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Sete deputados perderam mandatos na Câmara; veja lista e substitutos

Decisão foi publicada no Diário Oficial da Casa e atinge principalmente a bancada do Amapá

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Sete deputados federais perderam os mandatos na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 30, abrindo espaço para novos sete parlamentares que concorreram nas eleições de 2022. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Casa e atinge principalmente a bancada do Amapá, que terá metade das cadeiras renovadas. Distrito Federal, Rondônia e Tocantins também sofreram alterações.

A mudança ocorre a partir de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que interpretou de uma nova forma a regra da distribuição das "sobras eleitorais", que são as vagas restantes após a divisão das cadeiras, proporcionalmente, entre as legendas.

Perderam os mandatos:

- Gilvan Máximo (Republicanos-DF);

- Augusto Puppio (MDB-AP);

- Lebrão (União-RO);

- Lázaro Botelho (PP-TO);

- Professora Goreth (PDT-AP);

- Silvia Waiãpi (PL-AP);

- Sonize Barbosa (PL-AP).

Foram convocados para tomar posse:

- Professora Marcivânia (PCdoB-AP);

- Paulo Lemos (PSOL-AP);

- André Abdon (Progressistas-AP);

- Aline Gurgel (Republicanos-AP);

- Rodrigo Rollemberg (PSB-DF);

- Rafael Fera (Podemos-RO);

- Tiago Dimas (Podemos-TO).

De acordo com a Câmara, já tomaram posse nesta quinta-feira, 31, Rodrigo Rollemberg, Tiago Dimas e Rafael Fera. Os demais deputados têm 30 dias, a partir da convocação, para tomar posse

Com as mudanças, o PL é o mais afetado, com perda de duas cadeiras. MDB, União Brasil e PDT ficam com as bancadas menores por um deputado cada. Republicanos e Progressistas, perdem uma cadeira e ganham outra cada, portanto mantém suas bancadas iguais. A mudança na regra beneficiou PCdoB, PSOL e PSB com um deputado a mais cada, e o Podemos, que ganhou dois parlamentares na Casa.

O questionamento que levou o caso ao STF foi feito pelos partidos Rede, PSB e Podemos. A alegação era de que os critérios prejudicavam partidos menores, diminuindo o pluralismo político

Em fevereiro de 2024, o STF considerou inconstitucional uma mudança na regra das "sobras" aprovada pelo Congresso em 2021 que foi aplicada nas eleições de 2022. Depois, voltaram ao tema para definir se a decisão valeria de 2024 em diante ou retroativamente, já a partir de 2021.

Ao decidirem que a mudança seria retroativa, o efeito foi a interferência no resultado das eleições de 2022, que afetou deputados que assumiram mandato com base na regra antiga, agora inválida. Os que os substituem são aqueles que teriam direito às sobras eleitorais pela regra vigente antes da mudança de 2021.

Segundo essa norma, as vagas das "sobras" só poderiam ser ocupadas por partidos que tivessem pelo menos 80% do quociente eleitoral e por candidatos com votos em número igual ou superior a 20% desse quociente.

A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), conhecida como a "indígena do Bolsonaro", protestou em suas redes sociais contra a decisão, a qual afirma ser um "ataque contra o povo do Amapá", e que o STF tenta "silenciar uma mulher no Norte". O deputado Gilvan Máximo afirmou que "não aceitara a decisão calado", e que a perda do mandato marca "dia de luto para democracia brasileira".

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Preço para desistir de candidatura é 'Bolsonaro livre, nas urnas', diz Flávio Bolsonaro

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível

08/12/2025 14h26

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse em entrevista à TV Record que o preço para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "livre, nas urnas". Flávio afirmou, de acordo com a TV Record, na entrevista que foi exibida neste domingo, 7, que o "preço é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com Jair Messias Bolsonaro".

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível. "Óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente", declarou.

Mais cedo, Flávio afirmou que tinha "um preço" para retirar a candidatura e que a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 fazia parte da negociação. O senador do PL, no entanto, disse na ocasião que não era apenas a anistia, sem divulgar quais outras eventuais reivindicações".

Flávio revelou a nova condição para retirar sua candidatura - "Bolsonaro livre e nas urnas" -, ao ser perguntado se a anistia já seria o suficiente para desistir. O senador rejeitou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura em favor de outra chapa neste momento. "O nome Flávio Bolsonaro está colocado e não sai", declarou. Jair Bolsonaro cumpre pena após condenação de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

violência política de gênero

Gleice Jane recebe ameaça de morte e registra boletim de ocorrência

Caso foi registrado como "ameaça" na Depac-Cepol

08/12/2025 08h55

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane Reprodução Instagram Gleice Jane

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Deputada estadual de Mato Grosso do Sul, Gleice Jane (PT), compartilhou em suas redes sociais que recebeu ameaça de morte, motivada por violência política de gênero, neste domingo (7), em um aplicativo de mensagens.

A identidade da pessoa que lhe enviou as mensagens não foi revelada.

Com isso, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL), em Campo Grande. O caso foi identificado como “ameaça”.

“Acabei de registrar um boletim de ocorrência contra uma ameaça que eu recebi no meu WhatsApp, no meu número pessoal, de uma pessoa que me chama de vários nomes que não vou falar aqui e por último diz “você vai morrer”. Dentre as mensagens ele também me manda vários links de pessoas de perfis relacionados a pessoas do PL e dentre as mensagens questionando a minha posição política, pela minha condição de ser mulher e de ser política. Portanto, é uma violência política de gênero", disse.

"Esse movimento da extrema direita de querer negar a nossa existência, de não querer dialogar, de querer impedir que a gente faça parte da política, é esse movimento também que gera violência contra as mulheres e que também é responsável pelo alto índice de violência e de feminicídio aqui no nosso país", complementou.

O Partido dos Trabalhadores (PT) emiti nota de repúdio sobre a ameaça de morte que a deputada recebeu.

“O Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Brilhante, através do presidente, Vítor Alegre, vem a público repudiar veementemente as ameaças de morte e a violência política de gênero sofridas pela nossa companheira Deputada Estadual Gleice Jane. A intimidação e o machismo usados para tentar silenciar mulheres na política são um ataque direto à nossa democracia. É inaceitável que uma parlamentar eleita, que representa a voz popular, seja alvo de tamanha covardia. Exigimos: Rápida e rigorosa investigação das autoridades para identificar e punir os agressores e garantia de segurança para a Deputada Gleice Jane. Estamos em luta contra o ódio e o machismo. Nossa solidariedade é total!”, afirmou, por meio de nota.

O vereador de Campo Grande, Landmark Rios, prestou solidariedade à deputada, por meio das redes sociais.

“Nossa total solidariedade à Deputada Gleice Jane, que foi covardemente ameaçada pelo WhatsApp.
Ataques, intimidações e violência não podem fazer parte da política, nem da convivência na nossa sociedade. Quem luta por justiça social, por direitos e por dignidade não pode ser silenciado pelo medo. Seguiremos firmes, lado a lado, defendendo a democracia, a vida e a liberdade de fazer política com coragem. Gleice não está sozinha”, disse o vereador, em suas redes sociais.

A vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro, repudiou o ataque à colega.

"Inaceitável a violência política sofrida pela deputada Gleice Jane! Nossa Gleice Jane sofreu violência política de gênero e outras graves ameaças tudo em razão de sua atuação política! Exigimos toda atenção dos órgãos de segurança para rápida apuração e que garantam toda segurança a ela!", compartilhou, em tom de revolta, em suas redes sociais.

Violência política de gênero abrange atos, condutas ou omissões destinados a excluir mulheres do espaço político, ou a impedir/restringir sua participação e atuação. A legislação define essa violência como ações que visam obstaculizar o exercício de direitos políticos por mulheres.

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