudanças.

Até o momento, a nova política de moderação da Meta vale para os EUA, mas deverá se estender para outros países.

Antes do comentário do presidente, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, já havia criticado as novas regras, que na sua avaliação causarão prejuízo à democracia.

Na mesma linha, o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, afirmou que a decisão da Meta sinaliza de forma explícita que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital, em uma antecipação de ações que serão tomadas pelo governo de Donald Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro.

Ainda na quarta-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a Corte “não vai permitir que as big techs, as redes sociais, continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou ainda somente visando lucro, instrumentalizadas para ampliar discursos de ódio, nazismo, fascismo, misoginia, homofobia e discursos antidemocráticos”. 

*Com informações de Agência Brasil

Pente-fino

CGU indica falta de transparência em obra com emenda PIX em Dourados

Reforma da Colônia Paraguaia custa R$ 1,8 milhão; dinheiro de emenda PIX foi enviado ao governo e depois à entidade

09/01/2025 18h45

Colônia Paraguaia de Dourados está em obra e deve ser concluída em maio

Colônia Paraguaia de Dourados está em obra e deve ser concluída em maio Divulgação

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Como parte do “pente-fino” determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Controladoria-Geral da União (CGU) investigasse a destinação dos recursos das emendas parlamentares por transferência especial, também conhecidas como “emendas PIX”, o órgão federal realizou uma análise na execução das obras da Colônia Paraguaia de Dourados, localizada a 230 quilômetros de Campo Grande.

Embora a CGU não tenha identificado desvios de recursos públicos na execução da obra, constatou irregularidades legais no repasse dos R$ 1,85 milhão.

Segundo o órgão, o valor foi destinado sem a realização de um chamamento público que permitisse a participação de outras organizações interessadas no projeto.

Além disso, a CGU apontou a falta de prestação de contas adequada e transparente sobre o uso do dinheiro público. A Associação da Colônia Paraguaia de Dourados não possui página oficial na internet, restringindo as informações sobre a reforma a postagens em sua página no Facebook.

“Ainda assim, divulgaram-se apenas fotos da execução da obra, sem detalhar a origem dos recursos recebidos, valores gastos, prazos de execução, cronogramas, etc.”, ressaltou a CGU.

O relatório do órgão federal é categórico ao criticar a falta de transparência.

“Portanto, com efeito, inexiste transparência adequada na divulgação dos recursos recebidos por parte da Associação da Colônia Paraguaia de Dourados/MS”, afirmaram os fiscais.

A verba destinada à reforma tem origem em uma emenda PIX indicada pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul.

Após o dinheiro ser transferido ao caixa do governo estadual, foi repassado diretamente à Colônia Paraguaia por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

Em novembro de 2023, a reforma foi anunciada com grande destaque pelo deputado Geraldo Resende, pelo ex-prefeito Alan Guedes (PP) e pelo governador Eduardo Riedel.

Monitoramento

Apesar da ausência de transparência por parte da Colônia Paraguaia, que recebeu os recursos, o monitoramento da obra está sendo realizado, conforme a CGU, pela Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul).

Embora a contratação da obra tenha sido feita diretamente pela Colônia Paraguaia, a CGU não encontrou indícios de irregularidades na aplicação dos recursos.

A execução está a cargo da empresa Planew Engenharia, que apresentou a melhor proposta em um processo que contou com a participação de outras duas empresas. 

“O contrato foi assinado em 9 de julho de 2024, no valor de R$ 1.825.089,37. No que diz respeito a este contrato, não foram identificados elementos evidentes que indicassem direcionamento da contratação”, detalhou a CGU.
 

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