Política

1ª DISCUSSÃO

Sem resistência popular, deputados aprovam reforma da previdência

Segurança foi reforçada, mas não houve manifestações

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Sem protesto e com segurança reforçada, deputados estaduais aprovaram em primeira votação o texto da Reforma da Previdência estadual. Embora os parlamentares não reconheçam, a proposta tem diferença em relação ao projeto federal (que passou pelo crivo do Congresso em novembro).

A principal é o prazo em que a norma começa a valer quando for sancionada. A nacional entrou em vigor imediatamente e a sul-mato-grossense vai dar 90 dias para quem desejar pedir a aposentadoria nas regras velhas, caso tenha direito.

O texto recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) nessa segunda-feira (9), inclusive com relação às emendas, que são itens adicionados pelos parlamentares, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e até do Ministério Público Estadual ao conteúdo original da proposta.

Ao todo foram apresentadas 26 emendas. Algumas delas pretendiam acrescentar dispositivos semelhantes e foram unidas em um único item, reduzindo a quantidade para 20.

Itens como a proposta do deputado Lídio Lopes (Patriotas) que estendia o teto remuneratório de R$ 37,5 mil para prefeitos e vereadores de Mato Grosso do Sul, foram derrubadas. Também caiu emenda do deputado Onevan de Mattos (PSDB), que limitava o desconto das contribuições previdenciárias até o ganho de R$ 5,8 mil, que é o benefício que a Agência Estadual de Previdência (Ageprev) vai pagar aos servidores que entrarem no serviço público depois que a norma estiver valendo.

A idade mínima para a aposentadoria continua 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, e o tempo mínimo de contribuição para os servidores foi mantido em 25 anos. Há exceções para policiais civis, agentes socioeducativos e agentes penitenciários.

Veja os detalhes do texto:

MAIS PRAZO

Ao contrário da reforma da Previdência aprovada pelo Congresso Nacional, que teve efeito imediato após sua promulgação, a Proposta de Emenda Constitucional que tramita na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul só produzirá efeitos 90 dias após sua promulgação. O pleito estava em emendas dos deputados Coronel David (PSL) e Paulo Corrêa (PSDB), presidente do Legislativo, que atendeu as sugestões dos colegas chefes dos outros poderes. 

EXCLUSIVIDADE

Chefes e integrantes dos principais cargos do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria Pública e Procuradoria Geral do Estado, terão tratamentos com ressalvas. A rigor, as regras de aposentadorias no teto de R$ 5,8 mil (mais a previdência complementar, que é opcional) são válidas para todos os servidores. Estas categorias, porém, ficam vinculadas ao mesmo nível de tratamento que os magistrados terão daqui para frente, o que segundo juristas ouvidos pelo Correio do Estado, poderá abrir brechas para a manutenção de benefícios para seus integrantes. 

DESCENTRALIZAÇÃO

Um ponto da proposta original do governo do Estado que sofreu mudança significativa foi na prerrogativa de conceder aposentadorias e pensões. O governo queria centralizar este poder na Ageprev, porém, os procedimentos preparatórios e a concessão de benefícios serão de responsabilidade dos chefes dos poderes. A emenda aglutinativa da CCJR foi ainda mais além da proposta feita por Paulo Corrêa. A obrigação de consultar a Ageprev para a concessão do benefício foi mantida, mas o parecer da instituição responsável pela gestão dos recursos, terá o caráter apenas “opinativo e não vinculante”.

Na proposta do governo, a Ageprev, que já é a responsável por gerenciar os recursos, também ficaria responsável pela concessão das aposentadorias. 

ACUMULAÇÃO

A emenda aglutinativa ao trecho que considera nula a aposentadoria concedida com contagem recíproca dos regimes próprio e geral de previdência, sem que houvesse contribuição ou indenização em um deles, também foi modificada. Agora, antes de anular uma aposentadoria em que tempo foi contado duplamente, por acumulação de cargos e sem a comprovação da contribuição pelo servidor, será necessário lhe garantir o contraditório ou ampla defesa. 

POLICIAIS

Para os policiais civis o texto estabelece a idade mínima de 55 anos para homens e mulheres. No caso dos policiais já em serviço, desde que atendidos os tempos mínimos de contribuição, a idade mínima cai para 52 anos para mulheres e 53 anos para homens. As mesmas regras são estendidas aos agentes socioeducativos e aos agentes penitenciários (agora policiais penais). 

Política

Moraes inicia novo inquérito sigiloso sobre caso de mensagens; PF intima ex-assessor do TSE

Ministro do STF tomou decisão após reportagens da Folha; defesa de Eduardo Tagliaferro pediu acesso aos autos antes de prestar depoimento.

21/08/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes Divulgação

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), abriu uma investigação para apurar o caso de mensagens entre assessores de seu gabinete e ex-auxiliares do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O novo inquérito foi aberto sob sigilo, após a Folha de S.Paulo revelar que o gabinete do ministro no Supremo ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pelo TSE para embasar decisões do próprio Moraes contra bolsonaristas no inquérito das fake news na corte em 2022.

Como parte da investigação, a Polícia Federal intimou Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE, a depor nesta quinta-feira (22) em São Paulo.

A mulher de Tagliaferro também foi intimada a prestar depoimento.
A Folha ainda não conseguiu informação sobre o motivo da abertura de inquérito e quais crimes são investigados.

Após as primeiras reportagens, na quarta (14), Moraes disse, durante sessão no plenário do STF, que "nenhuma das matérias preocupa meu gabinete, me preocupa, ou a lisura dos procedimentos" e afirmou que tudo estava documentado. O presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e o decano, Gilmar Mendes, também manifestaram apoio ao colega.
O inquérito foi aberto, segundo o site do STF, no dia 19 de agosto, uma segunda-feira.
Nesta quarta (21), o advogado de Tagliaferro, Eduardo Kuntz, enviou um ofício a Moraes no qual diz ter sido surpreendido pela abertura da investigação e pela convocação para o depoimento. A defesa pediu "acesso total e irrestrito aos elementos de informação" que instruem o procedimento, alegando que, caso não tenham, o processo pode ficar prejudicado.

Kuntz também é advogado de ao menos dois ex-assessores de Jair Bolsonaro (PL), alvos da PF em casos sob relatoria de Moraes.

Nesta quarta, reportagem da Folha mostrou um processo sigiloso que revela erros, o uso informal do órgão de combate à desinformação do TSE pelo ministro e contradições nas explicações dadas por ele após as primeiras reportagens sobre o tema.

A Folha teve acesso a mais de 6 gigabytes de diálogos e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles o seu principal assessor no STF, que ocupa até hoje o posto de juiz instrutor (espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e outros integrantes da sua equipe no TSE e no Supremo.

As ordens solicitadas pelo ministro e por seus assessores ao ex-chefe do órgão de desinformação no tribunal eleitoral eram todas dadas de maneira informal.

Os assessores de Moraes, segundo as mensagens, sabiam do risco dessa informalidade. Um deles demonstrou em áudios essa preocupação. "Formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada, digamos assim. Como um juiz instrutor do Supremo manda [um pedido] pra alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato."

A troca de mensagens revela que o órgão de combate à desinformação do TSE foi usado para abastecer o inquérito das fake news e também para outros fins.

Um policial militar lotado no gabinete de Moraes pediu à assessoria que buscasse informações sobre uma pessoa que faria uma obra na casa do ministro. Questões relacionadas à segurança de Moraes estão fora do escopo de atuação da estrutura do órgão.

Em outro momento, Moraes usou o órgão de combate à desinformação para levantar dados e produzir relatórios contra manifestantes que xingaram ministros do Supremo durante um evento privado em Nova York (EUA), como revelou a Folha nesta semana.

Nesta terça-feira (20), o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) arquivou um procedimento movido pelo partido Novo contra os juízes mencionados no caso dos relatórios produzidos no TSE a pedido de Moraes.

A reclamação disciplinar se referia a Airton Vieira e Marco Antônio Martin Vargas, respectivamente, juiz instrutor do gabinete de Moraes e juiz auxiliar da presidência do TSE quando o ministro presidiu o órgão.

 

*Informações da Folhapress 

COP30

Após encontro com Lula, Coldplay fará show gratuito no Brasil

O anúncio oficial do show será realizado pelo governador Helder Barbalho e pelos integrantes da banda durante uma viagem a Nova York

21/08/2024 18h28

Após encontro com Lula, Coldplay fará show gratuito em Belém (PA)

Após encontro com Lula, Coldplay fará show gratuito em Belém (PA) Ricardo Stuckert / Divulgação

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A banda britânica Coldplay está confirmada para a abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025. 

De acordo com o jornal O Liberal, o vocalista Chris Martin teve um encontro recente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, desde o ano passado, o Governo do Estado vem negociando a participação da banda no evento.

O anúncio oficial do show será realizado pelo governador Helder Barbalho e pelos integrantes da banda durante uma viagem a Nova York. O concerto está previsto para ocorrer no Estádio Mangueirão, alguns dias antes do início da COP 30, que será realizada entre 10 e 21 de novembro.

O convite oficial à banda foi estendido pelo presidente Lula em março de 2023, durante um encontro com Chris Martin. O vocalista também se encontrou com o governador Helder Barbalho após a apresentação do Coldplay no Rio de Janeiro.

Se confirmada, a apresentação marcará a primeira vez que um show de uma grande banda internacional abrirá as portas para a COP. O evento, que ocorre anualmente desde o primeiro acordo climático da ONU em 1992, teve a escolha de Belém como sede da COP 30 anunciada por Lula em maio de 2023 e confirmada em dezembro do mesmo ano.

Durante seu encontro com Lula, Chris Martin discutiu questões relacionadas ao meio ambiente e à proteção da Amazônia. Lula fez uma piada ao comentar sobre o presente recebido: "Ganhei um violão e não uma pulseira."

O violão foi autografado por toda a banda e tem uma dedicatória especial: "Para Lula e Janja, com amor, Coldplay 2023", acompanhada de desenhos dos rostos dos músicos ao lado dos de Lula e Janja. A primeira-dama também presenteou a banda com uma biografia do presidente.

Comprometida com causas ambientais, a banda anunciou que as emissões diretas de CO2 durante os dois primeiros anos da turnê atual estão 59% menores em comparação com sua turnê anterior, A Head Full of Dreams Tour (2016-17). Esse dado foi verificado pela Iniciativa de Soluções Ambientais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
 

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