Política

CORREIO EXPLICA

Saiba quem é: Adonis Marcos, candidato ao governo de MS

Conheça o perfil pessoal, histórico profissional, repercussões midiáticas e questões jurídicas da vida de cada concorrente ao cargo de governador

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Candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pela Federação  Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)/Rede Sustentabilidade**, Adonis Marcos de Souza (38), paranaense de Cascavel, nasceu em 14 de maio de 1984, é casado, pai de três filhos e formou-se bacharel em direito pela universidade Uniderp Anhanguera de Campo Grande, em 2021.

  • **Em 24 de julho deste ano, o PSOL realizou convenção partidária para definir candidaturas majoritárias e proporcionais. Na ocasião, a sigla também firmou federação partidária com a legenda Rede Sustentabilidade. Nesse modelo político, os partidos se unem no período eleitoral como se fossem apenas um, por ao menos quatro anos seguintes.

Histórico  

Antes de ingressar na carreira política, Adonis traz no histórico profissional o cargo de conciliador, que, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é o papel de quem atua na pacificação de conflitos sociais que envolvam desde relações de consumo a problemas familiares.

Tem origem política nos movimentos sociais, especialmente os ligados à agricultura familiar e os que buscam a reforma agrária, conforme mencionou em entrevista ao Giro Estadual de Notícias, programa matinal da rádio Marabá FM 93,9, do Jornal A Crítica de Campo Grande, no dia 26 de agosto de 2022.  

Disputou eleições como: candidato a deputado estadual (2010), pelo extinto Partido Trabalhista Cristão (PTC) - que desde 2021 passou a se chamar Agir, com validação do Tribunal Superior Eleitoral a partir de março deste ano -, alcançando 305 votos em seu primeiro ano de candidatura; e vereador (2020) pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), com um total de 433 votos, mas não foi eleito, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Questões jurídicas

No que diz respeito ao passado jurídico de Adonis Marcos, a equipe do Correio Verifica realizou pesquisas no Google e no site Jusbrasil, por onde foi possível constatar que o candidato envolveu-se em processos nas comarcas de Mato Grosso do Sul (dois do Tribunal de Justiça de MS) e Paraná.  

Entre processos de natureza cívil ou fiscal, destaca-se uma acusação indevida - datada de 2006 -, que resultou na prisão de Adonis Marcos em 18 de maio de 2007.  

Como explica o atual candidato ao Governo, ele teve a intenção de comprar uma Kombi de uma garagem - para transporte de famílias moradoras de assentamentos no distrito de Guara (município de Guarapuava-PR), grupo que foi acusado de invasão na época.  

Por se tratar de uma área pública, que inclusive continha processos ambientais, na resolução da situação com as famílias, o veículo foi identificado como transporte dos “sem-terra” (como classifica Adonis).  

No intuito de apaziguar a situação de invasão em Guará (inflamada em 24 de setembro), Adonis - que não estava no Distrito -, vai até o local dois meses depois, e se depara com a relação que fizeram ao puxar a placa do veículo.  

Foi constatado com o dono original, que a Kombi havia sido vendida para a garagem, mas não transferida de fato para o nome do atual candidato, o que lhe rendeu uma intimação, da qual só teve ciência quando já estava em Mato Grosso do Sul.

“Contratei um advogado aqui para pedir o processo para ver o que era que eu estava sendo acusado. Quando foi feito o pedido, vamos colocar da intimação, do papel, acho que uns 15 dias depois eu fui preso chegando na minha casa”, explicou o candidato em entrevista à equipe do Correio Verifica.

Adonis teve de responder o processo ainda preso, sendo que precisou escrever a próprio punho um habeas corpus, alegando inclusive excesso de prazo, pois não tinha condenação.  

“Hoje a lei fala que a pessoa tem que ser ouvida 24 horas depois, na época tinha um 84 dias que eu fui ouvido, pelo juiz Cleber Corsato Barboza, que na época, inclusive, escreveu uma carta dizendo ao juiz do processo que acreditava na minha inocência”, argumenta ele.

Repercussões na mídia

Adonis não foi o primeiro nome cotado como candidato oficial da Federação PSOL/REDE, aparecendo em segundo momento, como substituto e alternativa à candidatura de Luhhara Arguelho.  

Professora e pesquisadora na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), ela  foi pré-candidata por menos de dois meses, antes de renunciar ao cenário  no dia 7 de julho, para concorrer pela Federação à vaga de deputada federal e Adonis assumir a disputa ao governo do estado, ao lado de seu vice Ilmo Cândido de Oliveira (51).  

  • Zerar o ICMS

Na mesma mão estratégica das últimas medidas do atual Governo, a mídia local deu atenção às falas do Adonis, sobre suas intenções de reduzir o ICMS do diesel de 12 para 10%, diminuir as taxas do Detran em relação à renovação das CNHs, tanto para as comuns quanto as para o exercício profissional, além de zerar o ICMS sobre o gás de cozinha.

Por que explicamos

O Correio Verifica investiga conteúdos suspeitos sobre eleições em Mato Grosso do Sul que viralizam nas redes sociais. Já o Correio Explica é uma ferramenta utilizada para que os leitores entendam um conteúdo que está viralizando midiaticamente. 

Como estamos a pouco tempo das eleições, apresentaremos o perfil de cada candidato - em sorteio definido por odem alfabética (segundo nome de candidatura dos concorrentes) -, informando aos leitores um pouco da vida pessoal e principalmente a carreira política daqueles que concorrem ao governo do Estado, a fim de desfazer boatos, para que a sociedade tenha direito de votar com base em informações verídicas.

O governo de MS é disputado por sete candidatos, maior número desde a criação do Estado, em 11 de outubro de 1977, ano quando teve o território separado do vizinho Mato Grosso.

Além de Adonis Marcos, do PSOL, em suas publicações a equipe do Correio Verifica traçará também os perfis: do ex-governador André Puccinelli, do MDB; o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD; a deputada federal Rose Modesto, do União Brasil; o deputado estadual capitão Contar, do PRTB; Eduardo Riedel, do PSDB e Giselle Marques, do PT.

Ficha do Candidato:

  • Nome: Adonis Marcos de Souza
  • Vice: Ilmo Cândido de Oliveira
  • Partido: PSOL
  • Idade: 38
  • Data de nascimento: 14/05/1984
  • Ocupação: Empresário
  • Grau de Instrução: Superior Completo
  • Estado Civil: Casado
  • Município de nascimento: Cascavél - PR

 

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ORDEM DOS ADVOGADOS

Eleição da OAB no Estado leva hoje às urnas 12,3 mil advogados aptos a votar

Os candidatos são Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB"), e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos")

22/11/2024 07h53

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS Foto: Montagem

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Das 9h às 17h de hoje, os 12.380 advogados do Estado aptos a votar – que não têm condenação disciplinar e estão em dia com a tesouraria – vão às urnas para eleger o próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027, que na eleição deste ano tem como candidatos Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), que tentará a reeleição, e Lucas Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”).

Ao todo, são 31 subseções em Mato Grosso do Sul. Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais. 

Para votar, os advogados devem levar o Cartão de Identidade Profissional ou um dos seguintes documentos: Carteira de Identidade Nacional (CIN), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Passaporte.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal. 

O advogado que não comparecer ao local de votação fica sujeito à multa, equivalente a 20% do valor da anuidade. Em caso de ausência, ela deve ser justificada, por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do dia útil seguinte à data da eleição – ou seja, até 6 de janeiro de 2025.

Em Campo Grande, a votação será na sede da OAB-MS, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 4.700, Centro, enquanto os locais das 31 subseções podem ser consultados no site da oabms.org.br/eleicao-oab/. Como serão utilizadas urnas eletrônicas, o resultado das eleições está previsto para sair até as 18h de hoje.

EXPECTATIVAS

O atual presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, disse ao Correio do Estado que está otimista para a eleição de hoje.

“Diante de todo o trabalho que nós fizemos ao longo dos três anos, tanto em Campo Grande quanto em todas as 31 subseções, a expectativa é de que tenhamos uma maiúscula vitória”, projetou.

Ele completou ter certeza de que a advocacia sul-mato-grossense saberá reconhecer o trabalho feito por sua gestão.

“Atuamos em todas as frentes, abordando as prerrogativas e os honorários dos advogados, a Escola Nacional da Advocacia [ESA] e a Caixa de Assistência dos Advogados. Enfim, trabalhamos unidos por uma advocacia forte e respeitada”, assegurou, completando que sua principal bandeira é o empreendedorismo na advocacia.

Já o advogado Lucas Rosa revelou ao Correio do Estado que a expectativa é que toda advocacia exerça seu sagrado direito de escolher seus dirigentes.

“Especialmente porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul [TJMS] acolheu um pleito da Associação dos Advogados de Mato Grosso do Sul [AAMS] de suspensão de todos os prazos e de todos os atos judiciais das audiências e dos julgamentos para que todos advogados possam votar presencialmente, como deve ser”, ressaltou.

Em razão disso, ele ressaltou que a expectativa é que a advocacia exerça esse direito ao voto, opine, escolha seus dirigentes e não deixe de votar.

“Não votem nulo, não votem em branco, mas escolha efetivamente a liderança. E no meu caso, especificamente, o nosso desejo é de renovação e de restauração da ordem para que volte a ser o que sempre foi e para que volte a ser o que ela era. Afinal, atualmente, a gente está se afastando do debate público, do dia a dia do advogado, e sem alternância de poder”, criticou.

Saiba

Eleitorado é maior do que em 42 cidades

Os 12.380 advogados aptos a votar na eleição da OAB-MS é maior do que o eleitorado de 42 municípios de Mato Grosso do Sul. Na prática, o número de advogados que podem votar no pleito de hoje é superior ao de 53% dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

OPERAÇÃO

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes "faz tudo o que não diz a lei"

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

21/11/2024 20h00

Foto: Senado

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Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Agência Brasil

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