Política

INVESTIGAÇÃO

Superfaturamento de obras na cidade de Bataguassu entra na mira do MPMS

Na gestão do então prefeito Akira Otsubo (MDB), teriam sido gastos R$ 3,5 milhões a mais em obras no município

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Após receber pedido de providência da atual gestão do município de Bataguassu, a promotora de Justiça Patrícia Almirão Padovan determinou, no dia 29 de julho deste ano, a instauração de um procedimento preparatório para investigar denúncia de superfaturamento em mais de R$ 3,5 milhões em várias obras na administração do então prefeito Akira Otsubo (MDB), de 2021 a 2024.

A representante do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) no município também solicitou à Controladoria-Geral da Prefeitura de Bataguassu a apresentação dos anexos mencionados no Relatório da Comissão Técnica de Conferência do Relatório de Transição de Mandato, no prazo de 20 dias.

Depois de analisar esses documentos, a promotora de Justiça Patrícia Padovan poderá dar prosseguimento à investigação para apurar as responsabilidades cíveis e criminais dos gestores anteriores.

O referido documento, que serviu como pedido de providências e é um verdadeiro inventário do caos administrativo e estrutural que teria sido encontrado pela prefeita Wanderleia Caravina (PSDB), descreve um cenário de “total descaso com o patrimônio público”, com suspeita de superfaturamento em diversas obras de infraestrutura, aumento ilegal de despesas com pessoal e arquivos oficiais encontrados jogados em depósitos precários.

O ponto mais grave do relatório é a constatação de superfaturamento em contratos de obras. Em um deles, para pavimentação e iluminação, a nova equipe identificou uma variação de mais de 200% nos preços de luminárias de LED em comparação com a tabela do Sistema Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil (Sinapi).

Após uma renegociação com a empresa contratada, que teve o aval da Caixa Econômica Federal, o custo da obra foi reduzido em R$ 1,2 milhão, e, somando outros contratos, a economia na revisão dos contratos, supostamente, foi de cerca de R$ 3,5 milhões.

O relatório também aponta para o abandono generalizado do patrimônio. A nova gestão encontrou a Usina de Triagem de Lixo destruída por um incêndio, o Canil Municipal, com obras paralisadas, o Parque Aquático, inacabado, e uma frota de veículos e máquinas, sucateada.

Na saúde, o cenário não estava diferente, pois encontraram sucateado um aparelho de mamografia, além da falta de medicamentos essenciais na farmácia municipal, bem como uma enorme demanda reprimida por consultas e cirurgias.

Já na educação, na sala onde funciona o setor de compras e coordenadoria de projetos e convênios da Secretaria Municipal de Educação, foi observada desorganização, caixas de arquivos pelo chão, pilhas de papéis em cima de cadeira, as mesas com várias pilhas de papéis também, arquivos do ano anterior, e arquivos antigos, de 2020 a 2023. 

Foram encontrados, também, arquivos de 2017 a 2019, entre prestações de contas e folhas de frequência. Muitos arquivos com documentos sem assinaturas, e os armários estavam lotados de arquivos antigos que poderiam ir para arquivo morto, além de materiais de expediente vencidos e alguns já deteriorados.

Foram encontrados muitos equipamentos com defeitos guardados dentro dos armários, que poderiam ser descartados, como celular, nobreaks, estabilizadores, monitores e notebooks. As cadeiras todas sucateadas, mesas sucateadas também. Computadores com problemas precisando de manutenção.

O almoxarifado foi encontrado muito desorganizado, com vários materiais para descarte, cadeiras, mesas, utensílios em geral sem aproveitamento, problemas na parte elétrica, algumas salas sem energia, lâmpadas queimadas.

Outro achado alarmante foi a situação dos arquivos públicos. Documentos vitais, como processos licitatórios e empenhos, estavam armazenados de forma desorganizada nas incubadoras do Jardim Santa Luzia, “jogados e desorganizados, sem qualquer critério de classificação”, deteriorados pela umidade e pragas, representando um “grave risco à saúde pública” e à memória administrativa do município.

*SAIBA

O ex-prefeito Akira Otsubo disse ao Correio do Estado que a denúncia feita pela atual gestão municipal tem teor político. “Nada disso é verdade. Eles já fizeram outras denúncias e não provaram nada. Eles sabem que vou tentar uma vaga na Assembleia Legislativa e querem me deixar inelegível. Isso é muito claro, mas a prefeita Wanderleia tem todo o direito de denunciar e eu vou, mais uma vez, provar a minha inocência”, declarou.

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Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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