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eleições 2024

Rose solicita substituição na Sudeco e agora a pré-candidatura é irreversível

A ex-deputada federal será substituída pela diretora de administração da superintendência, Luciana de Sousa Barros

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Pré-candidata à prefeita de Campo Grande pelo União Brasil, a ex-deputada federal Rose Modesto ingressou com o pedido de substituição no comando da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e o cargo será ocupado pela atual diretora de administração da superintendência, Luciana de Sousa Barros.

A informação foi repassada ontem ao Correio do Estado por Rose Modesto, reforçando que sua pré-candidatura é irreversível. “Não tem mais a possibilidade de não sair candidata à prefeita. A minha pré-candidatura está posta e a minha saída da Sudeco é definida”, afirmou.

Ela explicou à reportagem que não é uma exoneração, mas um pedido de troca de comando. “Estamos pedindo substituição de nomes e já está em trâmite, aguardando o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assinar os formulários para colocar a consulta do nome da Luciana Barros”, revelou.

Rose Modesto explicou que não se trata de uma exoneração, para não correr risco de demiti-la e o cargo ficar vago. “O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional pediu para encaminhar dessa forma”, explicou.

“É o trâmite mesmo, muito burocrático, porque não é só a minha saída, mas também a nomeação da nova superintendente. Por isso, tem de passar por consulta do ministro Waldez Góes e também do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa”, argumentou.

A atual titular da Sudeco repassou ao Correio do Estado uma cópia do e-mail do responsável pelo trâmite no Ministério da Integração Regional, solicitando a documentação à atual diretora de administração, Luciana Barros.

No e-mail, Sidney de Almeida Alves explica que, “tendo em vista a sua indicação para o cargo de superintendente, CCE 1.17, da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, segue formulários para preenchimento e assinatura”.

Ainda no e-mail, o técnico do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional chega a pedir currículo atualizado, cópia do RG ou CNH e documentação comprobatória referente à experiência profissional de Luciana, bem como os cargos em comissão ou funções comissionadas já ocupadas por ela.

ESPECULAÇÕES

A demora na saída da pré-candidata à prefeita da Capital do comando da Sudeco fez aumentar as incertezas relacionadas com o pleito do dia 6 de outubro, pois, para os articulistas políticos, o atraso dela em deixar o cargo federal poderia significar um recuo ou até mesmo uma negociação partidária.

Segundo apurou o Correio do Estado, na pior das hipóteses, esses articulistas já estariam trabalhando com a desistência da ex-deputada federal de disputar as eleições deste ano para garantir a permanência no cargo federal, algo que já foi negado por ela em outras oportunidades, pois, após o pleito, estaria certo seu retorno na eventualidade de não vencer a disputa.

Enquanto, no melhor dos cenários, conforme os articulistas, Rose estaria negociando ser vice de alguma pré-candidatura mais forte, suposição também questionável, pois a ex-parlamentar federal aparece como líder ou, no máximo, segunda colocada em todas as pesquisas de intenções de votos. Portanto, não teria sentido tal atitude.

Agora, com a oficialização da saída de Rose Modesto do comando da Sudeco, as atenções ficam voltadas para o ex-governador André Puccinelli (MDB), que também é pré-candidato a prefeito da Capital. Há uma grande possibilidade de ele abrir mão da disputa por falta de recursos financeiros.

Caso isso realmente ocorra, a ex-deputada federal já deixou bem claro que espera contar com o apoio dele a sua pré-candidatura. “Na verdade, eu tenho sempre um bom diálogo com toda a classe política, e com o André não é diferente”, disse em entrevista à Rádio CBN Campo Grande e ao Correio do Estado.

“E, em uma das reuniões que a gente teve, ele falou, ainda decidindo se seria ou não pré-candidato, que, quem estivesse melhor nas pesquisas, teria o apoio do outro. E aí é preciso entender o que é estar melhor, pois nem sempre quando você está com três, quatro, cinco ou seis pontos percentuais na frente, representa estar melhor”, detalhou.

Rose completou que pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil mostraram que a rejeição dela era pequena, ou seja, que teria poder de crescimento nas intenções de votos.

“A capacidade de pessoas que podem votar em mim é maior do que o porcentual de pessoas que poderiam votar no André. Então, na minha avaliação pessoal e técnica, acredito que estou melhor e, por isso, vou buscar o apoio dele”, garantiu.

ELEIÇÕES 2026

André vai concorrer a deputado estadual e desagrada aos 3 atuais parlamentares

O ex-governador também estaria "assediando" os servidores dos gabinetes dos colegas de legenda na Assembleia Legislativa

25/01/2025 08h00

O ex-governador André Puccinelli admitiu que deve sair candidato a deputado estadual pelo MDB

O ex-governador André Puccinelli admitiu que deve sair candidato a deputado estadual pelo MDB Foto: Arquivo

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Depois de ter anunciado oficialmente, em junho do ano passado, sua desistência da pré-candidatura a prefeito de Campo Grande nas eleições municipais, o ex-governador André Puccinelli (MDB), no início deste ano, teria comunicado aos demais integrantes do diretório estadual do partido a pretensão de sair candidato a deputado estadual no pleito de 2026.

O Correio do Estado apurou que a decisão de André Puccinelli não teria sido muito bem-aceita pelos atuais três deputados estaduais da legenda – Junior Mochi, Renato Câmara e Marcio Fernandes –, que devem tentar a reeleição e temem que a entrada no páreo do experiente político, que poderá ser um dos mais votados, deixará um ou até dois deles de fora da recondução ao cargo eletivo.

Além disso, conforme informações repassadas à reportagem, ele já estaria “canibalizando” servidores comissionados dos parlamentares do MDB na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) para montar a equipe que participará da campanha eleitoral em 2026, o que teria acirrado ainda mais os ânimos entre os envolvidos.

O temor dos três deputados estaduais emedebistas tem razão de ser, afinal, de acordo com cientistas políticos consultados pelo Correio do Estado, o desempenho do partido nas eleições para a Assembleia Legislativa vem caindo pleito após pleito, portanto, não seria impossível a sigla fazer no máximo duas cadeiras para a Casa de Leis no próximo ano.

REPERCUSSÃO

A partir dessas informações, a reportagem procurou o ex-governador André Puccinelli para ouvir sua opinião a respeito, e o experiente político afirmou que não é impossível que saia candidato a deputado estadual pelo MDB nas eleições gerais de 2026.

“Qual seria o problema se eu fosse realmente candidato a deputado estadual? Creio que eu puxaria mais um”, declarou Puccinelli, projetando que seria um dos campeões de votos do MDB e, dessa forma, o partido faria mais de um parlamentar dos que já elegeria caso ele não participasse do pleito.

Sobre as demais informações, ele disse que não procedem.

“Não creio nessa hipótese de que os nossos três deputados estaduais não me querem como candidato”, argumentou, analisando que sua participação nas eleições gerais do próximo ano fortaleceria ainda mais o MDB.

CONCORRENTES

O deputado estadual Junior Mochi disse ao Correio do Estado que, de sua parte, as informações não procedem de forma nenhuma. 

“Ele [André Puccinelli] me disse que será candidato a deputado estadual. É direito dele, e penso que o André puxa a chapa e tem votos até para atingir o quociente para mais uma vaga”, assegurou, concordando com o argumento apresentado pelo ex-governador. 

Mochi ainda acrescentou que a candidatura de André Puccinelli não enfrentará resistência dentro do MDB.

“Não vejo problemas na eventual candidatura dele. Vamos somar forças”, projetou.

Já o deputado estadual Marcio Fernandes informou à reportagem que não tinha conhecimento dos fatos e preferiu não comentar a possibilidade de enfrentar o colega de partido nas urnas em 2026. 

O deputado estadual Renato Câmara foi procurado pelo Correio do Estado, mas, até o fechamento desta edição, não retornou.

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Política

Governo avalia reduzir tarifa de importação para baratear alimentos

Foco será no estímulo da produção agrícola local, diz Rui Costa

24/01/2025 22h00

Governo avalia reduzir tarifa de importação para baratear alimentos

Governo avalia reduzir tarifa de importação para baratear alimentos WALLISSON BRENO / PR

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta sexta-feira (24), que o governo pode reduzir o Imposto de Importação para baratear o preço de determinados alimentos no mercado brasileiro. Segundo ele, estudos já estão sendo feito para garantir a paridade com os preços internacionais.

“O preço se forma no mercado, o mercado é competitivo. Se nós tornamos mais barato a importação desses produtos, vão ter vários fatores econômicos do mercado importando esses produtos, porque tem uma diferença de preço e, portanto, vão enxergar um lucro a ganhar. Vão importar e ajudar a baixar o preço do produto interno, pelo menos, ao preço internacional”, disse, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lembrou que medida semelhante foi adotada no ano passado para segurar os preços do arroz e garantir o abastecimento após as enchentes no Rio Grande do Sul. O estado responde por 70% da oferta nacional do produto. Na ocasião, a tarifa de importação de arroz foi zerada.

“A gente não quer fazer nenhum tipo de intervenção heterodoxa. Mas, se nós somos exportadores de alimentos, não pode o nosso alimento ser mais caro aqui do que tá lá fora. Então, pontualmente, pode ser, se confirmado, abaixada as alíquotas para que esse produto, no mínimo, ganhe a paridade internacional que é o que rege o mercado”, destacou.

O presidente Lula coordenou reunião, no Palácio do Planalto, para discutir formas de baixar o preço dos alimentos no país. O tema ganhou centralidade no governo essa semana, quando o próprio Lula afirmou, em reunião ministerial, que esta é a prioridade da gestão em 2025.

Produção

Rui Costa reforçou que não haverá a adoção de medidas heterodoxas, como subsídio, supermercado estatal, comercialização de alimentos com prazos, congelamento ou tabelamento de preços, nem fiscalização em mercados.

A principal atuação, segundo ele, será no estímulo da produção agrícola local, com atenção às políticas públicas e recursos já existentes e foco nos alimentos que chegam à mesa da população. Com clima favorável, já há expectativa de safra recorde de grãos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com aumento de 8% a 10% na produção.

Novamente, Fávaro lembrou das iniciativas para aumentar a produção de arroz no país, no ano passado. “Para este ano, a produção de arroz deve ser 12% a 13% maior do que ano passado, portanto os preços de arroz cederam, se não chegaram nos patamares ideais ainda da população brasileira, mas já são bem menores do que foram num passado recente. Então, é um processo natural de estímulo à produção”, disse.

Tickets

Rui Costa disse ainda que o Ministério da Fazenda vai estudar formas de diminuir o custo de intermediação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Ontem (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia comentado a medida, da possibilidade de redução de taxas de vales refeição e alimentação para baratear a comida.

“A essência dessa medida será reduzir, portanto, se possível a zero, se não a uma taxa substantivamente inferior ao que o trabalhador paga hoje para utilizar seu cartão”, afirmou Rui Costa. “Tecnicamente, se fazer esse benefício chegar ao trabalhador sem ele perder 10% do valor alimentação, são 22 milhões de trabalhadores que recebem esse benefício, e evidente, se esse valor fica com o trabalhador, isso vai se transformar em melhoria do poder aquisitivo dele na hora de fazer o supermercado”, acrescentou.

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