Política

GOVERNO

Senador de Mato Grosso será ministro da Agricultura no governo de Lula

Carlos Fávaro, do PSD, projetou-se na política por meio da Associação dos Produtores de Soja e Milho

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O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) será o ministro da Agricultura do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A nomeação, que já era a mais cotada entre os candidatos ao posto, foi confirmada ao Estadão por membros da cúpula do governo petista. Há previsão de que o deputado Neri Geller (PP-MT) seja seu secretário executivo na pasta, mas isso ainda não foi fechado. 

Fávaro é conhecido pelo trabalho que desempenhou, nos últimos anos, à frente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), que o projetou para o mundo político e que acabou por elegê-lo senador em 2018.

Hoje, a Aprosoja-MT faz oposição a seu nome, dizendo que o ruralista que decidiu apoiar o governo Lula "não tem legitimidade para representar o setor como interlocutor em Brasília".

A escolha de Fávaro para o Ministério foi possível, porém, depois de o futuro ministro superar um problema político delicado, relacionado à suplente que assumirá o seu posto no Senado, quando der início à sua gestão no Ministério da Agricultura.

Margareth Buzetti (PP-MT) é apoiadora do presidente Bolsonaro e chegou a fazer campanha nas ruas no segundo turno das eleições com o grupo de "Mulheres com Bolsonaro".

Política

Meta é obrigada a remover vídeo falso de Haddad usado para golpe financeiro

Governo exige que Meta apague vídeo falso de Haddad usado em golpe financeiro

19/11/2024 21h00

A imagem mostra um instante do vídeo forjado do ministro Haddad usado por golpistas para enganar pessoas

A imagem mostra um instante do vídeo forjado do ministro Haddad usado por golpistas para enganar pessoas Reprodução

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A AGU (Advocacia-Geral da União) notificou a Meta, responsável pelo Facebook e Instagram, para pedir a retirada imediata de um vídeo que utiliza IA (inteligência artificial) para atribuir declarações falsas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O vídeo falso, também chamado de deepfake, simula o ministro indicando um site fraudulento para supostos resgates de valores esquecidos em contas bancárias, que induz usuários a fornecerem dados sensíveis.

Em nota à reportagem, a Meta diz que o conteúdo do vídeo falso vai contra as regras da empresa. "Atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar pessoas não são permitidas em nossas plataformas. Usamos uma combinação de denúncias da nossa comunidade, tecnologia e revisão humana para aplicar nossas políticas, e cooperamos com as autoridades nos termos da legislação aplicável", afirma.

A AGU, que representa o governo na Justiça, afirma que ainda não recebeu resposta da Meta à notificação extrajudicial. "Caso haja descumprimento do pedido, a AGU poderá adotar medidas para responsabilizar judicialmente a plataforma pela manutenção do conteúdo ilegal", disse o órgão.

"Hoje é o último dia para fazer o saque dos valores esquecidos no seu CPF. O Banco Central já anunciou que os valores que não forem resgatados a tempo serão devolvidos aos cofres públicos e não poderão mais ser utilizados. Então, aproveite e resgate seu benefício imediatamente. É só você acessar o site que vou deixar aqui embaixo, inserir o seu CPF e seguir o passo a passo da atendente virtual. Em poucos minutos você já vai saber quanto possui disponível e resgatar o valor diretamente para sua conta bancária via Pix. É só clicar em saiba mais", diz o áudio do vídeo adulterado do ministro.

No Facebook, é possível encontrar outros deepfakes semelhantes, como o que envolve Ciro Gomes, ex-ministro da Integração Nacional, reproduzindo o mesmo texto do vídeo de Haddad. As páginas responsáveis por esses golpes na rede social costumam se passar por pessoas comuns, utilizando fotos de perfil geradas por IA.

O golpe circula com mensagens alarmistas, como essa do suposto fim do prazo para retirar o dinheiro esquecido. A AGU confirma que fez a notificação à Meta e diz que o material prejudica tanto os cidadãos enganados quanto a credibilidade das políticas públicas conduzidas pela Fazenda.
Além da retirada do conteúdo em até 48 horas, a AGU exige que a bigtech forneça informações detalhadas, como métricas de engajamento, monetização e a identificação do responsável pela postagem.

DINHEIRO ESQUECIDO NO BANCO CENTRAL

Os brasileiros que não sacaram o dinheiro esquecido no SVR (Sistema de Valores a Receber) do BC (Banco Central) ainda têm a chance de recuperar os recursos. Segundo o Ministério da Fazenda, o governo irá publicar um edital com os detalhes sobre os depósitos e haverá um prazo de 30 dias, da data da publicação, para pedir o dinheiro de volta.
Antes de sair esse edital, porém, o interessado pode entrar em contato com as instituições financeiras para reaver o dinheiro esquecido, informou a Fazenda.

De acordo com a Fazenda, o edital deverá trazer todas as informações de como fazer para requerer o dinheiro nessa próxima etapa. A lista, que será publicada no Diário Oficial da União, trará os valores recolhidos para os cofres do governo, indicará a instituição depositária, a agência e natureza e o número da conta do depósito.
Há, ainda, um prazo de seis meses para recorrer judicialmente, contados também da publicação do edital pelo Ministério da Fazenda.

 

*Informações da Folhapress 
 

Golpe militar

Plano de golpe foi impresso no Planalto, revela Polícia Federal

Documento detalha ataques a Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes

19/11/2024 20h00

Polícia Federal

Polícia Federal Marcelo Camargo / Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) revelou que um plano golpista, elaborado por militares para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi impresso no Palácio do Planalto em novembro de 2022. O planejamento foi desenvolvido pelo general da reserva Mário Fernandes, que atuava como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro.

Detalhes

As informações foram divulgadas no relatório de inteligência da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19) para prender cinco militares envolvidos na tentativa de impedir a posse de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, eleitos em outubro de 2022.

Durante a investigação, a PF encontrou um arquivo de Word intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que detalhava um plano voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de Lula e Alckmin.

Segundo a PF, o plano apresentava características terroristas, com todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco. O documento incluía detalhes sobre o envenenamento, uso de explosivos e armamento pesado para "neutralizar" as vítimas.

"O documento ainda revela o grau de violência das ações planejadas, ao descrever a possibilidade de ações para o assassinato do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice-presidente Geraldo Alckmin, com o objetivo de extinguir a chapa presidencial vencedora do pleito de 2022", afirmou a PF.

Impressão do documento

A PF identificou que o documento foi impresso pelo general da reserva Mário Fernandes no Palácio do Planalto e levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não é citado como investigado na operação.

"A investigação, mediante diligências probatórias, identificou que o documento contendo o planejamento operacional denominado Punhal Verde Amarelo foi impresso pelo investigado Mário Fernandes no Palácio do Planalto, no dia 9/11/2022 e, posteriormente, levado até o Palácio do Alvorada, local de residência do presidente da República, Jair Bolsonaro", completou a PF.

Reações

O ex-presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal. Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que "pensar em matar alguém não é crime".

"Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido. Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas", afirmou.

*Com informações de Agência Brasil

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